terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Um debate a não perder

A propósito do novo pacote laboral, esta "entrevista" de Mário Crespo a Arménio Carlos é obrigatória. O sindicalista desmonta, de forma consistente, os argumentos do jornalista (?) e explica por que foi a CGTP a única organização com uma posição decente nestas negociações.

15 comentários:

Anónimo disse...

É perturbador assistir a um "jornalista" que perante argumentos claros e inequívocos revela um autismo absoluto insistindo em provar que os trabalhadores têm direitos a mais e as associações sindicais, mais propriamente a CGTP, só fazem mal ao país, isto é uma autêntica vergonha.

Zé disse...

Chamar jornalista ao Crespo é mais ou menos o mesmo que chamar jornalista ao hipopótamo do jardim do jardim zoológico

José M. Sousa disse...

O Mário Crespo quer nivelar tudo por baixo. Ter direito a subsídio de Férias? Isso é um luxo! Temos que ser todos precários. Para o Mário Crespo, um operário fabril vende o seu trabalho em iguais condições que ele, Mário Crespo o faz. Deixem de ver esse imbecil...

Lowlander disse...

Muito muito bom. Razao pela qual, estou disposto a apostar (aposta que gostaria muito de perder), que nao voltara a ser convidado.

L. Rodrigues disse...

Um "prós e contras" em que o moderador é um dos lados.

Anónimo disse...

Crespo got pwned!
É triste ver um idiota (in)útil como o Crespo a chutar para canto sempre que fica sem argumentos.
Bola pá frente que o Arménio nunca mais vai ser convidado a falar na SIC N.

meirelesportuense disse...

Eu assisti a esta entrevista e foi um massacre do jornalista Lambe-Botas oficioso do Governo.

Anónimo disse...

É revoltante ver como este "jornalista" conduz a entrevista. Interrompe sistematicamente o entrevistado com observações imbecis ao nível de um taxista (desculpem-me os taxistas). Para mim a gota de água dá-se quando o Mário Crespo demonstra o seu incomodo com a expressão EXPLORADOS utilizada por Arménio Carlos. Com um grande clareza e objectividade o entrevistado responde-lhe. Mas parece que Mário Crespo não entendeu ou não quis porque um pouco depois volta a ter o mesmo infeliz comentário.

Dias disse...

Por acaso ví a entrevista. O Mário Crespo a fazer o papel de advogado do patronato, a tentar insinuar que sindicalismo é coisa do século passado, “modernidade oblige”…Achei-o crispado sempre que o dirigente sindicalista da CGTP falava em exploração, como se estivesse a ouvir uma coisa de outro mundo. Não há dinheiro – dizia Crespo.
Arménio Carlos esteve bem, sobretudo num momento em que o governo pretende estigmatizar a CGTP. Afinal, quem não cumpre qualquer pacto, ou mesmo quem tem atropelado a lei, é este governo. É preciso haver confiança? Pois é.

meirelesportuense disse...

É realmente verdade o Crespo sempre se mostrou muito incomodado pela expressão "exploração" como se não houvesse exploração em Portugal, pois se são as próprias Empresas que denominam as suas actividades como sendo actividades exploratórias.
As palavras são que são:
Dicionário PriBeram:

"Exploração
s. f.
1. Acto ou efeito de explorar.
2. Investigação; estudo.
3. Tentativa de tirar proveito ou utilidade de alguma coisa (a boa ou má parte).
4. Empresa.
5. O que se explora.
6. Abuso da boa-fé, da situação precária, da ignorância (de alguém, para auferir interesses).
7. Especulação vergonhosa.
8. [Medicina] Observação; sondagem."

Fusível Ativo disse...

As pessoas esquecem-se que proletariado mudou. O proletariado teve um reverso, os recibos verdes fazem parte disso.

UGT, CGTP quem é que eles defende hoje em dia?

Nós, o novo proletariado, exigimos novos sindicatos.

Anónimo disse...

O que gostei:

discurso fluido, coerente e agradável

O que não gostei:

a ausência do termo "capitalismo" para caracterizar o actual sistema de produção;
a invocação do "feudalismo" que baralha e confunde a natureza da crise;
a negação de que os trabalhadores são de facto "mercadorias";
a incapacidade em caracterizar a realidade da exploração, relegando esta para a distribuição.

Resumo: discurso fácil e agradável, demasiado light e cheio de falsas questões

h5n1

Quando o homem se dignar lembrar disse...

daqueles que abandonou à sua sorte há já umas décadas

ele que se lembre de dar umas palavrinhas aos que ainda forem vivos e não estejam na suiça

ó nosso lenine renascido

É perturbador assistir a um "sindicalista" que perante argumentos claros e inequívocos revela um autismo absoluto
a europa tenta adaptar-se o PCP e o seu braço sindical jámé

vi tanto disto na DDR
somos uma potência industrial superior aos lacaios nazis da américa...pois

Anónimo disse...

O Crespo nunca me enganou. Ele está e sempre esteve ao serviço do seu patrão que é um representante do Grande Capital.

João Carlos Graça disse...

Quando o homem se dignar lembrar disse...
"...vi tanto disto na DDR..."
Deixe-me ver se compreendi bem: está a escrever isto, evidentemente, porque acha que é necessário proceder a uma reavaliação realista do que foi a experiência dos antigos "países de Leste", não é? Sem "ostalgia", mas também sem "pentitismo"...
Hmm... sabe que mais? Por cima de um oceano de divergências, acho que concordo consigo...