quarta-feira, 18 de março de 2015

DesVIP-se


Na segunda-feira passada, o gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais comunica à imprensa que "nunca foram dadas instruções à Autoridade Tributária (AT) para elaborar qualquer tipo de listas de contribuintes" ilegal, pelo que a hipótese de abrir um inquérito "não faz sentido". Dois dias depois e após a demissão do director-geral da Administração Tributária, o secretário de Estados dos Assuntos Fiscais declara que "quando recebi na 2ªfeira a informação do director-geral da AT no sentido de que, (...) tinha havido propostas e tinha havido procedimentos internos nessa matéria, sem que jamais o Governo tivesse sido informado e sem que jamais o Governo tivesse tido conhecimento dessa situação, resolvi de imediato pedir um inquérito à IGF".

O que terá acontecido nessa 2ªfeira?

9 comentários:

Jose disse...

Uma palhaçada!
Se é preciso disciplinar os funcionários, sejam os curiosos sejam os 'infiltrados', é evidente que a lista faz todo o sentido.
Agora estão as virgens todas exaltadas, desde o Governo até a uma Oposição que só sabe fazer politiquíce.
Uma verdadeira palhaçada!!!!
Vão chatear o raio que os parta!

GAUSSIAN disse...

Simples....!!! Apagaram o script informático que activava os alertas e identificava quem acedia...!
Tiveram tempo para isso.....!!!!

Anónimo disse...

Este Jose é um pagode.

Se cada vez que um funcionário acede a uma lista tem um processo ou ameaça de um, quanto tempo levará até que as pessoas da lista deixem de ser (legitimamente) controladas fiscalmente?

E quanto apostam que o governo sabia ou até mandou, e resolveu sacrificar uma peça com promessa de emprego futuro confortável?

SI MI LA RE disse...

Qualquer funcionário pode aceder a quem entender . É assim que se descobrem os corruptos e os caloteiros para que constem das listas não das VIPs mas dos caloteiros. Todo o mundo que queira pode aceder aos meus dados pessoais. Não consto da Lista VIP, mas da lista dos confiscados deste desgoverno.

Dias disse...

Tanga!
1.A “elaboração da lista” é o tipo de ordem que nunca aparece escrita, por alguma razão…
2.O director da AT deve ter dito para os seus botões, ao ouvir o secretário de Estado dizer que o governo “não sabia de nada”: - Mas que grande sacana!

Aleixo disse...

Se as chefias, não fossem uns
" yes man " e,
tivessem alguns critérios de avaliação, que não o simples
" abanar com a cabeça ",
não seria possível implementar estas práticas;

Os responsáveis políticos,
senão criassem o "contexto" , estas práticas não seriam possíveis;

Os responsáveis operacionais,
têm de ser postos a andar e...

os responsáveis políticos,

têm de se DEMITIR.

Anónimo disse...

"Qualquer funcionário pode aceder a quem entender . É assim que se descobrem os corruptos e os caloteiros"
Nem mais!!!
Aliás esses dados deviam era ser públicos e todos deviam poder aceder para que a fiscalização fosse mais eficaz!
E os dados bancários? Será que há listas VIP nos bancos para que os funcionários não possam aceder às contas de quem entenderem impedindo-os assim descobrir os corruptos e os caloteiros?
É uma vergonha!
Transparência total já!

Anónimo disse...

""Todos têm medo", diz inspetora do fisco sobre lista VIP.
... os funcionarios do fisco têm medo de consultar os dados de alguns contribuintes."
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2015-03-19-Todos-tem-medo-diz-inspetora-do-fisco-sobre-lista-VIP

Ao que Portugal chegou! Os funcionários do fisco passaram a ter medo (medo!) de aceder a dados dos contribuintes, não vão esses contribuintes constar de uma lista VIP e não haver justificação plausível para a consulta. Se ao menos a lista fosse conhecida, sempre era possível evitar a consulta dos dados de alguns contribuintes. Como não é conhecida, os funcionários do fisco optam por não consultar nenhuns (excepto os que têm de consultar por força do seu trabalho). É uma vergonha e um limite inaceitável às actividades dos funcionários do fisco!

Jose disse...

Lá se vai o protagonismo do fincionário do fisco no café da aldeia!

E o palhaço do presidente do sindicato a estabelecer o patamar de responsabilidade política exigível por ofensa à curiosodade dos seus associados.
Grande grunho!