sábado, 25 de junho de 2016
Como é que se diz depois queixem-se em inglês?
Mas porque é que os velhos não vão morrer longe? Mas porque é que os pobres não se reduzem à sua insignificância social e não calam a matraca desdentada? Mas porque é que os do campo não aceitam que os seus horizontes são estreitos e não desocupam o palco da história? E porque é que a classe operária não percebe que vive numa sociedade toda pós-industrial e financeirizada e que faz parte do passado? Porquê? Isto é o século XXI e este século não é para incultos.
Julgam que estou a brincar, a exagerar? No fundo, anda por aí, e até entre gente que se diz de esquerda, muito disto nas reacções ao referendo, tendo em conta os contornos socioeconómicos do voto. Este século é só para os vencedores, para os que prosperam no meio da estagnação. Eu chamo-lhes lutas de classes, assim no plural, quando me lembro de Karl Marx, e movimento de expansão da globalização liberal e contramovimento de protecção social, quando me lembro do meu outro Karl, o Polanyi. E de que lado estão? Ou julgam que já não há lados?
Entretanto, o europeísmo realmente existente transforma-se facilmente, tão facilmente, na última reincarnação do elitismo e da arrogância de classe. A posição a favor da UE é, como alertou a tempo Gisela Stuart, uma deputada trabalhista que esteve do lado certo pelas razões certas, o melhor “agente de recrutamento do UKIP na Grã-Bretanha”. E como é que se diz depois queixem-se em inglês?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
39 comentários:
Quando se relevam os extremos e se ignoram factos essenciais é fácil construir frases que sendo certas não fazem errado quem se lhes oponha.
E sim, que se queixem em inglês ou que exultem em inglês não é problema que a UE deva cuidar.
PS: quando a GB se afasta de Shengen e da política europeia de refugiados, sobram tão só argumentos económicos para justificar o europeísmo.
Querem ficar com os seus fumos imperiais? Sejam servidos. Talvez nem a Union Jack lhes fique.
A treta de que cabe à UE a responsabilidade é treta esquerdalha, que não perde oportunidade de vociferar seus mantras.
A evidência de que os pobres votaram claramente pelo Brexit.
O original, mais informativo, pode ser visto aqui:
http://www.theguardian.com/politics/ng-interactive/2016/jun/23/eu-referendum-live-results-and-analysis
Pois, João Rodrigues, é verdade, o voto de saída também é um voto de protesto dos 'perdedores da globalização', as classes operárias, contra a elite e a classe média liberal que beneficiou dessa globalização e da livre circulação. Sucede, como de costume, que colocar a culpa toda na UE (e por uma vez eu concordo aí com o vosso troll de serviço), é demagogia. Uma das primeiras coisas de que os defensores direitistas do Brexit se gostariam de livrar é das proteções sociais asseguradas pelos tratados. Claro, também já perceberam no sarilho em que estão metidos e já começam a pedalar em 'reverse': http://www.theguardian.com/politics/2016/jun/25/leave-campaign-rows-back-key-pledges-immigration-nhs-spending. Goste ou não, o grau de integração económica causado pela globalização e pelo processo de integração europeia não será nada fácil de desentrelaçar. E depois, que modelo económico é que a Esquerda da Esquerda propõe? O regresso a uma indústria pesada em que Portugal (ou o RU) não pode ser competitivo, porque não se reconstrói aquilo que se destruiu de um dia para o outro, e porque o Extremo-Oriente é bem mais capaz porque paga baixos salários? O reestabelecimento da indústria pesqueira quando os mares estão exauridos de peixe? A exploração de petróleo não convencional no Sul do Tejo e no Algarve como queria a PàF, para darmos cabo do que resta da paisagem algarvia? As necessidades de mão de obra na indústria dita tradicional são bem menores graças ao progresso tecnológico e mesmo que rasgue todos os tratados de comércio, isso o João Rodrigues não consegue desfazer... Não será possível restaurar os bons 'blue collar jobs' cuja perda é em larga medida causa da raiva presente em Inglaterra, lá ou cá. E Portugal nunca será uma autarcia (nem nunca foi), aliás os supostos exemplos egrégios que existem (Venezuela e Coreia do Norte) não são nada egrégios... Pode fazer todos os diagnósticos que quiser, aliás alguns bem certeiros, porque enquanto as 'alternativas' que apresenta forem as que são, não vale a pena colocar a culpa na elite liberal de Esquerda. A ideologia e a política são indispensáveis, mas não são substitutos de bom planeamento económico baseado no que existe e enquanto os chavões forem sempre os mesmos, a classe operária prefere colocar as culpas na imigração, ou menos aí, julgam eles, é possível expulsar os imigrantes rapidamente. Depois queixe-se...
"Quando se revelam os extremos e se ignoram os factos essenciais é fácil construir frases certas... não fazem erradas..."?
Mas que disparate é este? Que fraude intelectual é esta?
Então se os extremos não se revelarem o que acontece ? E se não se ignorarem os factos essenciais?E quem define os factos essenciais? E o que serão frases certas? E as frases erradas serão também o quê? São as que se opõem às certas? Mas como estas se opõem? E quem diz errado ou certo?
Isto não é uma frase, é uma colecção de retalhos com um resultado oco, num concurso para a dialéctica da Hola cá da casa.
Um post fundamental de João Rodrigues.E corajoso
A esfregar na cara de todos os que consideravam que não havia alternativa.A todos os que gritaram em uníssono por esta UE sem vergonha e sem escrúpulos.
"Mas porque é que os velhos não vão morrer longe? Mas porque é que os pobres não se reduzem à sua insignificância social e não calam a matraca desdentada? Mas porque é que os do campo não aceitam que os seus horizontes são estreitos e não desocupam o palco da história? E porque é que a classe operária não percebe que vive numa sociedade toda pós-industrial e financeirizada e que faz parte do passado? Porquê? Isto é o século XXI e este século não é para incultos"
Uma bofetada. Uma autêntica bofetada na face lustrosa,gorda ou magra, com água de colónia ou sebenta, de todos os néscios comentadores destes e de todos os sítios.
Jaime Santos, compreendo e partilho de muitas das suas preocupações.
O país precisa de se reindustrializar, isso é uma evidência, perdeu um terço dos seus trabalhadores na indústria desde que aderiu ao euro. Mas é claro que o modelo não pode ser a combinação de baixa sofisticação tecnológica com salários de miséria, a ver se compete com os países em vias de desenvolvimento.
O problema é que esse é o modelo para que nos arrasta o euro.
E também as políticas estruturais de direita que o governo PS insiste em prosseguir, entre elas a da manutenção da dívida usurária e insuportável, que nos rouba anualmente quase um orçamento da saúde (ou mais de um orçamento da educação) em juros, em detrimento do investimento público de que o país está tão carenciado.
Políticas aliás contraditórias com o apreciável esforço, ainda que insuficiente, de repor salários, rendimentos e direitos, o grande mérito dos acordos com os partidos à esquerda ou, se gosta da expressão do Pulido Valente recuperada com graça pelo Portas, da “geringonça”.
Portugal desde que aderiu ao euro, em janeiro de 1999, é quase o país que menos cresceu no mundo.
Repito. Dos perto de duzentos países da ONU, Portugal, desde que adotou a moeda única, é quase o país que menos cresceu no mundo. Só ultrapassado pela Grécia e a Itália, não por acaso também na periferia do euro, e uma meia dúzia de países minúsculos ou violentamente atingidos por guerras.
Como não cresce, não consegue libertar verbas para investir. Como não investe, não cresce. E daqui não saímos.
O investimento, público e privado, relativamente ao PIB, desceu aos níveis mais baixos pelo menos desde a década de 50. Isso com governo de direita ou com governo “geringonço”. Uma consequência praticamente inelutável da permanência no euro, da sua institucionalização da austeridade e da restrição do gasto público.
Como tem alertado Jerónimo de Sousa, a situação tem-se agravado especialmente. Este é o quinto ano consecutivo que o investimento, a formação bruta de capital fixo, não compensa sequer o desgaste e a desatualização das maquinarias, equipamentos e outros instrumentos da atividade económica.
A verdade é que o país está a descapitalizar, a degradar a sua capacidade produtiva.
Assim sendo, como é que havemos de crescer sustentadamente, que futuro temos?
Ninguém com um mínimo de bom senso argumenta que a saída do euro é, por si só, a solução nacional. Mas ela é, sem dúvida nenhuma, uma condição necessária, impreterível e a meu ver inadiável, de romper com esta tendência de subdesenvolvimento e de empobrecimento, independente das boas ou más vontades de quem estiver no governo.
Não uma condição suficiente – embora propiciadora –, mas sem dúvida uma condição necessária para voltar a crescer sustentadamente e a desenvolver o país.
Não cabe aqui, em curto comentário, discutir mais concretamente o modelo de desenvolvimento. Mas a conclusão é clara. Sem sair do euro, pode haver modelos, não há é desenvolvimento.
Oxalá os bloquistas, que tanto quanto percebo fazem mais uma Convenção sem uma palavra sobre isto (pelo menos a sua corrente hegemónica), acordem de vez.
Ao iletrado das 11:56:
Lê devagarinho...
Para trocar revelar por relevar deves ser o Cuco,
Será que esta gente não vai chegar a velho..?
Estarão contra a sua própria natureza?
Bem…isto da “Lei da Vida” nem pra Burro, e´ que este não e´ parvo. E´ que quando chega a hora da verdade dizemos todos altaneiros – Antes ele que eu –.
Que se entristeçam pela derrota sofrida e´ natural, e´ tao natural como os que se alegram com a vitória.
Somente o capital por não ter pátria se satisfaz na integra.
Ele, semeador destas Odes Imperiais- Grexites e Brexites e outros Cânticos mais generosos como a não Independência do Saraui da Mauritânia e de Marrocos ou o Bloqueio a Cuba ou a Guerra Económica contra Venezuela entre tantos crimes actuais… Por que a Nova Guerra Fria já começou. Os Srs. Do Imperio gozam com os vassalos europeus.
Parece não terem percebido que a –Europa dita comunitaria - e´ uma Cabeça a decepar… Só um Imperio existira´- USA – e mais nenhum. E´ a Order number one. de Adelino Silva
Caro anónimo das 15h30, Obrigado pelo seu comentário ao meu comentário. Eu já defendi aqui, e mantenho-o, a saída de Portugal do Euro e a necessidade de prepararmos um plano para isso, até porque podemos ser confrontados com uma desagregação súbita da Moeda Única. No essencial concordo consigo, a principal causa do crescimento inexistente desde 2001 foi a adesão ao Euro. Mas, também fiz notar que mesmo no caso de uma saída acordada com a UE, sem primeiro resolvermos os problemas do setor bancário (o principal calcanhar de Aquiles da Grécia no ano passado) e sem um planeamento rigoroso que tome em conta a distribuição de nova moeda (que segundo Louçã e Ferreira do Amaral levou 18 meses no caso do Euro), medidas de contingência que salvaguardem o abastecimento de bens essenciais e combustíveis e o seu racionamento, acumulação de reservas de moeda estrangeira (dólares e euros, provavelmente), o mais certo é o caos económico durante algumas semanas, pelo menos, o que faria aquilo que se passou na Grécia o ano passado e que forçou Tsipras (e bem) a capitular de maneira humilhante, parecer pouco em comparação. Não brinquemos com isso, se pessoas morrerem por falta de assistência nos hospitais, por exemplo, quem embarcar nessa aventura ficará com sangue nas mãos, não há outra maneira de dizer isso. Depois, no ano subsequente, há que controlar a inflação. Louçã e Amaral no seu livro situam-na em 10%, mas eu não acredito de todo nisso, acho que será pelo menos o dobro. Se os governantes derreterem as poupanças da classe média, ela irá votar na Direita, mesmo na Extrema-Direita, como aconteceu na Alemanha dos anos 30. Todas as conquistas sociais dos últimos 40 anos, incluindo as mais recentes relativas aos direitos de género, e apoiadas por toda a Esquerda, ficarão soterradas debaixo da ação um governo clerical, como acontece na Hungria e na Polónia. A esta tendência que alguma Esquerda da Esquerda tem para querer enterrar tudo o que existe porque não chega, o Ricardo Alves chamou e bem 'pulsão de morte' (http://esquerda-republicana.blogspot.pt/2016/06/a-pulsao-de-morte.html). As pessoas comuns querem é ter uma vida decente e que os seus governantes lhes resolvam os problemas e não saltos no escuro. Agora, não sejamos ingénuos. Quem defende um regresso ao keynesianismo como resolução de todos os problemas da Europa não conhece o pensamento de Keynes. Keynes era um Liberal que defendia políticas contra-cíclicas (austeridade em momentos de crescimento económico para evitar bolhas e investimento público em períodos de contração para evitar recessões), e que provavelmente detestaria o Estado Providência na versão que se desenvolveu no pós-guerra (ele já não assistiu a isso). Terá sempre que haver alguma forma de austeridade. Mas, para além disto, o fraco crescimento a que assistimos no Ocidente tem, na minha modesta opinião, causas mais profundas do que simplesmente a globalização, o modelo neoliberal ou a introdução do Euro. O nosso modelo económico já está tão desenvolvido que o processo de inovação não permite ganhos significativos (mesmo se tem consequências profundas na destruição das chamadas 'blue-collar jobs'). As pessoas podem votar mil vezes nos populistas (eles depois começam logo a pedalar para trás ns promessas, como já acontece no RU), que não adianta... Quanto à reindustrialização, note que o processo de automação implica que uma indústria desenvolvida não cria muitos empregos. Há um artigo muito interessante do Krugman sobre um livro recente, veja em: http://www.nytimes.com/2016/01/31/books/review/the-powers-that-were.html?_r=1. O populismo pode definir-se como a tentativa de dar respostas simplistas a questões complexas. Retórica política inflamada à parte, os políticos do PCP/PEV e do BE são bem mais inteligentes e honestos do que isso...
Será que:
A Escócia não tem velhos?
A Escócia não tem pobres?
A Escócia não tem habitantes no campo?
A Escócia não tem classe operária?
Diz o das 13:18: «O problema é que esse é o modelo para que nos arrasta o euro.»
Um mantra como outro qualquer!
Bons salários na indústria significa qualificação em meios tecnológicos.
Onde é que a saída do euro nos traz tudo isso?
Para a nova moeda ser atrativa ao investimento tecnológico importa que ele seja estrangeiro e a nossa moeda favorável em salários e tudo o mais.
Só há uma boa razão para sair do euro; desvalorizar salários e baixar o nível de vida sem que os 'progressistas' se declarem violados empunhando a Constituição.a
Unabomber está a inverter o que se disse e o que se diz.
Ninguém utilizou os velhos, os pobres, os habitantes no campo como justificação para a vitória do Brexit.
Quem o fez, da forma conhecida foi o campo derrotado. A César o que é de César.A canalhice a quem é canalha
"Quando se relevam os extremos e se ignoram os factos essenciais é fácil construir frases certas... não fazem erradas..."?
Mas que disparate é este? Que fraude intelectual é esta?
Então se os extremos não se relevarem o que acontece ? E se não se ignorarem os factos essenciais?E quem define os factos essenciais? E o que serão frases certas? E as frases erradas serão também o quê? São as que se opõem às certas? Mas como estas se opõem? E quem diz errado ou certo?
Isto não é uma frase, é uma colecção de retalhos com um resultado oco, num concurso para a dialéctica da Hola cá da casa.
O cuco é uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves. O sujeito que anda aos cucos parece que tem um problema pessoal com um deles.Mas a tolice e a pérola à Hola permanece na íntegra.
Parece-me é que o João Rodrigues terá que se começar a queixar em Scots...
Mas se calhar não existe classe operária na Escócia. São todos uns europeístas. Deve ser o tal "elitismo" e a "arrogância de classe".
"Brexit! Acontecimento literalmente histórico.
Para as elites mundializadas, ele ultrapassa os piores pesadelos e era, na realidade, inconcebível.
Para aqueles que seguem atentamente a actualidade europeia, e estão conscientes da crescente rejeição popular que a UE inspira com muita razão, ele ao contrário era previsível.
Em primeiro lugar, uma constatação salta aos olhos. É verdade que uma parte da burguesia inglesa apoiou a opção de retirar o Reino Unido da União Europeia. Mesmo assim a clivagem é gritante: de um lado, as elites institucionais e políticas (e sindicais, com algumas louváveis excepções), a City, os bancos , os patrões das grandes empresas (1300 deles haviam lançado um apelo final dois antes do escrutínio) – e os meios urbanos abastados; do outro, os bairros populares, as cidades operários e os arrabaldes abandonados, as regiões desindustrializadas e no abandono.
É este fosso que acima de tudo determinou o resultado . Basta de resto ouvir as piadecas odiosas que se jorram contra estes "meios desfavorecidos" dotados de "um nível de educação inferior", "irracionais e movidos pelo ódio". Este desprezo de classe, aumentado pelo despeito da derrota, diz muito sobre a natureza real do que estava em jogo"
Pierre Lévy
"O mesmo se diz da longa lista interminável dos membros da Santa Aliança que, durante meses, tudo tentou – em particular uma incrível chantagem do caos – para evitar o "cataclismo" anunciado: G7, chefes de Estado e de governo, ministros, dirigentes de multinacionais, banqueiros, agências de notação, OCDE, FMI... Os EUA obtiveram a palma quanto a isto, com uma visita especial a Londres do presidente Obama ...
Naturalmente, cada país tem a sua própria cultura política. Mas esta oposição entre os "do alto" e os "de baixo" da sociedade é uma constante que se reencontra em todas as consultas sobre a Europa. Pois este manguito dirigido a Bruxelas é o quarto em menos de um ano. Os gregos (Julho 2015) , os dinamarqueses (Dezembro 2015) e os holandeses (Abril 2016) já haviam pronunciado um Não atroador aquando dos referendos quanto à Europa.
Esta geografia social da recusa da integração europeia fora particularmente impressionando no referendo francês de Maio de 2005 que rejeitou o Tratado Constitucional Europeu (TCE). Um escrutínio que constituiu de certa forma um primeiro tremor de terra no seio da UE.
Na época, foram os operários, e mais geralmente o mundo do trabalho, os explorados, os dominados, que se revoltaram contra o projecto europeu de que se poderia resumir assim o objectivo mais essencial: retirar aos povos ("povos" no sentido político e não étnico) a liberdade de determinar as grandes escolhas que condicionam seu devir. A expressão mesmo de "comunidade de destino" (como se definiu a UE) diz tudo: proibição de fazer escolhas diferentes daquelas da "comunidade" e, sobretudo, o "destino" ultrapassa a vontade humana..."
Pierre Lévy
Violados?
Alguém aí em cima fala em violados?
Mas a cretinice já chegou ai? A raiva a sair-lhe dos poros entupidos pela ideologia de extrema-direita já atingiu estes níveis de idiotia malcriada?
Este tipo é um fanático da UE.Está frustrado e perturbado pelo Brexit.Afinal parece haver outros caminhos.
Ainda bem.Que os há e que está frustrado
Melhor empunhar a Constituição que o cacete.
Não é mesmo?
"«O problema é que esse é o modelo para que nos arrasta o euro.»
"Um mantra como outro qualquer!" Diz, com o inevitável tom peremptório que um ponto de exclamação acrescenta, um sujeito que gosta de utilizar o termo "mantra" como missa beata.
"Bons salários na indústria significa qualificação em meios tecnológicos".
Bons salários? e onde? A 500 euros?
E qual industria? A que o euro destruiu e que Cavaco apadrinhou?
Assista-se com um esgar de gozo ao fado faduncho e veramente piegas do das 21 e 03.
"desvalorizar salários e baixar o nível de vida"
Veja-se como o das 21 e 03 luta pelos trabalhadores e pelo nível de vida. Ele, logo ele, que vomita o seu ódio a uma coisa tão simples como o salário mínimo nacional e que passou 4 anos a bater palmas ao roubo de salários e de pensões.
Há aqui qualquer coisa que não cola.E a conclusão é simples. Há de facto multiplas razões para sair do Euro.
A inevitabilidade dos caminhos tornados missa pelo neoliberalismo predador sofreu um grande choque.Em público e em directo.
Percebe-se a agitação e o desconforto
«Há de facto multiplas razões para sair do Euro.»
Por uma vez Cuco, consegues dizer quais sejam sem um ror de inanidades?
"O fundamentalismo democrático esgrimido por uma certa esquerda contra o BREXIT, além de ser de matriz neoconservadora, goza da companhia da direita plutocrática “defensora da Europa e dos direitos sociais” , como na “Quadratura do Círculo”, Lobo Xavier se encarregou de ilustrar, mostrando-se muito preocupado com a sorte dos trabalhadores ingleses que iriam (na altura ainda não se acreditava na vitória do “leave”) ficar sem a protecção da Europa".
Parágrafo único e revelador de JM CORREIA PINTO. Ou de como os factos podem ser vistos e interpretados de maneira muito diversa.
Lobo Xavier é mesmo a companhia ideal para os trabalhadores ingleses.Ou mesmo portugueses quiçá.
Porque motivo o João Almeida diz que lhe parece que o João Rodrigues terá que se começar a queixar em Scots... ?
E depois o mesmo Almeita acrescenta duas enigmáticas frases "Mas se calhar não existe classe operária na Escócia. São todos uns europeístas. Deve ser o tal "elitismo" e a "arrogância de classe".
Ora bem. A incapacidade de perceber o que se escreve tem um nome. Claro que se poderia dizer que tal é devido a um qualquer fundamentalismo ideológico. Ou a ambos.
João Rodrigues o que afirma e que desmascara é o elitismo e a arrogância de classe. Cita-se "o europeísmo realmente existente transforma-se facilmente, tão facilmente, na última reincarnação do elitismo e da arrogância de classe". Porque quem andou a manifestar tal foram mesmo os tais "europeístas" com uma série de afirmações tão pedantes, como inequívocas.
Basta ler. E atentar no primeiro parágrafo portentoso deste post:
"Mas porque é que os velhos não vão morrer longe? Mas porque é que os pobres não se reduzem à sua insignificância social e não calam a matraca desdentada? Mas porque é que os do campo não aceitam que os seus horizontes são estreitos e não desocupam o palco da história? E porque é que a classe operária não percebe que vive numa sociedade toda pós-industrial e financeirizada e que faz parte do passado? Porquê? Isto é o século XXI e este século não é para incultos".
Passa por aqui também uma questão de ignorância do que é a lógica.Mas enquanto ficou demonstrado que o elitismo e a arrogância de classe teve paternidade e maternidade reconhecidas, já a tontice de não haver classe operária na Escócia ou que são todos uns europeístas sai exclusivamente da cabeça exclusiva de João Almeida.
É que as acusações de "elitismo" e "arrogância de classe" que melindraram o Almeida não derivaram da votação, mas sim da reacção dos que agora tentam tudo para reverter a votação. Pelo que ir pegar na votação dos escoceses ou na sua futura votação para o que quer que seja e tentar colar aos outros a ignorância e ou a frustração pelo sucedido é simplesmente um auto-atestado de iliteracia ou de manipulação ideológica.
As caixas de comentários dos jornais são perfeitas para encontrar gente que não sabe ler.
O Ladrões é melhor, mas não escapa aos leitores/comentadores a sofrer de iliteracia. Escrever escrevem, mas não sabem ler, nem perceber o que leêm.
Veja-se o comentário de João Almeida a 25 de junho de 2016 às 23:41.
A solução é um rendimento básico para todos os Europeus, pago pelo excesso de liquidez da economia alemã. Aliás, a economia alemã tem excesso de liquidez porque andamos todos a trabalhar para ela desde a entrada do Euro. Não seria mais que devolver a quem contribuiu, tipo Robin dos Bosques.
A solução é um rendimento mínimo garantido é igual para todos os europeus, pago pelo excesso de liquidez da Alemanha. Esse excesso vem dos lucros fabulosos que têm feito à conta de um Euro mantido fraco pelos países do Sul, ou seja, à conta do nosso trabalho. Portanto só se estaria a devolver o seu a seu dono. Pondo o dinheiro a circular (e a classe média GASTA o dinheiro, não o mete no banco nem na Bolsa) a economia melhorava é muito, criavam-se empregos devido ao aumento do consumo e por aí fora... Simples...
Quem viu ontem o "eixo-do-mal", ouviu perguntar por que é que os velhos "condicionam com o seu voto o futuro dos jovens"?
Abjecto, execrável, desonesto!
Realmente, a luta de classes agudiza-se cada vez mais à medida que se aprofunda a crise geral do capitalismo.
Para o sujeito das 10 e 04:
Talvez pedir polidamente com um por favor à frente e um pedido de desculpas a todos nós pelo comportamento trauliteiro e malcriado. E depois provavelmente alguém dar-lhe-á as respostas às questões que ignora.
Mas basta sair da sua zona de conforto e ir em busca da resposta. Aqui neste post por exemplo já as há variadas e certeiras
Porque quem convocou o referendo fê-lo para renovar o capitalismo que estagnou no seio da CEE - os que se entristeceram com o resultado do Brexite, como o 1º ministro português podem ficar descansados - A desigualdade e a competição capitalistas serão mais refinadas e tudo indica, mais catastróficas para os povos.
O esquema prevê nova correlação de forças como novos fenómenos e processos, de formação de novas alianças reacionárias. Afloram já contradições internas e externas no seio das politicas centrais, quer sejam socialistas-sociais-democráticas-populares que não mais poderão ser superadas por compromissos frágeis e temporários.
Pena e´ partidos de esquerda apoiarem governos que tudo fazem para preservar o sistema euro-europeu! De Adelino Silva
Ninguém terá perguntado aos jovens que foram combater e morrer na primeira grande guerra a sua opinião sobre o seu futuro.
Ninguém perguntou aos nossos jovens que foram sofrer e morrer em defesa do colonialismo e dos grandes interesses do Capital qual a sua opinião sobre o seu futuro.
Mas nenhum dos criminosos que conduziram os povos à guerra se lembrou destas insignificâncias..
Agora foram perguntar a todos qual a sua opinião sobre o que pretendiam. A diferença é abissal. Quem defende e exprime este tipo de argumentos, em relação ao condicionamento do futuro dos jovens após uma auscultação popular, é mesmo aquilo que aí em cima o Edgar escreve: "Abjecto, execrável, desonesto"
A pergunta que se coloca é : até que idade se poderá votar, de acordo com o conceito de trampa de democracia por parte desta gente sem vergonha?
Já agora e muito a propósito, não há nada como pegar num post antigo do Ricardo Paes Mamede (mas que se mantém atual) para lembrar que Portugal para continuar a desenvolver-se tem que continuar a ser uma economia aberta, com Euro ou sem ele, com UE ou sem ela (https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2013/01/5-ideias-sobre-reindustrializacao.html). E, nesse sentido, mesmo imaginando que conseguíamos sair do Euro e da UE sem grandes sobressaltos (o que é altamente duvidoso) e, digamos, continuar no Mercado Comum nas condições da Noruega, seria indispensável manter o acesso aos mercados financeiros internacionais para conseguirmos investir. O que implicaria uma política orçamental prudente, verdadeiramente keynesiana. Não vale a pena prometer tudo a todos, João Rodrigues, porque não se faz o que se quer, faz-se o que se pode. Aliás, a Economia é a Ciência da Escassez, mas parece que há pessoas que não gostam de se lembrar disso...
Edgar, porquê esse tipo de sensibilidade?
Parece razoável investir em plásticas ou implantes dentários a partir de uma certa idade?
Aceito a sugestão do das 16:21.
Peço polidamente com um por favor à frente e um pedido de desculpas a todos por qualquer coisinha que:
1 - me deem duas razões porque devamos sair do euro.
2 - me expliquem como a moeda própria não acarreta mais baixos salários (poder de compra); se só no curto prazo, por quanto tempo?
Não se percebe bem o significado do comentário sobre as plásticas e os implantes dentários .
O que quererá dizer este tipo?
Que anda à cata duma plástica? Que precisa de um implante?
Ambas as coisas estão na moda e são moda entre os burgueses e as burguesas; no primeiro caso mais comum entre os que têm um ventre rotundo e proeminente; no segundo entre os que já não têm dentes.
Mas deixemos as pieguices particulares de quem parece que precisa mesmo de dois implantes, como o demonstrou aqui a propósito duma citação falsa sobre a Thatcher
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/06/riscos-de-uma-democracia-centralizada.html
Curiosamente volta-se a tentar vender a ideia que há uns mais iguais do que outros. A saber fica por se saber qual a idade a partir da qual o direito de voto está interdito. Porque as negociatas sobre as plásticas e os implantes com que esta coisa nos brinda podem ter muito interesse para quem vende a própria mãe se tal lhe der lucro. Mas aqui no caso em concreto são apenas reveladoras de pesporrência anti-democrática e boçal.
A extrema-direita está nisto. A direita extrema é isto. Depois ainda dizem que ela votou no Brexit.
Saia agora uma plástica para o velhote das 00.00 , antes que o velhote saudosista do tempo da outra senhora atinja a idade para não lhe ser mais permitido brincar ao burguesinho contente e plastificado.
Qual sugestão?
Razões para sair do euro?
Mas já lhas disseram. Afinal não saiu da sua zona de conforto e agora vem fazer a rábula do Egas Moniz com a corda ao pescoço?
Ande vá.Marche em busca das respostas como marchava nas colunas da mocidade portuguesa e na tropa colonial.
O das 04:00, como não consegue articular as 4 linhas que fariam a resposta, remete-me para um mestrado em treta!
Ó das 20 e 44
Fariam a resposta?
Vossemecê pensa que isto é como a cantiga do "Lá vamos cantando e rindo" do tempo da outra senhora em que o sim-sim servia como palavra de passe para que passassem todas as pulhices ?
Ou pensa que a questão se arruma com os slogans da ordem do tempo da Alemanha hitleriana?
Vamos. Sair da zona de conforto e deixar-se dessas pieguices manhosas.
O referido mestrado nem o é ( não estamos numa privada em que se cobram rendas). Nem o é em treta. Porque esse é um mestrado da sua exclusiva frequência.
Mais uma vez a fuga. Nem implantes o safam
Enviar um comentário