A arrogância do poder financeiro não existiria sem a segurança e a rédea solta que lhe dá o poder político. A sua solidez mostra o crescente fosso que separa a riqueza da pobreza. É o rosto do aprofundamento da tragédia das desigualdades. O inqualificável abuso da resiliência das vítimas da austeridade faz parte da mesma narrativa sacrificial que desde 2008 culpa os cidadãos pela crise do sistema financeiro. Mas estes têm em breve duas oportunidades para se unirem e recusar este estado de excepção que lhes rouba a vida: a 16 de Fevereiro, na manifestação convocada pela CGTP, e a 2 de Março, num uníssono que afirmará que o povo é quem mais ordena. Já no passado isto não agradou nada aos que concentram a riqueza.
Sandra Monteiro, Falemos da Riqueza.
Falemos também, no número de Fevereiro, do dossiê português sobre como cortar na dívida para crescer com o Estado social, com artigos de Eugénia Pires, Sara Rocha, Mário Jorge Neves, António Nabarrete e António Avelãs ou do dossiê sobre a Grécia, que conta, entre outros, com um artigo de Alexis Tsipras. Falemos de alternativas, então.
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1 comentário:
Parece-me que a manif de 2 março(se for identica a 15 de setembro)pode ser mais util ao povo e ao país.
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