terça-feira, 5 de maio de 2020

Testar «Bolsonaro» com a telescola?

a1. Como lembra a Maria João Pires, a extrema-direita nacionalista pôs há uns dias a circular a informação, falsa, de que Rui Tavares teria dado uma aula de História no «Estudo em Casa». Ontem, o eurodeputado Nuno Melo fez eco dessa informação, acusando o historiador de «destilar ideologia» e de transformar «os alunos em cobaias do socialismo».

2. O que na verdade aconteceu foi a utilização pedagógica, no contexto da referida aula, de um episódio da série «Memória Fotográfica», de Rui Tavares, dedicado à «Exposição do Mundo Português» (1940), que vale a pena ver na íntegra (para tentar encontrar a tal «política travestida de educação», a que se refere Nuno Melo, ou a «análise deturpada» dos motivos que estiveram na origem da Exposição, denunciada pelo CDS-PP).

3. Como assinala Pedro Marques Lopes, «que Nuno Melo diga umas boçalidades ninguém se espanta». Mas o facto de o CDS andar «a reboque das manifestações de ignorância do homem» é que «já é outro assunto». De facto, a direção do partido nem pestanejou e decidiu questionar o ministro da Educação sobre a «escolha» de Tavares para a telescola. Na Pergunta que lhe enviou (imagem aqui ao lado), o CDS insiste na ideia de que o referido «módulo de História e Geografia de Portugal (...) foi parcialmente dado pelo historiador e político Rui Tavares», perguntando a Tiago Brandão Rodrigues se «considera aceitável a escolha de um político (...) para ministrar aulas» no «Estudo em Casa» e se não acha que, «nomeadamente as aulas de história, devem ser dadas de forma politicamente isenta».

4. Os deputados do CDS-PP não desenvolvem, claro. E por isso ficamos com imensa pena de não poder saber o que seria um «módulo politicamente isento» sobre o tema «Da Expansão Marítima do século XV à manutenção do Império Colonial no século XX». O que ficamos a saber, face à posição tomada, é que o CDS-PP não faria como se faz em democracia e trataria de impedir o acesso à docência de licenciados em História que não estivessem «aptos» para leccionar aulas «politicamente isentas» (o que obrigaria o CDS, por sua vez, a ter de definir, prévia e ideologicamente, essa dita «isenção», tão equívoca como qualquer outra que o pretenda ser).

5. Sobre tratar-se de um «político» a leccionar, História ou outra coisa qualquer (desiluda-se quem acha que a dita «isenção» depende da disciplina), o Zé Neves ajuda a refrescar a memória: «Passos Coelho, cujas qualificações académicas são tantas como as que autorizaram um porco a andar de bicicleta, é Professor Catedrático convidado no ISCSP, sendo que Paulo Portas afina pelo mesmo diapasão mas pondo a sua concertina a render na banda da Universidade Nova, onde se milita pela reabertura da "economia" enquanto se nutrem umas sinergias e se surfam as ondas que um qualquer submarino vai alavancando ali para as praias de Carcavelos». Casos que «a direita órfã da troika reputou uma e outra vez de tão naturais como a nossa sede», sendo que o «escândalo nacional de grande proporção» é mesmo «a telescola ter usado um excerto de um programa de História conduzido por um tipo doutorado numa das mais importantes instituições universitárias europeias, a EHESS, Paris, e que foi Investigador Visitante no Instituto Universitário Europeu de Florença e Professor Visitante na Brown. E que é historiador».

6. A gente bem tenta, mas é impossível que esta posição do CDS-PP não nos traga à memória a «escola sem partido» de Bolsonaro. Aliás, não é a primeira vez que esta direita ultramontana em que o CDS-PP se transformou (e pela qual o PSD de Passos também afinou), deixa escorregar o chinelo para as bandas do Chega. No caso do PSD, a ideia parecia ser, com Ventura, a de testar Trump em Loures. No caso do atual CDS-PP, fica a dúvida sobre se se trata de testar Bolsonaro na Educação, para tentar estancar a hemorragia de votos pelo flanco mais à direita.

Adenda: As coisas mudam, de facto. Quando Passos Coelho ensaiou «André Ventura» nas autárquicas em Loures, o CDS-PP de Assunção Cristas - e bem - distanciou-se das declarações xenófobas do candidato, rompendo com a coligação com o PSD. Ontem, quando o CDS de Francisco Rodrigues dos Santos ensaiou o episódio da telescola, David Justino tratou - e bem - de distanciar o PSD da iniciativa, assinalando que se trata de um «alarido desonesto, manipulador e próprio de uma direita trauliteira sem escrúpulos».

64 comentários:

Geringonço disse...

Rui Tavares é um socialista corruptor de mentes quanto Nuno Melo.

Ambos são "europeístas", ambos borram-se de medo que a esquerda real acorde e comece a pensar mudar o mundo...

Lúcio Ferro disse...

Que remédio tinha David Justino, ele próprio prof universitário na Nova, e logo de história de sistemas educativos, mas, ao menos enquanto prof, aberto a perspetivas diferentes da sua matriz ideológica, desde que bem fundamentadas.

PauloRodrigues disse...

O cds perdido no labirinto.
Alguém consegue ser pior que cristas?
Sim, pode!

Anónimo disse...

Paulorodrigues perdido no labirinto
Alguém consegue ser pior que pimentel ferreira?
Sim,pode. O próprio pimentel ferreira,travestido de.

Jose disse...

«Lisboa mais triste que as cidades em guerra» na Europa.
"éteintes» são as palavras do francês e valem por «apagadas, sem luzes» assumindo que extintas ou arrasadas não será o sentido pretendido.
Nos anos 40 a iluminação pública não era a exuberante claridade que anuncia o país como uma estufa, mas o historiador pinta o quadro nas cores que melhor lhe iluminam a alma.

Em tudo mais, a nota não é dar notícia do país nem da circunstância histórica e política de um continente em guerra que alastra a todo o planeta, onde o país tem larga presença. 'O regime' é o sujeito na história e é sobre o regime e não sobre o país que a mensagem é construída.

Que uma política educativa geringonçosa queira, no ensino da História de Portugal aos jovens, criar um interregno em que o país e o sentir da nação sejam substituídos pelo regime e a sua propaganda, não só não espanta como corresponde à mesquinhez de uma ideologia negacionista de tudo que possa estimular orgulho e amor pátrio, condição essencial à plácida conformidade com a mediocridade vigente.

Nuno Serra disse...

O caro José, como sempre, não desilude.
Em vez de comentar o ponto essencial deste post (a proposta, em potência, de censura profissional de docentes, em nome de uma determinada ideia do Estado Novo), de que foge a sete pés, resolve discorrer sobre a sua própria, e legítima, ideia do regime. Faz muito bem, caro José (não fosse dar-se o caso de sermos surpreendidos com alterações à sua tradicional linha argumentativa e ficarmos preocupados consigo).

Anónimo disse...

Humor impagável o de Nuno Serra

Ficámos assim com a ideia que Jose confirma que na altura do seu regime salazarista,era o "país e o sentir da nação".

Muito curioso de facto.

De como o amante do "orgulho e amor pátrio" nos tempos bolorentos do fascismo, se converteu em amante da troika e adepto germanófilo uberalles, é um dos mistérios da natureza do Jose

Ou talvez não

Jose disse...

Ao caro Nuno Serra ficaria grato se clarificasse o fundamento da sua preocupação com alterações à minha tradicional linha argumentativa.

Quanto a "proposta, em potência, de censura profissional de docentes", o em potência torna-me indiferente ao caso, uma vez que a censura em potência tem tão expressiva manifestação teórica em largas franjas da ideologia dominante que não é matéria para alarme. Por outro lado, todo o programa oficial de ensino contém segura e necessariamente censura profissional para muitos dos docentes. De facto é disso que trato, que não censurem a História para melhor demonizarem um regime.

Nuno Serra disse...

O ponto é exatamente esse, caro José. É que hoje, em democracia, todos os professores podem leccionar a matéria expressando a sua sensibilidade e perspetivas sobre os assuntos. De uma forma mais próxima ou mais afastada do modo como o José encara o Estado Novo, pedindo-se a todos, naturalmente, rigor factual.
Com a proposta do CDS-PP (e por isso falo em proposta em potência - porque o CDS-PP não é governo nem tem maioria no parlamento), deduzimos que apenas uma perspetiva sobre o Estado Novo poderia ser apresentada nas salas de aula. É isto, não é caro José?

Anónimo disse...

Para quando um livro que mostre o que foi a politica de Salazar durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos salazarentos ficariam estarrecidos. Negocios com Franco, enquanto o ditador espanhol organizada em Berlim a invasao de Portugal de conluio com Hitler... tanto para contar....e para se saber...

Um ditador traidor esse seria o titulo de Salazar.

Jose disse...

«É que hoje, em democracia, todos os professores podem leccionar a matéria expressando a sua sensibilidade e perspetivas sobre os assuntos.»

Não sabia!
E quando me falam em programa oficial, permito-me duvidar.
Acresce, que a Constituição diz que foi derrubado um 'regime fascista', dentre as organizações totalitárias só proíbe as fascistas e penaliza quem delas participe - o que é franco estímulo a não ver acertos nas acções do anterior regime.
Ensinar História não é julgar a História, e ainda quando tal julgamento se faça, é com referência ao tempo da ocorrência e não como se fosse notícia do dia. Assim, a sua interrogação não faz sentido, como nenhum sentido faz juntar à descrição da Exposição do Mundo Português a tristeza que cobriria Lisboa ou outras bojardas caras a todo o esquerdalho, que sempre recobrem os anos do Estado Novo de uma continuada depressão.
No caso, tudo reduzido a propaganda...até o Eusébio aparece na imagem!

Anónimo disse...

Salazar, traidor? Ai essa história...

Anónimo disse...

De facto o apoio de Salazar foi decisivo para a vitória da besta franquista em Espanha

Anónimo disse...

Não deixa de ser um alerta esta frase do jose que quer branquear Salazar e o seu "regime"

Fala-se em potência. Foi obrigado o autor do texto a explicitar a José o que se pretendia dizer, depois de uma misteriosa indiferença mostrada pelo mesmo José, perante a "censura em potência"

O problema reside precisamente aí. No menorizar dos que mostram assim uma peculiar indiferença pelas ameaças não democráticas que ensombram os dias de hoje.

Por exemplo,sobre a ameaça do fascismo. Há não sei quantas frases por aí do sujeito "indiferente", em que este tenta escamotear aquele, enquanto do mesmo passo tenta apagar o passado histórico que o denuncia. Isto sim, um verdadeiro processo negacionista.

É por causa desta indiferença pelas ameaças reis que nos cercam, que surgem os Bolsonaros da vida

Estes indiferentes estão só à espera.Podem crer que se um Bolsonaro chegasse ao poder em Portugal, deixavam logo estas pseudo-mariquices indiferentes e passariam ao assalto. Revelar-se-ia então o verdadeiro bolsonarismo que alguns trazem escondidos dentro de si

Jose disse...

É típico dos regimes resultantes de golpes, militares ou de qualquer outro tipo, dedicarem-se a diabolizar o regime derrubado, o que é óbvia afirmação da legitimidade do seu acto fundador.
Assim foi no início do Estado Novo em relação à permanente instabilidade e dislates dos regimes precedentes, e natural foi que tal ocorresse após o 25A.

Mas normal é que passados os anos fundadores os regimes se legitimem pelas suas acções e invoquem os seus méritos e planos, e se abandonem os fantasmas do que é já passado.
Com o regime anterior, cedo as evocações do passado só marcavam presença nas liturgias do regime, raras e de pouca expressão pública.
Ora, 46 anos após o 25A, Salazar, desaparecido da vida politica activa há mais de 50 anos, continua a ser referência constante pelo que só pode compreender-se por uma indigente ausência de presente e lamentável falta de crença no futuro.

Veja-se como aí acima há quem aspire ainda a vê-lo declarado traidor à Pátria e outro (se não o mesmo) imputa-lhe a não sovietização da Espanha!

Anónimo disse...

Caro Jose, é impressão minha ou estão neste blogue os últimos e autênticos alucinados das delícias dos socialismos vários que pulularam por aí, adeptos da felicidade colectiva e cegos aos horrores pelos socialismos praticados, e que ainda praticam? Ainda por cima, não perceberam porque o muro foi derrubado de dentro para fora, e as experiências lá impostas ( e noutras geografias) não deixaram saudades, mas sim miséria. Espantoso, como usando o insulto a tudo e todos e querem afirmar sérios e merecedores de confiança os seus projectos. Lembra-me a blague: o problema dos socialistas é o socialismo. Simplesmente não funciona, mas estes daqui do blog parecem não se importar, desde que dê para insultar e alardear uma pretensa superioridade moral e infalibilidade ideológica. Divertem-me com a presunção de certeza no "remédio", mas algo me diz que nas vidinhas privadas são do melhor que a burguesia de Lisboa produz. Revolucionários no sofá, burgueses na carteira. Que vida boa é a de Lisboa. Ou Coimbra com seu magnífico centro de estudos sociais, que tão magníficos "académicos" anti "fássssissstasss" nos tem dado. É o que há, e não será solução. Bom, resta-nos a certeza que o teclado substitui as bombas e assassinatos políticos de "libertação" do povo. E permite-lhes ainda aceder ás suas continhas bancárias e produtos financeiros. Que o capitalismo lhes garante.

Anónimo disse...

Jose fica inquieto

Está inquieto

Se lhe põem em causa Salazar,lá terá ele que mudar a sua biblioteca. E as paredes forradas com aquela trampa que é característica do dito...salazar,claro

Anónimo disse...

Trampa é de certa forma um eufemismo.

Defender a trampa maior de criminosos de guerra, de facínoras, de hordas de fdp a berrar os "vivas la muerte" enquanto executavam homens e mulheres,crianças e bebés é sinónimo que algo está muito errado com a hierarquia dos princípios de tal gente

Para ser mais claro.

Alguém vir defender aqueles pulhas porque estes impediram a "sovietização da Espanha" é branquear o fascismo e é tentar apagar a história. É papaguear os fascistas de outrora. Talvez o próprio Salazar,com aquela voz de cana rachada, a tentar justificar o injustificável

Não nos esqueçamos que o mesmo que aqui defende o canalha e tenta branquear o seu regime, é o mesmo que referia como "românticos" os canalhas que berravam os viva la muerte nos seus rituais sanguinários de bestas fascistas

Anónimo disse...

Mas a frase deste Jose, para tentar justificar o injustificável, não encontra só parecenças com o que os fascistas portugueses vieram dizer, incluindo salazar

Jay Allen (famoso jornalista americano que se notabilizou pela sua cobertura da Guerra Civil de Espanha e da ocupação nazi da França) conseguiu entrevistar Franco, em Tetuão, a 27 de julho de 1936. Recorde-se que pouco depois ocorreria o massacre de Badajoz que foi o resultado da repressão exercida pelo exército sublevado ( o de Franco) contra os civis e militares defensores da Segunda República, após a tomada da cidade de Badajoz pelas forças fascistas sublevadas contra a Segunda República, em 14 de agosto de 1936.

A partir da entrevista, Allen publicou um artigo com o seguinte diálogo:

Allen: "Durante quanto tempo prolongar-se-á a situação agora que o golpe fracassou?" (nas principais cidades de Espanha a besta tinha sido derrotada )
Franco: "Não pode haver nenhum acordo, nenhuma trégua. Salvarei Espanha do marxismo a qualquer preço"
Allen: "Significa isso que terá de fuzilar média Espanha?"
Franco: "Disse a qualquer preço".


Franco era de facto um canalha elevado a uma potência descomunal. Mas poderia ter usado essa frase para justificar os crimes inenarráveis cometidos

Para não permitir a "sovietização da Espanha!"

E ergueria a mão na saudação fascista, gesto que o seu amigo,colaborador, protector e parceiro, repetiu também bastas vezes

Anónimo disse...

Não fui eu que me referi a salazar como traidor.

Mas a acusação tem algumas pernas para andar.

Ele traiu o seu povo para alimentar uma oligarquia que sugou as melhores energias de um país que se afundou num lodaçal de virtudes hipócritas pseudo-beatas, miséria e opressão. E ele alimentou uma guerra colonial, para maior glória de um punhado de parasitas donos de Portugal,à custa dos que mandou matar e morrer em África

O seu legado é isso mesmo que se referiu há pouco. Um legado de trampa.

Mas não iremos agora por aí

A Constituição da República Portuguesa diz expressamente:

"A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista".

Jose não gosta do que lá está escrito. Jose não só não gosta como também quer reescrever a História.

Muitos também já o fizeram e o tentaram. Geralmente por motivos ideológicos ou de cumplicidade. Chama-se a isto branquear os criminosos e negar a História.Isso mesmo,negacionismo. Jose tentou por várias vezes apagar o rasto de sangue atrás do regime salazarista. Até pediu para não se ir ao passado, numa demonstração inequívoca das cumplicidades doutrinárias com.

Ensinar História é aprender com a História.

Percebe-se que para os que beberam na água pútrida do fascismo, para os que se aproveitaram das denúncias à Pide para sacarem riquezas,empregos e bens, para os que engordaram à custa do regime, para os protegidos por uma tropa fandanga de legionários gordos, obesos, torcionários ao serviço de patrões pato-bravos para amansar o mundo do trabalho, para a Pide e seus sequazes, para os donos disto tudo...o fascismo foi uma alegria, uma festança, um contínuo fartar da vilanagem. Os Ballet ( e refiro-se ao Ballet Rose) era só para esta gentalha, a elite do regime fascista em Portugal

Porque para os demais, a tristeza de facto cobria Lisboa, cobria o país que via espantado o cerimonial da partida dos soldados e o regresso às escondidas dos cadáveres da guerra. O mundo cinzento ,torpe, podre, corrupto, manso e estagnado, delator e traidor, cobria um país irrespirável.

Sob a batuta da propaganda salazarenta...bebida nos códigos do propagandista do Reich, um tal de Goebbels

Anónimo disse...

Jose "chora" pelo "regime" derrubado a 25 de Abril.

Não gosta que tenham tirado o tapete aos vampiros que comiam tudo no Portugal fascista

E de forma um pouco descabelada,assistimos a estas pérolas:

"É típico dos regimes resultantes de golpes, militares ou de qualquer outro tipo, dedicarem-se a diabolizar o regime derrubado"

Não deviam.Nem sequer deviam ter derrubado a trampa.

Sai-lhe por todos os poros o ódio a Abril Basta agitar as águas e desaparecem num ápice aquelas ruminações hipócritas sobre a manhã libertadora


Há mais tesourinhos deprimentes:
" permanente instabilidade e dislates dos regimes precedentes" : Uma habitual característica dos saudosistas do salazarismo. A tentativa de justificar o golpe que havia de conduzir ao fascismo

Não se lembrar que foi para impedir a sovietização de Portugal...

Anónimo disse...

A tentativa branqueadora de jose continua.

"Mas normal é que passados os anos fundadores os regimes se legitimem pelas suas acções e invoquem os seus méritos e planos, e se abandonem os fantasmas do que é já passado"

"Fantasmas"? Não é um viúvo delicioso?

Toda a trampa que sufocava o país foi um fantasma. Os crimes, idem idem. A miséria e os opróbios, idem idem. Os mortos a matar e a morrer, idem,idem. Os Donos disto tudo,(que se perpetuaram até aos dias de hoje)idem idem. A pide, idem,idem. Os contratados para reprimir os que trabalhavam idem,idem. Os sacanas sem lei, idem,idem.Os braços estendidos na saudação fascista, idem,idem. A cumpicidade com Franco, idem,idem...

Essa vertente de OMO lava mais branco que existe entre os saudosistas/e ou cúmplices dos crimes e dos criminosos, aqui tão pateticamente confirmada

E sim ,apesar de tudo o país está muito distante do buraco fundo dos tempos do fascismo. Está legitimado por se ter libertado do fascismo e das suas condições degradantes

Anónimo disse...

E depois mente

"Com o regime anterior, cedo as evocações do passado só marcavam presença nas liturgias do regime, raras e de pouca expressão pública"

Tretas mentirosas, a tentar esconder os factos

As liturgias do regime tiveram que ser mudadas. A causa foi principalmente uma. A derrota do nazi-fascismo na segunda grande guerra. Salazar deixou de poder levantar a mão na saudação típica. Os comparsas tinham sido derrotados. E os fascistas tinham que ser mais prudentes nos seus rituais


Mas há mais.

As liturgias persistiam. Doutra forma é certo. De cada vez que Thomaz ia visitar algo,eram "convocadas" as forças vivas da Nação, desde a igreja até a patrões boçais que se encarregavam de "convocar" os seus trabalhadores. Para eles eram gado, a manobrar a seu bel-prazer. Até as crianças das escolas eram "chamadas" para fazer um corredor por onde passavam os energúmenos.

E a televisão lá estava.E os documentários noticiosos da propaganda do regime eram obrigatoriamente passados nas salas de cinema

E estas cenas trágicas repetiam-se,de forma tão idiota e periódica, que começaram a ser alvo do anedotário nacional. Para desespero dos Pides que vigiavam tudo o que lhes cheirasse a contestação

E depois o regime apodrecia.E o medo começou a aparecer no rosto desse mesmo regime

Anónimo disse...

E depois o espasmo final . A derradeira tentativa de proteger o legado de Salazar.

Jose fala que este é uma referência constante do presente

Jose o que quer dizer é que quer que se apague, a Salazar, toda a trampa que o acompanhou ao longo da sua vida de ditador.

Uma espécie de lavagem automática da mesma trampa. Apagar os crimes, para protecção dos criminosos e para uso posterior do seu legado ideológico


Mas sob o ponto de vista pessoal?

Sob o ponto de vista pessoal jose continua a cultivar o traste, a forrar as suas paredes com os discursos do traste, a fazer o culto do referido traste, com mais ou menos recato, em função dos tempos politicos que vive sejam mais ou menos propícios a aparecer como um sentido viúvo

Infelizmente para Jose,o legado deste canalha é História.
E como tal deve ser ensinado.
Para que a Besta não regresse


Jose disse...

Para Badajoz dou-te Paracuellos de Jarama.

Para tudo mais dou-te coisa nenhuma, que é tudo que merece uma arenga que não é contra argumento.

Jose disse...

É típico dos antidemocráticos justificarem a sua ideologia declarando-se em luta contra um 'mal maior' que dizem ameaçar a liberdade.
O Estado Novo sempre assim fez em relação aos comunistas a que acresciam, não sem razão, identificá-los como agentes do Império Soviético.

O que temos desde o 25A é a esquerda antidemocrática a proclamar a ameaça fascista como se estivéssemos nos anos 30 do século passado. Um exercício que só não é pura idiotia porque tem 46 anos de prática tolerada por quem acredita que ser democrático inclui tolerar todo o tipo de manobra política, e pelos cobardes que temem ser chamados de fascistas por tal gente!

Anónimo disse...

Jose está enganado

Nem a sua idade nem a sua pesporrência ideológica justifica que me possa tratar desta forma coloquial.

Se pensa que está numa pandilha de amigos da Legião ou num interrogatório policial como na época da sinistra Pide, está muito enganado

Não é só uma questão de princípio. É também uma questão higiénica

Anónimo disse...

( não vale a pena perder tempo com o aldrabão encartado do joão pimentel ferreira que nos aparece aí pelas 19 e 39 de 7 de Maio

Espantoso, como usando o insulto a tudo e todos se quer afirmar como sério e merecedor de confiança nos seus projectos e se arrasta por aqui sob múltiplos nicks desta forma desprezível. Lembra-me a blague: o problema dum neoliberal é serum neoliberal ( a frase é idiota mas foi inspirada numa blague ainda mais idiota). Não é só uma questão de simplesmente não funcionar. A cada dia que passa o neoliberalismo demonstra que é uma farsa,uma farsa perigosa que em extremo anda de mãos dadas com Pinochet. Este pimentel ferreira passa aqui o tempo desde há anos, demonstrando a qualidade intrinseca de tal tipo de gente. Desde que dê para insultar e alardear uma pretensa superioridade moral e infalibilidade ideológica. Diverte-se com a presunção de certeza no "remédio", mas embora algo me diga que na sua vidinha privada é gentinha rasca que a burguesia da Holanda produz, tal é algo que não me interessa para nada. Rebolucionário no sofá, burguês na carteira(?) desonesto na vida real, cantador de poemas rascas, irritadiço com o bastardo e vomitando um ódio lá do fundo dos sítios que frequenta. O que causa pasmo pela falta de nível que demonstra. Nem Lisboa nem Coimbra merecem esse ciciar de dondonca em processo de travestismo e mais vale seguir adiante. Resta-nos a certeza que o teclado pode não substituir as bombas e assassinatos desta coisa neoliberal, que os utiliza quando a isso é conduzida para instalar a trampa do seu modelo. E permite-lhe ainda aceder às suas continhas bancárias e produtos financeiros. Que o capitalismo e o saque lhes garante

Anónimo disse...

Passemos adiante deste namoro tão doce entre pimentel ferreira e jose. Um neoliberal, que agora é adepto de Pinochet, dá as mãos a um salazarista convicto, que agora agita a bandeira de um delicodoce direito a olvidar os crimes da sua gente.

Como piada não está mal. Mas sobretudo é de uma cristalina transparência

Jose disse...

Para transparência mínima haverias de ter um qualquer nome ou nick e não um anonimato que só excepcionalmente me merece um comentário, pois tudo me lembra o Cuco, com algum adicional polimento.

Anónimo disse...

Está muito equivocado josé

A cobardia sempre foi uma coisa feia.

José sofre desta pecha. Já lá iremos mais detalhadamente. Mas pensar que se livra do seu estilo de candidato a agente policial salazarento, ou de rotundo admirador de igualmente rotundo legionário, mercê destas figuras patéticas, a pedir um Cartão de Cidadão, como justificação para se portar como se porta... ê francamente revelador

Se não os tem no sítio para assumir a sua atitude de troglodita,a tentar conversa com gente seria, então paciência

Agora vir com tiques pidescos a pedir a identificação por parte de quem não passa de um “simplesmente josé” , é de uma cabotinice tremenda

E infelizmente cobarde

Nem sequer sabe admitir este seu comportamento de labrego.

Fica assim a saber excepcionalmente este jose. Não se admitem estas familiaridades ao simplesmente josé. Por uma questão de princípio é porque ainda tem idade para o devido puxão de orelhas qual fedelho malcriado

E obviamente por uma questão de higiene

Percebido?

A.R.A disse...

José
São fartas as evidências que o próprio de modo tão coloquial e presente perpétua, que passados 46 anos de regime democrático ainda lhe sentimos o bafo bolorento de 48 anos da ditadura fascista mais longa da Europa.
Contudo apraz-me salientar que pese embora se note um revivalismo inter pares do Jose por essa Europa ainda existem aqueles que sabem dos campos de concentração de republicanos espanhóis em solo Pátria do nosso orgulhosamente só Portugal com o intuito de impedir de ter essa corja soviética como vizinhança ... contudo nunca vislumbrei tal fervor patriótico para com Olivença? Terá sido esquecimento pífio ou será que não havia necessidade pois para tal dava mais jeito o Tarrafal pela distância do degredo?
O nacionalismo tem disto, é que de tão nacionalistas que são que acabam por se dar conta que sempre foram apátridas ... a bem da nação, claro está!

Anónimo disse...

O Capital sempre foi apátrida
E serve-se do fascismo como último recurso para o domínio absoluto da sociedade.

Anónimo disse...

Jose está irritado

Um post sobre Bolsonaro desmonta-lhe um dos seus perfis, pintados com aquela camada de verniz adequada aos tempos que correm

E salta, em trajes menores, uma das facetas escondidas de Jose

Não vale a pena ser mais explícito

Anónimo disse...

Pensa que está numa de cromos.

Fala-se em Badajoz e ele fala em Paracuellos.

Demonstra assim pelo menos três coisas:

- que o seu nível argumentativo está ao nível dum garoto (aí em cima, "fedelho malcriado")

- que o seu amor às contabilidades espúrias, ultrapassa o risível e mergulha até numa obscena contagem de cadáveres. Deixemos isso para os patrões de agências funerárias

- que tenta mais uma vez pintar a realidade e,num slogan gratuito, mascarar factos e dados

Anónimo disse...

Jose quis desviar o assunto. Duplamente

Poderemos falar do horrível massacre de Badajoz e de Paracuellos de Jarama, que não traduz mais do que a continuação da barbárie despoletada pelos fascistas.

Mas pelo pouco discernimento de jose este não percebeu que falar de Badajoz foi um pretexto para falar numa entrevista de Allen a Franco, efectuada apenas alguns dias antes do massacre de Badajoz?

Franco: "Não pode haver nenhum acordo, nenhuma trégua. Salvarei Espanha do marxismo a qualquer preço"
Allen: "Significa isso que terá de fuzilar meia Espanha?"
Franco: "Disse a qualquer preço".


E agora encontrem-se as parecenças com jose para justificar o apoio entre crápulas:
"imputa-lhe a não sovietização da Espanha!"

A "justificação " que estas coisas encontram para serem o que são...

É uma tristeza mas até tem os seus laivos de comicidade. É mesmo preciso explicar tudinho ou exagera na obtusidade?

Anónimo disse...

Acontece que o desejo de fuga de jose, atirando a bola para canto, não se resume a este agitar, ignorante e com má fé, de massacres

De facto os "contra-argumentos" aos "argumentos" cada vez mais vergonhosos de jose, estão aí em cima documentados. Desde as intervenções ponderadas e pedagógicas de Nuno Serra até aos comentários mais ácidos que se lhe seguiram

Impotência argumentativa. Também é isto que ressalta desta penosa fuga ensaiada por jose com este paleio (de fedelho malcriado?):
"Para tudo mais dou-te coisa nenhuma, que é tudo que merece uma arenga que não é contra argumento"

É, é.

A começar pela "sovietização da Espanha". (Parece que durante o julgamento em Nuremberg, houve altas patentes nazis que tentaram justificar o inenarrável, com argumentos do mesmo tipo)

Mas não só

Anónimo disse...

Diz jose:
"É típico dos regimes resultantes de golpes, militares ou de qualquer outro tipo, dedicarem-se a diabolizar o regime...blablabla"

Jose bem se esforça para colocar tudo (quase) ao mesmo nível. Não pode. Nem pode esconder que há uma diferença abissal entre um regime fascista afundado a 25 de Abril de 74 e o Estado que saiu desse mesmo derrube

Nem tudo é igual e não se pode tomar como equivalentes,coisas que de facto não o são.Isso é uma forma de manipulação e de branqueamento

A tentativa de apagar as diferenças é assim um processo torpe. Por isso falou josena Constituição com ar agastado. Por isso recebeu de volta a Constituição

Não se pode comparar salazar com Humberto Delgado.Não se pode comparar o torcionário com a vítima. Não se pode comparar o fascismo com a democracia

Anónimo disse...

Mais "argumentos" de jose:

"Mas normal é que passados os anos fundadores blablabla...e se abandonem os fantasmas do que é já passado. Mais blablabla... e Salazar, desaparecido da vida politica activa há mais de 50 anos, continua a ser referência constante pelo que só pode compreender-se por uma indigente ausência de presente e lamentável falta de crença no futuro".

A contra-argumentação que jose não viu ( e de que procura fugir a galope):

"Jose quer reescrever a História". Não quer que lhe desmascarem o seu ídolo nem a ideologia deste

Muitos também já o fizeram e o tentaram. Chama-se a isto branquear os criminosos e negar a História.Isso mesmo,negacionismo. Jose tentou por várias vezes apagar o rasto de sangue atrás do regime salazarista. Até pediu para não se ir ao passado, numa demonstração inequívoca das cumplicidades doutrinárias com.

Toda a trampa que sufocava o país foi um fantasma. Os crimes, idem idem. A miséria e os opróbios, idem idem. Os mortos a matar e a morrer, idem,idem. Os Donos disto tudo,(que se perpetuaram até aos dias de hoje)idem idem. A pide, idem,idem. Os contratados para reprimir os que trabalhavam idem,idem. Os sacanas sem lei, idem,idem.Os braços estendidos na saudação fascista, idem,idem. A cumpicidade com Franco, idem,idem...

Essa vertente de OMO lava mais branco que existe entre os saudosistas/e ou cúmplices dos crimes e dos criminosos

Anónimo disse...

E jose, na sua fuga apressada,justificando talvez aquele comportamento (de fedelho malcriado?), nem sequer tem a capacidade de negar que mentiu.

Dirá jose:
"Com o regime anterior, cedo as evocações do passado só marcavam presença nas liturgias do regime, raras e de pouca expressão pública"

Os contra-argumentos que o calam:
"As liturgias do regime tiveram que ser mudadas. A causa foi principalmente uma. A derrota do nazi-fascismo na segunda grande guerra. Salazar deixou de poder levantar a mão na saudação típica. Os comparsas tinham sido derrotados. E os fascistas tinham que ser mais prudentes nos seus rituais

Mas há mais.

As liturgias persistiam. Doutra forma é certo. De cada vez que Thomaz ia visitar algo,eram "convocadas" as forças vivas da Nação, desde a igreja até a patrões boçais que se encarregavam de "convocar" os seus trabalhadores. Para eles eram gado, a manobrar a seu bel-prazer. Até as crianças das escolas eram "chamadas" para fazer um corredor por onde passavam os energúmenos.

E de cada vez que um alto dignatário do regime pontificava, lá estava o cortejo dos patrões que dele dependiam, as fitas para cortar, a água benta para benzer, as evocações cansativas do passado,naqueles discursos bolorentos, inenarráveis e tão "evocativos".Ah, claro, com os "gorilas do regime" a vigiar

E a televisão lá estava.E os documentários noticiosos da propaganda do regime obrigatoriamente passados nas salas de cinema

E estas cenas trágicas repetiam-se,de forma tão idiota e periódica, que começaram a ser alvo do anedotário nacional. Para desespero dos Pides que vigiavam tudo o que lhes cheirasse a contestação

E depois o regime apodrecia.E o medo começou a aparecer no rosto desse mesmo regime"

Anónimo disse...

Também o pobre jose não reparou na denúncia do seu "argumento":
"permanente instabilidade e dislates dos regimes precedentes"

Uma habitual característica dos saudosistas do salazarismo. A tentativa de justificar o golpe que havia de conduzir ao fascismo

Não se lembrar que foi para impedir a sovietização de Portugal...

Anónimo disse...

E também jose nada diz sobre o ver-se confrontado com a disparidade existente entre a sua tentativa de apagar o passado, de branqueador do Estado Novo, com a sua posição pessoal de endeusar a trampa associada a esse passado.

Sob o ponto de vista pessoal jose continua a cultivar o traste, a forrar as suas paredes com os discursos do traste, a fazer o culto do referido traste, com mais ou menos recato, em função dos tempos políticos que vive.

Uma espécie de públicas virtudes, vícios privados

Anónimo disse...

( quanto ao curioso desabafo de jose: "cobardes que temem ser chamados de fascistas por tal gente!"
...nunca gostei destas tricas e desses arrufos, a tentar empurrar a responsabilidade pela insustentável queda da porcaria, que assim tombou numa gloriosa madrugada)

Jose disse...

A.R.A
A ignorância é a mãe de todos os vícios, e a sua ignorância não o é menos.
O pai é muito comummente a estupidez ou a desistência de usar a inteligência, e embora genéticamente distintos produzem o mesmo resultado.
A ordem do Estado Novo foi fechar as fronteiras à entrada de refugiados, como mais tarde o fez na 2ªGG.
E seguramente muitos refugiados foram recambiados para triste destino e outros, em particular na zona do Alentejo e no início da guerra civil foram concentrados em campos e mais tarde transportados por mar, escoltados por patrulha da Marinha e desembarcados em Valencia, na zona republicada.
Quanto a Olivença, que andou cá e lá em sucessivos tratados desde o séc. XIII não foi nem é ainda hoje reconhecida como território espanhol; se encontrar bons motivos para confrontar quem detém as nascentes dos nossos principais rios e boa parte das nossas exportações, sou todo ouvidos.

Jose disse...

Retiro o 'adicional polimento'; é Cuco mesmo.

Anónimo disse...

Diacho

Então agora jose só retira uma coisa? Cucos?

Sem se lembrar do amor materno pelas aves citadas? Ah, que traumas escondem tais medos?




Anónimo disse...

Deixemos as perplexidades de jose, mais os seus medos e terrores

A fuga é sempre um bom caminho. Ao menos deixou por enquanto o tom de fedelho malcriado


Avancemos no debate

Fala agora jose na ignorância como mãe de todos os vícios

A pedantice tem destas coisas.Tem uma ideia evangélica da hierarquização das coisas. Dos vícios também. Não vale a pena perguntar-lhe onde colocou salazar na hierarquia dos trastes

Mas talvez lhe valha a pena perguntar se tal constitui alguma auto-crítica desta espantosa ( e negacionosta) afirmação:
"Com o regime anterior, cedo as evocações do passado só marcavam presença nas liturgias do regime, raras e de pouca expressão pública"

Suspeita-se que por aqui passa outra coisa que não a ignorância.

Mas adiante

Anónimo disse...

Mas jose vai mais longe na sua crise identitária

Quer saber quem foi o pai

Mais uma vez a prosápia do pedantismo

Há pouco jose considerava, num outro post, como irracional quem não lhe bebesse as águas da sua racionalidade.

Agora crisma,escondido atrás da genética e doutras galhardas asneiras, a estupidez e a desistência pelo uso da inteligência...

Há aqui um caminho que se faz pela via de sentido único,tipo TINA. A que se junta a admiração confessa de jose por essa actividade de censor.

Adivinha-se jose com carimbo azul na mão,com a ponta de língua de fora, por tal esforço intelectual, e a carimbar na folha de A.R.A estas preciosidades

E no fim, naquele jeitinho salazarento/bafiento:

"A Bem da Nação"

(E da genética? mas ainda não tinha aqueles conhecimentos de genética, agora aqui tão valentemente expressos)

Anónimo disse...

Jose mais uma vez mente quando fala num "sou todo ouvidos".

Uns ouvidos especiais que lhe permitem descortinar cucos mas que não lhe permitem responder às acusações de branquamento néscio de Salazar e do fascismo

Porque jose insiste e persiste nestas cenas de branqueamento. Agora centrada na guerra civil de Espanha e nesta sua tão anódina como cúmplice descrição das actividades fronteiriças da canalha fascista em Portugal

Anónimo disse...

Vamos a factos em vez de seguirmos a historiografia oficial do regime segundo um dos seus apaniguados, um tipo com a credibilidade de quem andou a dizer que salazar tinha "balls", porque andou a pagar o plano Marshall ( está documentado, para infelicidade de jose e imenso gáudio de muitos)

Salazar mandará entregar, para que sejam executados, refugiados espanhóis apanhados neste lado da fronteira. Permite mesmo à guarda civil a perseguição em Portugal de espanhóis republicanos, para depois estes serem executados,quantas vezes torturados.

Anónimo disse...

‬Pelos portos e fronteiras de Portugal,‭ ‬durante‭ ‬1936,‭ ‬passou uma parte importante deste apoio e do abastecimento ao exército fascista,‭ ‬ao ponto do nosso país figurar como o terceiro maior importador mundial de material de guerra neste período,‭ ‬pondo também a funcionar em dois turnos as fábricas de munições,‭ ‬explosivos e granadas,‭ ‬ao mesmo tempo que organizava o recrutamento de voluntários,‭ ‬os‭ “‬Viriatos‭” 13,‭ ‬com soldo pago em Portugal,‭ ‬que se viriam a integrar aos milhares nas várias divisões do exército sublevado.‭ ‬O futuro da ditadura salazarista jogava-se no conflito espanhol,‭ “‬de entre todos os outros países que apoiaram os dois bandos em luta,‭ ‬nenhum fez um esforço tão grande como o Governo português que viveu a Guerra Civil espanhola como um assunto interno‭”

Os espanhóis que eram apanhados em Portugal e que se suspeitava que fossem republicanos ( bastava a suspeita) foram regra geral entregues aos fascistas espanhóis que os fuzilavam sem mais delongas

No caso concreto de Badajoz, nos primeiros momentos, o Governo português violou totalmente o escasso corpus jurídico de direito humanitário vigente na época, permitindo que elementos falangistas e golpistas espanhóis, em perseguição de refugiados que tentavam escapar de Badajoz, entrem em território português, em quintas e montes em volta de Campo Maior e inclusivamente na própria cidade de Elvas – há testemunhos de pessoas que viram a tentativa de deter o secretário do governador civil de Badajoz, que estava ferido no hospital da cidade e só por milagre conseguiu salvar-se.
Existem testemunhos em jornais portugueses da época, no Diário de Lisboa e no Diário de Notícias, e fotografias que se conservam na Torre do Tombo, que dão conta de refugiados espanhóis detidos perto da fronteira e conduzidos até ao posto do Caia para serem conduzidos de camião para Badajoz, provavelmente até à praça de touros. Muitos deles terão sido assassinados no local ou junto aos muros do cemitério da cidade.
Foi lamentável que o Governo português tenha violado os usos e práticas do direito internacional da época (tratava-se de uma insurreição contra um governo legítimo e reconhecido, inclusivamente pelo próprio governo português, que em Agosto não tinha reconhecido o levantamento militar nem o governo paralelo franquista) e não tenha permitido dar cobertura adequada aos refugiados, gente que fugia de um conflito armado, na sua maior parte civis e não combatentes. Sabe-se disso graças à investigação, por exemplo, de Dulce Simões sobre o episódio de Barrancos, onde os militares espanhóis que caíram nas mãos dos seus congéneres portugueses foram imediatamente detidos e transferidos para Lisboa, onde ficaram sob guarda militar. Grande parte deles não foram devolvidos para Espanha; em contrapartida, muitos detentores de cargos políticos e civis, não combatentes, foram entregues sem qualquer formalidade aos rebeldes, provavelmente sabendo que estavam a entregá-los à morte, como aconteceu ao alcalde de Badajoz, Sinforiano Madroñero, e ao deputado Nicolás de Pablo. Quando interpelado pelo embaixador espanhol em Lisboa sobre o paradeiro destes dois homens, o Governo português respondeu cinicamente que não constava que alguma vez tivessem pisado território português...

Anónimo disse...

A diplomacia portuguesa pôs-se desde o primeiro momento ao serviço do‭ ‬Alzamiento Nacional sem condições.‭ ‬Acusava nos fóruns internacionais o Governo da II República de promover‭ “‬a revolução internacional‭” ‬e de ser‭ “‬um satélite de Moscovo‭”‬ ( e Jose 80 anos depois ainda faz o mesmo, avé salazar)‭ ‬defendendo a legitimidade do golpe de Estado fascista,‭ ‬fazendo a propaganda do franquismo e chegando ao ponto anedótico de negar o bombardeamento aéreo de Guernika,‭ ‬pelos aviões alemães e italianos.‭ ‬Ao mesmo tempo,‭ ‬em diferentes países do mundo,‭ ‬os diplomáticos portugueses colaboravam com os agentes franquistas na defesa da sua causa ante os respectivos governos e a opinião pública internacional‭

Apesar da importância de todos os apoios proporcionados,‭ ‬para muitos autores,‭ ‬a principal intervenção portuguesa no conflito foi de natureza politico-ideológica e revelar-se-ia crucial para credibilizar no exterior o movimento rebelde.‭ ‬É neste contexto que pode situar-se a oposição sistemática a todo o tipo de proposta de mediação entre os sublevados e o governo republicano por parte do Governo português.‭ ‬Uma proposta franco-britânica nesse sentido,‭ ‬recebeu em Dezembro de‭ ‬1936‭ ‬a oposição formal de Salazar em termos esclarecedores sobre o que estava em jogo,‭ ‬ao considerar as mediações no conflito espanhol‭ “‬incompreensíveis,‭ ‬se,‭ ‬como supomos,‭ ‬ali se assiste à luta de duas civilizações ou de uma civilização contra a barbárie‭”.‭ ‬Três meses depois a diplomacia portuguesa intervinha junto do Vaticano,‭ ‬no que pode ser qualificado de‭ “‬puxão de orelhas‭” ‬ante a debilidade da igreja católica,‭ ‬concretamente quando suspeitam que a Santa Sé se prepara para apoiar a proposta franco-britânica de mediação do conflito de Maio de‭ ‬1937.

Anónimo disse...

A partir de meados de Agosto de‭ ‬1936‭ ‬vigorava um acordo multilateral de não intervenção na Guerra Civil,‭ ‬concebido pelo governo de esquerda da Frente Popular francesa e acolhido pelo governo conservador britânico,‭ ‬que tinha por objectivo‭ ‬evitar a internacionalização do conflito num momento de máxima tensão na Europa,‭ ‬ao qual tinham aderido os vinte e sete países europeus‭ (‬todos menos Andorra,‭ ‬Suiça Liechtenstein,‭ ‬Mónaco e Vaticano‭)‬.‭ ‬Os países signatários deste Acordo de Não-Intervenção em Espanha,‭ (‬Portugal seria o último a aderir,‭ ‬logo depois do exército fascista ter ocupado todo o território fronteiriço‭)‬,‭ ‬comprometiam-se a‭ “‬abster-se rigorosamente de toda a ingerência,‭ ‬directa ou indirecta,‭ ‬nos assuntos internos de esse país‭” ‬e proibiam‭ “‬a exportação,‭ ‬reexportação e trânsito para Espanha,‭ ‬possessões espanholas ou zona espanhola de Marrocos de toda a classe de armas,‭ ‬munições ou material de guerra‭”‬.‭ ‬Para o cumprimento do acordo foi criado em Londres,‭ ‬em‭ ‬9‭ ‬de Setembro de‭ ‬1936,‭ ‬un Comité de Não-Intervenção no qual estavam representadas as principais potências europeias,‭ ‬incluídas Alemanha,‭ ‬Italia e União Soviética..

A iniciativa franco-britânica deste acordo de não intervenção conduziria ao desarmamento progressivo do exército republicano,‭ ‬impedido de reabastecer-se nos provedores tradicionais,‭ ‬e seria um contributo importante para‭ ‬a vitória dos fascistas dois anos e meio depois.‭ ‬Logo que o acordo foi assinado,‭ ‬a França suspendeu a venda de equipamento militar ao governo legítimo da República.‭ ‬Encerrou a sua fronteira com Espanha e iniciou uma campanha,‭ ‬desencorajando os seus cidadãos de irem apoiar a causa republicana.‭ ‬O mesmo apelo faria a Grã-Bretanha,‭ ‬o que não impediria milhares‭ ‬de franceses e ingleses de se juntarem‭ ‬a outros milhares de voluntários de cinquenta nacionalidades,‭ ‬que acorreram a Espanha para‭ ‬lutar contra o fascismo e apoiar aqueles que lutavam pela terra e pela liberdade.‭

Paralelamente,‭ ‬a Alemanha nazi,‭ ‬a Itália fascista e o Portugal salazarista,‭ ‬signatários do mesmo acordo de não-intervenção,‭ ‬não só não o cumpriram como massificaram o apoio aos sublevados espanhóis com equipamento militar e tropas,‭ ‬evidenciando a farsa que escondia a iniciativa franco-britânica.‭ ‬Antes de acabar o ano de‭ ‬1936,‭ ‬a Alemanha dispunha já no território espanhol de um contingente de cerca de‭ ‬5000‭ ‬homens,‭ ‬entre instructores,‭ ‬pilotos e soldados,‭ ‬a Legião Condor,‭ ‬equipada com aviões,‭ ‬carros de combate e artelharia.‭ ‬A Itália,‭ ‬participava com o Corpo de Tropas Voluntárias,‭ ‬CTV,‭ ‬composto por‭ ‬50.000‭ ‬italianos,‭ ‬equipados com tanques,‭ ‬veículos blindados e artelharia‭ (‬incluída a anti-aérea‭)‬.‭ ‬

( compare-se com o vómito do que é descrito por jose)

Anónimo disse...

Por exemplo, nos dias seguintes à batalha de Badajoz,‭ ‬depois da conquista pelas tropas fascistas,‭ ‬seriam fuzilados de três a quatro mil habitantes,‭ (‬não está apurada a cifra total, algumas fontes falam em 9 000‭)‬,‭ ‬a maioria militares fiéis à República,‭ ‬militantes dos partidos de esquerda,‭ ‬anarquistas e sindicalistas da Federação Espanhola dos Trabalhadores da Terra,‭ ‬desta que era considerada a cidade piloto da Reforma Agrária.‭ ‬Alguns deles tinham procurado refúgio em território português,‭ ‬depois de detidos pela GNR foram devolvidos pela PIDE na fronteira às tropas fascistas e aos falangistas.‭ ‬A praça de touros da cidade e as ruas adjacentes ficaram cobertas de cadáveres,‭ ‬naquele que foi considerado um dos maiores massacres da guerra civil,‭ ‬testemunhado por jornalistas estrangeiros,‭ ‬entre eles Mário Neves,‭ ‬do Diário de Lisboa.

O mesmo se passava na restante área raiana,‭ ‬de Valença do Minho a Vila Real de Santo António.‭ ‬Os cerca de mil republicanos,‭ ‬oriundos das povoações espanholas vizinhas de Barrancos,‭ ‬confinados,‭ ‬em Agosto,‭ ‬nos‭ “‬campos de refugiados‭” ‬improvisados nas Herdades da Coitadinha e das Russianas,‭ ‬e que,‭ ‬em Outubro de‭ ‬1936,‭ ‬seriam transportados de barco,‭ ‬a partir de Lisboa,‭ ‬para a zona republicana,‭ ‬foram uma excepção à política seguida por Salazar com os refugiados,‭ ‬tendo ficado a dever-se este desfecho à coragem do responsável do campo, que desrespeitou as ordens,‭ ‬vindo a ser penalizado por isso‭.

Salazar, os seus capangas, os seus torcionários, o seu governo, não tiveram nada a ver com a decisão de transportar aquelas cerca de mil pessoas para a zona controlada pelos republicanos.O responsável que ignorou as ordens da Besta foi penalizado por tal.

Anónimo disse...

"Foi pela acção do Tenente Seixas (Guarda Fiscal), destacado, em Março de 1932, para comandar o território que, de Norte a Sul, ia de Moura a Vila Verde de Ficalho e tinha como centro a vila de Barrancos. Com a Guerra Civil Espanhola, centenas de pessoas afectas ao movimento republicano passaram a refugiar-se em Portugal, tendo o Tenente Seixas acolhido estes refugiados em 1936.
Contrariando a Policia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), o Tenente Seixas desdobrou-se em diligências junto da hierarquia militar e conseguiu “legalizar” o campo de refugiados da Herdade da Coitadinha e criou um outro campo, clandestino, na Choça do Sardinheiro, junto ao Posto Fiscal das Russianas, onde acolheu perto de 300 pessoas.

Fortemente criticado pelas forças no terreno, em especial pela PVDE, o Tenente Seixas foi alvo de uma investigação sobre a sua actuação e, no dia 4 de Novembro de 1936, foi acusado de ocultar a existência do campo de refugiados. Foi assim condenado a dois meses de prisão no Forte da Graça, em Elvas, passando de seguida à reforma antecipada."

Anónimo disse...

"Seixas foi posteriormente "reabilitado " mais de 1 anos depois dos acontecimentos que ditaram a sua sentença

(Portaria de 4 de Janeiro de Janeiro de 1938 que reintegrou o Tenente Seixas na Guarda Fiscal)

E porque motivo salazar o fez? Porque tinha ido demasiado longe. Precisava de uma flor na lapela para esconder as suas actividades de Besta. O curso de guerra era já favorável aos fascistas e o colaboracionista de Franco, Oliveira Salazar tinha que mostrar mais equidestância que o que mostrara.

Demorou muito para. E ainda por cima a um tenente que era fiel ao Estado Novo

Anónimo disse...

"Foi o massacre no assalto e nos dias que se seguiram pelas tropas coloniais do tenente-coronel Yagüe, testemunhado por alguns jornalistas, entre os quais Mário Neves (Diário de Lisboa) - que forçaram o Governo português a promover a repatriação dos refugiados para o lado republicano"

Nos primeiros dias de Outubro 1025 pessoas fizeram a viagem de camião de entre Barrancos e Moura. Foram metidas num comboio especial que as levou até Lisboa, onde embarcaram no navio Niassa. A chegada a Tarragona foi a 13 de Outubro. Terminada a operação de salvamento, o tenente Seixas foi alvo de um processo disciplinar que se traduziu em dois meses de prisão e passagem compulsiva à reforma"

Jose disse...

O tenente Seixas foi reabilitado por intervenção do gabinete de Salazar e reconduzido em todos os seus direitos na carreira na GNR,
Aldrabão!

Anónimo disse...

Hum. Confesso que foi de propósito

Veja-se como jose salta desta forma de polichinelo.

Vejam o que lhe estremece a alma sensível: Os pássaros, Salazar, os Viva la muerte e o tenente Seixas

O mais do resto é este silêncio atroador. O silêncio comprometido e enrascado

Cúmplice e calado

Anónimo disse...

Ora bem

O paleio de convicto salazarista a defender a historiografia dos anos das trevas está aí em cima. Tenta mais uma vez, branquear a ajuda, o apoio, a colaboração,a participação, os crimes, a canalhice do governo português

No caso do tenente Seixas,a ignorância não pode ser invocada. É sobretudo a má-fé e a desonestidade que sobra.

Vamos provar isto.Sorry para o jose

Anónimo disse...

Está aqui em cima tudo escrito

"Os cerca de mil republicanos,‭ ‬oriundos das povoações espanholas vizinhas de Barrancos,‭ ‬confinados,‭ ‬em Agosto,‭ ‬nos‭ “‬campos de refugiados‭” ‬improvisados nas Herdades da Coitadinha e das Russianas,‭ ‬e que,‭ ‬em Outubro de‭ ‬1936,‭ ‬seriam transportados de barco,‭ ‬a partir de Lisboa,‭ ‬para a zona republicana,‭ ‬foram uma excepção à política seguida por Salazar com os refugiados,‭ ‬tendo ficado a dever-se este desfecho à coragem do responsável do campo, que desrespeitou as ordens,‭ ‬vindo a ser penalizado por isso‭.

Salazar, os seus capangas, os seus torcionários, o seu governo, não tiveram nada a ver com a decisão de transportar aquelas cerca de mil pessoas para a zona controlada pelos republicanos.O responsável que ignorou as ordens da Besta foi penalizado por tal.

"Foi pela acção do Tenente Seixas (Guarda Fiscal), destacado, em Março de 1932, para comandar o território que, de Norte a Sul, ia de Moura a Vila Verde de Ficalho e tinha como centro a vila de Barrancos. Com a Guerra Civil Espanhola, centenas de pessoas afectas ao movimento republicano passaram a refugiar-se em Portugal, tendo o Tenente Seixas acolhido estes refugiados em 1936.
Contrariando a Policia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), o Tenente Seixas desdobrou-se em diligências junto da hierarquia militar e conseguiu “legalizar” o campo de refugiados da Herdade da Coitadinha e criou um outro campo, clandestino, na Choça do Sardinheiro, junto ao Posto Fiscal das Russianas, onde acolheu perto de 300 pessoas.

Fortemente criticado pelas forças no terreno, em especial pela PVDE, o Tenente Seixas foi alvo de uma investigação sobre a sua actuação e, no dia 4 de Novembro de 1936, foi acusado de ocultar a existência do campo de refugiados. Foi assim condenado a dois meses de prisão no Forte da Graça, em Elvas, passando de seguida à reforma antecipada."

Anónimo disse...

Está aqui em cima tudo escrito

"Seixas foi posteriormente "reabilitado " mais de 1 anos depois dos acontecimentos que ditaram a sua sentença

(Portaria de 4 de Janeiro de Janeiro de 1938 que reintegrou o Tenente Seixas na Guarda Fiscal)

E porque motivo salazar o fez? Porque tinha ido demasiado longe. Precisava de uma flor na lapela para esconder as suas actividades de Besta. O curso de guerra era já favorável aos fascistas e o colaboracionista de Franco, Oliveira Salazar tinha que mostrar mais equidestância que o que mostrara.

Demorou muito para. E ainda por cima a um tenente que era fiel ao Estado Novo"

Tudo escrito aí em cima. O pobre e desonesto jose não leu.Entretido com os discursos claros e lúcidos do gangster em causa

Aldrabão também. Mas também com má fé e desonestidade.
E cúmplice e detergente branqueador

Anónimo disse...

Vamos a mais dados:

É hoje aceite "a importância de Portugal, do Estado Novo e de Oliveira Salazar no apoio à retaguarda logística, política, diplomática e militar, essencial à vitória da sublevação militar e ao sucesso da guerra civil".

Salazar é cúmplice da mortandade da guerra civil espanhola. Salazar é cúmplice da instauração do fascismo em Espanha. Salazar sabia das execuções sumárias efectuadas após o termo da guerra civil espanhola(mais de 50 000 pessoas)

Anónimo disse...

Poderemos detalhar mais os actos concretos de Salazar para a vitória dos fascistas franquistas.

Agora interessa aqui lembrar que ao finalizar o conflito,‭ ‬Salazar assumiria a participação compenetrada no bando fascista da guerra civil espanhola.‭ ‬No discurso perante a Assembleia Nacional,‭ ‬a‭ ‬22‭ ‬de maio de‭ ‬1939,‭ ‬afirmou que não lhe importava‭ “‬o sacrifício que tinha feito Portugal nem o número de soldados portugueses mortos na guerra‭”‬,‭ ‬referindo-se‭ ‬aos‭ “‬viriatos‭”‬,‭ ‬voluntários fascistas a soldo,‭ ‬já que o importante,‭ ‬para ele,‭ ‬era que‭ “‬o objectivo tinha sido cumprido‭”‬,‭ ‬rematando de forma eloquentemente reveladora:‭ “‬Orgulho-me de que tenham morrido bem e todos‭ – ‬vivos e mortos‭ ‬-‭ ‬tenham escrito pela sua valentia mais uma página heróica da nossa e da alheia História.‭ ‬Não temos nada a pedir nem contas a apresentar.‭ ‬Vencemos,‭ ‬eis tudo‭!‬”

Levantaria a pata na saudação fascista? Lembrar-se-ia da selvajaria dos seus aliados?