sexta-feira, 22 de junho de 2018

Quatro notas para fazer frente

1. É necessário adaptar para estes tempos sombrios a famosa fórmula de Max Horkheimer sobre a relação entre capitalismo e fascismo: aqueles que não querem falar criticamente de neoliberalismo, da forma dominante de economia política hoje em dia, e que até querem defender as instituições supranacionais que garantem a sua perpetuação em parte do continente europeu, devem ficar calados sobre tendências fascizantes de novo tipo que lhe são endógenas.

2. A lógica da frente popular, do antifascismo mais consequente, nunca deve ser esquecida. Por acaso, reli recentemente o discurso de Georgi Dimitroff sobre a estratégia das frentes populares definida, em 1935, pela Terceira Internacional. Para lá da crítica ao sectarismo e da defesa de uma unidade política consequente, uma das apostas passou por não deixar a inevitável imaginação nacional entregue às direitas: “O internacionalismo proletário deve aclimatar-se, por assim dizer, a cada passo e deitar profundas raízes no solo natal. Ao revoltar-se contra toda a vassalagem e contra toda a opressão é o único defensor da liberdade nacional e da independência do povo”.

3. Hoje não há internacional e desapareceu um dos freios e contrapesos que tinha obrigado à institucionalização de formas menos polarizadoras e agressivas de capitalismo. Mas, de novo, só podem defender consequentemente os valores universais da solidariedade, os que ganham densidade em estados soberanos, as forças democráticas que estão enraizadas no solo nacional e que não aderiram à lógica supostamente leve dos fluxos e de um cosmopolitismo que mascara tantas vezes o imperialismo.

4. As sociedades mais igualitárias, seguras na sua identidade, são internacionalmente mais cooperativas, sabemo-lo há muito. E nós também sabemos bem como são hoje poderosas as forças que apostaram em destruir Estados no bloco afro-asiático e em esvaziá-los na Europa do sul. A história é repetição e novidade. Uma das boas novidades é que vivemos num mundo muito mais multipolar. A outra é que dispomos, aqui e ali, de constituições nacionais onde ainda sobrevivem as marcas do antifascismo; constituições que de resto o capital financeiro e as suas instituições de suporte europeias consideram um empecilho, lembrem-se.

53 comentários:

Jaime Santos disse...

Que interessante essa tentativa de calar quem tem ideias diferentes das suas, João Rodrigues. Claro, sabendo-se ao que vem e o que defende, tal não nos deve espantar de todo...

Para adaptarmos de novo, se quiser, a frase de Horkheimer, podemos dizer que quem ainda anda a cantar loas à III Internacional, à URSS e a Fidel Castro, depois dos julgamentos de Moscovo e do gulag, do infame pacto Germano-Soviético, do esmagamento da Social-Democracia no Leste Europeu depois de 45, da completa destruição ambiental e opressão do proletariado registadas nesses países por ação das ditaduras comunistas, da transformação dos nacionalismos-populares em cleptocracias por esse Mundo fora, etc, etc, etc, deve ficar calado e não querer vir dar lições de Democracia e Soberania em quem calha de acreditar na Democracia Liberal...

Anónimo disse...

Jaime Santos enfiou a carapuça

Ele lá sabe o que usa

Anónimo disse...

Mas para além da carapuça, JS gosta de reescrever a história. E de deturpar frases

São as “ adaptações “ à pressa. Com o seu quê de falsidades e a pontinha de consciência pesada.

Mais esta estranha forma de impotência aí em cima expressa.

O que resta a JS para se sair com esta missa rezada ( podemos falar dela quando quiser, mas havia um tempo em que os sociais -democratas respeitavam e honravam Fidel, lol) para se sair desta forma tão irada em defesa do capitalismo mais agressivo?

O que se passa? A que alianças se prestam estas coisas ? Que alianças são estas que são um insulto à sua própria história? O que resta de quem se reclamava de socialista?

Anónimo disse...

Parece que a última crónica do Rui Tavares deixou algumas pessoas irritadas. Eu acho que o João Rodrigues devia ficar mais irritado com os fascistas, que por aí não faltam, do que com as pessoas à esquerda com as quais não concorda, como o Rui Tavares. No entanto, aquilo que tira o João Rodrigues do sério é o Rui Tavares e não o Orban ou o governo italiano (aparentemente mesmo um fascista acabado como o Trump tem direito a elogios por parte do João Rodrigues). Prioridades.

Anónimo disse...

Caro anónimo das 16 e 38

Parece que quem tira alguém do sério ê JR. E quem fica fora do sério é o caro anónimo.

Ou seja, quem invoca o pobre do Rui Tavares para rebater uma crónica brilhante é alguém que só pode estar irritado

Olhar para o umbigo tem destas coisas. Faz esquecer do que se fala e entra-se nas conversas de comadres

Debatem-se ideias. Não se debate quem denuncia a presente situação. Isso ê prova de muita coisa. Não vale a pena discriminar. Mas é feio

Anónimo disse...

Se estivesse de boa fé o anónimo deixaria de fazer palhaçadas em torno de urban ou de Itália ou de Teump.

Porque este debate é recorrente. E quem abriu as portas a urban e ao governo italiano foi precisamente quem governou como governou em função de uma organização que serve os interesses de quem serve. Tudo isto acompanhado de hinos de traição de quem se bandeou para o outro lado. Gerindo a crise para a banda neoliberal.

Se calhar o anónimo queria elogios. Ou elogios ao Tavares. Ou elogios ao bando de Bruxelas. Pois é, mas o post de JR é suficientemente claro

E a história não é feita de elogios nem de silêncios cúmplices. Nem em relação aos urban bem em relação aos trump. Nem tão pouco em relação aos que pintam o mundo de cor de rosa e após se verificar que estão completamente enganados começam a gritar que vem aí o Lobo.

Eu sei, é difícil. Mas quem chamou o Lobo, quem criou condições para ele surgir, quem o aparicou foi precisamente quem grita agora a alertar pelo Lobo. Aqui, na Europa e nos States

Jose disse...

Ao João Rodrigues não me tem ocorrido associá-lo ao estatuto de esquerdalho, como tantos outros que por aqui vão aparecendo. Ainda assim, há limites a respeitar:
1. Pendurar no neoliberalismo – essa coisa que se define a cada dia conforme mais convenha – ‘tendências fascizantes de novo tipo, que lhe são endógenas’, é nada dizer sobre o que seja capitalismo e o que seja fascismo.
Mas sempre me ocorre pensar que estabelecer indefinições é o caminho para que o socialismo não tenha que ser definido pelos seus próceres.
2. Definir a Frente Popular como a fórmula mais consequente de antifascismo, é ignorar a História. De facto sempre foi o caminho mais curto para oferecer ‘a inevitável imaginação nacional entregue às direitas’, de nada tendo adiantado as esparsas críticas ao sectarismo, esse cimento único da esquerdalhada.
3. Manter como cimento agregador um internacionalismo que sempre foi desenhado, promovido e mantido por uma imperialismo soviético agressivo e totalitário, é querer renascer um mito a que o anarquismo deu base emocional e que hoje só pode ser substituído por uma qualquer acracia montada em fracturantes idiotias em oposição aos ‘fluxos leves’, ou seja a tudo que possa ser identificado com valores civilizacionais.
4. E o renascer dos mitos antes ao serviço do imperialismo soviético vem reestabelecer o estatuto de coitadinhos a sociedades incapazes de se organizarem utilmente, e que vêm, na maior igualdade das sociedades que o souberam fazer, a bondade dos efeitos, mas sempre se recusam a adoptar os instrumentos por meio dos quais se produziram e mantêm. Há sempre uma outra via: o decreto que rejeita ‘fluxos leves’, a treta que evita a acção exigente, a luta que sempre deve produzir derrotados.

Anónimo disse...

É relativamente fácil de imaginar que JR fica irritado com os fascistas, mas como ignorar quem, tendo como prioridade combater os fascistas, continua (na prática/consequentemente) a defender certas instituições que têm levado, de forma indireta, ao aparecimento dos ditos fachos?
É que a questão é essa, como toda a gente deveria saber! Esse é o debate que se tem que fazer, sem medo da possibilidade de uma das partes ter que admitir que talvez esteja errada. Porque isso é irrelevante! O relevante é fazer avançar a discussão pois tudo o resto são "fait-divers".

Anónimo disse...

Este blog é um exercício narcísico de autofagia.

Anónimo disse...

Não tem ocorrido ao Jose
Mas há limites a respeitar. Ê nada dizer mas sempre lhe ocorre

Mais a definição e o socialismo

É isto que acontece a quem fica na iliteracia salazarenta

Anónimo disse...

De como a Frente Popular ainda apoquenta a direita e os saudosos de todos os estados novos está aí patente num comentário acima

Numa linguagem hiperbólica tenta-se apresentar a versão histórica de quem não tem peias nem vergonha de a manipular. O mesmo sujeito também tentou vender a tese que Salazar pagara algo dos “ empréstimos” do plano Marshall. Versões da estória paridas em antros suspeitos?

Anónimo disse...

As cenas macacas continuam.

Num exercido que não deslustra os exercícios luzidios dos escribas avençados do observador, eis o espectáculo deprimente da intelectualidade da direita e da sua extrema.

É o internacionalismo e o cimento. E o imperialismo soviético ( aí começamos a ver que esta malta está mesmo a perder o pé). Mais o anarquismo e a base emocional, a acracia e as fracturantes idiotias

Tudo isto em oposição aos leves fluxos, ou seja os esvoaçantes valores civilizacionais

Caramba.

A influência dos discursos do Botas dá para estes arremedos sócio- linguístico ideológicos?

Anónimo disse...

E depois o clímax da peça teatral:

Os “coitadinhos”

Desculpem mas só de gargalhada Esta malta imita de tal forma os seus mentores, que mesmo após a higienizacao de Passos, persistem com aquele vocabulário vergonhoso do trafulha a invectivar os seus governado

E aí temos mesmo, bem pesadas e néscias, as palavras salazarentas típicas: “ sociedades incapazes de se organizarem utilmente “ Mais a “ accao exigente”

Eles é que sabiam organizar Portugal e as colónias. Com a exigência da accao exigida pelo fascismo

Anónimo disse...

Ah

Uma última nota. Não há que lutar. Não se deve lutar. Contra o que quer que seja

Pois a luta só produz derrotados

Ahahah. É precisamente o contrário. Sem luta ainda estaríamos a ouvir o “ lá vamos cantando e rindo” e a fornecer carne para canhão das guerras coloniais abjectas

Era o que José queria

Anónimo disse...

Por ter espírito de masoquista o prezado anónimo das 22 e 15 vem-se autofajar

Enquanto se olha ao espelho e recita versinhos

Anónimo disse...

Um excelente texto de Joao Rodrigues

Que diz tanto sobre o neoliberalismo, o fascismo e o capitalismo que aparece logo gente a negar o que lêem

Até a ignorar o que se diz. Em jeito de conclusão até a acusá-lo de indefinição, quando a cada posta de JR tudo isto se torna mais claro.

Depois o agitar dos espantalhos já não funciona. Só resta mesmo o papagueio serôdio em jeito de invocador de papões.

É mesmo uma chatice para tal gente. Afinal ainda não foi o fim da História

Jose disse...

E aos costumes disse o do costume: nada!

Recordemos tão só a mais vizinha Frente de Esquerda, na República Espanhola.

Que vibrante democracia! Que glorioso caminho para o socialismo! Que extremoso caminho encontrou o ouro do Banco de Espanha!
E para exemplo de sectarismo chega Paracuellos de Jarama.

Anónimo disse...

Os costumes e o nada:

A vizinha Espanha está neste momento a experimentar algo de diferente. Com todas as limitações possíveis e com todas as interrogações no ar.

Mas é uma lufada de ar fresco, uma imensa lufada de ar fresco ter sido corrido o baluarte da corrupção em Espanha - o PP.

Mais. O PP, que se afundava na corrupção vil pródiga do neoliberalismo, estava ( e está) ligado visceral e umbilicalmente ao franquismo.
O perfume dos criminosos da guerra civil espanhola empesta ainda o ar do país vizinho

Quem classificava os fdp que gritavam os "Viva La Muerte" como "românticos"é quem agora temeroso fala com raiva na "vibrante democracia".

Ao receio da solução encontrada, junta-se mais uma vez a aldrabice e a tentativa de manipulação. A democracia espanhola avançou um pouco. O caminho para o socialismo, vislumbrado pelo dito sujeito,nas presentes condições, é que só mesmo nas ruminações desonestas dos saudosistas da barbárie.

Os crimes inenarráveis dos fascistas que derrubaram o governo legítimo da república e que provocaram a carnificina que se conhece, não serão esquecidos e não poderão ser classificados de forma leviana como "sectários". Foram bem pior, muitíssimo pior.

O golpe fascista iniciara-se em 17 de Julho de 1936

Jay Allen conseguiu entrevistar Franco, em Tetuão, a 27 de julho de 1936. A partir da entrevista, Allen publicou um artigo com o seguinte diálogo:

Allen: "Durante quanto tempo prolongar-se-á a situação agora que o golpe fracassou?" (nas principais cidades de Espanha a besta tinha sido inicialmente derrotada)

Franco: "Não pode haver nenhum acordo, nenhuma trégua. Salvarei Espanha do marxismo a qualquer preço"

Allen: "Significa isso que terá de fuzilar meia Espanha?"

Franco: "Disse a qualquer preço".

É desta gente que descende a gente do PP. Agora tão chorada pelo sujeito que se chama Jose

Anónimo disse...

Como é possível dizer tanta alarvidade nos tempos de hoje? Esse texto só pode sair de alguém que ainda raciocina com um esquema mental de há mais de 50 anos atrás.

Jose disse...

De Paracullos de Jarama, no se habla?


Quem descende dessa gente?

Anónimo disse...

Metem dó os esforços patéticos do sujeito de nickname jose:

- para se afastar o mais que lhe seja possível do que é abordado nesta excelente posta de João Rodrigues.

- para se encavalitar sobre os Paracullos de Jarama, quando estes não traduzem mais do que a continuação da barbárie despoletada pelos fascistas. Aqueles que trovejavam os seus "Viva la Muerte" tão carinhosamente considerados como românticos por esse mesmo jose.

Por isso o habla que no habla deste sujeito.

(Relembre-se que a vitória dos esbirros fascistas teve o apoio inexcedível e fundamental de salazar, que não hesitou em promover chás de caridade para reunir fundos para a besta franquista.Também aí as garras do Botas estão cobertas de sangue)

Anónimo disse...

O espanto do nosso habitual comentador das 23 e 37 releva mais uma vez do mesmo:

A classificação como "alarve" a tudo o que ponha em causa a sua condição ideológica e os seus mantras neoliberais. Com a pesporrência habitual de quem vê denunciadas as cumplicidades do seu mundo "socio-liberal"


Por sua vez a sua classificação como de fora de época de quem não prega os seus responsos, mostra outras "coisas":

- que a tentativa de condicionar os esquemas mentais dos outros está-lhe entranhada no ser. Quem não lhe bebe as águas ideológicas tem qualquer "defeito". (Mais uma vez a proximidade com ideologias sinistras paridas em meados do século passado)

- que esta maneira de pregar alvíssaras ao "moderno" confunde conceitos com "modas". "Modas" da Hola e quejandos. (Assim como quem confunde ciência com segundas derivadas a martelo)

Anónimo disse...

A realidade do que foi o franquismo é sempre ainda pior do que se supõe.

Como as notícias por cá claudicam no retrato dessa realidade:

Durante el franquismo y los primeros años de la democracia española, supuestamente más de 300.000 recién nacidos fueron robados a sus madres y entregados a otras familias.

A pesar de que hace ya 36 años que se desveló el escándalo por la ya desaparecida revista Interviú, este martes comienza el primer juicio por un caso de niños robados en España. Entre los años 1960 y 1990 multitud de recién nacidos fueron separados de sus madres, a quienes se les dijo que sus bebés habían muerto, para entregárselos a otras familias, en la gran mayoría de los casos, a través de cuantiosas sumas de dinero. El último caso del que las asociaciones tienen constancia data de 1993 e incluso tienen localizados a algunos que fueron llevados al extranjero.

Seis décadas robando y vendiendo bebés

Según la asociación SOS Bebés Robados de Madrid, se calcula que el proceso comenzó en 1938 y duró hasta los años 90, y que más de 300.000 niños fueron separados de sus familias biológicas de manera irregular.

Las familias que se hacían cargo de los recién nacidos en muchos casos eran cómplices, en otros, a pesar de las enormes cantidades de dinero que pagaban, creían que se trataba de una adopción regular.

Quem descende mesmo desta "gente"?

Jose disse...

«...os Paracullos de Jarama, quando estes não traduzem mais do que a continuação da barbárie despoletada pelos fascistas»

Quem ler isto, irá saber que nas valas comuns em Paracuellos, estão muitas centenas de prisioneiros de cadeias da Madrid, sob administração do governo da Frente de Esquerda, sacados para serem liquidados, na maioria por serem suspeitos de 'desafectos' ao regime?

Os tadinhos dos frentistas só traduziram a continuação...os queridos!

Anónimo disse...

Mais uma vez não passa mais esta manobra deste tal José.

De como se mantém montado no ginete para continuar a fugir do tema do post

De como tenta fugir para Espanha, com as suas saudades da trampa franquista e dos seus descendentes. Mas como ao mesmo tempo cala , engole ( e foge) (d)os crimes dos franquistas, com as suas lágrimas em prol dos românticos facinoras que entoavam os seus viva la muerte sanguinarios

Anónimo disse...

Ouve-se falar em Frente Popular e jose entra em pânico

Que diabo, em Espanha ganhou as eleições gerais espanholas de 1936

Em França, a Frente Popular, coligação política de socialistas, comunistas e radicais, formada em Dezembro de 1935, ganhou as eleições parlamentares de Maio de 1936 sendo eleito primeiro ministro Léon Blum. Manteve-se no poder até 1938.

A Frente Popular do Chile, que foi uma coligação entre os partidos comunistas, socialistas, radicais e a Confederação de Trabalhadores do Chile formada em 1937. Levou à presidência da república, ao ganhar as eleições de 1938, a Pedro Aguirre Cerda.

Frentes populares que fizeram frente ao fascismo e às forças mais negras da história

Eis o motivo das derivações pseudo-históricas de jose. O medo está escarrapachado na forma como tenta vilipendiar os que ousaram enfrentar a besta negra do nazi-fascismo.

Anónimo disse...

O que despoleta este enfronhar rancoroso,mentiroso, manipulador e insultuoso do tal jose face às ditas frentes populares ( paredes meias com a semi-defesa dos abjectos fdp dos franquistas espanhóis)?

Este parágrafo de JR:

"A lógica da frente popular, do antifascismo mais consequente, nunca deve ser esquecida. Por acaso, reli recentemente o discurso de Georgi Dimitroff sobre a estratégia das frentes populares definida, em 1935, pela Terceira Internacional. Para lá da crítica ao sectarismo e da defesa de uma unidade política consequente, uma das apostas passou por não deixar a inevitável imaginação nacional entregue às direitas: “O internacionalismo proletário deve aclimatar-se, por assim dizer, a cada passo e deitar profundas raízes no solo natal. Ao revoltar-se contra toda a vassalagem e contra toda a opressão é o único defensor da liberdade nacional e da independência do povo”.

Aqui estão expressas duas ideias-chave que perturbam e toldam jose:

A lógica da frente popular e do antifascismo mais consequente por um lado; e as raízes nacionais aonde deve assentar a revolta contra a opressão e a vassalagem por outro

Estas duas ideias devem constituir um terramoto (perigoso) para a ideologia de jose.

Anónimo disse...

Porque interessa mascarar a história e inverter os seus polos, porque interessa sob o ponto de vista ideológico defender o indefensável ou se tal não for possível, esconder a trampa dos criminosos e mascarar as consequências dos actos que deram origem a tantas atrocidades, porque interessa calar a natureza e a origem da barbárie, este jose apressa-se a falar em "sectarismos" e em Paracuellos.

"Só traduziram a continuação" é a sua expressão que tenta esconder as origens da sangrenta guerra civil.

Não passa

A guerra civil de Espanha resultou dum pronunciamento de Franco e Mola contra um governo legítimo. ‬Foi originada a partir dum golpe militar a 17 ‬de Julho de‭ ‬1936‭ ‬contra a IIª República espanhola. Foi um confronto entre fascistas e forças leais à República.Franco teve o apoio directo ‬da Alemanha nazi,‭ ‬da Itália fascista e do Portugal salazarista. E deu origem a um estado fascista que continuou a matar e a fuzilar pela calada da noite milhares de cidadãos espanhóis dezenas de anos após o final da guerra.

Anónimo disse...

A Guerra civil de Espanha iniciara-se em 17 de Julho de 36.

A 27 de Julho, Franco dá uma entrevista a Jay Allen em que sumariamente defende o genocídio de meia Espanha. A bestialidade de tal figura está patente nas suas próprias palavras. É a este carniceiro abjecto que Salazar se presta a ajudar, não se importando de promover chás de caridade entre a fina flor do patronato português,para apoiar o "amigo".

A 14 de Agosto dá-se o massacre de Badajoz, após a batalha do mesmo nome.

O massacre de Badajoz teve uma grande influência no desenvolvimento da guerra. A publicação na imprensa estrangeira destes acontecimentos ocasionou que Franco a partir de então ordenasse que as matanças que pudessem ter grande transcendência mediática e prejudicassem a imagem dos sublevados fossem mais discretas. Passou a fazê-las de forma mais camuflada, mas os crimes continuaram e avolumaram-se.

Tais massacres em Badajoz também tiveram consequências na forma como o outro lado da barricada reagiu. Mas já lá vamos

Há testemunhos, publicados a 27 de Outubro pelo jornal La Voz, de Madrid, de que os fuzilamentos na Praça de touros se tornaram numa verdadeira festa pelos executores, com público nas suas gradas presenciando as matanças, e que até mesmo algumas vítimas foram bandarilhadas e mutiladas. Existem evidências do sadismo com que foi levado a cabo o extermínio. Após conhecer estes factos, a propaganda franquista publicitou algumas lendas e mitos para tentar ocultar o massacre, e alguns dos cronistas internacionais foram desprestigiados ou ameaçados.Um deles foi o jornalista do Diário de Lisboa, Mário Neves

O jornalista português foi uma das testemunhas de primeira mão dos acontecimentos de Badajoz, nas crónicas que remeteu ao Diário de Lisboa, muitas das quais foram censuradas pelo governo de António de Oliveira Salazar, cúmplice do bando franquista. Neves regressou para Portugal horrorizado pelo espectáculo do qual fora testemunha, e jurou não voltar nunca a Badajoz, mas fê-lo em 1982, para percorrer os lugares onde presenciou estes fatos num documentário para a televisão.

O método para as execuções foi o fuzilamento ou metralhamento indiscriminado em grupo de pessoas participantes na defesa da cidade ou apenas suspeitas de simpatizarem com a República. Foram levadas a cabo pelos legionários e legionários procedentes do norte da África, forças da Guarda Civil e comandos locais de Falange Espanhola. Há versões que apontam que os do Norte de África não participaram na repressão, pois partiram imediatamente para a frente). Posteriormente, a maioria dos corpos foram queimados junto às taipas do Cemitério de São João. Segundo testemunhos de alguns sobreviventes, os fuzilamentos eram em grupos de 20, e logo transladavam-se os cadáveres em camiões para o antigo cemitério, onde eram incinerados e posteriormente depositados em valas comuns. Também houve fuzilamentos em outras zonas da cidade. Entre os retaliados encontravam-se homens e mulheres afectos à República, operários, camponeses, militares que participaram na batalha, autoridades locais ou simples suspeitos.

Pensa-se que tenham morrido nos massacres 1/10 da população de Badajoz

Nunca houve uma pesquisa oficial em relação ao sucedido na cidade estremenha. É hoje considerado provado que foi cometido genocídio, e desde 2007 existem várias queixas nesse sentido que os filhos dos franquistas tentam impedir a todo o custo que sigam adiante

Anónimo disse...

O que se passou em Paracculos de Jarama foi terrível. Mas foi de facto ( para pena e raiva de jose) a continuação dum processo que abriu as portas à barbárie. Sob os cânticos ( românticos para jose) dos Viva la Muerte franquistas.

O massacre de Badajoz teve uma grande influência no desenvolvimento da guerra como já se disse.

A 7 de Novembro de 1936 desenrola-se a "matança de Paracuellos"

" foran trasladados a Valencia a los militares presos en la cárcel Modelo porque las tropas franquistas estaban a 200 metros de la prisión y, o sacábamos a los presos de allí o los hubieran liberado y perdíamos Madrid. En el traslado, fuera de mi jurisdicción, atacaron al convoy. Nadie sabe exactamente quiénes fueron y los milicianos antifascistas que les custodiaban no hicieron lo que tenían que hacer: jugarse la vida y defenderles
...
"Se imaginan una ciudad sitiada, bombardeada a diario, en la que mueren niños, mujeres, viejos? ¿Se imaginan el odio que había?".

El historiador Ian Gibson incidió en las muchas "lagunas en la investigación" sobre la matanza. "Sería necesario conocer minuto a minuto lo que pasó entre la salida del Gobierno del día 6 y los fusilamientos del 7 y el 8", apuntó en una entrevista de 2005. "Paracuellos se produjo porque había un odio feroz por lo que habían hecho los fascistas y un profundo deseo de revancha. Paracuellos fue terrible, pero yo lo entiendo por el pánico que existía. Había un clima de terror, de psicosis colectiva", señaló en La Voz de Galicia."

Anónimo disse...

A forma como se tenta deturpar a História vai de par com os objectivos que se pretendem

Podem-se aqui trazer mais números e factos sobre os anos terríveis da Guerra Civil espanhola. E do papel de Salazar como cúmplice e conivente de crimes dos fascistas espanhóis.

Derrotado o nazi-fascismo é natural que o ódio sobre quem lhes fez frente seja directamente proporcional à proximidade ideológica com tais bandalhos


Entretanto

Anónimo disse...

"Quer em França quer em Espanha, as dificuldades económicas sentidas, sobretudo no período relativo à Grande Depressão, e o avanço dos regimes totalitários por toda a Europa levaram os cidadãos a mobilizarem-se para a formação de alianças políticas, que se denominavam Frentes Populares.
A Frente Popular francesa era formada por socialistas reformistas, por comunistas e por partidos radicais. No decorrer da campanha eleitoral propuseram o relançamento da economia nacional, pois estávamos no período da globalização do Crash de 29. Essa proposta tinha subjacente a melhoria das condições de vida do operariado e do campesinato francês.
A Frente Popular, com o lema "Pelo pão, pela paz, pela liberdade", ganhou as eleições, em 1936. Assim, constituiu-se como um governo de coligação democrática, que estava apoiado totalmente pelos comunistas - que nele não tiveram assento - e que foi presidido por Léon Blum.
No poder durante dois anos, estes governos desenvolveram uma política intervencionista, tal como fizera o New Deal e o Governo Nacional britânico. Na sua acção de tipo intervencionista desvalorizaram a moeda, nacionalizaram o Banco de França e alguns sectores fulcrais da economia francesa, tais como as indústrias bélicas e de caminhos-de-ferro.
Para além disso, foi também instituído o Wellfare State na França, dado o grande impulso na legislação social. Concedeu-se a liberdade sindical aos trabalhadores, aumentos salariais, redução do horário laboral, férias anuais pagas e outras remunerações sociais. Também se institucionalizou o plano nacional de reformas"

Tudo coisas que devem deixar agoniado quem defende exactamente o oposto, 80 anos depois destes factos.

Como se demonstra nestas suas tentativas de.

Jose disse...

«A forma como se tenta deturpar a História vai de par com os objectivos que se pretendem»

1º mandamento marxista-leninista-esquerdalho

Jose disse...

A Frente Popular só traz vantagens?
Mas por definição de Frente, esta reconhece a existência de uma outra Frente.
As Frentes tendem a serem formadas em campos de batalha.
Nas batalhas cada Frente usa as armas que tem e a quem se lhe opõe chama inimigo.

As Frentes criam inimigos.
Foi e será sempre uma escolha possível, mas depois não façam queixinhas das possíveis consequências.

Entre Versalhes e Marshall se pode ver como se formam e evitam Frentes.

O Cuco é uma Frente. Quer-se inimigo. Retorce quanto pode a História.

Anónimo disse...

Primeiro mandamento marxista?

A que ponto chega a pusilânimidade para se tentar fugir para a oratória do pequeno insulto místico-religioso?

A impotência é tramada. Ou talvez mais reveladora do que se quer

Anónimo disse...

Repare-se assim neste elogio encapotado a quem as frentes populares fizeram frente

Aquelas fizeram frente ao nazi-fascismo

Repare-se como José chora pelas dores do nazi-fascismo. E depois feito cúmplice com a besta( por isso defende Salazar e o franquismo) ainda tem a lata abjecta de pedir para não se ser queixinhas perante as consequências da barbárie

Confessemos que é abjecto. Confessemos que ê abaixo de qualquer patamar que se defina como humano.

Anónimo disse...

Mas o abjecto da coisa continua

Registe-se como este jose se "esquece" rápido dos horrores da guerra civil de Espanha, iniciada pelos fascistas que admira.

Registe-se que quem convocara os crimes da guerra civil de Espanha fora precisamente jose, através da invocação dos Paracuellos de Jarama e do seu carácter "sectário"

A desmistificação do conto de fadas contado e cantado pelo jose deu nisto. Desapareceu a "indignação pelo sectarismo", esqueceu-se a "tradução da continuação" e apareceu agora uma "justificação" para os crimes bárbaros:

Foi por que se criaram frentes.

E "as Frentes criam inimigos. Foi e será sempre uma escolha possível, mas depois não façam queixinhas das possíveis consequências".

Eis como se apaga o próprio argumento em torno de Paracuellos. E surge aquilo que (que o autor do post desculpe a expressão ) é um autêntico vómito anti-civilizacional.

Porque temos uma má notícia para este jose. As guerrinhas assim pintadas por este sujeito vão bem mais longe do que o cenário conivente e cúmplice das barbaridades destas.

É que as as "consequências" de que fala a tentar justificar os massacres são bem mais do que as "queixinhas" com que acena agora de forma cúmplice para com estes.

É que depois da segunda grande guerra o Julgamento de Nuremberg chamou a atenção que os crimes contra a Humanidade devem e podem ser julgados e que as bestas assassinas devem pagar pelos seus actos. E que não há desculpa para quem diz que cumpriu ordens. Ou para quem diz que "nas batalhas cada Frente usa as armas que tem e a quem se lhe opõe chama inimigo". Mais o bla-bla-bla abjecto com que se pretende fugir às responsabilidades e se justificam assim as "consequências".

Os nazis enforcados em Nuremberg também terão tentado a mesma argumentação?

Anónimo disse...

O desmontar do argumentário dos saudosistas do franquismo e do seu herdeiro, o PP.

o desmontar das cumplicidades entre Salazar e Franco

a acusação dos crimes inenarráveis dos franquistas e o seu carácter genocida

...Tudo isto deixa perturbado e irado este tipo que dá pelo nickname de jose.

Tão perturbado que de novo investe contra um dos seus pesadelos habituais, um tal Cuco, que tenta constituir como frente.

Tão perturbado que fala no retorcer da história, sem que o consiga demonstrar ( veja-se bem pelo contrário como não dá uma para a caixa,como nem um único facto histórico consegue contestar ( a impotência neste campo também deve ser lixada)

Tão perturbado que se esquece das suas múltiplas tentativas de retorcer a história, uma de tal forma gritante que teve de o confessar e que está bem documentada
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2018/02/paralelismos-noutra-dimensao.html


Anónimo disse...

Mas suspeita-se que tenha sido decisivo para esta perda de controlo do jose, (que assim se revelou ainda mais), as citações das conquistas da Frente Popular em França:

A Frente Popular, com o lema "Pelo pão, pela paz, pela liberdade", ganhou as eleições, em 1936.
No poder durante dois anos, estes governos desenvolveram uma política intervencionista, tal como fizera o New Deal e o Governo Nacional britânico. Na sua acção de tipo intervencionista desvalorizaram a moeda, nacionalizaram o Banco de França e alguns sectores fulcrais da economia francesa, tais como as indústrias bélicas e de caminhos-de-ferro.
Para além disso, foi também instituído o Wellfare State na França, dado o grande impulso na legislação social. Concedeu-se a liberdade sindical aos trabalhadores, aumentos salariais, redução do horário laboral, férias anuais pagas e outras remunerações sociais. Também se institucionalizou o plano nacional de reformas"

Como se previra, "tudo coisas que (deixaram mesmo) agoniado quem defende exactamente o oposto, 80 anos depois destes factos.

E as consequências estão aí em cima escarrapachadas

Tal como escarrapachada está a forma como tentou ( tenta) deturpar a História, indo de par com os objectivos que pretendeu ( pretende)

Jose disse...

«Confessemos que é abjecto. Confessemos que ê abaixo de qualquer patamar que se defina como humano.»
Nunca vais confessar Cuco! Nem que és estúpido nem que és vil.

Porque essa é a alternativa quando te fazes porta-voz de uma História-das-consequências e ignoras a História-das-causas.

De Versalhes às Frentes de Esquerda é um rol de causas do que pior trouxe o século XX.
Do Golpe de Lenine, à execração da Social-Democracia, ao pacto nazi-soviético, tudo são causas de um século de misérias sem fim.
A tua Répública Frentista Espanhola é uma imensa agremiação de cretinos e criminosos que produziram os que trouxeram Franco ao poder.

Anónimo disse...

Não

Não se admitem estas familiaridades de quem se assume como um apoiante da horda fascista-nazi

A abjectividade permanece. E não são os arremedos em jeito de fuga cobarde para Lenine, o pacto entre os nazis e a França , a Inglaterra ou a URSS que vai permitir que se escape o que aqui não pode passar.

A propaganda directa ou indirecta aos fdp, assim desta forma cantante e ridente, não passa impúne

Anónimo disse...

Os "cretinos" que adornam a paisagem familiar de jose podem servir para mascarar o seu verdadeiro carácter linguístico. Podem mesmo ser a contraprova alvar da sua herança familiar ou ideológica.

Mas não podem servir para esta absolvição brutal da pior escumalha à face da terra.

Quem trouxe Franco ao poder foi Franco. Foram os fascistas, com o apoio de Hitler, Mussolini e Salazar. Foi o eixo nazi-fascista. Estava inscrita na sua matriz ideológica as bestas que eram. E são

Anónimo disse...

A falta de coragem destas coisas sempre me espanta. O tentar dar o dito pelo não dito, o tentar corrigir o seu verdadeiro eu, o tentar escamotear o que se disse quando se foi demasiado longe, é uma manifesta prova de cobardia. E como se sabe a cobardia esconde quantas vezes projectos sinistros ocultos

Vem jose com o paleio sobre a história-das consequências e a história-das-causas. E das escolhas possíveis

Estará esquecido da cena de rodriguinho como escassas horas antes defendera a sua teoria sobre as frentes?
Desta forma concreta:"Foi e será sempre uma escolha possível, mas depois não façam queixinhas das possíveis consequências".

As escolhas possíveis são o que são. Jose prefere as do outro lado das frentes populares. Prefere as do eixo nazi-fascista.

Mas há mais. Jose que agora fala na história das consequências, antes quisera apagar a consequência das causas. Desta forma justificativa de crimes inenarráveis, ai em cima tão bem expressa.

Dirá impante: "depois não façam queixinhas sobre as possíveis consequências"

Somar um mais um não é difícil. Verificar que isto é uma justificação duma monstruosidade é que é bem mais difícil de digerir

Anónimo disse...

Jose quer uma história das causas e uma história das consequências. Provavelmente não consta nos livros que lhe adornam as estantes que a História não é este maniqueísmo tonto e ridículo. As causas são também consequências e as consequências causas. Não interessa aqui aprofundar isto, porque interessa ser claro e directo.

Jose quando quer escolhe as consequências. Dirá:Escolherem? Então arquem com as consequências.
Quando também quer quase que se escutam os seus lamentos em torno das causas. Melhor dizendo, das "suas" causas.

Que macacada vem a ser esta? Que desonestidade intrínseca vem a ser isto? Que manipulação ideológica abjecta vem a ser tal coisa?

Jpse atribui os crimes de Franco à República (legítima) espanhola? Só um aficionado franquista ousa dizer isto. Só quem ainda não está em si e foi apanhado na armadilha do seu próprio linguarejar que o denunciou mais longe do que quereria

Também considerará que a vitória da Frente popular em Espanha ou na França foram consequências de outras causas ou só apenas considerará que foram causas da subida ao poder da mais abjecta canalha? Canalha que mais uma vez se recorda, teve o apoio concreto, substantivo, criminoso e demonstrável de Salazar. Que tingiu ainda mais as suas garras de sangue

Mas a substância das coisas permanece, independentemente da desonestidade argumentativa de jose ou dos seus trejeitos primários em torno das consequências das coisas.

Primeiro tentou justificar as barbaridades. Chamou primeiro a atenção para Paracuellos. Depois, face à barbárie expressa, ao ruir do que dissera, virou-se para uma espécie de absolvição dos crimes. Foram "consequência" Agora amanhem-se e não "façam queixinhas".

O que é "isto"

"Isto" tem muitos nomes e todos são bastante feios

Anónimo disse...

A coisa ainda vai mais funda, embora se perceba o silêncio de jose sobre essa mesma coisa.

É que independentemente da história de cordel contada por jose ( à medida do lado do nazi-fascismo relembra-se) as tais barbaridades, os massacres cometidos pelos nazi-fascistas, os genocídios perpetrados por tal escumalha teve consequências também para eles.

Pode-se dizer que os crimes do franquismo escaparam impunes, que os massacres de Badajoz ou o roubo de 300 000 bebés passaram em grande medida sem o julgamento adequado e justo ( são "consequências" dirá Jose. Agora não façam "queixinhas", continuará jose)

Mas por vezes são apanhados e sofrem mesmo as consequências ( através de julgamento registe-se). Porque as "consequências" de que jose fala a tentar justificar os massacres são bem mais do que as "queixinhas" com que acena de forma cúmplice para com estes.

É que depois da segunda grande guerra o Julgamento de Nuremberg chamou a atenção que os crimes contra a Humanidade devem e podem ser julgados e que as bestas assassinas devem pagar pelos seus actos. E que não há desculpa para quem diz que cumpriu ordens. Ou para quem diz que "nas batalhas cada Frente usa as armas que tem e a quem se lhe opõe chama inimigo". Mais o bla-bla-bla abjecto com que se pretende fugir às responsabilidades e se justificam assim as "consequências".

E mais uma vez se repete:
"Os nazis enforcados em Nuremberg também terão tentado a mesma argumentação?"

Anónimo disse...

Lastima-se

Mas No Pasa mesmo esta tentativa de absolvição da mais reles escumalha

Jose disse...

Está tranquilo Cuco, não te enerves!
O teu lugar como juiz noutra qualquer gloriosa Frente que reproduza os 'julgamentos' que presidiram às detenções e "sacas" de Madrid, está assegurado.


A ideologia é a mesma, a elevação de espírito coincide, a clareza de propósitos cumpre, o desrespeito pela verdade e pela diferença é o mesmo.

Anónimo disse...

Já percebemos.

Foi uma chatice que se tivessem constituído frentes para combater o nazi-fascismo.

Deviam ter-lhes dado rédea (ainda) mais solta. É que a derrota de tal escumalha -os nazi-fascistas- foi provavelmente o que de "pior trouxe o século XX."

E já que ousaram constituir-lhes Frente, que aguentem com as consequências. E não venham depois com "queixinhas"

Eis o perfil ideológico-filosófico de herr jose

Anónimo disse...

Mais uma vez um cuco a atazanar o espírito de herr José

E mais uma vez aquele recorte típico e boçal de familiaridade, que se continua a recusar a um simpatizante dos crimes de guerra franquista.

Não, não se admite nem desculpa esse encolher de ombros perante as consequências das acçoes dos fdp a quem chamou românticos

Agora esquece-se da história das causas, passa à história das consequências. Fala em Madrid, esquecendo que enquanto os fascistas passaram mais de trinta anos a cometer crimes sobre estes crimes, os crimes incomensuráveis dos seus românticos chorados nunca conheceram julgamento

Não passa. Nem a sua “ elevação” salazarenta, nem a sua clareza ternurenta com o lado que simpatiza. Nem tão pouco a indiferença de carrasco pelas vítimas

O desrespeito pelas centenas de milhares de caídos às maos da barbarie franquista não passa

Anónimo disse...

Já percebemos mesmo.

Foi uma chatice que se tivessem constituído frentes para deter o avanço do nazi-fascismo

É que a derrota de tal escumalha foi, para este José, o que de pior trouxe o século XX

E já que se atreveram a constituir Frentes contra a Frente nazi-fascista, que aguentem com as consequências

E não venham depois com queixinhas.

Eis o ideário ideológico-filosófico deste herr jose

Jose disse...

Percebe o que te dê mais jeito,
Fim de conversa.

Anónimo disse...

"Percebe o que te dê mais jeito"?

A fuga apressada e a correr, silenciando e silencioso sobre as barbaridades que disse?

Herr jose?

As frentes que lastima porque cortaram o passo ao nazi-fascismo?

Os julgamentos que ficaram por fazer e a cujos crimes deu o seu beneplácito invocando o "aguentem com as consequências"? E nescia e criminosamente pedindo para não se vir com queixinhas?

A história-das-causas e a história-das-consequências como corolário dos ziquezagues do indivíduo a ver se esconde a trampa que reveste o nazi-fascismo?

Quando fala em Madrid falará das causas ou das consequências? ou tudo isto é treta requentada para ver se oculta as palavras em excesso e que o colaram à barbárie?

Barbárie de que também fez parte aquele seu amado tutor, de cujas novenas tem as paredes forradas, um tipo de nome Salazar e de cujas garras escorre também o sangue dos que entregou aos "românticos " franquistas" para serem barbaramente torturados ou imediatamente fuzilados

O "fim de conversa" é apenas o registo do reconhecimento que falou de mais e se revelou ainda mais. Ao que vem e o que quer.

E sendo insustentável manter este seu registo que prega a barbárie, que é cúmplice com a barbárie, que acarinha a barbárie, que insulta as vítimas da barbárie, corre apressado para ver se não detectam o cheiro que a sua doutrina expele.

Não só a doutrina,mas também o doutrinador.

E também a cobardia passa por aqui.

Anónimo disse...

A gravidade das palavras é irrecusável

Já todos percebemos

Para este "jose"ou JgMenos foi uma chatice que se tivessem constituído frentes para deter o avanço do nazi-fascismo

É que a derrota de tal escumalha foi, para este mesmo José ou JgMenos, o que de pior trouxe o século XX

E já que houve quem se atrevesse a constituir Frentes contra os nazi-fascista, então que aguentem com as consequências

E não venham depois com queixinhas, no dizer do mesmo Jose ou JgMenos.

Eis justificados os crimes da barbárie. Os muitos milhões de mortos. Os muitos milhões de vítimas

Eis o ideário filosófico-ideológico deste herr jose.

E perante esta assumpção espantosa, só lhe resta mesmo a fuga