Recordar é viver: um trol de extrema-direita, encerrado numa bolha reacionária estrangeira, usou a expressão “wokismo” nas cerimónias do 25 de abril e alguém o apanhou bem na RTP com uma magnífica gralha.
Agora, as extrema-direitas, IL-Chega, hifenizados por desejo de um certo capital, conseguiram transformar, com o decisivo contributo do PSD, uma mentira histórica numa cerimónia sem cravos vermelhos, num dia de novembro ao calhas. Quem fez abril, quem distribuiu cravos vermelhos, não estará lá, os comunistas não estarão lá, outros democratas não estarão lá.
Razão têm os que, fiéis à melhor tradição marxista, identificam naqueles dois partidos de extrema-direita as expressões políticas da burguesia mais reacionária, a que quer confrontar o regime democrático de matriz constitucional antifascista.
Perante este confronto, não há mesmo terceiras vias.
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