domingo, 19 de outubro de 2014

Leituras


«"O governo optou por não aumentar os impostos", disse Maria Luís Albuquerque na conferência de imprensa de apresentação do Orçamento de Estado para 2015. (...) No dia seguinte, titulava o DN: "um orçamento que não sobe impostos mas agrava a carga fiscal". Ou seja, os impostos não aumentam, mas vamos pagar mais impostos. Não vamos empobrecer, mas vamos ficar mais pobres. Ninguém se está a rir da nossa cara, estão apenas a gozar connosco.»

Pedro Marques Lopes, Notas orçamentais

«Mais do mesmo para animar o senhor Schaeuble e a patroa. Os impostos vermelhos não baixaram. Adicionaram mais impostos - agora são verdes. Os juros da dívida externa leva-nos a saúde e a educação à falência. E à miséria. Mas eles não querem ouvir falar na reestruturação da dívida. Não gostam de tirar um cêntimo ao tio Patinhas. Faz sentido: é o tio Patinhas que lhes vai dar emprego quando saírem do governo. Por isso limitam as prestações sociais não contributivas. Os pobres não lhes dão emprego.»

Tomás Vasques (facebook)

«O ressentimento, o rancor, o puro ódio que se acumularam - e que as cenas dos políticos dia a dia acirram - não desapareceram com o falso alívio que o Orçamento pretende trazer. (...) Nada de fundamental mudou e principalmente não mudou a maneira como a nossa vida se cozinhou em reuniões secretas, de que simbolicamente não conseguimos saber coisa nenhuma. A cena, de resto, conduzida e representada por indivíduos que não se distinguem pela inteligência, inclui números de pura pornografia.»

Vasco Pulido Valente, O tempo e o modo

«Nunca aceitei chamar "ajustamento" ao empobrecimento e destruição da classe média, e no enclausuramento dos pobres numa redoma de assistência e caridade. Nunca deixei de olhar para os meus concidadãos e ver aquilo que as estatísticas revelam, mas revelam mal: a vida estuporada, até ao fim dos seus dias, de muitos e muitos, em nome de experiências, ilusões e incompetencias, para chegar aos dias de hoje e terem que ver servidos, no seu imaginário prato, mais do mesmo.»

José Pacheco Pereira, Atenção: o ar está cheio de propaganda

8 comentários:

e-ko disse...

em directo do Théatre de la Ville em Paris, uma tarde organizada por Mediapart sobre corrupção:
http://www.mediapart.fr/journal/france/191014/des-19h-en-direct-sur-mediapart-et-au-theatre-de-la-ville em que participa Roberto Scarpinato, procurador de Palerme

há muitas coisas para ler no site.

Jose disse...

1. Este polixo comentador, de uma alacridade que iguala o encanto de se ouvir jogar com palavras, evita as ideias como qem foge da peste!

Jose disse...

Tomás Vasques disserta com a segurança de quem não tem passado.
Felizes os que vivem com o presente e o futuro, que sempre a outros pertence a responsabilidade.

Jose disse...

Vasco Pulido Valente é dito só ver tellvisão quando a Constança destila a sua verrina costumeira.
Ao conforto de se saber a salvo não pode evitar juntar uma visão pessimista do mundo.

Jose disse...

A classe média, que compra livros e não tem que lidar com o estupor da sobrevivência em cada dia, a não ser protegida arruina-se a cultura.
Mas os pobres já são tão pobres. E os ricos tão poucos.
Pacheco sofre...

Anónimo disse...

O polixo comentador quem será?
Eis algo que talvez interesse saber.
O marques mendes? o cesar das neves? o marcelo? algum plumitivo blogueiro?

Ou talvez nem interesse,porque o que resta é uma forte crsipação,perdão constipação

De

Anónimo disse...

O mais do resto é o resto do mais.

Dois reparos apenas:
Como é que alguém pode chegar ao ponto de falar em outrém escondido atrás de uma terceira pessoa?

Vasco pulido valente é alguém que eu não gosto.Mas que se fale na Constança como argumento contra ele é algo que ultrapassa o mínimo da decência.
Define um género.E está quase tudo dito

De

Anónimo disse...

A segunda nota é sobre o último "comentário" encrespado de jose.
José Pacheco Pereira.

Eis como se mata desta forma "típica" o mensageiro.
Esconde-se o que este diz e ainda se atira desta forma ainda mais típica contra a cultura

Quem é que dizia que puxava do revolver quando escutava a palavra cultura?

De