«A provisão de bem-estar, através do acesso a cuidados de saúde, a uma educação de qualidade e a medidas de proteção social e de combate à pobreza e à exclusão, continua a ser uma questão central no atual debate político. Se é consensual a ideia de que todos os cidadãos devem poder aceder a estes bens e serviços, numa lógica de direitos que torna irrelevantes as diferenças de estatuto económico e social, já é menos pacífica a questão dos mecanismos institucionais para garantir essa provisão, universal e gratuita. Neste âmbito, são diversos os modelos propostos, que oscilam entre a provisão pública direta de serviços de educação, saúde e proteção social e a defesa da privatização e da concorrência, passando pelas propostas de financiamento estatal da oferta privada, no pressuposto da existência de sistemas únicos de bem-estar social. Questões que convidam à reflexão sobre a natureza, os objetivos e a especificidade da provisão pública e da oferta privada, não descurando neste âmbito o papel das organizações privadas não lucrativas, que constituem o recentemente reconhecido Terceiro Setor».
Integrada no ciclo Horizontes do Futuro, promovido pelo município de Loulé, a conferência realiza-se na próxima quinta-feira, 15 de fevereiro, a partir das 21h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal, tendo como mote de conversa o «Estado Social e a desmercadorização do bem-estar». Estão todos convidados, apareçam.
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23 comentários:
« questão dos mecanismos institucionais para garantir essa provisão, universal e gratuita»
Qual a dúvida quanto aos mecanismos?
São impostos, licenças, coimas e similares.
A única dúvida é saber quem e como se vai produzir a riqueza bastante para aplicar os mecanismos.
A forma despudorada como este provocador, que se identifica como José, faz marcação cerrada a tudo o que aqui se diz, levou-me a atribuir-lhe um determinado epíteto num comentário noutro post, por acaso também do Nuno Serra.
Infelizmente, o Nuno não publicou o meu comentário: achou que era demasiado forte a minha adjectivação da cavalga..., perdão, da criatura.
Mas vejo que eu tinha razão: o estupor é aquilo mesmo que eu lhe chamei.
Só me intriga quem pagará a este estafermo para estar aqui plantado, dia e noite, a provocar, contrariar, desdizer, ofender. Sem discutir, contrapor, discordar, mas com o mínimo de seriedade intelectual.
Quem produz é quem trabalha.
Os que enriquecem são os que se apropriam do trabalho alheio. São os tais que concentram a riqueza nas suas mãos. São os tais que estão a cada dia que passa mais ricos
"As políticas de globalização neoliberal são políticas ao serviço do objectivo do grande capital financeiro de dominar o mundo, políticas inspiradas nos princípios da contra-revolução monetarista (Hayek, Milton Friedman...) e nos dogmas da ideologia neoliberal, políticas impostas pelo grande capital financeiro, que vêm condenando povos inteiros ao empobrecimento acelerado, cortando os direitos e os rendimentos dos trabalhadores, condenando ao desemprego e à precariedade quase metade dos jovens, aumentando o número dos pobres que trabalham, agravando a exclusão social, traduzindo-se numa autêntica guerra civil (uma guerra de classes à escala mundial) que, neste mundo antropofágico, produz todos os anos (num tempo em que os ganhos da produtividade permitem a criação de riqueza a níveis até há pouco insuspeitados) tantas vítimas da fome ou de doenças causadas pela fome quantos os mortos da 2ª Guerra Mundial".
Nós sabemos para onde vai a riqueza produzida. Também sabemos que eles querem mais, sempre mais, ainda mais.
A um nível baixinho, muito baixinho, basta escutar o que este comentador de nickname jose diz, com as suas dúvidas angustiadas pela ameaça de limitação do saque
Se preparares alguma intervenção, disponibiliza-a em link ou adapta-a a post. Os leitores agradecem. Que seja frutífera a discussão.
Completamente de acordo com o comentário das 2 e 12
«eles querem mais, sempre mais, ainda mais.» enfim, após as azias do Manelzinho Grunho, um incontestável argumento, interclassista e universal.
Já saber-se que a riqueza em algum momento passa pelo trabalho, sendo uma evidência, tem nestas partes o enviesamento de que os ricos e os patrões não trabalham, o que não é grave pois o mesmo se passa com jovens pré-reformados, desempregados, assistidos e mamões, e até os ladrões se dão ao trabalho de furtar ou mais perigosamente de roubar, ou mais intelecto-artisticamente vigarizar.
O que todos evitam sempre falar e o Manelzinho fica aziado, é que a riqueza tem que acumular-se nas mãos de alguém e que esse alguém tem que querer e saber investir para que a riqueza possa manter-se e crescer.
Desde o morgadio, ao capitalismo (de privados ou de Estado) sempre isso foi evidente.
Agora vem a moda esquerdalha do 'assim ganho, assim distribuído' e todos berram com a boca ajeitada para a mama.
Não sei porque se preocupam tanto com o José.
As provocações do José são tão grosseiras e os seus argumentos retorcidos tão transparentes que não há qualquer perigo de ele influenciar quem quer que seja.
Dá um certo colorido ao blog e temos que ser justos: Onde é que nos dias que correm se iria encontrar um troll assim salazarista, anti-democrático e obscurantista para fazer um tal papel de urso?
Sejamos francos, se ele não existisse os administradores do blog tinham que pagar a alguém para fazer um papel semelhante. Portanto agradeçam a quem quer seja que lhe pague.
Faz-me lembrar Cerberus, o guardião do Inferno grego que impedia as almas de abandonarem o reino de Hades...
S.T.
Eles de facto querem mais, querem sempre mais.
A prova surgiu primeiro nas dúvidas angustiadas do sujeito de nickname jose pela ameaça de limitação do saque
Mas temos uma segunda confirmação,na tentativa ( um pouco canhestra e repetitiva, convenhamos) para arranjar um qualquer argumentário que lhe sustente a sua existência para lá da publicidade e da propaganda.
"Já saber-se que a riqueza em algum momento passa pelo trabalho". Começa bem o "argumento". O trabalho surge logo acantonado para a área de reserva ecológica que esta coisa de quem enriquece sem trabalhar dedica ao mundo dos trabalhadores.
Mas o colorido continua ( gosto desta expressão, caro S.T.).
Parece que "não é grave". E depois vai jose de ajuntar os "ricos e os patrões não trabalham,os jovens pré-reformados (????), desempregados, assistidos e mamões, e até os ladrões se dão ao trabalho de furtar ou mais perigosamente de roubar, ou mais intelecto-artisticamente vigarizar."
Uma mistela primorosa. Com um enorme óbice: os desempregados estão nestas condições muitas vezes de forma involuntária e quanto de sofrimento humano se esconde atrás de tal situação. Tal é todavia indiferente a quem os junta na mesma categoria que a restante canalha, incluindo-se como é obvio , os grandes "mamões" como os banqueiros e grandes potentados económicos
Mas francamente, é patético o que vem depois:
"a riqueza tem que acumular-se nas mãos de alguém e ... esse alguém tem que querer e saber investir para que a riqueza possa manter-se e crescer."
Este "tem que acumular-se nas mãos de alguém" parece ser o décimo primeiro mandamento ou a primeira Fátua do líder do Estado Islâmico ou a décima terceira reflexão do Friedman. (Quiçá mesmo uma máxima copiada nalgum dos discursos "claros e lúcidos" de salazar?)
Esta lógica determinista, vulgo mantra neoliberal, vulgo treta invocativa de jose, tem o lugar que lhe cabe no anedotário das preces
Tal lógica determinista que nos querem impor, como inevitável, sem alternativa possível, é uma das marcas desta civilização-fim-da-história tão aqui representada pelo dito. Infelizmente para ele, este espaço é um lugar sério e tais tretas não passam por aqui impunes
O meu pai trabalhou desde os 14 anos e morreu aos 59.
Sustentou a família descendente e em boa medida a ascendente.
Herdei alguns bens do que poupou, havia de tos dar, mamão?
"para que a riqueza possa manter-se e crescer."
Contra factos não há argumentos
A riqueza tem crescido. Tem-se acumulado é na mão de uns tantos.Cada vez mais. Tanto que as desigualdades sociais têm-se incrementado.
Esta ode medíocre à concentração da riqueza para que esta possa crescer, esbarra sem apelo nem agravo na crua realidade:
"(um) mundo antropofágico, (que) produz todos os anos (num tempo em que os ganhos da produtividade permitem a criação de riqueza a níveis até há pouco insuspeitados) tantas vítimas da fome ou de doenças causadas pela fome quantos os mortos da 2ª Guerra Mundial".
Enquanto uns tantos engordam luzidia e javardamente
Duas notas quase finais:
-O argumentário de quem vem dizer pérolas sobre modas, do género:'assim ganho, assim distribuído', mistura-se com os Rankings da humanidade sonhados pelos darwinistas sociais
-"os mamões" e "a boca ajeitada para a mama" são apenas os toques de classe (da sua) que jose imprime aos seus discursos
Olha aqui a riqueza a desviar-se do trabalho e a acumular-se nas mãos de alguém :
"Fundo de Resolução dá como perdidos os €4,9 mil milhões injectados no Novo Banco em 2014"
Na falta de argumentos, sempre são entoados os hinos aos coitadinhos do mundo.
Sabem estes treteiros - anti-o-que-quer-que-seja reconhecer a realidade - que o que os move são as diferenças entre o que têm e o que para si ambicionam, e nunca a que existe entre o que têm e que a outros falta.
Que agitação a deste Jose.
De como um simples post de Nuno Serra anunciando uma conferência pode desencadear tanto alvoroço tremente e temente, tanto voltear e rodopiar, tanto voltar atrás e papaguear
Começa por exprimir as suas dúvidas angustiadas pela ameaça da limitação do saque.
Tenta depois convencer-nos que a riqueza passa em "algum momento" pelo trabalho, secundarizando este, como é próprio de quem tenta justificar a riqueza gerada pelo saque . Depois junta, num colorido molhe, ricos e patrões que não trabalham, jovens pré-reformados (????), assistidos e mamões, e até os ladrões. Por engano junta-lhes pavlovianamente os desempregados. Depois invoca um mandamento ou uma fatua, um discurso do salazar ou um dogma religioso de Friedman, segundo a qual "a riqueza tem que acumular-se nas mãos de alguém"
Quando lhe contestam a idiotice desta lógica determinista, imposta como verdade religiosa, apriorística e treteita, papagueada como um mantra anedótico para consumo de papalvos, jose derrapa e desatina.
E infelizmente dá lugar a um momento triste. Desaustinado, invoca o pai ( até vende o pai para consumo ideológico?) , saca do seu exemplo como exemplo (mas o que temos nós com este mercadejar paterno?), faz uma história da carochinha com o despudor de quem tenta impingir a história familiar como conto salvífico e inquestionável e desliza na maionese com um tratamento coloquial tão idiota como pesporrento.
Ficamos perplexos sem perceber se a sua educação também resultou dalgum bem herdado, ou se resultou dalgum "mamão", que interferiu no seu processo educativo
E depois mais uma volta no carrocel, mais um agitar da dança do ventre.
Volta atrás. Mas com a impotência construída pelo vazio argumentativo e com a lata de propagandista emérito
Invoca feito cego, surdo e mudo a falta de argumentos quando estes lhe entram pelos olhos dentro e lhe escavacam os mantras religiosos e os slogans papagueados:
"Os que enriquecem são os que se apropriam do trabalho alheio. São os tais que concentram a riqueza nas suas mãos. São os tais que estão a cada dia que passa mais ricos"
"este mundo antropofágico produz todos os anos (num tempo em que os ganhos da produtividade permitem a criação de riqueza a níveis até há pouco insuspeitados) tantas vítimas da fome ou de doenças causadas pela fome quantos os mortos da 2ª Guerra Mundial".
(" Onde é que nos dias que correm se iria encontrar um troll assim salazarista, anti-democrático e obscurantista para fazer um tal papel de urso?")
"A riqueza tem crescido. Tem-se acumulado é na mão de uns tantos.Cada vez mais. Tanto que as desigualdades sociais têm-se incrementado."
"As políticas de globalização neoliberal são políticas ao serviço do objectivo do grande capital financeiro de dominar o mundo, políticas inspiradas nos princípios da contra-revolução monetarista (Hayek, Milton Friedman...) e nos dogmas da ideologia neoliberal, políticas impostas pelo grande capital financeiro, que vêm condenando povos inteiros ao empobrecimento acelerado, cortando os direitos e os rendimentos dos trabalhadores, condenando ao desemprego e à precariedade quase metade dos jovens, aumentando o número dos pobres que trabalham, agravando a exclusão social, traduzindo-se numa autêntica guerra civil (uma guerra de classes à escala mundial)"
"Fundo de Resolução dá como perdidos os €4,9 mil milhões injectados no Novo Banco em 2014"
É perante este pano de fundo dum mundo escavacado pelo neoliberalismo predador, que vemos,não sem repugnância, o velho estribilho contra os "coitadinhos do mundo", retomando a tentativa eugénica de responsabilização das vítimas, tão comum noutros tempos bem sinistros.
É perante estas realidades, duras como punhos que vemos, não sem um esgar de fastio, o repetido estribilho de palavras como "treteiros", retomando a pose de doutrinador messiânico, que se arroga ao julgamento dos demais, mercê de palavrões ocos e idiotas.
É perante esta dança sem vergonha que assistimos, não sem um sorriso de comiseração, ao carcomido voltar atrás e invocar "o que a outros faz falta",quando antes tinha, naquele jeito típico e caceteiro, desprezado os "coitadinhos do mundo" e os milhões de vítimas duma sociedade que vê crescer a riqueza, mas em que esta mesma riqueza é desviada apenas para uns tantos.
Inquieto e rodopiante de facto. Mas, ao contrário de Sammy, sabemos perfeitamente o que faz correr jose
Jose, larga o vinho.
Incomodados?
A bem de bestuntos monocórdicos.
Tem graça.
Incomodado jose posta uma posta sem usar o seu "mamão " da ordem...Foge para o seu bestunto monocórdico
Quem sabe se outra herançazinha a reivindicar?
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