quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
A financeirização do capitalismo em Portugal
Este livro constitui a primeira abordagem de economia política à financeirização do capitalismo em Portugal. Desafia a sabedoria económica convencional, que durante muito tempo ofuscou os efeitos perniciosos deste processo, reduzindo-o a uma benigna «modernização financeira». A estagnação prolongada e a crise económica exigem que se rompa com esta visão ideológica. Em alternativa, o livro propõe uma análise crítica dos mecanismos que explicam o peso que a finança adquiriu em múltiplas áreas da provisão de bens e de serviços, da habitação à segurança social, passando pelo sector da água. A tese principal do livro é a seguinte: a evolução do capitalismo em Portugal nas últimas três décadas foi marcada pela ascensão da finança, em geral, e da banca privada, em particular, determinando as principais dinâmicas socioeconómicas e políticas do país desde então. Tratou-se de um processo internacional que, no caso específico português, é devedor da integração europeia que finalmente culminou num Euro disfuncional.
A sinopse do livro, que estará nas livrarias esta semana. Em breve, daremos novidades sobre os lançamentos em Lisboa, Coimbra e Porto.
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8 comentários:
E para melhor entender a financeirização da economia, não só em Portugal como no resto do mundo nas diferentes eras, sugiro que leiam “Debt: The First 5000 Years” de David Graeber.
Os problemas vigentes antecedem em muito o Capitalismo...
"a evolução do capitalismo em Portugal nas últimas três décadas foi marcada pela ascensão da finança, em geral, e da banca privada, em particular, determinando as principais dinâmicas socioeconómicas e políticas do país desde então. Tratou-se de um processo internacional que, no caso específico português, é devedor da integração europeia que finalmente culminou num Euro disfuncional."
Um livro muito bem-vindo! Aqui e agora.
Uma sinopse da finaceirização:
- O Estado tornou-se o principal cliente dos mercados financeiros, directamente e bonificando juros à construção, PPPs e outras merdas.
- O Estado português tem uma Justiça lenta, confusa e inimiga das empresas e acresce que não responsabiliza os gestores, públicos ou privados; e a aventura e a fraude têm campo aberto.
- O empresário, no momento em que investe logo tem que acautelar que o insucesso não seja, mais do que a perda do capital, o caminho de um cálvário sem regras nem destino seguro.
Mas este choradinho piegas em volta dos empresários não tem fim?
O mesmo choradinho já visto que se teve inicialmente com o Dono disto tudo e com os vários empresários apanhados com a boca na botija e cujos desenvolvimentos posteriores obrigaram a um silenciamento prudente?
Depois o fado sobre o Estado. Que entidade curiosa é este Estado aqui tomado num sentido metafísico do termo como se fosse uma virgem auto-governada, seguindo sabe-se lá que ordens e que leis. Como se o estado não fosse governado por pessoas,como se não estivesse ao serviço invariavelmente do poder, como se o estado arranjasse clientes nos mercados financeiros de modo automático, como se assinasse PPP e Swap ( as "merdas" dos instrumentos capitalistas de arranjar rendas para os privados) sem responsabilidades de ninguém, sem ordens expressas de alguém.
Como se o estado não fosse governado por cavacos e por passos e por portas e por dias loureiro e pela tralha neoliberal que enriquece e faz enriquecer o poder económico que serve.
O anterior governo promoveu o empobrecimento porque esteve ao serviço dos grandes interesses e como a manta era curta ... Quem tem estado a pagar o desendividamento e a capitalizacão da banca e a dívida contraida somos todos nós. A dita austeridade não recai sobre o Estado mas sobre os contribuintes , sobre os reformados sobre os utentes do Serviço Nacional de Saúde , sobre a Escola Publica , alunos e professores , sobre os trabalhadores sobre o património público , edifícios pontes escolas hospitais que viram investimentos de conservação adiados e que agora se pagam com língua de palmo.
Os dados sobre a distribuição do Rendimento Nacional confirmam que houve concentração da riqueza, mercê de políticas escolhidas e executadas por agentes concretos e identificáveis,seguindo agendas concretas e também identificáveis.Não nasceram de geração espontânea.
É cómico ver quem desresponsabiliza os empresários que fogem ao fisco, é cómico ver quem desresponsabiliza os governantes das consequências da sua governação, é cómico ver quem arremete contra a Lei fundamental do país e não exige a punição dos seus violadores, vir agora com estas tretas de"responsabilização".
São as sinopses guiadas de acordo com a defesa dos privilegiados e dos privilégios.
No suplemento do expresso-economia:
"Dívida Pública salva lucros da Banca "
Ganharam com as operações financeiras da Dívida Publica a pequena quantia de 1,4 mil milhões de euros em 2015 !
À custa de quem ?
Mete
O mais expressivo indicador da parvoeira é o número de palavras com que sempre se encobre.
Lê pouco e mal e escreve muito.
O tema é o livro de João Rodrigues, Ana Cordeiro Santos e Nuno Teles sobre a financeirização do capitalismo em Portugal.
Percebe-se que o desviar do tema seja uma actividade interessante para quem se sente incomodado com o assunto em causa.Ainda mais após se ter esclarecido que as tretas de se esconder a governação neoliberal atrás do Estado, considerado desta forma abstracta e tonta, não passa disso mesmo,ou seja de tretas. Pusilânimes e manipuladoras.
Esclarecido isto não resistimos à tentação de chamar o nome a alguns dos bois:
Chefe de Estado: Cavaco Silva
Chefe da governança neoliberal: Passos Coelho
Responsáveis pelas PPP e pelas Swaps ...é ver a assinatura (por baixo) da governança implicada.Incluindo a Luís Albuquerque e Cavaco como é evidente
Já agora, porque é bom que se esclareça e sistematicamente se denunciem as fraudes intelectuais na discussão ideológica(sorry mas lá terá que ser),"o governo é, usualmente, utilizado para designar a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou uma nação". Ou seja, o governo é o próprio gestor.
Tentar falar em Estado escamoteando o que está em causa é, por um lado, desculpabilizar os implicados, por outro assumir cumplicidades ideológicas irrefutáveis.
Em vez de refúgios em conceitos do foro pessoal (subjectivos mas tão esclarecedores) sobre o escrever pouco ou muito, ou ler muito ou pouco (cada qual toma a água benta que quiser e nalguns casos nem uma garrafa chega)regista-se (mais uma vez com uma gargalhada) que se mantém o silêncio sobre o que substancialmente é dito.E comprovado.
É sair da zona de conforto e deixar os comportamentos pueris ( um eufemismo, mas enfim) sobre queixinhas daquele menino que escreve muito bem e lê ainda melhor.
Que diabo. As frustrações pessoais são um assunto privado de quem se queixa dos indicadores da parvoeira.
A parvoeura desonesta só acrescenta palavras...
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