sexta-feira, 24 de junho de 2016

Uma primeira tomada de posição

O povo britânico decidiu de forma soberana os destinos do seu país. Esse facto não pode senão ser saudado e respeitado, tanto mais que este referendo se realizou num quadro de gigantescas e inaceitáveis pressões e chantagens, nomeadamente dos grandes grupos económicos transnacionais e do grande capital financeiro, bem como de organizações como o FMI, a OCDE e a própria União Europeia. Este resultado é assim, também uma vitória sobre o medo, as inevitabilidades, a submissão e o catastrofismo.

Excerto da clara e corajosa declaração do eurodeputado João Ferreira, em nome dos comunistas portugueses e em contracorrente face à emergente barragem mediática. Espero que não fiquem sozinhos por cá do ponto de vista partidário. As esquerdas não podem abandonar o terreno da soberania que é popular.

37 comentários:

Jose disse...

Alguns treteiros já começam a adiar a invocação do artº 50º.
Espero que haja outro artigo que os mande para casa rapidinho.

Os progressistas, gente nacionalista por excelência, louvam com entusiasmo o voto da velhada tradicionalista e saudosista.
Gente da melhor qualidade!


Anónimo disse...

cagalhão zé

lamento mas tu é que fazes parte da "velhada tradicionalista e saudosista"
no teu caso trata-se de gente da pior qualidade

quanto ao artigo
as formidáveis elites que tanto admiras hão-de tentar adiar primeiro e depois arranjar mecanismos que possam substituir a coisa
business as usual

mas fica dado o recado
e não percebo tanto gáudio da parte de alguns
a extrema direita anda noutros lados a capitalizar a insatisfação
vêm aí tempos sombrios
tempos de transição
é preciso muita cautela e muita audácia ao mesmo tempo

Anónimo disse...

Alguns treteiros?

Eis uma boa forma de começar um debate.

Será por isso que a propaganda neoliberal imita uma outra propaganda de outros anos.

Prefere frases curtas em jeito de panfleto propagandístico

E parte logo para o salivar insulto

Anónimo disse...

João ferreia é lapidar quando chama a atenção para algo importantíssimo:
"este referendo realizou(-se) num quadro de gigantescas e inaceitáveis pressões e chantagens, nomeadamente dos grandes grupos económicos transnacionais e do grande capital financeiro, bem como de organizações como o FMI, a OCDE e a própria União Europeia.

E é uma clara vitória sobre o "medo, as inevitabilidades, a submissão e o catastrofismo". Sobre as vias únicas, proclamadas e berradas até à exaustão pela coorte neoliberal austeritária que nos saqueou e que nos saqueia.

Anónimo disse...

A ideia é legislar de acordo com os interesses da turba frustrada e irritadiça?

Pelo que se pede mais um artigozito, a sair rapidinho. Para cumprir estes desejos ou para impedir que se manifestem as carpideiras atarantadas.

Anónimo disse...


Afinal, para que servira´ esta democracia burguesa se não resolver as questões da própria burguesia?
Enquanto estivermos amarrados aos cânones burgueses, continuaremos como sempre a´ espera que os “Nossos representantes” decidam por nós …
”Os nossos aliados” RU, em ritmo burgues, disseram sim a´ saída da união europeia. Foi verdade, foram mais felizes que nós… expressaram a sua vontade.
Por ca´, e em nome da república, o 1º Ministro diz-se triste com a solução dos “Súbditos de sua majestade” e o Presidente da Republica APRESSOU-SE a dizer que a pátria ca´ estava para proteger os nossos concidadãos la´ residentes como se, se tivesse dado um cataclismo na GB…
Em nome da Republica e da Democracia, os burgueses-mandões de ca´ só dão liberdade de expressão aos comentadores da casa, a Escócia, a Irlanda do Norte um horror atras de outro, e a Libra, que desgraça senhores. Mas descansem os agora tristes…vai ser por pouco tempo…de Adelino Silva

Anónimo disse...

Eu sei que o rótulo de darwinista social ao das 15 e 21, o irrita sobremaneira porque, sendo um adepto entusiasta de tal "doutrina", prefere ocultar tais inclinações. A "propaganda" a isso o obriga

O pior (para ele) é que tudo o que diz mostra a marca indelével desta sua posição ideológica. O direito do mais forte ao saque.

Agora parece que há dois tipos de votos: os jovens predestinados ao sucesso com o gozo pleno dos seus direitos cívicos e os outros, que constituem os votos da velhada qualificada como "tradicionalista e saudosista"."Gente da melhor qualidade!" dirá num jeito particularmente repugnante

Simplesmente obsceno tal distinção, reveladora da pesporrência anti-democrática da direita-extrema

Anónimo disse...

Há no entanto um pormenor picaresco.

É que quem crisma os demais como "velhadas tradicionalistas e saudosistas" é alguém com patologia de idade avançada, assuumido tradicionalista e confesso saudosista do regime salazarista.

Que falta faz algum sentido de auto-crítica. Ou, na sua falta, um espelho à frente de.

Jaime Santos disse...

É curiosa a forma como o deputado João Ferreira se refere ao povo britânico, como se este fosse uma pura abstração que tomou a decisão que tomou acima dos políticos e das questões individuais que dominaram a campanha. Quase diria que ele está a prestar 'lip service' à cartilha anti-europeísta do PCP. Por trás, duvido que isto seja bem visto lá para os lados da Soeiro Pereira Gomes, porque eles são excelentes táticos... Já o mesmo não sei se posso dizer do João Rodrigues. Entretanto, o putativo próximo PM do RU (ou do que sobrar dele), Boris Johnson, diz que não deve haver pressas em sair e Nigel Farage reconhece 'o erro' (leia-se a demagogia) da campanha do Leave em prometer 350 milhões de libras semanais ao NHS (que ele em tempos defendeu que deveria ser privatizado). Enfim, o costume. Jeremy Corbyn já está a ser desafiado por dois MPs pela sua participação pouco convicta (digamos assim, para não lhe chamarmos reserva mental) na campanha do 'Remain'. Esperemos que tenha o fim que merece, já que não entendeu o que estava em causa e colocou a ideologia à frente daquela coisa chata (como dizia Macmillan) 'Events, my dear boy, events!'. Por fim, Bruxelas quer que o RU saia o mais rápido possível. Sem dúvida que será do interesse da UE que não se sacrifiquem mais princípios numa futura negociação, como ocorreu com Cameron e como lembrava hoje bem Francisco Louçã. Para haver acesso ao Mercado Comum nas condições da Noruega ou Suíça, deve haver livre circulação de pessoas, o que não sei se será do agrado da maioria dos que votaram para sair... Agora, esperemos que Bruxelas não pense aplicar punições a Londres como fez com Atenas há precisamente um ano, seria um erro crasso e injusto para os britânicos, apesar de tudo...

Augusto disse...

Esquece o senhor do PCP, que o primeiro vitorioso desta consulta é o Farage , personagem racista e xenófoba, esquece o senhor Ferreira que foram Le Pen, o Grillo, os fascista suecos, holandeses, austríacos os primeiros a congratular- se, esquece o senhor Ferreira a alegria do Trump, e já agora do Poutine. Por ultimo e não menos importante esquece o PCP a angústia de centenas de milhar de portugueses que vivem na Grã - Bretanha.
Ás vezes o PCP deveria pensar um pouco antes de fazer declarações.

A Europa alemã sofreu um rude golpe, sem dúvida, mas esse golpe foi-lhe dado pela extrema-direita racista e xenófoba, por isso como homem de esquerda não me posso congratular.


Anónimo disse...

É preciso uma esquerda que saiba resistir às pressões do grande capital financeiro, do grande capital transnacionalizado, da UE, do FMI, da OCDE, dos Estados Unidos, de tudo o que há de mais poderoso no mundo capitalista, que sentiu instintivamente que se lhe punha em causa uma das suas mais importantes instituições e se lançou enraivecido na sua defesa.

Uma esquerda, que solidamente implantada na perspetiva da defesa da democracia, do progresso social e da cooperação entre os povos, naturalmente rejeitou antes e, por maioria de razão, naturalmente rejeita agora depois do referendo as infames insinuações de associação com forças conservadoras, reacionárias, racistas ou xenófobas que vitoriaram o resultado do referendo no Reino Unido.

Insinuações invocadas como pretextos por todos aqueles, que antes e depois, cobardemente calaram onde de facto jogou todo o seu peso o grande capital monopolista transnacional, as suas organizações, os seus representantes, os seus porta-vozes, os seus serventuários, incluindo, objetivamente, isto é, independentemente dos seus votos piedosos, os seus pequenos valetes como o patetinha do Rui Tavares.

Nenhuma rutura, nenhuma transformação social, nenhuma grande modificação política (e muito menos nenhuma revolução, que não está em causa), se faz sem estar prenhe de contradições, que se expressam também nos campos que as promovem e se lhe opõem, mas nenhuma força progressista (para já não dizer revolucionária) avança, contribui para as conquistas dos povos e deixa a sua marca nas realizações históricas da incessante busca de liberdade e justiça social se não souber aproveitar os desentendimentos, as divergências e as contradições do inimigo.

Uma esquerda que não se perca nos remoinhos dos cursos de água, onde os sentidos apontam para todos os lados, mas saiba ver claro e longe para onde verdadeiramente se dirigem. E que saiba, explorando as contradições da reação e mobilizando os trabalhadores e as populações, reunir força social para erguer os erguer os diques e especialmente mudar as trajetórias que se imponham para aproveitar a água e fertilizar o solo onde os povos construirão o seu futuro.

Anónimo disse...

Diretamente da declaração do João Ferreira, para o senhor Augusto que mais uma vez fala sem saber (custava muito ter lido o comunicado?), sobre o pretenso esquecimento do PCP da “angústia de centenas de milhar de portugueses que vivem na Grã-Bretanha” (e por que não dos que vivem na Irlanda do Norte? O sr. Augusto não gosta deles ou é apenas ignorância sobre o que é o Reino Unido?)

Uma vez iniciado o processo de desvinculação do Reino Unido da União Europeia o PCP sublinha a necessidade e importância de medidas e acções no âmbito da política externa portuguesa que no novo quadro agora criado garantam os interesses nacionais, o prosseguimento de relações de cooperação económica mutuamente vantajosas com o Reino Unido e os interesses e direitos dos portugueses a trabalhar e a residir naquele país.

Também lhe fazia bem ler o resto.

Às vezes o sr. Augusto devia pensar um pouco antes de fazer comentários.

Anónimo disse...

Jaime Santos, não concordo nada, basta ler a declaração, feita certamente em nome partidário:

«Não ignorando as múltiplas motivações que estiveram presentes na convocação deste referendo e numa campanha movida por elementos de carácter reacionário e pela aberta manipulação política – os quais o PCP combate e rejeita frontalmente –, os resultados do referendo expressam, antes de mais, a rejeição das políticas da União Europeia.»

O que o João Ferreira não faz é falar do referendo “abstraindo” do apoio empenhado e esforçado «dos grandes grupos económicos transnacionais e do grande capital financeiro, bem como de organizações como o FMI, a OCDE e a própria União Europeia». Sublinhe-se a própria União Europeia.

É evidente que muita água ainda vai correr. Vai haver muita jogatana, muito jogo de cintura, muitas ameaças, muita coisa vai passar pela cabeça dos decisores políticos. As “gigantescas e inaceitáveis pressões e chantagens” de que fala João Ferreira, que foram bem reais e só os ceguinhos não viram, não vão desaparecer.

Mas, dito isto, acho que está mesmo a ver mal a coisa quando fala na possibilidade de punições a Londres como se fez com Atenas há um ano.

A União Europeia, essa excrescência política serventuária da acumulação do grande capital na Europa, tem tudo a perder com a saída do Reino Unido e fez tudo para conservá-la.

Já quanto à Grécia, o núcleo duro da UE reequaciona seriamente as vantagens e desvantagens, desde logo económicas e financeiras, em conservá-la. Lembra-se certamente das propostas do Schauble de correr com ela do euro.

Anónimo disse...

"O PCP saúda em particular os comunistas britânicos e outras forças de esquerda que – rejeitando falsas dicotomias e combatendo discursos reaccionários e xenófobos – assumiram e afirmaram no referendo a voz defensora dos valores da democracia, dos direitos laborais e sociais, do progresso, da tolerância, da solidariedade e da cooperação entre os povos.

Não ignorando as múltiplas motivações que estiveram presentes na convocação deste referendo e numa campanha movida por elementos de carácter reaccionário e pela aberta manipulação política – dos quais o PCP combate e rejeita frontalmente –, os resultados do referendo expressam, antes de mais, a rejeição das políticas da União Europeia.

A todos aqueles que agora propagam irresponsavelmente a ideia de que estes resultados constituem um desenvolvimento negativo, o PCP afirma que o exercício de direitos democráticos e de soberania de um povo não pode ser visto como um problema. Pelo contrário, o referendo britânico é o reflexo de sérios e profundos problemas que já existem há muito e que resultam de um processo de integração corroído de contradições, visivelmente esgotado e cada vez mais em conflito com os interesses e justas aspirações dos trabalhadores e dos povos.

O referendo britânico deve, assim, ser encarado como uma oportunidade para se enfrentarem e resolverem os reais problemas dos povos, questionando todo o processo de integração capitalista da União Europeia e abrindo um novo e diferente caminho de cooperação na Europa, de progresso social e de paz.

Quaisquer medidas ou manobras que ignorem o significado político deste referendo, que se refugiem em estigmas sobre o povo britânico, que tentem contornar ou mesmo perverter a vontade daquele povo ou que apontem para fugas em frente de natureza anti-democrática e de maior concentração de poder ao nível da UE, só contribuirão para o aprofundamento de problemas e contradições propícios ao desenvolvimento de posições e forças reaccionárias e de extrema-direita que crescem na Europa e contra as quais é necessário lutar. Forças e posições que se manifestaram no referendo britânico e que se alimentam das consequências das políticas da União Europeia cada vez mais antidemocráticas, anti-sociais e de opressão nacional.

Uma vez iniciado o processo de desvinculação do Reino Unido da União Europeia o PCP sublinha a necessidade e importância de medidas e acções no âmbito da política externa portuguesa que no novo quadro agora criado garantam os interesses nacionais, o prosseguimento de relações de cooperação económica mutuamente vantajosas com o Reino Unido e os interesses e direitos dos portugueses a trabalhar e a residir naquele país".

João Ferreira

Anónimo disse...

"Percebe-se bem o que frustrou e inquieta tanta gente à direita. Afinal parece que a União Europeia, a superestrutura política do grande capital europeu, não é uma marcha de sentido único, afinal parece que não é irreversível, afinal parece que não é "irrevogável".

Percebe-se bem o que os enraivece. Afinal parece que os povos não estão condenados a permanecer eternamente aprisionados no cárcere da União Europeia."

Anónimo disse...

Hahahahaha

A direita neoliberal reacionária europeísta não se conforma que a direita neoliberal reacionária nacionalista lhe tenha estragado os planos!

Quem diria que um dia veríamos tal espetáculo!

E ainda dizem que é a esquerda que anda sempre às turras e nunca se entende!

Anónimo disse...

https://www.washingtonpost.com/news/the-switch/wp/2016/06/24/the-british-are-frantically-googling-what-the-eu-is-hours-after-voting-to-leave-it/

Anónimo disse...

Fora do euro os britânicos podem ter políticas de esquerda ou de direita. Dentro do euro só podem ter políticas de direita ou de direita.

Mais de direita ou menos de direita, mas sempre estruturalmente de direita. Pesem as intenções ou os desejos de eventuais governantes de esquerda.

Julgo que foi por isso que Jeremy Corbyn, querendo crer que é um homem de esquerda, que aquando do anterior referendo, há cerca de quarenta anos, se manifestava nas ruas contra a permanência na então CEE, se mostrou tão pouco empenhado no voto pelo remain.

Não espero que Corbyn venha a ter, no imediato, tantos problemas como auguram dentro do partido trabalhista. Afinal, para não dividir o partido e o seu grupo parlamentar, apelou à conservação do país dentro da UE. Mas há outra razão, muito mais ponderosa. A maioria do eleitorado trabalhista provavelmente votou brexit e isso não poderá deixar de ser levado em conta pelos dirigentes políticos.

Corbyn, que não é burro, sabe perfeitamente que nenhum projeto genuinamente trabalhista, nenhum projeto progressista, já para não dizer socialista (de que ainda terá que dar provas), alguma vez teria viabilidade dentro da UE.

Não, amiguinhos, a rutura com a União Europeia não é a revolução socialista, como procuram caricaturar alguns ressentidos com o resultado, mas não há socialismo, nem provavelmente sequer um projeto democrático e progressista sério, dentro da blindagem neoliberal e austeritária desta União Europeia.

E certamente que não dentro do euro. Razão para os bloquistas, que amanhã têm a sua Convenção e cujos dirigentes passam a vida a dizer que têm um "projeto muito claro" - mas que o é tudo menos isso, basta ver as questões europeias -, deixarem de se equilibrar em cima do muro, a ver como param as modas, para se juntarem àqueles que, desde há muito, desde o início, desde sempre, perceberam e tiveram a coragem de afirmar que não há políticas verdadeiramente de esquerda dentro do euro.

Pode haver medidas humanistas, algumas medidas de esquerda mais ou menos avulsas, mas não há políticas sustentáveis e consequentes de esquerda.

Já vai sendo altura de aprenderem com a experiência grega e a rendição miserável do seu governo “amigo”, que lhes pontapeou as expetativas e as ilusões que andaram a alimentar e que agora se ajoelha a lamber as botas de Juncker como faziam os anteriores.

Mas risível mesmo é ver as viúvas da Europa a carpirem-se todas que deixou de haver mais um contrapeso à Alemanha, que agora leva isto tudo de arrastão. Eu com mais facilidade concluiria que este sério aviso aos poderes europeus fará mais pelo refreamento (apenas isso, sem quaisquer ilusões) do que pelo agravamento do continuado reforço neoliberal, federalista e militarista da União Europeia.

Acho, aliás, que seria muito instrutivo às carpideiras, antes de se porem a lamentar as implicações para a imigração e os refugiados, darem uma vista de olhos nos acordos negociados e acordados, felizmente hoje já sem efeito, com o agora demissionário governo britânico, designadamente nessas mesmas matérias.

Mas a grande contradição é lamentar a possibilidade de os britânicos poderem vir a ter em breve um novo governo de direita, mas contarem com governos desses, conservadores ou reacionários, para fazerem o contrapeso à Alemanha.

Lamentarem as políticas conjunturais de direita, para ilibar as políticas estruturais de direita da União Europeia, às quais as primeiras se somam.

Ignorando ostensivamente duas “pequeninas” diferenças.

Políticas de direita combatem-se, mas políticas de direita potenciadas numa União Europeia reacionária, onde se concentra toda a força do capital acumulado à custa da exploração e da fome dos povos europeus, são muito mais difíceis de combater e rebater.

Governos de direita, com maior ou menor dificuldade, mudam-se nas eleições. A União Europeia, dentro dela, ninguém corre ela. Só muda, em sentido progressista ou humanitário, nos sonhos do patetinha Rui Tavares.

Edgar disse...

A teoria do "não há alternativa" está a virar o bico ao prego!

Jose disse...

«…os resultados do referendo expressam, antes de mais, a rejeição das políticas da União Europeia»
Uma grande treta!
Nas áreas territoriais em que haverá algum conhecimento do que sejam tais políticas, perdeu o Brexit.
A velha Albion ditou o resultado e não a acção dos comunistas ou do que quer que se assemelhe.

Os comunistas quando fizeram dos sociais-democratas o inimigo principal vieram a ter que fazer pactos com o Hitler.
Agora que a UE é o inimigo principal – e pelas mesmas razões: porque ameaça construir um capitalismo de sucesso – caminha a par de Trumps e Le Pens, com umas reservas rectóricas que contam nada para o resultado final.

O voto piedoso sobre os interesses dos nossos emigrado, sabendo que o Brexit é fundamentalmente xenófobo, e que os privilégios serão reservados aos interesses derivados do velho Império, hoje Commonwealth.

Anónimo disse...

No meu comentário anterior, não sei bem a que horas pois ainda não foi editado, no primeiro parágrafo, queria dizer União Europeia e não euro (em que os britânicos não estão integrados).

Assim:

«Fora da União Europeia os britânicos podem ter políticas de esquerda ou de direita. Dentro da União Europeia só podem ter políticas de direita ou de direita.»

É o hábito de falar sobre as questões do euro em Portugal, onde a afirmação é de uma evidência cristalina.

Dentro da União Europeia, mas fora do euro, obviamente os países têm mais margem de manobra, mas a afirmação mantém largamente a sua substância e a sua validade.

Os britânicos tinham esse obstáculo, fizeram bem em removê-lo.

Portugal tem outros, a somar a esse, e especificidades próprias, incluindo uma maior dependência económica, financeira e comercial da União Europeia.

Comecemos pois por nos libertar dos nossos obstáculos mais prementes, em que avulta o euro.

Depois avaliemos os outros.

Unknown disse...

Corajosa ? estava a ser pressionado por alguma força oculta ou declarada ?
Vou gostar de ver o resultado dos "ganhos" que os bifes vão acumulando neste dois próximos anos e apontalos no meu caderno de deve e haver ; daqui a dois anos vou somar e ver o que teriamos "ganho" se saltassemos fora como a Inglaterra.
Os Escoseses e Irlandeses já começaram a exercitar o salto (da GB para a UE , claro) como povos enganados e incultos que são, não é companheiro deputado europeu ?

Anónimo disse...

Capitalismo de sucesso?
Ahahahahah

Até onde vai a ode avinagrada e anti-democrática e a mentira pegajosa e sem escrúpulos?

Anónimo disse...

Quem fala agora com esse distanciamento de Le Pen não foi quem elogiou um sacana da pior espécie bem pior que todos os Le Pen juntos, um tal marechal Pétain?

Pétain, um colaboracionista de extrema-direita, traidor da França,assumido parceiro de Hitler e criminoso de guerra?

Pétain também devia subscrever essa admiração pelo Le Pen. E a sua tristeza pelo Brexit.Tal como este tipo

Anónimo disse...

Eu sei que custa.

Mas o povo inglês deu uma lição a tais paspalhos que ainda hoje andam à roda

Jose disse...

Se os britânicos não forem corridos do parlamento europeu no final da próxima sessão - a Europa está doente.
Se lá ficarem até ao fim do processo a UE provavelmente finou-se.

Anónimo disse...

Ah, estas pérolas do das 13 e 57 a que não falta a pesporrência própria dos caceteiros de todos os tempos:

"corridos do parlamento europeu"?
Más ó das 13 e 57 eles não foram corridos nem vão ser corridos.O povo britânico exigiu a sua retirada.

Percebe a diferença entre o respeito do voto popular e o cacete dum admirador da Pide?

Anónimo disse...

«…os resultados do referendo expressam, antes de mais, a rejeição das políticas da União Europeia»
Uma grande treta!"

Tenta-se negar o afirmado através duma treta duma treta,Esta tudo dito sobre este "treteiro" das tretas

"As tentativas de chantagem económica e as contradições, muitas vezes, entre as declarações e a prática dos líderes europeus, contribuíram para a vitória do brexit. Veja-se as declarações do presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, quando lhe perguntaram em maio sobre a latitude concedida à França na questão da meta dos défices: "Porque é a França", tornando clara a existência de membros de primeira e de segunda na UE. E a poucos dias da votação, Juncker comentou uma possível saída do Reino Unido dizendo que "os desertores não serão bem-vindos de volta". Perante este quadro entende-se melhor que mais de 17 milhões de cidadãos do Reino Unido tenham querido mesmo "desertar" da UE".
Isto,este texto um pouco anódino tem apesar de tudo mais clarividência e de certeza maior honestidade do que aquele que anda de treta em treta.

"Não ignorando as múltiplas motivações que estiveram presentes na convocação deste referendo e numa campanha movida por elementos de carácter reaccionário e pela aberta manipulação política – dos quais o PCP combate e rejeita frontalmente –, os resultados do referendo expressam, antes de mais, a rejeição das políticas da União Europeia".

Indesmentível

Anónimo disse...

"Nas áreas territoriais em que haverá algum conhecimento do que sejam tais políticas, perdeu o Brexit".

As políticas da União Europeia

João Rodrigues dá uma resposta lapidar neste seu texto:
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/06/como-e-que-se-diz-depois-queixem-se-em.html

Uma bofetada de luva branca em todos os que darwinistas sociais que andaram por aí agitados, histéricos, fundamentalistas, pesporrentos, grosseiros e austeritários a afirmar que "este século é só para os vencedores, para os que prosperam no meio da estagnação".

Anónimo disse...

"Mas porque é que os velhos não vão morrer longe? Mas porque é que os pobres não se reduzem à sua insignificância social e não calam a matraca desdentada? Mas porque é que os do campo não aceitam que os seus horizontes são estreitos e não desocupam o palco da história? E porque é que a classe operária não percebe que vive numa sociedade toda pós-industrial e financeirizada e que faz parte do passado? Porquê? Isto é o século XXI e este século não é para incultos."

Este é o paleio que um tipo de nickname jose anda por aí a expelir. Reconhecível no seu modo formal, identificável no seu conteúdo, sempre repelente nos seus propósitos.


Anónimo disse...

Mas a desonestidade intelectual continua:
"A velha Albion ditou o resultado e não a acção dos comunistas ou do que quer que se assemelhe."

Essa mania de excluir os comunistas ou outros sectores de esquerda dos resultados eleitorais .é um hábito anti-democrático Lembra um fanado presidente da república e a sua coorte que, de forma histérica e fascistóide tentavam retirar um milhão de votos nas últimas eleições legislativas- os do BE e os do PCP.
Um dos que mais berraram e insultaram foi precisamente quem assina pelo nickname de Jose. Ainda hoje se ouvem os roncos e os gemidos sobre a Geringonça

A velha Labion votou. Cada força política, cada movimento assumiu as suas opções. E cada um individualmente votou de acordo com o seu discernimento.

Anónimo disse...

"Corajosa ?"

Sim , claramente corajosa.

"É verdade que uma parte da burguesia inglesa apoiou a opção de retirar o Reino Unido da União Europeia. Mesmo assim a clivagem é gritante: de um lado, as elites institucionais e políticas (e sindicais, com algumas louváveis excepções), a City, os bancos , os patrões das grandes empresas (1300 deles haviam lançado um apelo final dois antes do escrutínio) – e os meios urbanos abastados; do outro, os bairros populares, as cidades operários e os arrabaldes abandonados, as regiões desindustrializadas e no abandono.
É este fosso que acima de tudo determinou o resultado . Basta de resto ouvir as caçoadas odiosas que se jorram contra estes "meios desfavorecidos" dotados de "um nível de educação inferior", "irracionais e movidos pelo ódio". Este desprezo de classe, aumentado pelo despeito da derrota, diz muito sobre a natureza real do que estava em jogo.

O mesmo se diz da longa lista interminável dos membros da Santa Aliança que, durante meses, tudo tentou – em particular uma incrível chantagem do caos – para evitar o "cataclismo" anunciado: G7, chefes de Estado e de governo, ministros, dirigentes de multinacionais, banqueiros, agências de notação, OCDE, FMI... Os EUA obtiveram a palma quanto a isto, com uma visita especial a Londres do presidente Obama ... "

Pierre Lévy

Por isso a raiva aí tão evidente por parte da turba da direita e da extrema-direita com estes resultados do Brexit

Anónimo disse...

Pois é. Está cada vez mais claro. Quem defende os emigrantes e os interesses nacionais, quem luta por medidas e acções no âmbito da política externa portuguesa que garantam os interesses e direitos dos portugueses a trabalhar e a residir naquele país.
Posições políticas definidas por uma parte da esquerda que se acredita generalizar a toda a esquerda.

Porque entretanto , enquanto o inimigo fala em "voto piedoso" sobre os interesses dos nossos emigrantes, a forma de o mostrar é fazer afirmações como CORRER com os britânicos do parlamento europeu no final da próxima sessão.

Clarividências mundanas saídas intempestivamente das fauces de?

Este tipo parece que pertence à direita-extrema. O que faria se esta chegasse ao poder de novo?
Dá para ver pela amostra

Filipe Miguel Costa disse...

Em democracia é asim.Ganham as maiorias. Mas qualquer que seja o resultado, esse, bom para uns mau para outros, é sempre o espelhar de um sentimento, de uma vontade. Seja ela legítima ou não. E não vale a pena, agora, argumentar e contra argumentar que estamos perante uma luta de classes, de povos ou de mercados.
Que a europa da união tire as devidas conclusões. Que perceba que há países e pessoas que estão descontentes com o que se decide e não decide em Bruxelas. Que perceba que os ingleses, os portugueses, os espanhois, os... tantos outros 25, podem ainda não ter entendido muito bem o que é a europa é para que serve, como estes dias se tem ouvido falar, mas, definitivamente, perceberam que há muitas coisas que não querem nem lhes servem.
Que a europa da união perceba, que esta europa tem de ser uma europa onde os países que a constituiem não querem sair, nem querem que os expulse.
Que esta europa perceba, que não há paises com sanções e paises sem sanções.
Que esta europa perceba, que ainda nada de anormal aconteceu!

Jose disse...

Qual Brexit qual nada!

Os ultimatos da Catarina, agora eleita 'querida líder' vão ser o ponto único da agenda europeia nos próximos tempos.

Anónimo disse...

Para quem anda por aí a queixar-se do voto no Brexit com a direita e a extrema-direita é ver como um reconhecido membro xenófobo e de direita-extrema se irrita,se agita, se encavalita e se encarquita contra o mesmo Brexit e a favor do Império.

Começa quase assim o primeiro dos seus comentários:
"Os progressistas, gente nacionalista por excelência, louvam com entusiasmo o voto da velhada tradicionalista e saudosista.
Gente da melhor qualidade!"
A mostrar a concepção da democracia da coisa e o seu esgar de darwinista social.Mas a mostrar também a sua própria incongruência, porque como se sabe ele próprio apresenta patologia de idade avançada, e é um assuumido tradicionalista e confesso saudosista do regime salazarista.

E termina a falar na Catarina e dos seus ultimatos da forma como lhe serve melhor.Como elemento de fuga cobarde e tosco ao que se debate e porque se debate.



Anónimo disse...

Qual Catarina qual nada.
"Se os britânicos não forem corridos do parlamento europeu no final da próxima sessão" como o jose exige, este faz uma fita e acusa a Catarina de lhe roubar a agenda.

E automaticamente se inscreverá na sua agenda dos coitadinhos, acompanhado das suas carpideiras e dos seus carpideiros