«As confederações patronais pretendem que venha a ser possível o despedimento por motivos políticos ou ideológicos, defendendo por isso o fim do artigo da Constituição que impede esta possibilidade». TSF (via Bitoque).
Quando o patrão mudar do PS para o PSD, passarão a vestir laranja.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
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11 comentários:
A impunidade com que se propõem coisas destas é preocupante.
Esta foi, de facto, a anedota do dia!
é uma pena como ser humano ver a solidariedade e dignidade pelas ruas da amargura.
Olá Teles. Efectivamente parece que o 25 de Abril ainda não chegou ao patronato. No entanto, esta proposta não me choca totalmente. Apenas verbalizaram o que muitos patrões já fazem às escondidas. Não despedem as pessoas, mas evitam que elas progridam na carreira. E é com este patronato que Portugal tem de aumentar a sua produtividade...
Também eu defendo a liberdade de despedir. Bem como a liberdade de nacionalizar. Quando uma empresa perde a sua função social façamo-la reintegrar-se. O conceito de propriedade é apenas um conceito, não é uma verdade absoluta. É a justiça e a polícia que o preserva. Ora, a justiça e a polícia são de todos. Não de meia dúzia.
Quando mudar de PS para PSD não mudará a política nem a ideologia, por isso o melhor mesmo é um facto às riscas rosa e e laranja!
Tudo isto é pura diversão do patronato, eles já fazem o que querem!
Também será justa cauda para despedimento a emanação de odores desagradáveis dos pés.
http://palaciodomarques.blogspot.com/2007/07/cheirar-mal-dos-ps-pode-dar.html
Nuno,
Concordo que esta ideia seja completamente absurda, mas explica-me lá uma coisa, os patrões só podem ser do PSD ou do PS? Não os há no Bloco?
Acho que analisando serenamente o debate parlamentar, vemos que a intervenção do Louçã sobre o assunto foi despropositada e que J. Sócrates agiu bem ao prometer que esta medida não iria ser aplicada, nem a constituição alterada.
As confederações patronais querem aumentar os motivos para despedimento por justa causa. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação da Agricultura Portuguesa (CAP), a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e a Confederação do Turismo Português, querem ver retirada da Constituição da República a norma que impede que um trabalhador seja despedido por razões políticas ou ideológicas. No mesmo comunicado referem que defendem a redução do direito à greve, entendendo que os trabalhadores jamais poderão fazer greve por razões que não derivem exclusivamente da sua relação laboral específica. Nesta leitura ficariam proibidas as Greves Gerais, por exemplo.
Claro que a posição agora adoptada para as licitudes do despedimento tornariam na prática ilimitado o poder de despedir, podendo ser sempre ser alegado um dos factores subjectivos de que a empresa passaria a dispor. Neste âmbito enquadra-se a proposta de justa causa para despedimento a “perda de confiança”. Assim, sem mais, não explicando o que é isso da confiança. As empresas possuem já hoje instrumentos disciplinares que lhes permitem sancionar um trabalhador que roube, seja abstencionista ao trabalho, não cumpra as suas obrigações profissionais, etc... Agora a “perda de confiança”. Será que um empregador pode evocar esta razão para despedir um trabalhador que se recuse a aceitar condições mais desvantajosas do que aquelas que constem no seu contrato, alegando posteriormente “perda de confiança”? Não, não deixou de confiar por essa razão, apenas deixou de confiar!
E porque não ser lícito despedir um trabalhador porque cheira mal dos pés? Afinal um empregador pode achar que um trabalhador assim, não merece a sua “confiança”. Afinal só o empregador pode preencher esse vago conceito de confiança.
O Governo disse hoje que não está disposto a viabilizar essa pretensão, a menos que o trabalhador em causa conte anedotas sobre o Primeiro-ministro!
As confederações patronais querem aumentar os motivos para despedimento por justa causa. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação da Agricultura Portuguesa (CAP), a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e a Confederação do Turismo Português, querem ver retirada da Constituição da República a norma que impede que um trabalhador seja despedido por razões políticas ou ideológicas. No mesmo comunicado referem que defendem a redução do direito à greve, entendendo que os trabalhadores jamais poderão fazer greve por razões que não derivem exclusivamente da sua relação laboral específica. Nesta leitura ficariam proibidas as Greves Gerais, por exemplo.
Claro que a posição agora adoptada para as licitudes do despedimento tornariam na prática ilimitado o poder de despedir, podendo ser sempre ser alegado um dos factores subjectivos de que a empresa passaria a dispor. Neste âmbito enquadra-se a proposta de justa causa para despedimento a “perda de confiança”. Assim, sem mais, não explicando o que é isso da confiança. As empresas possuem já hoje instrumentos disciplinares que lhes permitem sancionar um trabalhador que roube, seja abstencionista ao trabalho, não cumpra as suas obrigações profissionais, etc... Agora a “perda de confiança”. Será que um empregador pode evocar esta razão para despedir um trabalhador que se recuse a aceitar condições mais desvantajosas do que aquelas que constem no seu contrato, alegando posteriormente “perda de confiança”? Não, não deixou de confiar por essa razão, apenas deixou de confiar!
E porque não ser lícito despedir um trabalhador porque cheira mal dos pés? Afinal um empregador pode achar que um trabalhador assim, não merece a sua “confiança”. Afinal só o empregador pode preencher esse vago conceito de confiança.
O Governo disse hoje que não está disposto a viabilizar essa pretensão, a menos que o trabalhador em causa conte anedotas sobre o Primeiro-ministro!
Só para esclarecer que o pessoal na fotografia é benfiquista....
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