É sabido que durante toda esta crise financeira o BCE tem feito tudo para apoiar a banca europeia. As recentes injecções maciças de liquidez são o último exemplo. No entanto, há um lado bem obscuro nestas operações de salvamento. À imagem do que aconteceu em Dezembro, quando o BCE empresta a um banco, exige “colateral” (activos de garantia). No entanto, a exigência em relação a essas garantias tem vindo a tornar-se cada vez menor. No gráfico abaixo (via este post no Financial Times que vale a pena ler) vê-se o número de activos que foram adicionados à lista do que é aceite pelo BCE. Duas notas sobre o gráfico: 1- É incrível o número de instrumentos de dívida que os bancos usam (sendo que boa parte destes nem sequer é pública). A opacidade dos mercados financeiros fica bem ilustrada; 2- A esmagadora maioria dos novos instrumentos agora aceites vem de bancos franceses, mostrando, por um lado, a exposição destes à crise europeia e, por outro, o empenho do BCE na sua viabilidade financeira. Para Frankfurt a banca francesa e, em menor medida, a italiana parecem ser a linha Maginot. A linha original não foi muito bem sucedida.
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