Os consolidadores da ordem neoliberal conversam com um dos seus vários subprodutos tóxicos.
Os economistas, académicos ou não, que usam a expressão “criptomoeda” devem passar a ser pagos em cripto-qualquer-coisa-que-não-certamente-moeda.
O colapso desta coisa tóxica está a acontecer e deve ser politicamente irreversível. Tem aliás todo os ingredientes de uma “mania” típica de épocas de capitalismo financeiro sem trela: alavancagem e especulação desenfreada, euforia, ilusão de liquidez e pânico, ganância e fraude disfarçadas de “inovação”, ficções liberais e complacência regulatória, toxicidade agora em sentido literal e metafórico.
Tudo isto é absolutamente previsível para a minoria de economistas que conhece a história económica sem apologias e as chamadas teoria estatais da moeda, de que a teoria monetária moderna é uma das últimas abordagens realistas a esse produto da violência legítima num certo território, e muitas vezes da violência ilegítima fora dele, e da confiança social.
Os estudantes de economia e de gestão são demasiadas vezes poupados a estas teorias práticas, substituídas pelas ficções da moeda-mercadoria, que emergeria espontaneamente, e daí a sua ainda maior vulnerabilidade a contos do vigário das iniciativas liberais.
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