sábado, 9 de junho de 2018

Um jornal contra assaltos europeus


A União Europeia nunca deixa durar muito os enganos de alma ledos e cegos de quem se esquece da sua matriz neoliberal. Desta vez o sossego foi interrompido pelo comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Günther Oettinger, que espera que «os mercados ensinem os italianos a votar bem». O desprezo pela democracia, e em particular pelos mecanismos democráticos que subsistem nos quadros nacionais e locais, continua bem vivo numa instituição sempre disposta a impor governos técnicos, referendos de desgaste e outras perversões da manifestação da vontade política dos cidadãos (...) Nas ruínas do trabalho e do Estado social, a União Europeia inventa mais uma forma de satisfazer através do quadro europeu os negócios privados que, sem ela, teriam dificuldade em impor-se neste espaço. É a actuação da União que prepara as tragédias futuras. Neste contexto de maior consciência cidadã do risco financeiro e de indisponibilidade orçamental dos governos nacionais (mesmo os neoliberais) para avançarem para a privatização dos seus sistemas de pensões, empresas gigantescas como a BlackRock precisam de uma estrutura supranacional como a União Europeia para expandir o seu negócio.

Sandra Monteiro, Assalto ao trabalho e às pensões, Le Monde diplomatique - edição portuguesa, Junho de 2018.

9 comentários:

Jose disse...

Segundo o princípio democrático de uma cabeça um voto, tenho votado sistematicamente no sentido de me duplicarem o rendimento, e ninguém parece respeitar a minha vontade, que asseguro ser do mais soberano que há. Suspeito que seja a BlackRock que esteja por trás dessa atitude antidemocrática.

Anónimo disse...

A 10 de junho de 2018 às 00:25, jose postava o seguinte:
"A des_conversa, estádio último da inanidade argumentativa".

Agora posta o que está aí em cima escarrapachado

Rasca. Confirmam-se os estudos sobre a mediocridade destes.


Anónimo disse...

mais um "honoris causa"...
...a juntar a outros!
Hoje, foi Jean-Claude Juncker. E na Universidade de Coimbra.
De imediato, um sentimento me assalta: tristeza!
E lembro outros agraciados que des-honram as instituições que os "destingem", vindo-me à fresca memória Zenail Bava e Ricardo Salgado.
E cito Leo Ferré, na língua que M. Juncker bem entende:

«Je suis d'un autre pays que le vôtre, d'une autre quartier, d'une autre solitude.
Je m'invente aujourd'hui des chemins de traverse. Je ne suis plus de chez vous.(...)»

Aliás... nunca fui. Mas desperta-me, sacode-me!, ouvir gritá-lo, atirar o grito à cara destes bandalhos.
(Sérgio Ribeiro)

João Pimentel Ferreira disse...

Nós já decidimos aqui em casa, democraticamente, que vamos jantar todos os dias a casa da Sandra Monteiro. Foi uma vontade soberana e democrática por parte da nossa família, segundo o critério de uma cabeça um voto, que espero que a cara Sandra saiba respeitar.

Anónimo disse...

O caro pimentel aonio Ferreira segue as passadas do seu José

Não está mal, mas continua a responder ao lado. A última vez que falou na família foi de forma declamada e disse asneira
Mas da última vez que falou nas pensões comportou-se ainda pior.

Precisa de uma estrutura supra- nacional para vender as suas teses neoliberais

Já io sabíamos
Mas estes negócios escuros da máfia não podem passar

Anónimo disse...

Que comentário mais idiotia a desse Pimentel Ferreira.

Anónimo disse...

Essa coisa do voto "democrático" na casa do pimentel tem alguma correlação com o voto "democrático" made in UE?

É que tal como aquela instituição pos-democrática quer mandar em casa alheia, também pimentel ferreira quer fazer agora o mesmo?

Ainda por cima da forma de pária assumido que assume aqui?

Está mal, muito mal

Despache-se o pimentel ferreira para o seu locus infectus

S.T. disse...

O único comentário que suscita o comentário de pimentel aónio somões cunha é a balada de Brassens:

Quand ils sont tout neufs
Qu'ils sortent de l'œuf
Du cocon
Tous les jeunes blancs-becs
Prennent les vieux mecs
Pour des cons
Quand ils sont d'venus
Des têtes chenues
Des grisons
Tous les vieux fourneaux
Prennent les jeunots
Pour des cons
Moi, qui balance entre deux âges
J'leur adresse à tous un message

[Refrain] :
Le temps ne fait rien à l'affaire
Quand on est con, on est con
Qu'on ait vingt ans, qu'on soit grand-père
Quand on est con, on est con
Entre vous, plus de controverses
Cons caducs ou cons débutants
Petits cons d'la dernière averse
Vieux cons des neiges d'antan
Vous, les cons naissants
Les cons innocents
Les jeun's cons
Qui n'le niez pas
Prenez les papas
Pour des cons
Vous, les cons âgés
Les cons usagés
Les vieux cons
Qui, confessez-le
Prenez les p'tits bleus
Pour des cons
Méditez l'impartial message
D'un type qui balance entre deux âges
[Refrain]

https://www.youtube.com/watch?v=dPGU-zLPaHo

S.T.

S.T. disse...

E Cavanna ainda não tinha que lidar com trolls euroinómanos:

https://www.youtube.com/watch?v=UfWi5hwIQ_w

Também há os exemplos de Audiard:

https://www.youtube.com/watch?v=qQZdP3FbuE8

Divertamo-nos com os "cons"

S.T.