Pensando no bem comum, hoje precisamos que a política e a economia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida, em especial da vida humana. A salvação dos bancos a todo o custo, fazendo pagar o preço à população, sem a firme decisão de rever e reformar o sistema inteiro, reafirma um domínio absoluto da finança que não tem futuro e só poderá gerar novas crises depois duma longa custosa e aparente cura. A crise financeira de 2007 e 2008 era a ocasião para o desenvolvimento duma nova economia mais atenta aos princípios éticos e para uma nova regulamentação da actividade financeira especulativa e da riqueza virtual. Mas não houve uma reacção que fizesse repensar os critérios obsoletos que continuam a governar o mundo.
Papa Francisco, Carta Encíclica Laudato Si, 2015, p. 58. Leitura complementar: o artigo de Michel Lowy na Monthly Review sobre a natureza anti-sistémica da Laudato Si. Boas leituras natalícias.
7 comentários:
Sem sistema financeiro especulativo, onde ir cavar as generosas reformas do tão progressista Estado Social Europeu?
Talvez o PAI NATAL resolva....BOAS FESTAS
As sociedades humanas por muito que lhes doa tem de percorrer as vias por si mesmo traçadas. E sendo verdade a dicotomia de - o todo e as partes - do geral e do individual - ainda pressupõe a dialética da luta de classes. Vista do polo “Arco Iris” esta situação só se vislumbra quando chove. Mas, quando como agora, nos querem fazer ver a Nuvem por Juno, não há metafisica que chegue.
Ora, tem sido a ideologia comunista, com ou sem este nome, que ao longo de centúrias nos tem provido de tal conhecimento. E por isso a admiração do que vai por este Portugal afora.
Parafraseando um Presidente da 1ª Republica – “onde esta´ um comunista tem de estar um homem de bem ou então não e´ comunista” serve para todo as ideologias…
Não percebo o porque´ desta alquimia politica que recebi pelo Natal.
Somente o diálogo a´ esquerdo sabe a pouco quando de facto se prossegue uma via direitista.
E´ tempo de mudar de agulha – o Norte e´ noutro lugar!
De Adelino Silva
p. 139 (edição em livro -ed. Paulinas); 144 em PDF!
Nada impede que se crie legislação portuguesa genuína, adequada aos tempos que correm e não vai ser a EU/BCE a impedir.
Todos, mas todos os Tratados Internacionais, podem ser denunciados, quando não cumpram os objectivos para que foram criados, ou quando uma das partes o não quiser …
Essa de o BCE não deixa, o FMI não quer, a U. Europeia e´ que poe e dispõe, não chega ... A troika e tal e coisa e´ BLUFF…Os senhores todo poderosos tem de descer ao povo e falarem verdade — o que interessa a todo o povo, não interessa a nós – Isto e´ uma questão de classe e a nossa classe possidente, não esta interessada em repartir com equidade— isso mesmo!
Para uma questão politica de esquerda ou se e´ gato ou se e´ lebre— assim, será gato escondido com o rabo de fora…Não usar o nome Povo em vão! De Adelino Silva
O universo capitalista é perverso, cruel, frio, gera crimes hediondos camuflados pela comunicação social vista, ouvida e lida, mancomunada com o mundo empresarial -- Já temos bastante provas provadas disso…Todavia a frieza dos números não abordam os dramas originados pelo desemprego na vida daqueles que, enquanto no trabalho, deram parte de suas vidas para gerar a riqueza para as empresas e seus empresários.
Em tempo friorento como o de hoje, nem o espirito natalício consegue superar as mazelas ainda em aberto desde 2011. E´ que ainda persiste duvidas sobre se a Esquerda e´ ou não capaz de enclausurar a direita trauliteira…Esta tem-se pautado, por agora, pela Concertação Social -- equipamento corporativo – engendrado pelas forças sociais democratizantes que se vão dizendo “Parceiros sociais” como se fosse tudo farinha do mesmo saco…O governo PS tem a vida assegurada enquanto for legislando pela direita.
Da´ vontade de perguntar para que um apoio a´ esquerda? E que esquerda? Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. De Adelino Silva
Jose
estás "obsoleto"
A mais moderna teoria geracial traduz-se em três princípios:
- mama quanto possas
- deixa dívidas a pagar além do teu tempo contributivo
- cava uma reforma a ser paga por que te suceda
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