Estes islandeses estão definitivamente loucos, dirão as nossas elites do poder: depois de terem saído da crise e apostado no emprego na base do enfrentamento com os credores, da punição dos banqueiros, da instituição de controlos de capitais, da desvalorização cambial, da rejeição da UE, feita para impedir tais loucuras, agora ousam pensar numa alteração radical do sistema monetário e financeiro, passando o controlo do crédito, do essencial da criação monetária, da banca privada para as mãos de um banco central sob tutela democrática. Como disse a este propósito o Nuno Teles ontem ao Negócios, “o mercado não é eficiente na alocação de crédito”. Podendo ter várias configurações, as alternativas radicais, ou seja, sensatas, pressupõem soberania democrática, ou seja, instrumentos de política que permitam passar do debate à acção consequente.
Por falar nisto, mero pretexto, não podia deixar de assinalar esta corajosa e expressiva acção simbólica no coração da pós-democracia europeia...
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9 comentários:
Em compensação, os Gregos são um exemplo de sanidade: um governo de esquerda (radical), com amplo mandato popular (reforçado após as eleições) não quer sequer ouvir falar de sair do euro e arrasta-se a mendigar apoios pela Europa (e fora dela). Isso sim era dava um caso de estudo interessante. Fica a sugestão.
Gostei de ver a cara do funcionário de serviço, o draghi, toldar-se por instantes de medo puro.
Uma acção simbólica é certo.Mas um convite a que se torne real nos seus propósitos mais fundos e mais amplos.
Com a replicação de tal expressão na face dos criminosos que nos governam e se governam. Mais tarde ou mais cedo terão que ser chamados a prestar contas por este regresso ao século XIX
De
"Mas um convite a que se torne real nos seus propósitos mais fundos e mais amplos."
Como as gigantescas manifestações que iam derrubar, mais tarde ou mais cedo, o governo PSD/CDS.
e só não o derrubaram, caro inimigo, porque temos um presidente corrupto conivente com um governo de traidores e que se esqueceu que antes de tudo jurou sobre a constituição portuguesa...claro que depois chamam a estas golpadas sentido de Estado...tudo o que serve para manter a podridão do regime é alcunhado de "responsável" e toda a alternativa é "radical"
O anónimo das 11 e 10 disse tudo.
Depois é favor ler com amis atenção: "Mais tarde ou mais cedo...".vai uma apostazinha?
( a cara do Constâncio também é sugestiva)
"Depois é favor ler com amis atenção: "Mais tarde ou mais cedo...".vai uma apostazinha?"
Não é preciso apostar. Num sistema democrático, todos os governos terminam um dia e perdem as eleições seguintes.
Não saem é devido a golpadas (manifestações de rua): saem porque perdem eleições. Que é o que vai acontecer com este governo e com todos os que se lhe seguirem.
Felizmente.
O Draghi borrou-se todo ontem, deve ter imaginado que era o último dia da sua vida...Viram bem como eles se borram completamente até perante uma brincadeira? -Gostava de os ver, a ele e ao Constâncio -por exemplo- em plena Praça Sintagma, sujeitando-se ao escrutínio da população Grega. E adorava que aterrassem por lá o PPC e o PP, mais a eterna Marilú...
Para alguns é preciso apostar, sobretudo para alguns como um anónimo que duma forma demasiado enfeudada à governança, fazia o seu ritual protector da cambada criminosa
E que teve esta resposta lapidar:
"e só não o derrubaram, caro inimigo, porque temos um presidente corrupto conivente com um governo de traidores e que se esqueceu que antes de tudo jurou sobre a constituição portuguesa...claro que depois chamam a estas golpadas sentido de Estado...tudo o que serve para manter a podridão do regime é alcunhado de "responsável" e toda a alternativa é "radical"
Que alguns anónimos se identifiquem com esta coorte é uma questão ideológica.
Que diacho também muitos alemães votaram em Hitler e juravam a pés juntos que tal era a vontade "democrática" do povo.
O pior é que a lei fundamental é mesmo para cumprir por todos e por mais que açulem os cães raivosos contra a Constituição esta ainda é soberana
Quanto ao queixume sobre as manifestações de rua deste último anónimo ...confessemos que a mania de limitar este direito democrático cheira a pesporrência salazarenta. E a algo mais que me abstenho de expressar.
Quanto ao " saem porque perdem eleições"...francamente que fraco conhecimento histórico. Não só a realidade desmente tal disparate , como o draghi e o Constâncio são dois magníficos exemplares de exemplos contrários. Lá pospegados e a fazer porcaria, quais títeres de trazer por casa mas com um imenso poder, sem nunca terem sido sufragados .
Mas com o inefável apoio dos grandes interesses económicos.
Mais cedo ou mais tarde irão cair e serão inevitavelmente responsabilizados.
Felizmente
De
O Livre/Tempo de Avançar acha isso tudo muito radical. Propoem uma conversa com o Draghi, para ele definir junto com o Antonio Costa, uma austeridade amiga. O que eles decidirem o Livre assina em baixo, desde que tenha um pézinho no Conselho de Ministros.
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