quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Confundir os sintomas com a doença

«Uma das coisas que me impressiona na questão da "crise" europeia é o modo como os sintomas se confundem com o verdadeiro problema: as disfunções do sistema macroeconómico que é a zona euro. Tomemos, por exemplo, a situação actual da Grécia: Desde ontem, os ministros das finanças da UE, a Comissão Europeia e o FMI uniram esforços para exigir que os credores assumam uma maior fatia no perdão da dívida grega. (...) A razão principal de tanto regateio decorre do facto de, cada vez que se olha para a Grécia, o estado da sua economia estar pior. A UE, portanto, está basicamente a pedir mais aos credores porque as suas próprias políticas não conseguiram recuperar a economia. E o que torna esta situação ainda mais interessante é o facto de a Europa ter desperdiçado dois anos e, literalmente, centenas de biliões de dólares a tentar evitar o incumprimento da Grécia, fazendo agora exigências que potencialmente empurram o país exactamente nessa direcção. (...) Como já disse anteriormente, a posição da Alemanha constitui uma faca de dois gumes porque, embora a sua economia esteja a crescer neste contexto, ele é negativo para o resto da Europa, dado que uma das principais causas desta crise reside nos desequilíbrios de competitividade entre os Estados membros, induzidos pela moeda única».

Do artigo, que vale a pena ler na íntegra, no blogue Macrobusiness (via João Galamba, facebook).

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