Rolling Stones e alguém a dançar à frente de um Passos Coelho em decadência, a prazo, pregado ao chão, estonteado, que vai dizendo umas coisas ("isto não é governar, isto é desfazer") ou fazendo propostas que ninguém acredita que sejam sinceras ("que se forme uma comissão no Parlamento para em seis meses fazer a reforma da Segurança Social"). E de repente, pimba!
Ou quando temos aqueles deputados na primeira bancada, a rir-se de coisas sem graça, sem respeito nem solenidade. E do outro lado alguém surge a exigir que o tratem pelo nome que escolheu para si sob pena de ser destruído no ringue. Ou mais humilhado quando passou todo o combate a perguntar-lhe: "Qual é o meu nome?" "Qual é o meu nome?"
Ou quando usa as palavras com a mesma velocidade e certeza dos seus punhos, nomeadamente contra a comunicação social que o questionava porque não ia combater na guerra do Vietname. Ou quando solenemente disse em declaração pública que, como muçulmano, desejava apenas a paz. Ou apenas a sua arrogância arrebatadora (tentem abstrair-se da música de fundo...). Ou, mais tarde, já mais lento, mas usando agora apenas o seu humor para cativar e destruir o adversário.
Ali foi muito mais do que apenas um pugilista. Às vezes, sinto a falta de alguém a dizer estas coisas desabridas, directas, pensadas. Velozes e certeiras. Mortais, no sentido político do termo.
P.S. Para uma a biografia política de Ali, muito completa e escondida, leia-se aqui.
10 comentários:
Uma bela homenagem. A um Homem que com, as suas contradições , mostrou por vezes uma grande categoria.
E que deixou muito troglodita racista ou fundamentalista religioso a espumar pela boca
Tudo sentimentos pouco comuns em estado de controlo de situação.
"Ou quando temos aqueles deputados na primeira bancada, a rir-se de coisas sem graça, sem respeito nem solenidade"
Tem toda razão é mesmo desrespeitosa essa forma de estar.
O respeitinho é muito bonito?
Quem não se dá ao respeito não merece ser respeitado.
Com uma geringonça em permanente exploração caluniosa e cínica de uma austeridade que o pensamento e a acção socialista cavou, ao trágico da situação só o ridículo é no momento lenimento possível.
Passos Coelho nunca poderia gostar do grande Muhammad Ali, desde logo porque ele se recusara a ir estupidamente para o Vietname.
O homem está desesperado, ainda continua a falar de um "primeiro-ministro derrotado"! Como não tem ideias, faz ataques a entidades e pessoas.
Para ele, governar é o quê? Continuar a untar as mãos de uma certa minoria que se serve dos colégios privados? Usar e abusar de fundos públicos e comunitários para empresas da treta como a Tecnoforma? Será que ele conhece o Princípio de Peter?
Dias e a banalidade esquerdalha a que nem o princípio de Peter de aplica pois nunca saem do rasteiro sound byte.
cagalhão zé
nem devias estar aqui a conspurcar um post sobre o grande Ali
um cobarde como tu não tem lugar aqui, paspalho imundo
tu és a antítese dele
não tens coluna vertebral, não tens honra, és um canalha e um cobarde que está contra os fracos e a favor dos fortes
Já ninguém leva Passos a sério! E é isso que incomoda a direita desesperada.Mais aqui:
http://geringonca.com/2016/06/05/sim-e-possivel/
Três, três comentários irrequietos e esbaforidos a denotar a falta de controlo da situação por parte de quem não gosta que lhe esfreguem nas fauces o exemplo de alguém com uma dignidade e uma verticalidade muito superior à sua.
Um vale tudo travestido de falso sound-byte que assim expressa a sua indigência intelectual. Ao mesmo tempo que o clássico lambe-botismo a Passos Coelho, irritado com o tiro certeiro de Dias.
Quanto ao princípio de Peter...
Como se sabe o jose ou Jgmenos não gosta do conhecimento. Gosta mais de sound-bytes e das lantejoulas do anterior governo. Odeia mesmo quem lhe demonstre por A mais B que o neoliberalismo é uma fraude e um crime. Daí o seu rancor a tudo o que lhe cheire por mais longínquo que seja a "ciência".
E a prova aí está , nesse desconchavado e ignorante "nem o princípio de Peter de aplica"
Pois não, pobre coitado, à procura do Peter e do(s) seu(s) princípio(s), na roupa interior e azeda da austeridade uber alles que defendeu até ao seu tutano
Heil Passos como já foi Heil salazar não era mesmo?
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