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Como argumentaram então muitos economistas (incluindo o Prémio Nobel Joseph Stiglitz), esta crise veio mostrar as consequências desastrosas dos processos de liberalização dos mercados financeiros e a instabilidade intrínseca da liberdade de circulação de capitais num universo globalizado onde domina a liquidez financeira.
As próprias instituições financeiras internacionais (Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional) que foram nas décadas de oitenta e de noventa do século passado das principais promotoras dos processos de liberalização financeira, reconheceram então que as «crises financeiras se tornaram mais frequentes desde o início dos anos oitenta» e que isto «tem sido associado ao aumento dos fluxos internacionais de capitais (especialmente fluxos privados) para os países em desenvolvimento e à crescente integração desses países nos mercados financeiros internacionais» (Banco Mundial, 1998: 124-125). É evidente que isto foi escrito quando Stiglitz era economista-chefe do Banco. Foi expulso pouco tempo depois por pressão do governo «democrata» dos EUA.
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