As lições da crise pareciam, ainda em 2003, ter sido aprendidas até pelos liberais mais intransigentes. Por exemplo, a revista britânica The Economist, fazendo eco de um estudo do FMI, declarou: «Esta revista afirmou durante muito tempo que o controlo de capitais seria de banir em toda e qualquer situação. Ora da análise dos dados (. . .) ressalta que o mercado mundial de capitais é turbulento e perigoso, em particular para as economias pouco desenvolvidas (. . .) Mesmo que isso cause alguma perturbação, os economistas liberais deverão reconhecer que (em certos casos e dentro de certos limites) se justifica o controlo do movimento de capitais (. . .) É mais do que tempo de rever a ortodoxia sobre esta matéria».
Esta posição deveu-se ao facto da China e da Índia, países que não foram atingidos pela crise de 1997-1998, terem mantido, ao contrário dos países atingidos, robustos controlos à entrada e à saída de capitais (taxas, restrições quantitativas. . .). Ainda hoje a moeda chinesa não é totalmente convertível e existe toda uma bateria de controlos à circulação de capitais. Controlos mais do que justificados. Controlos que o FMI, o governo norte-americano e tanto economistas liberais continuaram a querer abolir. Apesar de toda a evidência que se acumulou a favor da sua manutenção e até do seu reforço.
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1 comentário:
Desculpe o comentário, pois sei que nada tem a ver com o tema que aqui colocou a discussão, mas neste momento, existe na blogsfera uma campanha de solidariedade com o Prof. Caldeira por causa do processo de José Sócrates e vários blogues aderiram a esta "pequena" ajuda...
Se quiser colaborar com esta campanha é só colocar no seu blogue a imagem da campanha feita pelo KAOS que já inclui um link para quem quiser assinar a petição on line sobre o tema...Pode encontrar esta imagem no blogue do KAOS ou no meu...
Atenciosamente...
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