Faleceu ontem um dos imprescindíveis do movimento sindical português. Kalidás Barreto encarnou o ideal socialista de uma república democrática protagonizada pelos trabalhadores, partindo do combate antifascista para a construção de uma democracia digna desse nome, que não parasse à porta dos locais onde se trabalha.
Curvo-me, curvamo-nos, perante a sua memória. Ficam excertos do seu percurso, tirados da página da CGTP-IN, de que foi um dos principais construtores:
“Contabilista de profissão, exercida no sector têxtil, em Castanheira de Pera, onde, em 1958, integrou a comissão de apoio à candidatura de Humberto Delgado à Presidência da República. Foi dirigente do Sindicato dos Têxteis do Centro e, nessa qualidade, participou numa reunião da Intersindical, realizada em Leiria, antes do 25 de Abril. Foi também dirigente nacional da Federação dos Sindicatos Têxteis. Foi eleito Deputado pelo PS à Assembleia Constituinte, em 1975. Foi eleito, sucessivamente, para o Conselho Nacional e a Comissão Executiva da CGTP – IN, entre 1977 e 1996. Acérrimo defensor da unidade dos trabalhadores, contra o divisionismo sindical, teve um importante papel na realização do Congresso de Todos os Sindicatos realizado em Janeiro de 1977, no qual lhe coube a primeira intervenção em defesa da unidade sindical, consubstanciada na CGTP-Intersindical Nacional.”
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