quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Permanece vivo


«A demonização e a santificação deviam levar-nos à conclusão de que o evento [Revolução de Outubro de 1917] permanece vivo. É isso que os que a santificam (o PCP, em primeiro e único lugar, o BE, o esquerdismo, menos) e os que a demonizam (a nossa alt-right que nos "observa", e a opinião "central" cada vez mais à direita ou pressionada pela direita) acabam por concluir. Ambos acabam por ter um resultado muito semelhante: o legado da Revolução de Outubro está vivo, continua a ter sentido, justifica um combate ideológico e político, ou em sua defesa ou atacando-o. O mesmo já não se passa com a Revolução Francesa, ou a Comuna de Paris, ou, para sermos mais detalhados, com a Revolução Mexicana ou mesmo a Revolução Chinesa. Sobre essas ninguém quer saber
(...) Considerar que há exploração, mesmo que há exploração implícita na relação capital-trabalho — a tese fundamental de Marx —, ou aceitar que há "luta de classes", sejam quais forem as variantes de "classes" que se envolvem nessa luta, nada tem que ver com o comunismo, não definem "ser comunista" e muito menos "ser leninista", seja em que versão for. Todas estas ideias são anteriores a Lenine e, em parte, mesmo a Marx, e fazem parte de um património que esteve na génese da crítica do socialismo nascente à insuficiência do liberalismo político para defrontar os problemas sociais ligados à pobreza, à exploração do trabalho, à desigualdade social. Elas são hoje partilhadas por todas as variantes de socialismo moderado, de social-democracia, estão presentes na doutrina social da Igreja, e não são alheias mesmo ao conteúdo de movimentos como a democracia-cristã originária.»

José Pacheco Pereira, Os anjos e os demónios que a Revolução de Outubro de 1917 solta no Portugal anacrónico de 2017

71 comentários:

Jose disse...

Tudo considerado, a revolução de Outubro só trouxe à luz do dia uma nova classe - a dos pastores - e os limites a que se propõem chegar para eliminar os pressupostos do capitalismo - poupança e aceitação do mercado - e beneficiarem da exploração dos seus rebanhos de humanos.

mig_L disse...

O José tem sempre que escrever alguma coisa, nem que seja para debitar onomatopeias do vento.

A.R.A disse...

Pacheco Pereira engana-se redondamente pois foi com a revolução de Outubro que se pôs em pratica o que outros antes advogavam teoricamente pois nunca no passado alguém teve essa capacidade revolucionaria agregadora de demonstração de força de uma classe tendencialmente explorada ou, como P.Pereira denomina como "insuficiencias" do liberalismo politico de então e, assim sendo, só após essa prática comunista que abalou o mundo se continua a dar relevância à mesma pois sem ela nunca o tal socialismo moderado e ou a social-democracia teriam visto a luz do dia.

Pois então lamento que se alguma esquerda existe que não se reveja na importância dada à Revolução de Outubro por quererem renegar com desdém que a génese do seu berço ideológico assenta no comunismo, ao menos que celebrem a data pioneira onde se gritou algo impensável para a altura:
- Proletários de todo o mundo, Uni-vos!

A luta de classes continua actual dando uma contínua existência coloquial ás premissas de 1917 como facilmente se constata pelos comentários dos que por ex. o Jose que sempre antagonizaram tal movimento revolucionário e outros que como Zita, Vital e por aí adiante que renegaram o que defendiam com um antagonismo comparavelmente feroz e soez, mas outros houve que embora tenham saído do partido comunista sempre se afirmaram como comunistas e, como tal, relembro o saudoso Miguel Portas que embora discordasse com muito do que disse sempre tive uma alta estima pela sua verticalidade e coerência. Um comunista que independentemente da sua cor politica chegou a afirmar que o comunismo era para ele como uma religião laica, ele que foi um católico progressista mas que morreu como comunista ateu.

Tal como a Revolução de Outubro também o Miguel ou o Alvaro, o Jose, a Maria, a Isabel e ou tantos outros que permanecem vivos nas lutas presentes do dia a dia daqueles comunistas que mantêm viva a génese politica da luta de classes.

João Pimentel Ferreira disse...

A questão não na está na luta de classes, pois sempre que houver classes e diferenças entre o ser humano, haverá querelas e pleitos. Apenas numa sociedade onde todos nascêssemos de facto e não apenas de jure, todos iguais, com as mesmas capacidades e motivações, é que o comunismo funcionaria em pleno equilíbrio, sem recurso à tirania. Mas o ser humano é muito díspar entre si nos objetivos, motivações e capacidades! Mesmo as fábricas mais produtivas na União Soviética, tinham formas de premiar os operários mais produtivos, promovendo a diferença e não a igualdade. Um comunismo funcional será, pela própria natureza humana, sempre tirânico. E isso é inaceitável! O PCP subsiste porque há muito, e bem, aceitou jogar o jogo da Democracia. Mas sim, a URSS deu grandes contributos ao mundo, o mais relevante a vitória decisiva sobre o nazi-fascismo!

António Pedro Pereira disse...

Caro mig_L
Não conhece o troll José.
Ele está aqui a mando do Passos Coelho desde há muitos anos (todos os dias, em quase todos os posts) só para contrariar, chatear, provocar, desgastar, controlar.
Diz sempre qualquer parvoíce, é preciso é picar o ponto.
O olharapo é como o champô 2 em 1: Além de um pau mandado do patrão, é um militante da causa neoliberal (mas gosta do Estado para mamar, como todo o bom liberal. Veja o que fez o sumo sacerdote Hayek com a sua reforma, dele próprio, bem entendido).
É por isso que os neoliberais olham para todos os outros, reformados, funcionários públicos, miseráveis do Rendimento Mínimo, etc, como mamões.
O que lhes interessa é entreter o pagode, pôr uns contra os outros, marcar a agenda mediática para continuarem na vidinha: a mamar as rendas garantidas, as negociatas com o Estado que abominam (em palavras), mas numa escala de milhões.
Aquilo é gente fina.
Troll José, desampara a loja e vai controlar os teus, olharapo de merda.

Jose disse...

Manelzinho, o teu regresso está já completo; sempre acabas na cena do troll e do Passos Coelho.
Sem duvidar que sejas uma besta, sempre me desilude verificar que mão passas do manelzinho de sempre com tua ladainha censória e reles.

A.R.A disse...

Joao Pimentel Ferreira

Essa visão que tem do comunismo é demasiado simplista e redutora mas se quiser "filosofar" por esse prisma digo-lhe que a própria natureza humana se presta a por-nos a todos em plano de igualdade na vida e na morte independentemente de classes sociais portanto já percebeu o quão díspar é o seu ponto de vista acerca do que entende ser o comunismo.

O busílis, do presente, não é nem nunca foi acabar com as classes mas sim encurtar assimetrias entre elas pois do mesmo modo que critica a "utopia" comunista eu lhe contraponho que é da natureza humana o facto de o Homem ser um Ser colector e é nessa condição humana que o capitalismo encontra o seu "gatilho" para a sua própria sobrevivência exacerbando patologicamente (desde que nascemos que nos é incutido esse objectivo) a acumulação compulsiva de riqueza onde nascermos de "facto" ou de "jure" é apenas uma reencidência num raciocínio justificativo para não nos depararmos com a evidencia.

Meu caro a luta de classes será sempre uma constante e ainda bem que assim o é pois só assim o mundo pula e avança para algo mais justo e equitativo.
Olhe, fazendo um exercício de raciocínio simples, imagine-se nascido num seio familiar pobre e iletrado onde lhe foi negado o acesso ao ensino por via da sua condição sobre a qual lhe é imputada qualquer culpa por ter nascido em tal meio e agora imagine-me a mim, nascido em berço de ouro onde a minha educação prima por excesso. Agora, pondere as liberdades de ambos. Tivesse o João acesso ás similares ferramentas faria tamanha destrinça as nossas diferenças de classe? Isto é a luta de classes.

Continuando o mesmo exercício, o João, que após muito custo e esforço de valorização pessoal, depara-se com uma "inevitabilidade" quando ambos trabalhamos na mesma empresa concorremos para o mesmo posto laboral de responsabilidade, estando o João um pouco mais preparado que eu para o ocupar, mas sou eu que fico com o posto pois a minha condição social condiz com a actividade profissional pretendida ao passo que ao João teria que haver lugar a uma ascensão social caso o tivesse conseguido o que, para a administração seria visto como um handicap pois seriam varias as condicionantes a ponderar no caso do João. Acharia justo tal raciocínio? Isto é a luta de classes.

De seguida, o João, revoltado pela injustiça, faz-se a vida e cria a sua própria empresa. A experiência passada demonstrou-lhe que o mérito nunca foi equacionado e só tomando uma postura de déspota consegue os seus intentos e, porque é uma pessoa inteligente, o sucesso vêm-lhe á custa de muito trabalho mas fazendo aos seus colaboradores o mesmo que a si lhe fizeram. Isto é a perpetuação da luta de classes e a constatação de tal já fez com que grandes avanços e recuos, é certo, tivessem sido tomados ao longo da Historia da Humanidade para a caducidade desse mesmo perpetuo.

Meu caro, para se chegar ao verdadeiro comunismo teríamos que ter uma sociedade socialista consolidada mas o presente é exactamente a de uma sociedade capitalista assente numa refundação da secular exploração do homem pelo homem que se tornará ainda mais gritante com a ascendente entrada na equação laboral do uso da robótica para a obtenção de mais lucro e menos despesa e aí a luta de classes tornar-se-á verdadeiramente visceral caso a insistência no actual sistema ao invés de se começar a ponderar verdadeiramente as premissas do comunismo contemporâneo.

António Pedro Pereira disse...

Troll José (JgMenos), de facto, João Pires da Cruz:
Essa tua caracterização - especialmente a ladainha - é de quem tem um espelho atrás do computador e está a descrever o que vê nesse espelho.
Parte e espelho, troll.

Jose disse...

Filosofando?
«a própria natureza humana se presta a pôr-nos a todos em plano de igualdade na vida»
Onde é que a natureza produziu um tal fenómeno? Nos gémeos idênticos e siameses é a maior aproximação conhecida!

«várias as condicionantes a ponderar .... Acharia justo tal raciocínio?»
Se o estrato social é uma delas há que a excluir por alma de quem?

Mas depois vem o socialismo e resolve tudo …

João Pimentel Ferreira disse...

A.R.A revolução

Em relação aos instintos primários associados ao capitalismo e socialismo, concordo consigo e já escrevi sobre isso. Caso esteja interessado, pode ler aqui: http://www.veraveritas.eu/2015/06/do-humanismo-e-primitivismo-do.html

De facto o capitalismo procura a sua génese primária no Homem caçador-recoletor, mas não só, evolutivamente também na seleção sexual e na competição por recursos e fêmeas, visto sermos mamíferos e primariamente políginos (de pologinia). Mas o socialismo também tem fundamentação primária fundeada no que há de mais primário nas massas, na evolução grupal e no instinto coletivizante, na medida que as massas não respeitam o individualismo, o trabalho individual, o mérito do indivíduo, na senda que têm pelo espírito coletivizante. É mais primário um grupo referir que o outro alcançou certo ativo ou estatuto de forma fraudulenta ou injusta, porque somos inferiores a si. É assim a inveja, um sentimento primário que surge através da psicologia evolutiva, pois ao desejarmos o que é do outro mais poderoso, poderíamos obter os seus recursos, roubando-os ou prejudicando quem os detém, tendo assim esses indivíduos "invejosos" sido selecionados; que é o motor social do que há de mais primário no comunismo. E olhe que os grandes progressos do mundo, foram de facto, feitos por muito poucas pessoas, desde Cristo a Einstein, passando naturalmente por Marx ou Lenine.

Em relação às diferenças à nascença não posso estar mais de acordo consigo. Mas eu não sou anarco-capitalista. Acredito que cabe ao estado, através da fiscalidade e por conseguinte da obrigatoriedade dos que têm mais para contribuir, ajudar os mais desfavorecidos e providenciar igualdade de oportunidades. Sempre frequentei a escola pública e, se vivesse num país como os EUA, nunca teria tido hipóteses de frequentar uma universidade, porque sempre fui um aluno mediano com país da classe média baixa. Mas querer igualizar todos os indivíduos que são "a priori" "de facto" diferentes, só o consegue através da força. O que faz com que nunca tenha existido na História das Civilizações uma sociedade comunista funcional que não tivesse sido tirânica.

Anónimo disse...

"Uma sociedade comunista funcional"?

Mas por toda a ignorância travestida de ignorância ainda mais impressiva do que se supunha.

Este tipo sabe do que fala? Que sociedades comunistas existiram na história?

Esperamos a resposta sob pena de considerar este tipo um aldrabão e ainda por cima um aldrabão burro

Anónimo disse...

Uma pergunta.

O JPF é pago pelo número de visitas que lhe fazem? A propaganda não é só ideológica, é também comercial?

E indemniza quem lhe lê as barbaridades e fica atónito com as fraudes?

"igualizar todos os indivíduos"?

Mas isso parece tirado dum manual do Hayek, papagueado pelos neoliberais da época, com mais ou menos patine para ocultar o género

Anónimo disse...

"É assim a inveja, um sentimento primário que surge através da psicologia evolutiva"

Não diga mais caríssimo JPF. Temos que mandar prender a psicologia evolutiva. A malandra

Jose disse...

Não houve sociedades comunistas.
Houve tentativas de criar sociedades socialistas que deram em criar abortos.
Aquela que tinha os maiores meios, ao fim de 70 anos também abortou.
Estima-se que se durasse mais dois séculos talvez chegasse ao comunismo, desde que uma epidemia liquidasse os seus pastores.

Anónimo disse...

Jose corrige o seu amigo. Arma-se, de acordo com a suas definições,em pastor.

Mas nem esses seus arremedos de conhecimento ocultam também a ignorância do pregador. A pose oculta muitas vezes o vazio e a cabotinice

"Não houve sociedades comunistas". diz daquela forma de pastor a fazer a prédica ao rebanho. E depois segue pela via do aborto, reminiscência sabe-se lá de que traumas passados ou de que posturas ideológicas carcomidas

"Segundo Karl Marx, de acordo com o livro Manifesto do Partido Comunista (1848), o comunismo primitivo teria surgido nas sociedades pré-históricas, antes da formação do Estado e das classes sociais. Engels, em seu livro A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, retoma o assunto utilizando a metodologia materialista desde o início da civilização.
No comunismo primitivo o trabalho era feito para suprir as necessidades imediatas do grupo, não havendo preocupação com acúmulo de sobras. A terra pertencia a todos e não havia escravidão"

Anónimo disse...

Posta esta correcção à prédica do comissário neoliberal, acrescenta-se outra correcção, esperando que o cábula não fique amuado.

O "estima-se" que o sujeito cita, provavelmente é uma sua estimativa. Estimava o pastor que se durasse mais dois séculos...

Donde ele tirou tal estimativa é um mistério. Ou apenas um reflexo condicionado saído do fundo da garganta

Mas há outro mistério. É o seu amor disfarçado pelas "epidemias", a cumprir o papel de liquidador que tanto parece prezar.

Faz lembrar naturalmente o governo de Passos:

Deus parecia assumir uma preponderância grande nos Governos liderados por este. Em Fevereiro de 2012, a Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas disse sobre a seca: “sou uma pessoa de fé e esperarei que chova”. Em Novembro de 2015 o recém-empossado Ministro da Administração Interna, Calvão da Silva, lamentou a fúria da natureza e disse que “Deus nem sempre é amigo”. Sobre a vitima mortal decorrente das enxurradas, João Calvão da Silva acrescentou que “ele, que era um homem de apelido Viana, entregou-se a Deus e Deus com certeza que lhe reserva um lugar adequado”.

As epidemias, o pastor Jose e a governança. A cumprir os desígnios da divina providência

João Pimentel Ferreira disse...

"não havia escravidão"
Eu adoro essas visões românticas de Engels sobre o Paleolítico. Nunca foi certamente a um zoo ver a jaula dos primatas. Pena não se ter familiarizado com Darwin. Como não havia escravidão? Não havia escravidão porque não havia produção, mas havia hierarquia e forte! Havia machos alfa e machos zetas, um único macho detinha várias fêmeas, e o alfa mantinha a liderança pela força, não pela sapiência, ou pela troca ou pela produção. Mas sim, Engels tem razão num ponto, nas sociedades etnicamente mais homogéneas o comunismo funcionaria de uma forma mais natural e simbiótica, porque há menos relutância do indivíduo em contribuir, porque por norma contribui-se mais facilmente "para os seus"!

Jose disse...

«A terra pertencia a todos e não havia escravidão»

Os ignorantes dos séculos XVIII e XIX tomaram os índios amazónicos pelo modelo ancestral e concluíram com acerto que viviam da caça e de colherem o que mais a natureza lhes oferecia - caçadores recolectores.
É evidente que se eu mando um escravo caçar e recolectar na floresta só posso esperar que ele se faça à vida. Vai daí, não havia escravos. Extraordinária situação.
Quanto à terra ser de todos - quer dizer de uma família, clã, tribo, mas sempre com exclusão de outros grupos.
E era a terra a razão da guerra.
E aos prisioneiros, como não havia necessidade/viabilidade para ter escravos...comiam-nos.

Talvez os comessem ao pequeno almoço, mas não garanto.

Anónimo disse...

Ahahah

Pobre Pimentel Coitado do Pimentel. Uma delícia o pimentel

Como classificar isto sem ser ofensivo?

Pimentel faz afirmação que reflecte a sua ignorância. Diz ele que "O que faz com que nunca tenha existido na História das Civilizações uma sociedade comunista funcional que não tivesse sido tirânica".

Desafia-se a que demonstre tal. "Este tipo sabe do que fala? Que sociedades comunistas existiram na história?

Perante o disparate um tal jose ( JgMenos?) vem em seu auxílio e proclama que "Não houve sociedades comunistas" Uma forma de impedir mais disparates do caríssimo pimentel.

Disparata Jose, disparata Pimentel. Mas na sua pressa de arquivar o asneiredo e de mostrar serviço "intelectual" assistimos ao espectáculo de pimentel esquecido já da sua afirmação sobre sociedades comunistas (que se convidara a especificar) envereda por esse triste espectáculo aí em cima transcrito.

Quer dizer. Em vez de argumentar em prol da sua tese, volta atrás 180 graus e põe-se a esgrimir pelos machos alfa e machos fêmea.


Anónimo disse...

Mas a trapalhice ( para ser simpático) não acaba por aqui. Podia-se remeter a discussão não para o paleolítico mas sim para a Antropologia. Mas já vimos que pimentel é aquilo que é. Não dá mais do que isto. Fala na jaula dos primatas (!!!) e na familiarização com Darwin (!!!) como argumentos primatas para o que vem a seguir. Pelo que nos confinamos apenas às suas próprias palavras, descobrindo maravilhados como se pode ser assim tão tão.

A única coisa que pimentel parece tentar contestar não é a existência de sociedades comunistas primitivas. É apenas a escravidão.
E fá-lo assim : "Como não havia escravidão?"
Agora vem a parte rocambolesca da questão. Pimentel dá a resposta a seguir desta forma "magistral":
"Não havia escravidão porque não havia produção"

Ah, afinal parece que não havia escravidão.

Claro que o disparate é-lhe inerente. Porque segundo o que afirma seria porque "não havia produção".

E todo pimpão salta para a frente deste jeito a que só a gargalhada pode responder :
"Não havia escravidão porque não havia produção, mas havia hierarquia e forte! Havia machos alfa e machos ..."..."e o alfa mantinha a liderança pela força, não pela sapiência, ou pela troca ou pela produção".

Não havia escravidão, mas havia hierarquia (!!!)

Suspiro. De como se não confirma nada do que dissera antes, de como se diz uma coisa para a seguir a negar, de como se envereda para outras coisas de que nem sequer se falara.

Machos alfa e beta e gama e natural e simbiótica.

Não será possível Pimentel colocar links para as peças que vai aqui expondo? Todos têm o direito à partilha do humor

Anónimo disse...

Jose,que já se afadigara na ajudazinha ao seu pimentel, intervém na discussão da forma como se conhece:

À de patrão boçal e matarruano:

"Os ignorantes dos séculos XVIII e XIX"

Eram uns ignorantes, coitados. Por definição. Igorantes serão portanto todos os que não estão a par dos conhecimentos actuais. Mas jose pode estar descansado que não precisa que o futuro confirme que o será inevitavelmente. Basta o presente ( e o passado).

A "coisa" desenrola-se assim em moldes com algumas parecenças com as de pimentel.
Repare-se:
"É evidente que se eu mando um escravo caçar e recolectar na floresta só posso esperar que ele se faça à vida. Vai daí, não havia escravos. Extraordinária situação".

Extraordinária situação é esta. Não se contesta a não existência de escravos. Empurrado contra a parede aparece jose pimpão a debitar o motivo para a não existência de escravos. Parece que tinha a ver com as ordens que recebia e com a hipótese de fuga e outras tretas do género."Extraordinária situação." dirá, como a cereja no topo do bolo

Nós sabemos o motivo de tão oportunista como sapiente conclusão. É fonte do senso comum. Pelo menos do seu. E jose afadiga-se há muitos anos a defender o senso comum como método de ensino nas escolas. A tal história do sol girar à volta da terra, não é mesmo, lolol.

Anónimo disse...

Jose ( JgMenos?) continua na mesma senda de Pimentel. Impotente quanto à escravidão, ruma à "guerra", tema nem sequer abordado.

Como já dito ao Pimentel poder-se-ia ir por aí mas já vimos o que jose é e o muito que dá para o romantismo destas. Ele e o general Franco

Interessa sim verificar como no seu processo de fuga , rumo à guerra, continua a dizer aquelas pérolas de senso comum que abrilhantam as soirées dançantes das entidades patronais.

"E aos prisioneiros, como não havia necessidade/viabilidade para ter escravos...comiam-nos".

Deixe-se para lá a patetice sobre a "viabilidade" de ter escravos. Faz parte da viabilidade cognitiva do sujeito. Mas o que não se deixa passar é a conclusão que os prisioneiros eram comidos

Não vale a pena agora partir para uma discussão sobre a antropofagia, o canibalismo , o que distingue uma e outro.

Mas vale a pena inquirir de como jose tem a certeza que todas as sociedades primitivas praticavam a "ingestão" dos seus prisioneiros?

Ah, é do seu senso comum?

Estes "sensos comuns" seriam discutidos nas coutadas,perdão cotadas?



Jose disse...

Valente Cuco!
Não há ridículo que te atemorize.

A.R.A disse...

JPFerreira

Peço desculpa mas perdi-me no seu raciocínio até a parte da inveja como o garante da falência do comunismo e ou de uma sociedade socialista. Inveja? Mas estamos a falar do quê propriamente?

Olhe, um exemplo bem Português dos chamados fornos comunitários e ou da pastorícia rotativa beirã ou outros tantos exemplos no nosso país em que o Homem achou por bem fazer usufruto da estrofe do cancioneiro do "tu sozinho não és nada, juntos temos o mundo na mão" e pô-la em prática (ou vice versa). Acha que foi a "inveja" o motor dessa dinâmica comunitária?

«Mas querer igualizar todos os indivíduos que são "a priori" "de facto" diferentes, só o consegue através da força.» mais uma vez peço desculpa mas ... leu aquilo que eu escrevi? Esse discurso predefinido e preconceituoso do que entende por igualdade na ideologia comunista demonstra que "viu" sem "olhar" o meu escrito o que lhe invalidou a priori qualquer possibilidade de contrapor de forma inteligível.

Se eu lhe falo algo em que apenas regista a palavra "chave" despoletando em si uma resposta predefinida sempre que a ouve, olvidando o contexto em que a mesma está inserida, dando sentido á mesma, todo o seu pensamento retorico estará já ele formatado e inquinado num pressuposto.

Concluo assim que o JPF escusa o debate para debitar um monocórdico discurso sem hipótese ao contraditório pois dissertou acerca de "coisas" menos sobre aquilo que eu escrevi.

ps- Contudo, constato a sua necessidade de começar os parágrafos com uma paternal concordância para um possível vinculo de atenção da minha parte para depois dissertar a vontade sobre "coisas" dispares, portanto, do que lhe escrevi, o que é que não entendeu afinal?

A.R.A disse...

José

Isso está mau, hã? Já retira frases do contexto para fazer peito? Olhe que as galinhas também fazem peito, contudo ...

ps- Nunca pensei que ganhasse tanta afeição ao Pica-Miolos ... pica, pica, pica mais um bocadinho ... tens mais meia hora para picar ... até chegar aos miolos ... eheheheh!!! O José saiu do armário e soltou a "franga" ehehehe! Quem diria???

Anónimo disse...

O cuco ainda vai dar cabo da saúde ao pobre jose. Ainda se fica no pequeno almoço

Não há ninguém que o aconselhe a deixar-se desses receios e a assumir-se? Cucos há muitos e os traumatismos de outrora devem ser vencidos com coragem

Mas sem tratamentos coloquiais porque aí ainda se pensa que é mesmo uma questão de.

Jose disse...

Se não é um 'aliás' tens companhia no ridículo.

João Pimentel Ferreira disse...

A.R.A revolução

As críticas que me faz aplicam-se a si na perfeição. "Perdeu-se no raciocínio", presume-se devido à complexidade do mesmo, e deixou despoletar-se pelo vocábulo "inveja" e tudo o resto lhe passou ao lado.

Não disse que os comunistas eram invejosos. Disse que a inveja faz parte da pulsão primária do comunismo. Assim como a ganância e a avareza fazem parte da pulsão primária do capitalismo. E não creio que ache que todos aqueles que defendem uma economia de mercado livre, sejam todos desumanos, gananciosos e ávaros.

Tentei descrever, de acordo com a psicologia evolutiva, quais os instintos primários associados a diferentes ideologias, e porque tais ideologias têm tanta aceitação nas massas, tradicionalmente primárias na forma como agem e reagem. Os casos dos fornos partilhados nas Beiras, é cherry-picking, pois caso requeira posso citar-lhe vários casos onde funcionam economias de mercado livre e com elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos, desde Holanda a Inglaterra.

Anónimo disse...

Pimentel deixe de dizer asneiras destrambelhadas ao molho e em série.

A.R.A disse...

JPFerreira

Muito bem, então, tenha a amabilidade e partilhe em que estudos da "psicologia evolutiva" baseia a sua retórica acerca dos " instintos primários associados a diferentes ideologias" para que eu perceba aonde quer chegar pois humildemente lamento não conseguir acompanhar a "complexidade" do seu raciocínio.

A.R.A disse...

JPFerreira

Hello? Is there anybody home?

João Pimentel Ferreira disse...

Tem aqui vários:

- http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/mde.1288/full
- http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1540-5907.2011.00545.x/full
- http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/135910539700200309

Anónimo disse...

Mas que idiotice esta de citar estes artigos para justificar "instintos primários associados a diferentes ideologias"?

Os artigos que cita não suportam não só as patacoadas que conta como também são uma espécie de montanha a parir uma ratazana.

O determinismo primário está patente na idiotice de falar em ideologias "com tanta aceitação nas massas tradicionalmente primárias na forma como agem e reagem".

São os instintos primários e as massas primárias mais as concepções primárias de quem não entra em linha de conta com a fenomenologia ou seja a capacidade que o ser humano de reflectir sobre o que percepciona e sobre o que lhe acontece .

Mas não é isso que é grave. Cada um pode utilizar a crença no que quiser, com mais ou menos suporte científico.

O que não se pode admitir são as patacoadas ignorantes sobre factos bem estabelecidos falando-se em "sociedades comunistas funcionais que não tivessem sido tirânicas".

E é este tipo que fala em "visões românticas de Engels sobre o Paleolítico" mais a escravidão que o não era. Tratava-se apenas de machos alfa e beta...

Anónimo disse...

Mas as patacoadas não acabam aqui nem o enviesamento ideológico de Pimentel a cantar loas sobre os"elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos",neste caso dos holandeses.

Não, não se se vai falar no presente e na extrema direita a subir na Holanda. Vai-se falar no colaboracionismo com os nazis de muitos dos holandeses na segunda grande guerra e a forma como entregaram tantos judeus aos nazis. Este assunto é de resto ainda hoje considerado uma mancha vergonhosa na história da Holanda

El 10 de mayo de 1940 la Alemania nazi invadió Holanda, y tan sólo cinco días después el gobierno neerlandés se rindió a los alemanes, comenzando oficialmente la ocupación el 17 de mayo. La familia real, con la reina Guillermina I a la cabeza, y el gobierno, habían huído del país días atrás, refugiándose en el Reino Unido, donde establecieron un gobierno en el exilio.

Los alemanes optaron por nombrar un Reichskommissar, Arthur Seyss-Inquart, (que seria enforcado na sequência dos julgamentos de Nuremberg ) para dirigir el país. Inicialmente, incluso pareció que podrían contar con la cooperación de los políticos demócratas: el primer ministro del gobierno holandés en el exilio, Dirk Jan de Geer, dejó Londres y retornó a los Países Bajos vía Lisboa para entablar por su cuenta negociaciones de paz con los alemanes - creía que los Aliados no podía ganar la guerra - y discutir la cooperación con las fuerzas de ocupación nazis, algo a lo que se opuso enérgicamente la reina que lo destituyó del cargo. Por ello, finalmente, los alemanes decidieron confiar en los fascistas locales, de los cuales había varios partidos antes de la guerra.

Tras el apaciguamiento de las zonas conquistadas y la aparentemente cercana victoria alemana sobre los aliados, el pueblo holandés comenzó a rehacer su vida. A pesar de la ferocidad con la que se llevó a cabo la invasión y los numerosos destrozos que esta ocasionó en algunas ciudades como Rotterdam, pronto la situación cambió a mejor. Las causas principales recaen en el pensamiento ario de los nacionalsocialistas y en la escasa disposición del pueblo local a la sublevación.

El primer aspecto se entiende como la aceptación de los alemanes de sus vecinos occidentales como miembros de la raza superior, ya que ambos pueblos compartían y comparten rasgos comunes. De esta forma, como en Noruega, Holanda gozó de una mayor autonomía hasta la fase final de la guerra.
La mentalidad jugó también un papel determinante. Gran parte de la ciudadanía consideraba a sus líderes políticos poco menos que unos ineptos y veían en la masificada y productiva economía alemana la forma de salir de la crisis acuciante. Así, en un primer momento, se llegó a ver con buenos ojos una temporal ocupación alemana del país.

A Nederlandsa Unie (NU) foi criada em Julho de 1940 e defendia a "política sensata" de colaborar com os nazis. A "colaboração sensata" ganhou muitos adeptos e em poucos meses a NU tinha mais de 800 000 membros, com homens e mulheres fazendo filas nos quarteirões para aderir à organização.


Se JPF não fosse uma fraude citaria o sentimento que ainda hoje reina em muitos holandeses de vergonha pelos "elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos" da altura.

Mais os " instintos primários" associados ao colaboracionismo com os nazis que varreu tanta gente naquela época

Anónimo disse...

Mas houve movimentos de resistência da parte de pessoas individualmente, da parte de movimentos, da parte de partidos que não foram nas cantigas da "política sensata" que ostentava "elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos"

Nem nas idiotices citadas por fraudes sobre a inveja como pulsão primária do comunismo. (que miséria intelectual)

"Hubo varios intentos de resistencia a las fuerzas de ocupación. Hubo una huelga general en febrero de 1941 en protesta de las medidas y actividades nazis contra los judíos holandeses (era la primera vez que se producía una huelga general en un país ocupado por los alemanes). Los comunistas llevaron a cabo misiones importantes, tales como el asesinato del general Hendrik A. Seyffardt, que había sido jefe del Estado Mayor del Ejército holandés y era el patrocinador de la 23ª SS División "Nederland", que luchó en el Frente Oriental. El jefe de las fuerzas de seguridad alemanas, el general SS Hanns Albin Rauter, escapó a un atentado contra su vida, pero muchos hombres menos importantes del NSB y la WA fueron asesinados. El principal esfuerzo de la Resistencia consistió en ayudar a los llamados onderduikers (o "gente sumergida"), hombres y mujeres que se escondían de los alemanes. Varias organizaciones estuvieron implicados en ello, especialmente el Landelijke-Knokploegen (LK)."

A.R.A disse...

JPFerreira

Obrigado por ter aceite o meu repto e mais ainda por me dar a conhecer David M. Buss mas continuo sem perceber, na senda do nosso debate, onde e como consegue alavancar um estudioso do comportamento humano ao nível emocional sobre a evolução do desejo e motivação sexual, ciúmes, assassinato, conflito entre homens e mulheres e personalidade com propostas ao nível da manipulação de instintos primários com hipotéticas adaptações psicológicas em possíveis implicações na gestão de recursos humanos, para a conversa?

Será que para si, eu sou comunista porque tenho propensão para "estados de alma" distintos dos seus?

É que a sua intenção de adaptar uma corrente da psicologia ao plano ideológico não lhe correu nada bem, aliás, até na questão da "inveja" que é tida, pelo autor, como um motor motivacional aplicável como ferramenta, por ex., a um hipotético aumento de produção inter pares (para além de discutível) em nada se aplica a dicotomia do comunismo vs capitalismo ou não estivesse presente nas premissas do comunismo a preservação dos avanços evolutivos na produção alcançados pelo capitalismo, provenientes da emulação da concorrência, com a consequente superação dos mesmos através do socialismo como uma natural evolução socio-economica da Humanidade que culmina no comunismo com a máxima "a cada um segundo sua necessidade", ou seja, até Marx olhava para o comunismo como este sendo mais do que um ideal mas sim como um modo de vida, veja lá?
Acredito que isto seja incompreensível para si, é certo, mas será uma necessidade inadiável (sob lotação do planeta/ alterações climáticas/ robotização dos meios de produção/ etc) num futuro mais próximo do que voçê e eu podemos imaginar tal o rumo das sociedades de consumo que insiste numa crescente descompensação entre os poucos que muito têm e os muitos que têm nada (luta de classes), regulados também por uma descompensação entre uma vertiginosa dependência da economia real de uma economia financeira de casino que promove as descompensações de mercado, tais como as crises económicas, como meio de subsistência e sobrevivendo da oportunidade (capitalismo neoliberal), tal deverá ser bem ponderado como uma via para a própria sobrevivência da Humanidade que ao insistirmos neste estádio evolucionista do capitalismo apenas estamos a descontinuar um ciclo e a acelerar as maleitas que exemplifiquei acima. Ou seja, é como estar a queimar a 1ª e mesmo com um cheiro nauseabundo de embraiagem somos renitentes em colocar a segunda rotação.

Portanto, de um modo simples, e para que entenda, os «instintos primários associados a diferentes ideologias» são uma falácia pegada que o JPFerreira para aqui andou a dissertar baseado num autor que será um óptimo guia ou para CEO's manipuladores ou como questionário para revistas cor de rosa ao estilo Maria.

Ou será que não era bem isto que pretendia quando puxou a liça a "psicologia evolutiva"?

João Pimentel Ferreira disse...

O Cuco adora desconversar! O que é que os nazis têm a ver para o caso? O terceiro reich era nacional-socialista, repito socialista, e vincadamente anti-liberal. Como referiu Goebbels numa entrevista "cabe ao estado tomar conta da economia para tirar o povo da miséria".

Anónimo disse...

Gostei da resposta caríssimo A.R.A.

A.R.A disse...

JPFerreira

Pronto agora que ambos temos uma noção (cada qual ao seu modo) da "psicologia evolutiva" poderia explicar especificamente como chegou a conclusão de que «Disse que a inveja faz parte da pulsão primária do comunismo»?

Será que o comunismo combate o capitalismo para o derrotar por inveja? Se assim é o conceito de inveja que se aplica não é bem aquele que defende o autor por si citado.

Será que o comunismo contrapõe o capitalismo por inveja do seu estado de graça, coisa que o comunismo anseia? Creio que também aqui neste caso, sabendo nós que o comunismo advoga a preservação do progresso evolutivo na produção através do capitalismo, também não acho plausível.

Quer elucidar melhor ou ... fica para a próxima?

João Pimentel Ferreira disse...

A.R.A revolução

1) Repito que nunca disse que os comunistas eram invejosos, como creio que ache que quem acredita numa economia de mercado livre, não seja forçosamente ganancioso e desumano.

2) Quem evocou a psicologia evolutiva ao debate foi V. Exa., mesmo provavalmente sem intenção, quando num comentário referiu que o capitalismo tinha as suas bases no homem recoletor. Tentei contra-argumentar referindo que o comunismo também se estabelece em bases primárias (no sentido científico, e não pejorativo do termo). Na tribo do Paleolítico as diferenças significativas entre os membros eram vistas com desdém e desconfiança. Mas havia hierarquia, e mantida pela força. Mas a Humanidade não é uma tribo, é uma construção muito mais complexa e díspar entre si.

3) No meu modesto entender, uma sociedade que oferece em função das necessidades de cada um e não em função do que cada um contribui para a sociedade, é uma sociedade que promove a mediocridade e não o progresso. Tal não implica todavia que quem precise, não se lhe deva providenciar as necessidades humanas.

4) Uma coisa é a psicologia aplicada, a experiência pessoal de cada um, a leitura e análise que cada um faz dos factos, considerando as suas experiências e as suas emoções pessoais. Nesse sentido cada indivíduo é único e singular e tem as suas razões pessoais para se dedicar a uma qualquer ideologia. Outra coisa diferente, mas integrada com a primeira de forma inconsciente, são os sentimentos primários, as emoções instintivas, as necessidades do corpo como Homo Sapiens que somos. A grande maioria das ideologias da História da Civilização fracassou, sem qualquer massa crítica, exatamente porque, apesar de "nobres", não tinham essa capacidade para se incutirem nos sentimentos primários do indivíduo. Da mesma forma que Freud, ateu convicto, explica de forma cristalina em "O Mal-estar na Civilização" (Das Unbehagen in der Kultur) porque motivo as religiões, esse ópio do povo como bem assinalava Marx, tiveram e têm tanto sucesso entre as massas. O que lhe tentei explicar é que há motivos primários pelos quais o capitalismo e o comunismo tiveram tanta aceitação popular. Mas tal não implica que sejam os motivos pelos quais V. Exa. aderiu à sua causa.

5) No meu entender, nem o capitalismo nem o comunismo respondem aos problemas ambientais graves com que nos deparamos enquanto Humanidade. Reduzir esse problema à dicotomia comunismo-capitalismo é redutor e ineficiente. Na cidade do mundo que mais usa a bicicleta no dia-a-dia, Amesterdão, funciona uma economia de mercado livre, diria mesmo neoliberal visto que a grande maioria dos serviços públicos na Holanda estão entregues a privados; já em Havana apenas se veem carros velhos e poluentes. A solução ambientalmente sustentável para o planeta está em menos consumismo e mais eficiência energética, ou seja, austeridade e eficiência nos hábitos de consumo, exatamente aquilo que a esquerda europeia não defende, visto defender o crescimento económico pela via do consumo.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Admitem-se ao pimentel devaneios amorosos em torno de jose e do seu linguarejar.

Mas não na esfera privada.

Tentar catalogar outros, quaisquer que sejam, da forma como o faz pimentel, merece o devido reparo. O devido puxão-de-orelhas figurado. O devido desmascarar duma atitude desonesta e caceteira.
A fazer lembrar afinal que estamos diante dum sujeito que nem sequer tem a verticalidade de assumir o mesmo nick nas suas várias intervenções.

A ignorância ou a burrice podem ser coisas lastimáveis . A manipulação e a mentira ainda o são mais. Mas o insulto passa para outro nível. E tem consequências

Pimentel percebeu? É que tudo isto se aplica a ele caso seja necessário especificar

Anónimo disse...

Pimentel não percebeu, coitado, a referência aos nazis.

O coitado nem sequer percebeu que a referência não era dirigida aos nazis de per si. O coitado não sabe o que lê, não reflecte no que lê ou nem sequer percebe o que lê. O coitado continua a dar testemunhos dessa sua forma grotesca de.

A referência era directa para os holandeses. Para os colaboracionistas holandeses. Para os que mancharam, infelizmente para pimentel, a tese de pimentel.

E qual era a tese de pimentel?(assim devagarinho para até ele perceber)

"posso citar-lhe vários casos onde funcionam economias de mercado livre e com elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos, desde Holanda a Inglaterra".

Uma borregada ideológica. De quem tenta assim impingir como elevados índices civilizacionais, situações de países que feriram atá ao âmago o respeito pelos direitos sociais e humanos. Em países capitalistas, (a Holanda), onde funcionava uma economia de mercado. E que depois demonstrou assim categoricamente o tal respeito patati-patata

O que se disse que pimentel não percebeu?

"Pimentel a cantar loas sobre os"elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos",neste caso dos holandeses.
Vai-se falar no colaboracionismo com os nazis de muitos dos holandeses na segunda grande guerra e a forma como entregaram tantos judeus aos nazis. Este assunto é de resto ainda hoje considerado uma mancha vergonhosa na história da Holanda"


A teoria da psicologia evolutiva de pimentel embateu na realidade. Ou deu à costa
perante o triste facto que milhões de holandeses preferiram o colaboracionismo abjecto como salvaguarda do seu modo de vida, dos seus negócios, dos seus lucros, da sua vidinha. À custa dos "elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos"

Anónimo disse...

Mas pimentel não se dá por satisfeito.À burrice prefere adicionar a má-fé e a canalhice.

Repare-se no que diz:

"O terceiro reich era nacional-socialista, repito socialista,"

Quem diz que algo é "nacional-socialista" e depois repete que essa coisa é "socialista" é, com todas as letras, um verdadeiro pimentel. (Com todas as suas "qualidades", inclusive a desonestidade e a ignorância. Neste último caso, do significado da palavra "repito")

O significado das palavras, dos conceitos, das ideologias não vogam ao sabor da ignorância ou da má-fé de quem quer que seja. Têm um conteúdo que vai muito para lá do jogo de palavras idiota e de certa forma desesperado de pimentel.

O nacional-socialismo é de extrema-direita. O socialismo de esquerda. Podiam-se até escalpelizar as diferenças,o que os separa, o motivo pelo qual o nazismo erigiu os que lutavam por uma sociedade socialista como os seus principais inimigos. E vice-versa.

Mas pimentel quer afastar o debate para se discutir a natureza do nacional-socialismo ou seja do nazismo?

Só alguém vinculado à escola de pinochet bebendo as teses neoliberais da escola de Chicago pode ter a pulhice de tentar mostrar como idênticas coisas que o não são de todo.

Ora para este tipo de discussão já se deu demais.

Anónimo disse...

E só alguém muito pimentel pode citar em abono das suas teses que "cabe ao estado tomar conta da economia para tirar o povo da miséria"

Mais uma a vez a natureza das ideologias não se reduz à missão atribuída ao estado. Nem se confunde com o que quem quer que seja diga sobre aquela. O fascismo também se dizia acima das lutas entre as classes sociais e foi (é) o que se viu (vê) Que pimentel desconheça a génese do nazismo e do seu carácter de massas mostra que estamos a falar no pimentel. Que pimentel desconheça a diferença entre um estado nazi e um estado socialista mostra que continuamos a falar de pimentel. Que pimentel queira confundir estes conceitos idem idem aspas aspas.

Faz lembrar aqueles discursos de Sá Carneiro a afirmar-se como socialista. Ou as promessas eleitorais dos vários partidos antes das eleições.

Tudo em nome do povo e para o povo.


Anónimo disse...

Mas não é por nada que Pimentel cita Goebbels.

Goebbels, o ministro de propaganda nazi. Aquele que disse também estas coisas bem curiosa muitas das quais contradizem directamente o citado aqui, desmentindo assim o Goebbels aqui citado

-"Uma Mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade."

-"Nós não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um certo efeito"

-"A essência da propaganda é ganhar as pessoas para uma ideia de forma tão sincera, com tal vitalidade, que, no final, elas sucumbam a essa ideia completamente, de modo a nunca mais escaparem dela. A propaganda quer impregnar as pessoas com suas ideias. É claro que a propaganda tem um propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e virtuosamente escondido que aqueles que venham a ser influenciados por tal propósito NEM O PERCEBAM.”

- “Conquistei esta cidade aos vermelhos e irei defendê-la dos vermelhos até ao último fôlego.”

-"A propaganda jamais apela à razão, mas sempre à emoção e ao instinto".

-"Para convencer o povo a entrar na guerra, basta fazê-lo acreditar que está sendo atacado."

-“Não importa se os nossos métodos são bons ou maus, mas se funcionam ou não. A questão não é o meio, é o fim.”

-"Nós não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um certo efeito."

-"Eles (o povo) nos colocaram aqui. Agora suas gargantas estão sendo cortadas".


É este Goebbels que aqui assim se "confessa" que é chamado ao debate por pimentel. Mais pimentel não poderia ser

Anónimo disse...

Vejamos qual a verdadeira face destas coisas:

Quem terá dito isto?

No seu primeiro discurso no Parlamento Italiano, em Junho de 1921:

“O Estado tem de ter uma política policial, judiciária, militar e estrangeira. Todas as restantes políticas, e não excluo sequer o ensino secundário, devem voltar para a actividade privada dos indivíduos. Se queremos salvar o Estado, temos de abolir o Estado colectivista.”

Mussolini, “Il Primo Discorso alla Camera”, 21 June 1921. Mussolini (1934a, p. 187)

A.R.A disse...

JPFerreira

Vamos lá ver se entende melhor o que escrevo:

1) Este ponto nem merece resposta pois é tão ridículo o termo que nem vale a pena gastar mais tinta nisso
2) Dou-lhe um exemplo básico e logo para si é o quanto baste para elaborar uma tese acerca da "psicologia evolutiva" que eu nem sei porque raio achou que o deveria fazer pois ainda não encontrei qualquer lógica na sua aplicação
3) "a cada um segundo sua necessidade" refere-se a uma proposta para um novo paradigma de uma sociedade de consumo em contraponto de um individuo dependente da mesma, ou seja, a um novo estilo de vida sustentável tanto para o individuo como para a sociedade. O seu entendimento faccioso da frase toldou-lhe o raciocínio ao ponto de não ter visto o que escrevi o seguinte: «até Marx olhava para o comunismo como este sendo mais do que um ideal mas sim como um modo de vida, veja lá?»
4)Meu caro, os "motivos primários" de aceitação ou repulsa de uma ideologia são sempre determinados pelas dinâmicas sociais do seu tempo portanto deixe-se lá de psicologias evolutivas, aplicadas e ou psicopatologias de pseudo-sentimentos primários em busca do santo graal quando o motivo é bem mais simples
5)Mas que grande patacuada ... Cuba sofreu um embargo comercial de mais de 50 anos e mesmo assim é um país exportador de médicos e farmaceutica de ponta ao passo que a Holanda está a beira do abismo social fazendo com que a extrema-direita (a tal que matou Anne Franck) esteja em vias de consumar a tomada do poder no país das tulipas ... realmente não poderia ter dado melhores exemplos

João Pimentel Ferreira disse...

5) falei das questões ambientais

João Pimentel Ferreira disse...

Para treinarem o vosso Alemão:
https://www.youtube.com/watch?v=7LLos4IE5Fc

Como sei faleis Alemão devido à leitura de Marx, ora aqui (o negrito é meu)

„Wir betrachten die wirtschaftliche Entwicklung in Amerika mit dem allergrössten positiven Interesse. Und wir sind auch der festen Überzeugung, dass Präsident Roosevelt und seine Berater auf dem richtigen Wege sind. Es handelt sich in der Tat um das grösste wirtschaftliche und soziale Problem aller Zeiten:Die vielen Millionen Arbeitslosen, die ihre Plätze an den Maschinen und in den Kontoren verloren haben wieder an ihre alten Arbeitsstellen zurückzuführen. Das kann nicht allein der privaten Initiative überlassen werden. Ausschlag gebend ist, dass die öffentliche Hand mit positiven Maßnahmen eingreift.“

Joseph Goebbels

João Pimentel Ferreira disse...

Mas há mais, de acordo com Ludwig von Mises. A caracterização da Alemanha Nazi como um estado socialista foi uma das grandes contribuições de Ludwig von Mises.

"Quando nos recordamos de que a palavra "Nazi" era uma abreviatura de "der Nationalsozialistische Deutsche Arbeiters Partei" — Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães —, a caracterização de Mises pode não parecer tão notável. O que se poderia esperar do sistema económico de um país comandado por um partido com "socialista" no nome além de ser socialista?

Não obstante, além de Mises e seus leitores, praticamente ninguém pensa na Alemanha Nazista como um estado socialista. É muito mais comum se acreditar que ela representou uma forma de capitalismo, aquilo que comunistas e marxistas em geral têm alegado.

A base do argumento de que a Alemanha Nazista era capitalista é o fato de que a maioria das indústrias foi aparentemente deixada em mãos privadas.

O que Mises identificou foi que a propriedade privada dos meios de produção existia apenas nominalmente sob o regime Nazista, e que o verdadeiro conteúdo da propriedade dos meios de produção residia no governo alemão. Pois era o governo alemão e não o proprietário privado nominal quem decidia o que deveria ser produzido, em qual quantidade, por quais métodos, e a quem seria distribuído, bem como quais preços seriam cobrados e quais salários seriam pagos, e quais dividendos ou outras rendas seria permitido ao proprietário privado nominal receber.

A posição do que se alega terem sido proprietários privados era reduzida essencialmente à função de pensionistas do governo, como Mises demonstrou.

A propriedade governamental "de fato" dos meios de produção, como Mises definiu, era uma consequência lógica de princípios coletivistas fundamentais adotados pelos nazistas como o de que o bem comum vem antes do bem privado e de que o indivíduo existe como meio para os fins do estado. Se o indivíduo é um meio para os fins do estado, então, é claro, também o é sua propriedade. Do mesmo modo em que ele pertence ao estado, sua propriedade também pertence.

Mas o que especificamente estabeleceu o socialismo "de fato" na Alemanha Nazista foi a introdução do controle de preços e salários em 1936. Tais controles foram impostos como resposta ao aumento na quantidade de dinheiro na economia praticada pelo regime nazista desde a época da sua chegada ao poder, no início de 1933. O governo nazista aumentou a quantidade de dinheiro no mercado como meio de financiar o vasto aumento nos gastos governamentais devido a seus programas de infraestrutura, subsídios e rearmamento. O controle de preços e salários foi imposto em resposta ao aumento de preços resultante desta inflação.

O efeito causado pela combinação entre inflação e controle de preços foi a escassez, ou seja, a situação na qual a quantidade de bens que as pessoas tentam comprar excede a quantidade disponível para a venda."

João Pimentel Ferreira disse...

E continua sobre Ludwig von Mises

"As escassezes, por sua vez, resultam em caos económico. Não se trata apenas da situação em que consumidores que chegam mais cedo estão em posição de adquirir todo o estoque de bens, deixando o consumidor que chega mais tarde sem nada — uma situação a que os governos tipicamente respondem impondo racionamentos. Escassezes resultam em caos por todo o sistema econômico. Elas tornam aleatória a distribuição de suprimentos entre as regiões geográficas, a alocação de um fator de produção dentre seus diferentes produtos, a alocação de trabalho e capital dentre os diferentes ramos do sistema econômico.

Como Mises demonstrou, para lidar com os efeitos indesejados decorrentes do controle de preços, o governo deve abolir o controle de preços ou ampliar tais medidas, precisamente, o controle sobre o que é produzido, em qual quantidade, por meio de quais métodos, e a quem é distribuído, ao qual me referi anteriormente. A combinação de controle de preços com estas medidas ampliadas constituem a socialização "de fato" do sistema económico. Pois significa que o governo exerce todos os poderes substantivos de propriedade.

Este foi o socialismo instituído pelos nazistas. Mises o chama de modelo alemão ou nazista de socialismo, em contraste ao mais óbvio socialismo dos soviéticos, ao qual ele chama de modelo russo ou bolchevique de socialismo.

O socialismo, é claro, não acaba com o caos causado pela destruição do sistema de preços. Ele apenas perpetua esse caos. E se introduzido sem a existência prévia de controle de preços, seu efeito é inaugurar este mesmo caos. Isto porque o socialismo não é um sistema econômico verdadeiramente positivo. É meramente a negação do capitalismo e seu sistema de preços. E como tal, a natureza essencial do socialismo é a mesma do caos econômico resultante da destruição do sistema de preços por meio do controle de preços e salários.

(Quero demonstrar que a imposição de cotas de produção no estilo bolchevique de socialismo, com a presença de incentivos por todos os lados para que estas sejam excedidas, é uma fórmula certa para a escassez universal da mesma forma como ocorre quando se controla preços e salários.)

No máximo, o socialismo meramente muda a direção do caos. O controle do governo sobre a produção pode tornar possível uma maior produção de alguns bens de especial importância para si mesmo, mas faz isso à custa de uma devastação de todo o resto do sistema econômico. Isto porque o governo não tem como saber dos efeitos no resto do sistema econômico da sua garantia da produção dos bens aos quais atribui especial importância.

Os requisitos para a manutenção do sistema de controle de preços e salários trazem à luz a natureza totalitária do socialismo — mais obviamente, é claro, na variante alemã ou nazista de socialismo, mas também no estilo soviético.

Podemos começar com o fato de que o autointeresse financeiro dos vendedores operando sob o controle de preços seja de contornar tais controles e aumentar seus preços. Compradores, antes impossibilitados de obter os bens, estão dispostos a — na verdade, ansiosos para — pagar estes preços mais altos como meio de garantir os bens por eles desejados. Nestas circunstâncias, o que pode impedir o aumento dos preços e o desenvolvimento de um imenso mercado negro?"

Anónimo disse...

Ahahahah

"Como sei faleis Alemão devido à leitura de Marx"

Sabemos que o pimentel fala melhor alemão do que faz exercícios matemáticos. Ainda está traumatizado com a asnice da sua contagem peculiar dos emigrados no RU, somando ano a ano os residentes nesse mesmo RU. Lolol.

Mas agora isto?

Parece que o Capital repousava na sua mesinha de cabeceira. Agora que tenha aprendido alemão devido a Marx...ó pimentel essa só mesmo de alguém perfeitamente desesperado

Anónimo disse...

Pimentel estará fora de si?

Agora dá em fazer cópias em alemão? A dizer anormalidades como esta?
"Para treinarem o vosso Alemão"?

Não estará bom da cabeça o pobre pimentel.

Tal como não estará bom nas suas características de macho beta ou gama, já que a coragem não parece ser mesmo o seu forte.

Senão vejamos:

Pimentel foi confrontado com o seguinte:

"A ignorância ou a burrice podem ser coisas lastimáveis . A manipulação e a mentira ainda o são mais. Mas o insulto passa para outro nível. E tem consequências

Pimentel percebeu? É que tudo isto se aplica a ele caso seja necessário especificar"

O seu silêncio sobre o assunto traduz o seu acordo por ter percebido ou é apenas a cobardia da falta de?

Anónimo disse...

Tal como se espanta que Pimentel meta o rabinho entre as pernas e fuja para os braços de Mises, um tipo execrável e pouco recomendado. Como se sabe Friedman, o amigo do neoliberal Pinochet tinha-o em grande conta. Por cá aquele idiota de Passos também lhe rezava as matinas

Porque sobre a substância da coisa, pimentel faz como de costume. Foge. E viu-se onde ficou a prosápia de quem tentou impingir "vários casos onde funcionam economias de mercado livre e com elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos"

A teoria da psicologia evolutiva de pimentel embateu na realidade. Ou deu à costa perante o triste facto que milhões de holandeses preferiram o colaboracionismo abjecto como salvaguarda do seu modo de vida, dos seus negócios, dos seus lucros, da sua vidinha. À custa dos "elevados índices civilizacionais e respeito pelos direitos sociais e humanos"

Os braços de Mises são mais confortáveis?

Ó pimentel ,cada um escolhe quem quer. Depois de jose, temos Mises. Não está nada mal

Anónimo disse...

"O terceiro reich era nacional-socialista, repito socialista,"

Quem diz que algo é "nacional-socialista" e depois repete que essa coisa é "socialista" é, com todas as letras, um verdadeiro pimentel. (Com todas as suas "qualidades", inclusive a desonestidade e a ignorância. Neste último caso, do significado da palavra "repito")

Pimentel fica varado com tão simples desmontagem da sua ignorância e desonestidade. Tanto que insiste nestes moldes:

"O que se poderia esperar do sistema económico de um país comandado por um partido com "socialista" no nome além de ser socialista?"

Pobre pimentel. O desespero dá-lhe para mais borregadas. Serenamente, esperando que pimentel se acalme e caia em si, se relembra que o significado das palavras, dos conceitos, das ideologias não vogam ao sabor da ignorância ou da má-fé de quem quer que seja. Têm um conteúdo que vai muito para lá do jogo de palavras idiota e de certa forma desesperado de pimentel.

Tal como espanta que alguém pudesse ser tão primário e ignorante a contar o número de emigrados em "Inglaterra" como pimentel o faz, também espanta a puerilidade de quem isola de uma designação, uma sua parcela e a tenta generalizar deste modo idiota

A modos que alguém se proclamasse de "anti-socialista" e aparecesse o pimentel ( ou o idiota do mises) a perguntar o que se poderia esperar de um tipo que tinha no nome a palavra socialista.





"O que se poderia esperar do sistema económico de um país comandado por um partido com "socialista" no nome além de ser socialista


Anónimo disse...

Mas pimentel ainda escorrega mais. Duma forma tão deliciosa como escancaradamente objectiva:

Perante esta frase:
"O nacional-socialismo é de extrema-direita. O socialismo de esquerda. Podiam-se até escalpelizar as diferenças,o que os separa, o motivo pelo qual o nazismo erigiu os que lutavam por uma sociedade socialista como os seus principais inimigos. E vice-versa".

Pergunta-se de caras e de frente a pimentel ( a uma das suas caras)
se se quer afastar o debate para se discutir a natureza do nacional-socialismo ou seja do nazismo?

Dito e feito. Pimentel,verdadeiro admirador à pimentel, afasta-se de tudo o que se discute e embrenha-se ternamente em mises mais as patacoadas que o ornamentam

O isco foi engolido com anzol e tudo. Pimentel já não dá mais. E aproveita a "deixa" tão carinhosamente deixada para partir assim a galope.

Um pretexto para uma boa gargalhada

Anónimo disse...

Mas antes de nos debruçarmos sobre mises, mais as suas asnices, sublinhe-se como a lebre lançada a pimentel foi assim tão bem aproveitada por ele.

Como se sabe Pimentel citou Goebbels. Daquela forma particular e definitiva própria de coisas como Pimentel.

Teve azar. Goebbels desmente-se a si próprio.

E temos mais uma vez o espectáculo de ver pimentel desaparecer sob o entulho das frases do seu citado personagem.

Mais o seu silêncio expressivo sobre o citado por Mussolini

Anónimo disse...

Em desespero de causa pimentel volta-se para mises:

"A caracterização da Alemanha Nazi como um estado socialista foi uma das grandes contribuições de Ludwig von Mises"

Pobre pimentel. Depois de lhe terem tirado o tapete de Goebbels para sustentar as suas teses, entrega-se nos braços de mises.

Procura um novo patrono. Infelizmente o patrono fede e só lhe saem patetices. Como essa do "grande contributo" .

De goebbels ou de mises?

Anónimo disse...

Impotente pimentel reconhece que " além de Mises e seus leitores, praticamente ninguém pensa na Alemanha Nazista como um estado socialista. É muito mais comum se acreditar que ela representou uma forma de capitalismo"

Porque motivo temos que aturar os desmandos intelectuais e ideológicos de mises? A expressão da sua desonestidade intelectual está reduzida, segundo o próprio pimentel a ele, mises e aos seus sicários.

Pimentel é livre de expressar a sua fé na sua seita. É também livre de se indignar perante o facto de não reconhecerem ao seu líder o estatuto de lider.

Mas não pode tentar vender a banha da cobra de mises como se se tratasse de uma revelação divina. Os desvarios das claques das seitas são por demais conhecidos

E só alguém vinculado à escola de pinochet bebendo as teses neoliberais da escola de Chicago pode ter a pulhice de tentar mostrar como idênticas coisas que o não são de todo.

Anónimo disse...

Eu sei que criticar mises pode provocar reflexos condicionados em pimentel

Mas mises era um canalha. Um canalha também racista.

Vejamos como ele considerara a escravatura:

"muitos liberais acreditavam ser necessário relatar, como regra geral e até mesmo, algumas vezes, de modo exagerado, casos excepcionais em que servos e escravos haviam sido cruelmente tratados. Porém, de nenhum modo, tais excessos constituíam a regra. Havia, é claro, casos isolados de abusos e o fato de haver tais casos constituía uma razão a mais para a abolição do sistema. Entretanto, via de regra, o tratamento dos escravos por seus senhores era humano e suave". (...) Contra esta objeção a favor da escravidão, há apenas um argumento que pode e, de fato, refuta todos os outros: o de que o trabalho livre é incomparavelmente mais produtivo do que o trabalho escravo. (...) Condenamos a servidão involuntária, não a despeito do fato de que seja vantajosa para "os senhores", mas porque estamos convencidos de que, em última análise, ela fere os interesses de todos os membros da sociedade humana, inclusive os "senhores".

Tão curioso. A defesa do fim da escravidão , não com base na condição de escravo mas sim com base na eficácia da sua produtividade

Ó pimentel, este mises era um pulha

Anónimo disse...

Mises era execrável tanto pelas suas ideias como pela sua personalidade. Desde a metade do século XX Mises foi considerado como o principal exemplo do economista anticientífico.

O conservador Whittaker Chambers publicou uma crítica negativa do "Mentalidade Anticapitalista" no 'National Review ' classificando a tese de von Mises segundo a qual o sentimento anticapitalista se fundamentava na "inveja" como "conservadorismo barato" e "ignorância".

Terá sido daqui que o pimentel veio rebuscar as suas teses da inveja e da psicologia evolutiva?

O economista Milton Friedman considerava von Mises inflexível em seu pensamento:
"a melhor história que me lembro aconteceu numa reunião em Mont Pelerin quando ele se levantou e disse, "vocês são um bando de socialistas." Estávamos discutindo a distribuição de renda, e se deveríamos ter imposto de renda progressivo. Algumas pessoas que lá estavam, expressaram a opinião de que o Imposto de renda deveria ser progressivo"

Um tipo era um fanático que até chamava de "socialistas" coisas como Friedman e companhia.

(Como se sabe a Sociedade Mont Pèlerin (em francês Société du Mont Pèlerin, em inglês Mont Pelerin Society) é uma organização internacional fundada em 1947, composta pela fina flor dos liberais e neoliberais reunidos em torno da propaganda do liberalismo.

É daqui que pimentel vem buscar a acusação dos nazis como socialistas?

Mas é num livro de 1927 ' Liberalismo ' que mises revela o seu amor pelo fascismo, especialmente como forma de combate à esquerda. Von Mises escreveu naquele livro:
"Não se pode negar que o fascismo e movimentos semelhantes, visando o estabelecimento de ditaduras são cheios de boas intenções e que sua intervenção,em dado momento, salvou a civilização europeia. O mérito que o fascismo ganhou assim, por si só viverá eternamente na história."

Era ou não um canalha?

Não terá sido por acaso que pimentel tenha primeiro utilizado goebbels e depois, perante os factos, se tenha arvorado em porta-voz de mises?

E voltamos assim a Mussolini e à sua frase que poderia ser subscrita por Mises.

A admiração seria mútua

Anónimo disse...

Infelizmente a borreguice continua, em nome de mises ou em nome de pimentel

Veja-se como se defende que a Alemanha nazi não era capitalista pelo facto que "o verdadeiro conteúdo da propriedade dos meios de produção residia no governo alemão".

Como se sabe o fascismo é a ditadura terrorista aberta dos elementos mais reaccionários, mais chauvinistas e mais imperialistas do capital financeiro.

É o próprio capital financeiro que assume o controlo do governo.

E eis mises a cair na sua própria trampa...Com estrépito e sem qualquer honra


Anónimo disse...

Mises era assim uma espécie de fundamentalista dos mercados. Uma espécie particularmente desprovida quer de escrúpulos quer de honestidade.

Pimentel fala nos "princípios coletivistas fundamentais adotados pelos nazistas". Aldraba pimentel ou aldraba mises. A colectivização fazia-se em torno da guerra e para a guerra. Como dizia Goebbels, depois cortava-se o pescoço a quem lhes tinha dado o poder. E a dita colectivização era feita no sentido quer da apropriação da mão-de-obra de quem trabalhava quer da apropriação da própria vida do trabalhador. E quem se apropriava assim da mão-de-obra e da vida de quem era assim explorado? Por quem detinha o poder económico. Exactamente o governo nazi.

Mais evidências que estamos no reino do Capital

Mas há mais pérolas para justificar as teses idiotas de mises: "o bem comum vem antes do bem privado e de que o indivíduo existe como meio para os fins do estado."

Substituamos o linguarejar neoliberal. O bem comum é , para todos os patifes neoliberais, o seu próprio bem. Quando reverte directamente a seu favor, diz-se que se trata do bem privado. Quando pode reverter para outros fala-se que deve reverter para o bem comum. E assume-se que o bem comum é o que eles próprios entendem por bem comum. E tornam esse bem comum em bem privado.

Basta lembrar o exercício violento executados pela governança neoliberal no nosso país Escute-se Coelho e veja-se onde veio beber as suas teses governativas.

Anónimo disse...

Num tom apologético pimentel desbobina as tretas neoliberais segundo as missas de mises.

É particularmente penoso termos que ler disparates consecutivos como se evidências divinas se tratassem. De resto isto é uma pecha do neoliberalismo. Assenta a sua doutrina em dogmas que não correspondem a nada, que são sistematicamente desmentidos pela realidade e que o tempo se encarrega de colocar no caixote do lixo.

Dirão em tom vidrado "o indivíduo é um meio para os fins do estado, então, é claro, também o é sua propriedade. Do mesmo modo em que ele pertence ao estado, sua propriedade também pertence."

O que eles querem dizer é isto. O indivíduo é um meio de produção para produzir para quem detém os grandes meios de produção.
No fascismo e no nazismo tais meios estão concentrados na própria governação. Nos regimes neoliberais no grande poder económico

( e não é que Marx tinha razão?)

E se o indivíduo é um meio para o Capital, também a sua propriedade o é.

E temos aqui a base teórica para a dívida pública ser utilizada como arma de chantagem e de agiotagem

( Marx mais uma vez a revelar por antecipação as tretas boçais do neoliberalismo)

João Pimentel Ferreira disse...

Eu sei que não se devem alimentar cucos, mas para percebermos que o argumentário do cuco é do mais execrável que existe, alguns excertos do cuco (a "substância" não merece resposta perante tamanha pulhice)

- "Sabemos que o pimentel fala melhor alemão do que faz exercícios matemáticos."

- "Mas pimentel não se dá por satisfeito.À burrice prefere adicionar a má-fé e a canalhice."

- "Mas mises era um canalha. Um canalha também racista. "

- "Aldraba pimentel ou aldraba mises"

- "Infelizmente a borreguice continua, em nome de mises ou em nome de pimentel"

- "Pimentel fica varado com tão simples desmontagem da sua ignorância e desonestidade."

Julgava que este blogue tinha comentários moderados exatamente para evitar a pulhice e os ataques ad hominem, elevando o nível do debate político-filosófico. Como Daniel Oliveira muito bem referiu a propósito do caso dos ciganos, eu não debato ao nível da lama, porque saio sempre a perder, pois não consigo movimentar-me tão bem no chiqueiro.

Por conseguinte, findo aqui o meu debate com V. Exas. e todas as mensagens que doravante envieis, não as lerei.

Cumprimentos

A.R.A disse...

JPFerreira

Ele é psicologia evolutiva, fala alemão e de certeza que até sabe o que é o esternocleidomastoideo ... mas, não consegue compreender um simples texto que lhe dirigem? Mistérios insondáveis da mente humana.

«5) falei das questões ambientais»

A sério? É que quando se dá um exemplo temos que ter a noção do exemplo que damos pois se tivesse mais tino saberia que a Holanda, segundo a AEA (da Agência Europeia do Ambiente) no seu relatorio de 2014 identificou os Dez Estados-membros da União Europeia mais poluentes e nessa lista encabeçada pela Alemanha temos a Áustria, Bélgica, França, Irlanda, Luxemburgo, Dinamarca, Finlândia, Espanha e ... tchan! tchan! tchan, tchannnn ... a Holanda.

Vá, explique lá agora em cantonês que afinal não era bem isso que queria dizer e blá, blá, blá ... seja serio e minimamente competente no que partilha senão vai ser sempre apanhado na curva e passar por vexames ao que agora passou (se é que isso lhe diz algo?)

Anónimo disse...

Pimentel deixe-se de fazer fitas e choradinhos armado em virgem púdica hipócrita e mal formada

Pimentel usa e abusa daquilo que acusa outros de fazer.

Usa e abusa com o nick aqui expresso, João pimentel ferreira, ou com qualquer outro dos nicks que utiliza, quantas vezes no mesmo post. E curiosamente até guarda para outros, como o aonio eliphis os comentários mais desabridos.

O chiqueiro que pimentel cita e que agora hipocritamente "esquece" está aqui bem documentado. Pela sua própria lavra. Numa recolha breve e rápida:

https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/12/ciao-renzi.html
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/05/apoiado.html
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/12/ciao-renzi.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/05/manifesto-favor-do-uso-da-palavra.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/09/bem-acompanhado.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/10/a-economia-politica-do-banco-central.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/10/a-nossa-economia-politica-e-o-trabalho.html
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/11/eles-comem-tudo.html

Anónimo disse...

Há mais.

A "elevação do debate político-filosófico" segundo os preceitos de Pimentel está aí em cima bem documentada.

Para sermos honestos mesmo neste post pimentel dá um ar de sua graça. Pela forma "solta" e fresca como solta o seu "cuco", passando depois por cima da "admoestação"necessária. A sua referência a "pulhices" e "chiqueiros" surgirá só mais tarde, acompanhada mais uma vez daquele "cuco" que mostra a sua preocupação na elevação no debate político-ideológico.

Pimentel usa um pretexto para fugir das respostas à "substância" da coisa. Já não é a primeira vez que o faz, depois de também ter utilizado linguagem bastante mais pesada da que verbera.

Sabendo que o contraditório lhe será desfavorável dirá peremptório: "todas as mensagens que doravante envieis, não as lerei".

Será para escapar à acusação de fuga ao debate? Por impotência argumentativa?

Anónimo disse...

Sejamos ainda mais claros.

Não tenho qualquer problema em me retratar pelas minhas palavras se estas forem consideradas pelo Pimentel como ofensivas

Tenho no entanto três reparos imediatos em forma de questões:

-Porque motivo Pimentel inclui na sua tomada de decisão o comentador A.R.A revolução?
Ao que consta não terá nenhuma razão de queixa deste. Porque então englobá-lo na sua diatribe?

-Porque motivo o Pimentel se traveste de Tiago Faria? Ou de Aonio? Ou de Aonio Eliphis? Ou de Pedro? Porque num mesmo post utiliza vários nicks desta forma assumidamente desonesta?

-O terceiro reparo tem a ver com as putativas justificações de argumentos que "transtornaram" tanto Pimentel a ponto de o fazerem invocar o "chiqueiro". Ficará para mais tarde

Anónimo disse...

Errata:
Está repetido este link
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/12/ciao-renzi.html

A.R.A disse...

Ehehehehe!!!!!!

É melhor dar corda aos sapatos do que debater sobre as falsidades que se partilha para justificar o que se pensa e como se pensa.

Melhor seria se o JPFerreira viesse a terreiro afirmar que é anti-comnuista por que sim e que acredita numa sociedade neoliberal de economia de mercado livre porque ... sim.