Ontem, Jonathan Hill foi eleito para a Comissão Europeia com a pasta dos mercados financeiros. Trata-se de um homem que tem andado para trás e para diante entre responsabilidade governativas e empresas de lobbying do sector financeiro, sendo acionista de uma delas até Julho passado, enquanto integrou o Governo Britânico. Vendeu-as rapidamente quando foi convidado por Juncker e agora afirma que não tem qualquer conflito de interesses. Antes disso, dirigiu uma empresa de Lobbying que optou por não se registar como tal junto das instituições europeias.
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Um exemplo de transparência e isenção tão significativo como o de Miguel Cañete, acionista (e pai do presidente) de duas empresas petrolíferas, e que foi nomeado comissário para... as alterações climáticas e energia. A promiscuidade entre indústrias várias e a Comissão Europeia é de tal forma descarada que a City de Londres não se conteve e emitiu uma felicitação pública pela nomeação de Hill. Os cidadãos europeus estão longe e mesmo petições gigantescas, como a de quase 600.000 que exigia a rejeição de Cañete, não impediram que a direita e os socialistas pusessem estes lobos a guardar as ovelhas. Só o GUE/NEL (grupo que integra Bloco e PCP) e os Verdes se puseram de fora desta javardice. Isso não impede, claro está, que estes casos contribuam para degradar ainda mais a imagem das instituições europeias junto dos poucos cidadãos europeus que ainda lhes ligam alguma coisa. Como não impede que nestas, como em tantas outras áreas centrais das políticas europeias, o poder dos grandes multinacionais se faça representar directamente. Com uma Comissão Europeia deste calibre, quem precisa de fazer Lobby?
3 comentários:
Haja quem integre estes factos com os do post anterior e, se conseguir evitar uma análise fundada em arcaísmos marxistas e seus congéneres, talvez se comece a antever um rumo de intervenção política consequente.
Arcaísmos maxistas?
Seus congéneres?
O sr jose deve ter ficado nos tempos arcaicos em que era proibido falar em marxismo.
Ou nos sues congéneres.
Arriscavam-se a ver a lei e a ordem cair sobre os incautos cidadãos que as transgredissem
Como os tempos são outros, chama-lhes "arcaísmos"
Um retrato exemplar deste modelo de sociedade.
Até quando?
De
Tem sido notório e bem visível o comportamento conservador dos partidos da Internacional Socialista no Parlamento Europeu.
Não foi só no PS Português que houve uma grande viragem á direita, especialmente depois da saída de Antonio Guterres e Ferro Rodrigues.
É notório que o conservadorismo se apoderou destes partidos em que é visível o abandono do Keynesianismo e a criação de aparelhos internos onde se registam fenómenos de caciquismo e de bossismo.Individuos que vivem da Política e não para a Política.
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