Querem ajudar a destruir o Serviço Nacional de Saúde? Então continuem a alargar a subsidiação pública aos hospitais privados, na linha da última ideia perigosa de alargar o universo dos beneficiários da ADSE. Como sublinha Manuel Esteves, esta medida “dinamiza o cada vez mais poderoso sector privado de saúde e afasta ainda mais gente da classe média do SNS”. Isabel Vaz, a do melhor negócio só a indústria de armamento, tem razões para sorrir. Serviços públicos para pobres são pobres serviços públicos. A construção de instituições públicas inclusivas é uma das tarefas das esquerdas, ou não?
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
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8 comentários:
A palavra de ordem da geringonça é fidelizar o voto da função pública e circundantes.
O resto leva-se de treta...
A ADSE é o instrumento mais eficaz para promover a liberdade de escolha na saúde. Isso é reconhecido por todos, desde logo pelos funcionários públicos que têm a sorte de dele beneficiar (e que, apesar de se queixarem de descontar muito, continuam a dele querer usufruir). É necessário portanto um exercício de muita racionalização para convencer a própria esquerda (e, nomeadamente, funcionários públicos e sindicatos) de que estão a matar o SNS público. Boa sorte caro João Rodrigues (experimente defender o fim da ADSE junto da esquerda).
e mesmo assim os referidos privados tratam os beneficiarios ADSE abaixo dos beneficiarios de seguros privados.
o josezito tem saudades de 1973... coitado.
Experimente perguntar a um funcionário público de esquerda (passe a redundância):
- se defende a manutenção da ADSE;
- se defende a liberdade de escolha de prestadores de saúde;
- se defende a existência de seguros de saúde.
A tarefa de qualquer democrata é defender a igualdade. A opção de escolha deve ser das pessoas em igualdade de despesa dos dinheiros publicos. Tudo o resto mete nojo.
A esquerda abre brechas nos Serviços Públicos e a direita não se faz rogada. Assunção Cristas já veio propor a extensão da ADSE a todos quantos pretendam aderir à mutua dos funcionários públicos. Que fique pois no SNS quem não tiver como pagar um seguro público ou privado.
Quando as mutuas soçobrarem pelas mãos das seguradoras, como sucedeu por regra noutros países, e passarmos todos a pagar pelo risco individual e a ser excluídos por limite de idade, regressaremos a um SNS formatado à medida e ao grau de exigência dos mais pobres.
A tentativa de destruir a ADSE através do seu alargamento defendida por setores de direita e de esquerda não trás beneficios para ninguém, conforme explico neste post: http://marques-mendes.blogspot.pt/2016/02/demagogia-sobre-adse.html
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