Esta semana ficámos a saber que “16 países europeus já têm controlo de rendas”.
Esta semana, ficámos a saber que o “poder de compra do trabalho [está] estagnado há 20 anos, [mas] Medina rejeita necessidade de novo reforço”.
Esta semana ficámos a saber que a alternativa ao proscrito controlo democrático de preços em sectores cruciais é o controlo autoritário de preços por parte das grandes empresas desses sectores.
Não há semana em que não fiquemos a saber que Portugal é um país causticado por iniciativas liberais. São décadas nisto, desde as “reformas da década” do cavaquismo, feitas de privatizações, liberalizações, reduções dos direitos laborais e preparação para a adesão a uma moeda forte.
No entanto, para cultivar a desmemória, não há semana em que não nos digam que o liberalismo económico nunca existiu em Portugal.
2 comentários:
É também preciso cultivar a aldrabice que Portugal é atrasado e está estagnado há décadas devido ao espartilho socialista.
Lembrem-se, o Partido que não é Socialista tem sido o partido que melhor serve a classe dominante pois é um partido que impõe o liberalismo que os Donos Disto Tudo tanto gostam enquanto se faz passar por um partido de esquerda defensor de quem trabalha.
A classe dominante sabe que a maior parte do eleitorado do Partido “Socialista” não vai votar nunca no Iniciativa Liberal, a classe dominante não precisa do IL para roubar e oprimir quem trabalha, tem o Partido “Socialista”…
Como é que se sai disto?
Liberalismo não é popular junto da maioria da população mas é inegável que exerce uma influência colossal. Resgatar as mentes da maioria da população da desmoralização, ignorância e fantasias liberais é crucial para que se consiga sair deste pântano que já dura há tantos anos.
E, contudo, as nossas elites ainda vivem mentalmente no Cavaquismo. Basta olhar para este Chega dos Gestores agora em congresso...
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