«A agência [Standard & Poor's] diz que a actual crise não resulta do descontrolo orçamental na periferia mas sim de desequilíbrios macroeconómicos entre países do euro. Lisboa, em vez de criticar, devia ter aplaudido este diagnóstico porque conforta a posição de Portugal ao demonstrar que a crise é sistémica e a responsabilidade é partilhada. Ou Vítor Gaspar já pensa em alemão ou o governo desistiu de pressionar Berlim e o resto da zona euro a procurar alternativas. O país esperava um reconhecimento do seu esforço mas a S&P - e bem - não se impressiona com cortes salariais. Querem resultados sustentáveis e Portugal cai para notação "lixo" porque estes não se vêem - antes pelo contrário. É tudo muito lógico mas, claro, o resultado é terrível: é mais um passo na senda da Grécia com os investidores sem argumentos para segurar títulos nacionais.»
Do artigo de Luís Rego (via Câmara Corporativa), a ler na íntegra aqui.
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4 comentários:
O governo e quem tem poder neste país já se apercebeu que os tempos que correm são uma oportunidade de ouro para impor os mais injustos sacrifícios, tudo pode ser dito e tudo pode ser feito, porque os portugueses estão capturados. Já ninguém se preocupa com a razoabilidade das justificações, as coisas são feitas porque têm de ser ser feitas, os cidadãos já não estão em condições de exigir nada porque agora eles pertencem a alguém. Porquê ou para quê falar em democracia ou liberdade se o valor mais alto da nossa sociedade é o dinheiro? Os princípios de Darwin continuam a pautar a nossa existência com tudo de mau que isso implica....
Há coisas que não entendo
Somos o país de mais baixas pensões e salários. Trabalhamos noite e dia.
Passamos fome para gerir o salário que nos falta e ainda vem com essas tretas ...
Há limites e paciência para tudo...
Pelos vistos näo há, Luís Coelho. A prova é que o governo continua a ter maioria absoluta nas sondagens.
Esta é a explicação para o que nos conduziu a esta situação:
http://oourico.blogs.sapo.pt/49986.html
Nelson
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