quinta-feira, 14 de maio de 2020

Há uma linha que separa

«Ninguém se lembraria de explicar a Nuno Melo a autonomia pedagógica, o atentado aos mais básicos direitos individuais se um académico ou qualquer docente fosse impedido de ter ação política ou o bom que seria se os miúdos da telescola tivessem a sorte de ter mais lições de académicos e divulgadores culturais da craveira do Rui Tavares (e não, não vou escrever nomes de historiadores de outras áreas ideológicas porque seria ofender a inteligência de quem me lê) e muito menos a brilhante e ideologicamente anódina lição do historiador sobre a Exposição do Mundo Português de 1940. O homem não perceberia e mesmo que percebesse não estaria interessado em nada disso. O CDS sempre conseguiu albergar Nunos Melos e pessoas de extrema-direita bem mais sinistras. Aliás, entre os vários agradecimentos que temos de fazer aos centristas (de Freitas do Amaral a Paulo Portas) é a capacidade de albergar uma direita não democrática sem nunca a ter deixado impor a sua agenda. O Nuno Melo, por exemplo, só não se transformou num Ventura por ser mais limitado, mas fundamentalmente porque Paulo Portas e outros controlavam-no. Mais, até seria menos plástico do que o líder do Chega, que já defendeu tudo e o seu contrário. (...) Assistir a um partido com importância para a construção da democracia como o CDS concorrer com oportunistas miseráveis como o Ventura não é nada agradável, vê-lo morrer às mãos de Nuno Melo e do seu compagnon de route Telmo Correia tão-pouco é.»

Pedro Marques Lopes, O cordão sanitário

«Quando uma mentira está a ser propalada, e uma suposta polémica não resiste à análise mais básica dos factos, não há “um dos seus”. As velhas categorias morais têm precedência sobre o tribalismo político. Não há mentirosos de direita ou de esquerda — há mentirosos. Não há corruptos de esquerda ou de direita — há corruptos. Não há demagogos de esquerda ou de direita — há demagogos. Há uma diferença radical entre cada um de nós ter um campo ideológico com o qual se identiÆca ou ter um clube ideológico com o qual tem de se identificar. O primeiro é para homens livres. O segundo é para serviçais ou para fanáticos. O que é verdade ou mentira, o que é justo ou injusto, o que é decente ou indecente, precede e prevalece sobre sermos de esquerda ou de direita — e quem não percebe isto não percebe coisa nenhuma. (...) Nuno Melo escolheu mal a época para fazer a apologia da teoria “um dos seus”, porque aquilo que mais existe à nossa volta são cavernícolas de direita a estamparem-se ao comprido. Todos os que desvalorizaram os Trumps, os Bolsonaros ou que acharam que André Ventura, o confinador de ciganos, é que dizia “grandes verdades”, estão a assistir agora da primeira fila aos resultados catastróficos de ceder nos princípios mais básicos em nome de estratégias políticas.»

João Miguel Tavares, Duas ou três coisas que a direita precisa de ouvir

Já agora, vale a pena assinalar que dias depois de o CDS-PP de Nuno Melo pretender calar um historiador, o Chega de Ventura quis calar um futebolista. Foi isso, não foi?

54 comentários:

Jose Manuel Silva disse...


O Cónego Melro, bem instalado na sua Basilica em Bruxelas, resolveu pregar mais um sermão, contra os seus inimigos de estimação. Não cuidou de se informar e o tiro saiu-lhe pela culatra, coisa que pouco o incomoda.
Já o seminarista Ventirix, à semelhança do Asterix com os seus inimigos romanos, resolveu sem tomar a poção mágica daquele, insurgir-se contra o povo Cigano. Resultado caiu-lhe o céu em cima.

Anónimo disse...

Mesmo não tendo qualquer simpatia pela área política de origem do Professor José Hermano Saraiva, confesso que sempre fui - e continuo a ser, pois o you-tube tem lá quase tudo - um dos seus mais atentos espetadores.
O mesmo com o Professor Fernando Rosas, ou qualquer outro que saiba algo que eu não saiba, que esteja disposto a ensinar e que seja competente a fazê-lo.
Curiosamente, ninguém no CDS parece saber algo mais que os concorrentes do big brother.
Xenopatético, Xenoparolo e Xenohistérico.

Geringonço disse...

Se pelo menos o beato Nuno Melo criticasse o "europeísta" e "cosmopolita" Rui Tavares com argumentos válidos, tal como o facto de Rui Tavares manipular a população sobre a "democracia" da União Europeia e como Portugal ganhou muito com o Euro.

Mas claro que o beato Nuno Melo não vai criticar o "europeísta" e "cosmopolita" Rui Tavares por estas razão, ambos vão comer na mesma gamela "europeísta"...

Nuno Melo é um teatreiro, aliás um mau teatreiro.
António Costa, por exemplo, é melhor na arte da encenação que Nuno Melo, é mais esperto ou será chico-esperto?

Reparem como António Costa já vai na segunda legislatura e como tem ludibriado tantos tolos com papas e bolos "europeístas"!
Duvido que o beato Nuno Melo conseguisse tal feito...

Anónimo disse...

Ventura faz o PSD parecer um partido de centro mas na verdade ele saiu das suas entranhas e há mais destes por lá, aposto uns trocos.(Rui Rio dizia que não houve fascismo em Portugal, só uma ditadurazita,ligeiramente autoritária)
Querer fazer o Paulo Portas passar por centrista por comparação com o Nuno Melo é anedótico, o ultimo é produto do primeiro (Portas via com horror as gentes da província chegar ao governo nos tempos de Cavaco, aqueles tipos com a meia branca)
O JMT, que rebola habitualmente no esgoto da agenda Cofina e é um dos mais sectários propagandistas da direita, faz-se passar por um moderado à face destes figurões.
Tudo estratégia, como dizia há tempos um dos autores deste blog. A direita reaccionária cria os seus fantasmas, forja os seus terroristas, para surgir moderada na esquina seguinte. É o que se chama de ataques de falsa bandeira, guerra subversiva.
Creio que não enganam ninguém.

Jose disse...

»... a brilhante e ideologicamente anódina lição do historiador sobre a Exposição do Mundo Português de 1940.»

Só mesmo um tosco e ignorante para concluir semelhante coisa.
1 - A política de expansão das possessões em África colocou-se ao país após a independência do Brasil.
2 - A conferência de Berlim, o ultimato britânico, a vizinhança das possessões alemãs e inglesas, motivaram que o país estivesse em guerra em África e na Europa - por causa de África desde pelo menos os anos 60 do século XIX até 1918.
3 - Com a guerra, em Espanha desde 36 e logo na Europa e no mundo em 39, todas as fronteiras são ameaçadas.

Mas há que dizer aos miúdos que a Exposição do Mundo Português não exprime um política ultramarina de séculos e reacendida desde há mais de setenta anos, mas antes é "brilhante e ideológicamente anódino" dizer que é uma mera acção de propaganda do regime do Estado Novo, e há que fazer induzir que é dirigida a um país mais entristecido com o regime do que se estivesse em guerra!

Jose disse...

A única verdade é que o historiador não fez um programa escolar sobre História de Portugal.
Fez outra coisa qualquer que até poderia ter por tema as acções de propaganda do Estado Novo.

Mas a esquerdalhada do Ensino Público é que não faz outra coisa do que impingir o corretês que equivalem a ciência e civilidade!

Jaime Santos disse...

Bem observado, Nuno Melo para as escolas e universidades e o Ventura para os estádios... Estamos bem, estamos...

JE disse...

Os resquícios de um saudosista do império colonial a bramar em prol da mise en scene dum salazarismo, a tentar imitar obras dos outros fascismos europeus

O fascismo a embrulhar a sua ideologia numa celebração feita daquelas "verdades históricas" que toscos e ignorantes nos tentaram impingir

JE disse...

A primeira página do DN de 23 de junho de 1940 vinha uma mensagem de Adolf Hitler dirigida ao marechal Óscar Carmona, presidente da República: "Envio a Vossa Excelência, por ocasião do duplo centenário, as minhas maiores felicitações e os meus sinceros votos pelo seu bem-estar e longas prosperidades da República Portuguesa." Ora, o duplo centenário era o da independência nacional e o da Restauração de 1640 que o regime fascista liderado por Carmona e António de Oliveira Salazar, chefe do governo, aproveitou para organizar uma Exposição do Mundo Português, festejo único numa Europa então em guerra. Na mesma edição era referido o armistício entre a França e a Alemanha, uma derrota humilhante para os franceses e sinal de que o III Reich estava a passos largos a dominar o continente (acabou derrotado em 1945)

JE disse...

Assinalou-se o percurso da história nacional de acordo com os marcos que foram considerados mais importantes por feitos heróicos seleccionados à medida dos interesses do fascismo, sem se questionarem as razões que estiveram na sua origem. Desta forma, a história foi encarada como uma sucessão de actos isolados, todos eles baseados na exaltação do conceito da Pátria, um pouco à semelhança dos fascismos europeus de então.

A este propósito recorde-se a afirmação de Salazar: "O Estado pode e deve definir a verdade nacional, quer dizer, a verdade que convém à Nação" (Decreto nº21103 de 7 de Abril de 1932).

Anónimo disse...

A Exposição do Mundo Português de 1940 foi uma grandessíssima lavagem da imagem do regime. Uma manifestação de poder do Estado Novo. Uma sua propaganda néscia

Num país irremediavelmente triste.

A guerra grassava na Europa e os exércitos nazis esmagavam com as suas botas cardadas os caminhos e os homens por essa Europa fora

Era o terror anunciado. Não adiantava negar os olhinhos que Salazar fazia a Hitler. Nem os antecedentes da cumplicidade criminosa entre Salazar e Franco em que aquele tinha tido um papel preponderante na vitória dos fascistas na guerra Civil Espanhola. Forneceu material, armas,homens,logística... e até candidatos a execuções sumárias com a entrega de republicanos fugitivos que eram apanhados em Portugal

JE disse...

"...Num país irremediavelmente triste...

...Era o terror anunciado. Não adiantava negar os olhinhos que Salazar fazia a Hitler. Nem os antecedentes da cumplicidade criminosa entre Salazar e Franco..."

Por lapso não está indicado o autor do comentário. O que agora se faz

Jose disse...

Todo o idiota ignorante se sente capaz de fazer da História notícia do dia e presumir-se inteligente por cobrir factos históricos, de um passado de que nada sabe, com um chorrilho de 'corretês' em uso no momento.

Mas se no foro individual cada um tem direito à sua cretinice, alarmante é verificar que isso seja associado a 'ciência nova' e método de ensino a jovens
confiados em que lhes cuidem do saber.

jose duarte disse...

Este "senhor" personifica o que o CDS é depois da saída dos fundadores: veio sempre a cair no que diz respeito em relação à ideologia fundadora: A "Democracia Cristã".
Agora tem o caminho aberto para a "não ideologia" tipo Chega, ou seja a espuma dos dias, ou seja o vazio de ideias e de pensamento.
Veio-me à ideia Oscar Wilde: "Os loucos por vezes, curam-se, os imbecis nunca"

Anónimo disse...

"Todo o idiota ignorante se sente capaz de fazer da História notícia do dia e presumir-se inteligente por cobrir factos históricos, de um passado de que nada sabe, com um chorrilho de 'corretês' em uso no momento."

Espero que jose nos poupe a estas cenas de virgem ofendida francamente idiotas e ofensivas...para o próprio

Talvez ver Hitler a felicitar os fascistas portugueses o tenha incomodado e só lhe restem estas cenas canalhas com a mão na anca. Para desviar a bola para canto


Isto dito pelo mesmo jose que veio defender as balls (sic) de salazar pela devolução inexistente de um empréstimo que mereceu honras de primeira página nos jornais americanos. Talvez de facto o protótipo do idiota ignorante que se sente capaz de fazer da História notícia do dia e presumir-se inteligente por cobrir factos históricos, de um passado de que nada sabe, com um chorrilho de branqueador aldrabão em uso quotidiano

JE disse...

Ao comentário das 02 e 15 falta a minha identidade

O que agora mais uma vez se faz

Jose disse...

Mas se no foro individual cada um tem direito à sua cretinice, alarmante é verificar que isso seja associado a 'ciência nova' e método de ensino a jovens
confiados em que lhes cuidem do saber.

JE disse...

Jose reivindica o seu direito individual à cretinice.

Acho que sim

Ponto parágrafo

O resto é conversa um pouco de ébrio,repetitiva e monótona, porque alheia ao que já foi aqui dito e transcrito

JE disse...

Como saudosista do "regime anterior" e dos seus métodos de ensino. jose gosta mais dos velhos métodos e do seu peculiar cuidar do saber dos mais jovens:

"promover tudo o que possa concorrer para aumentar o vigor da “raça portuguesa”... Assim rezava o manual da Junta Nacional da Educação de Salazar

No afã de instituir a sua legitimidade, um dos primeiros alvos visados pelo
Estado Novo foi a alfabetização e a cultura, bandeiras distintivas da República.Segundo Cortesão (2000) e Carvalho (2001), uma campanha sistemática passou a difundir a idéia de alfabetização como perigosa e nociva e, ao mesmo tempo, eram glorificadas a ignorância acompanhada da obediência, a limpeza, a ordem e a pontualidade, a simplicidade e a pobreza da vida rural, a reverência aos poderes instituídos.

os cinco anos de escolaridade elementar, herdados da Primeira República, foram reduzidos a três, um retrocesso concordante com os limites a serem impostos às possíveis expectativas de ascensão social das camadas
populares. Igualmente, se extingue, em 1932, o primário complementar.
(Carvalho, 2001; Cortesão, 2000).
Para suprir uma escolaridade mantida nos limites estreitos de saber ler,
escrever e contar, o governo criou em 30 de novembro de 1931 os postos de
ensino. Nestes, permitia-se ocupar a função de mestre, pessoas com comprovada idoneidade moral e intelectual, independente de qualquer habilitação".

Bons tempos estes em que se cuidava bem do saber dos jovens,segundo a versão muito peculiar dum propagandista da propaganda do estado novo

Jose disse...

A falta de vergonha, o descaro da mentira, a invenção sórdida - o padrão dos esquerdopatas que a esquerda não repudia!

JE disse...

Em vez desta tirada assumidamente histérica de jose era bom que este desminta uma única linha do aqui referido

Aguardamos que o faça.

Senão não passa de um assumido aldrabão mentirosa, a propalar historietas de propagandista do regime,sem um pingo de vergonha, descaradamente mentiroso e sordidamente inventivo

JE disse...

Vamos apresentar algumas provas do que se disse:

Desde 1926, as medidas políticas dirigidas à escola tenderam à redução daquele saber, em particular no que se referiu à instrução primária. É de lembrar que a República implantara o ensino geral obrigatório de cinco anos(56) a que se seguiria o chamado ensino primário superior, de três.(57) Porém, com o Estado Novo, assistiu-se progressivamente à redução do ensino primário: o ensino primário geral, que passou a chamar-se«elementar»,desceu para quatro anos, igualmente obrigatórios; e o superior, que passou a designar-se por «complementar», foi também reduzido em um ano,ficando, desse modo, apenas com dois.(58) A simplificação dos programas do ensino primário elementar, que se seguiu, limitava-se ao ideal de «ler, escrever e
contar correctamente».(59) Em Março de 1930, o primário elementar é dividido em dois graus, qualquer deles com exame final: o primeiro, obrigatório, só com três anos, e o segundo de um ano.(60) Finalmente, o ensino primário complementar acaba por ser extinto em 1932.(61)

(56) Vd. Decreto 6137 de 29/9/1919.
(57) Vd. Decreto 5787-A de 10/5/1919.
(58) Vd. Decreto 13619 de 17/5/1927.
(59) Decreto 16 730 de 13/4/1929.
(60) Vd. Decreto 18140 de 22/3/1930.
(61) Vd. Decreto 21712 de 19/9/1932.

Há mais.

Vamos aguardar pelos desmentidos deste jose.
A menos que não passe de um aldrabão mentiroso.

Bons tempos estes em que se cuidava bem do saber dos jovens,segundo a versão muito peculiar dum propagandista da propaganda do estado fascista

A.R.A disse...

O Jose tem um enorme afã em vociferar epítetos embora denote certa desorientação pois todos esses mimos à esquerda são o exacto exercício para quem queira perceber o populismo e os consequentes partidos de semelhante estirpe.
É certo que o ideal depreciativo do populismo não é um conceito exclusivo pois são vários os partidos que se fazem valer por tal ignóbil modo de intervenção mas quando é a própria direita que assim se designa não creio que haja muito mais a acrescentar ao que o jose escreveu de modo tão lucido e esclarecedor ... torpe apenas quanto ao destinatário mas não faz mal, o José já é uma figura de estilo neste blogue e tem o direito ao seu momento.
att- tente apenas moderar a mistura de barbituricos com álcool pois sempre que abusa logo se começa a denotar uma certa falta descernimento em seu raciocínio ...torna-o hilariante, de facto mas, a bem da nação, fraco em demasia para manter viva a chama do facho!

Jose disse...

A falta de vergonha - quando o que está em causa é saber-se se é razoável ensinar aos jovens que a decisão de realizar 'A exposição do mundo português' tem por justificação, determinada em termos da análise histórica, ser uma acção de propaganda do regime do Estado Novo, fala-se de tudo menos dessa óbvia questão.

O descaro da mentira - introduz-se como tema algo que nada tem a ver com o assunto em questão, sem cuidar de tempo ou circunstância; a essa mentira fundacional acrescentam-se outras, tantas quanto o necessário para que o conceito de História seja o da mensagem que a ideologia dita; o carregado das cores é a medida da estupidez adicionada.

a invenção sórdida - nunca o mensageiro é deixado de fora e a inventiva mais sórdida é sempre privilegiada.

o padrão dos esquerdopatas que a esquerda não repudia! - que a esquerda reconhece falsos fundamentos, e que os mantém desde há mais de dois séculos conta toda a evidência, não a justifica para que tolere que se lhe junte a mentira tosca e a estupidez militante que por aí se vê vertida em cada dia.

Jose disse...

A falta de vergonha - quando o que está em causa é saber-se se é razoável ensinar aos jovens que a decisão de realizar 'A exposição do mundo português' tem por justificação, determinada em termos da análise histórica, ser uma acção de propaganda do regime do Estado Novo, fala-se de tudo menos dessa óbvia questão.

O descaro da mentira - introduz-se como tema algo que nada tem a ver com o assunto em questão, sem cuidar de tempo ou circunstância; a essa mentira fundacional acrescentam-se outras, tantas quanto o necessário para que o conceito de História seja o da mensagem que a ideologia dita; o carregado das cores é a medida da estupidez adicionada.

a invenção sórdida - nunca o mensageiro é deixado de fora e a inventiva mais sórdida é sempre privilegiada.

o padrão dos esquerdopatas que a esquerda não repudia! - que a esquerda reconhece falsos fundamentos, e que os mantém desde há mais de dois séculos contra toda a evidência, não a justifica para que tolere que se lhe junte a mentira tosca e a estupidez militante que por aí se vê vertida em cada dia.

Jose disse...

Ao corrigir de 'conta' para 'contra' repeti o comentário; agradeço que ignore

JE disse...

Jose tenta passar pelo buraco da agulha

Tenta justificar os seus berros histéricos. E aldrabões

Desta forma mansa, aorbadada...e mentirosa

JE disse...

Não é só razoável ensinar aos jovens que a exposição do mundo português foi uma acção de propaganda do regime do Estado Novo, forma eufemística como alguns chamam ao fascismo português, como é mesmo um dever.

Por muitos motivos. Mas também para desmistificar mitos da treta,trazidos às costas de vetustos saudosistas a querer vender uma imagem "colorida" dum regime que na altura era tudo menos isso.

Tentar justificar o acto com registos pseudo-históricos que mais se assemelham a fadunchos no assunto em causa, como os traumas pela independência do Brasil e a política expansionista colonial e a conferÊncia de Berlim e blablabla é simplesmente atirar areia para os olhos. A referência à Guerra Civil de Espanha é apenas uma tentativa de jose de esconder as mãos sujas de sangue de Salazar por essa tragédia terrível.

Pelo que a crispação manifestada por jose é apenas a sua frustração pela recusa em engolir as suas justificações para o acontecimento. Por ter sido apanhado em falso. E não lhe ter sido possível verter a lixívia com que tenta branquear um regime

Na Exposição, foi glorificado o Império Colonial português, com aldeias africanas reconstruídas e habitadas pelos povos das colónias, exibidos ali como animais num Jardim Zoológico.

Para lástima de Jose vários foram vários os comentários que abordaram tal tema. Enquadrando a exposição naquilo que ela de facto foi.

Até citando Salazar numa frase espantosa,bem tradutora de um hipócrita aldrabão a imitar Mussolini : "O Estado pode e deve definir a verdade nacional, quer dizer, a verdade que convém à Nação" (Decreto nº21103 de 7 de Abril de 1932).

Foi essa verdade, acompanhada dos registos"históricos" escolhidos a dedo pelo fascismo que a exposição do mundo português tentou traduzir.
Segundo as palavras certeiras de O.Marques:" a exposição constituiu, para além de seus notáveis aspectos estéticos, uma típica manifestação fascistizante no modo de interpretar o passado e de abusar dele para testemunhar o presente e anunciar o futuro”

Pelo que a falta de vergonha se devolve a jose, elevada à potência devida

Embora mais do que registar esta falta de vergonha importe mais salientar o que esta traduz e o que se pretende






JE disse...

Fala depois este jose em "mentira"

É dramático ver o esforço de jose para tentar justificar as asneiras que andou a debitar

É patético observar como alguém que, qual varina, desata a lançar impropérios aos berros deste modo, e se vê impotente para confirmar uma única das suas acusações.

Desafiado a nomear "mentiras" jose produz um registo a fazer lembrar os discursos do seu ídolo. Trapalhão, pernóstico e francamente pusilânime.

Segundo os canones de jose, porque é mentira?
Mentira porque "se introduz um tema que nada tem a ver com o assunto em questão". E essa é "uma mentira fundacional"

O que dizer disto? Estamos ao pé dum cultor da mentira, como o seu mestre ideológico, cuja hipocrisia e "verdade" ultrapassavam as mais elementares normas éticas ?
Ou isto é apenas ignorância cega e leda de alguém que desconhece o significado das palavras e, estrebuchando, tenta justificar idiotices desta forma tão idiota?

JE disse...

Jose tenta colorir o regime salazarista.

Não gosta que desmistifiquem os jogos de propaganda do estado novo
A sua mensagem é a que a sua ideologia dita. A paleta de cores com que a tenta pintar é função directa das suas próprias opções ideológicas.

Não há aqui qualquer "estupidez adicional" termo com que insulta os demais, num processo tanto de pé de chinelo como revelador do fino recorte cívico do dito.

José tenta pintar a realidade.Não gostou que dissessem que Portugal era um país entristecido.

Um trecho de Antoine de Saint Exupery em que relata a sua passagem por Lisboa em 1940. E em que fala duma tristeza de Lisboa mesmo encontrada nas suas elites a cheirar a decomposição:

"Não consegui alojamento mesmo na cidade e fiquei no Estoril, junto do casino.

Tinha saído de uma guerra intensa: o meu grupo aéreo, que durante nove meses não interrompeu os voos sobre a Alemanha, perdera, no decurso da ofensiva alemã, três quartos das suas tripulações.

De volta a casa sentira a soturna atmosfera da escravidão e a ameaça da fome. Vivera a noite espessa das cidades.

E eis que, a dois passos, o Casino do Estoril em cada noite se povoava de espectros. Cadillac’s silenciosos, que fingiam dirigir-se a um qualquer lugar largavam-nos na areia fina do pórtico da entrada.

Tinham-se vestido para o jantar como noutros tempos. Exibiam as gravatas ou as pérolas. Convidavam-se uns aos outros para refeições, como figurantes, onde nada tinham para dizer.

Depois jogavam à roleta ou ao bacará, conforme as fortunas. Por vezes ia vê-los. Não sentia indignação, nem ironia, mas uma vaga angústia. A que nos assalta num jardim zoológico perante os sobreviventes de uma espécie em extinção.

Instalavam-se em redor das mesas. Apertavam-se de encontro a um croupier austero e esforçavam-se por experiênciar a esperança, o desespero, o medo, a inveja e a satisfação. Tal como seres vivos.

Jogavam fortunas que talvez naquele minuto já se encontrassem esvaziadas de significado. Usavam dinheiro que talvez já tivesse caducado. Talvez o valor dos seus cofres, fosse garantido por fábricas já confiscadas ou, ameaçadas como estavam pelos bombardeamentos aéreos, em vias de ruína.

Construíam castelos de areia.

Esforçavam-se, em memória do passado, em acreditar que nada tinha mudado nos últimos meses, que a sua terra não tinha estalado debaixo dos pés, criam na legitimidade da sua linhagem, na cobertura dos seus cheques, na eternidade das suas convenções.

Era irreal. Lembrava um verdadeiro baile de bonecas. Porém era triste.

Com certeza não sentiam nada. Eu abandonei-os.

Fui respirar à beira mar. E esse mar do Estoril, mar de cidade de banhos, mar domesticado, também a mim me parecia entrar no jogo. Empurrava para o golfo uma vaga única e mole, toda luzidia de lua, como se fora um vestido fora de época".

JE disse...

Jose quer que nos esqueçamos que a guerra grassava na Europa e os exércitos nazis esmagavam com as suas botas cardadas os caminhos e os homens por essa Europa fora

Era o terror anunciado. Não adiantava negar os olhinhos que Salazar fazia a Hitler. Nem os antecedentes da cumplicidade criminosa entre Salazar e Franco em que aquele tinha tido um papel preponderante na vitória dos fascistas na guerra Civil Espanhola. Forneceu material, armas,homens,logística... e até candidatos a execuções sumárias com a entrega de republicanos fugitivos que eram apanhados em Portugal

Voltemos a Saint-Exupery:

"Mas por baixo do sorriso, eu achava Lisboa mais triste que as minhas cidades longínquas.

Conheci, e vós talvez também, daquelas famílias, um pouco excêntricas, que mantêm à mesa o lugar dum morto. Elas negam o irreparável. Não julgo que tal hábito console. Dos mortos devemos fazer mortos. Eles, no seu papel de mortos, recuperam então outra forma e presença. Mas aquelas famílias suspendem o seu regresso. Fazem deles ausentes eternos, convivas em atraso para toda a eternidade. Trocam o luto por uma espera sem sentido. E essas casas perecem-me mergulhadas num mal-estar sem perdão e tão abafado como o desgosto.

Lisboa devia o seu clima de tristeza também à presença de certos refugiados. Não me refiro a proscritos em busca de asilo. Não falo de emigrantes à procura de uma terra para fecundar com o seu trabalho.

Falo dos que se expatriam para longe da miséria dos seus, a fim de manter o seu dinheiro salvaguardado"

Já naquela época...

Percebe-se porque jose quer embonecar os mortos com pó-de-arroz e o regime de batom vermelho...

JE disse...

Jose continua. Fala em "invenção sórdida"

José queixa-se da 'ciência nova' e método de ensino a jovens confiados em que lhes cuidem do saber.

Jose queria que se deixasse passar a hipocrisia de alguém que fala da forma como fala do ensino actual, rasurando todo um passado de crimes contra o processo educativo feito por Salazar e seus sequazes.
José "esquece-se" duma coisa essencial. Antes vivíamos no fascismo. Hoje, com todas as suas limitações, vivemos num regime democrático.

Foi jose confrontado com dados e factos. Documentados.

Nada diz.

Opta pelo insulto e pela derivação tonta e acobardada.

Opta também por outra coisa. Pela sua própria vitimização

Se lermos com cuidado os comentários, verifica-se que o "falar no mensageiro" ocorre quando jose reivindica para si o conhecimento histórico e insulta quem não lhe compartilha a visão de historiador "esclarecido"

E aí foi demais

Teve que vir à tona de água a fiabilidade de um "historiador "que veio defender as balls (sic) de salazar pela devolução inexistente de um empréstimo" que merecera honras fantasiosas de primeira página nos jornais americanos". Um momento alto da sua credibilidade.

E devolvera-se as (quase) exactas palavras com que o referido "historiador" tinha mimoseado quem lhe desmascara as partes a as artes.

"Talvez de facto o protótipo do idiota ignorante que se sente capaz de fazer da História notícia do dia e presumir-se inteligente por cobrir factos históricos, de um passado de que nada sabe, com um chorrilho de branqueador aldrabão em uso quotidiano"

A.R.A disse...

José
Parece-me deveras infantil da sua parte a manutenção do seu registo como que a "tentar" explicar, bem ao estilo de conversas em família, que a tão fleumatica Exposição do mundo Português não passava de uma versão do Portugal dos Pequeninos e que não havia necessidade de meterem um historiador vermelhusco a explicar às nossas criancinhas algo para além disso.
Daí a minha conexão ao populismo feito de ideias curtas num registo ao estilo do "porque sim" sem grande explanação do tema.
Essa sua visão infanto-juvenil da História é bastante "ternurenta" mas, por favor, guarde tal sentido noção só para si!
Que venham os impropérios.

Anónimo disse...

Ai que saudades do belo postal da Severa (ou seriam os três pastorinhos?) com Caramulo ao fundo e da magnífica casa portuguesa com ceia de uma sardinha para três, mas muito vinho e garantido e regular arraial de porrada na mulher e nos filhos. Bons tempos esses em que, do alto do nosso desenvolvimento económico e científico e da nossa enciclopédica literacia, mostrávamos aos cafres de além-mar a luz-guia do autêntico, do único farol da verdadeira civilização cristã: o fidelíssimo Portugal multissecularmente mata-moiros (a dar neles desde 1415 ...).
Depois, infelizmente, deu-se o descalabro: estávamos nós postos em sossego a morrer voluntária e alegremente na "guerra do ultramar", a ver os dribles do Eusébio e a ouvir, de saudosa lágrima ao canto do olho, a maviosa e sempiterna Amália, quando saiu de Santarém a caminho de Lisboa aquele celerado do Maia (um capitãozeco, ora vejam só!) a cercar Sua Excelência no Carmo. Num ápice, estava o vende-pátrias do Marocas a entregar-nos as Províncias Ultramarinas aos Russos e aos Cubanos. Não se faz!!!
Nenhuma dessas verdades incontestáveis é hoje ensinada aos nossos jovens nesses antros de comunagem que são as nossas escolas, esses autênticos covis repletos de professores barbudos (cheira-me a cubano...) e de professoras de pelo na sovaqueira (cheira-me a reencarnação de enxertia de Catarina Eufémia na Pasionaria).
Para cúmulo, isso sim, ainda ensinam nas escolas às criancinhas que Salgueiro sendo nome de árvore ainda o é com mais propriedade de herói. Mas estas coisas dizem-se às criancinhas?!!! Para onde vai este país, meu Deus?

Jose disse...

O facto de inadvertidamente ter repetido o comentário e não ter sido atendido o pedido de que fosse ignorado dá lugar a uma segunda dose, quando ainda não li a primeira?

Manter-se-á o mantra «A EMP não passou de um acção de propaganda do regime»?
Saber-se-á explicar a quem era dirigida a propaganda e com que objectivo?

1 - Alguma instabilidade interna justificava que lhe fosse dirigida uma tal acção? Em tempo de guerra e num país pobre!
2 - Era ela dirigida aos contendores em guerra?
- Para que se deslumbrassem com a capacidade expositiva do regime?
- Haveria qualquer outra mensagem a transmitir ao exterior?

Os propagandistas crónicos saberão seguramente dar respostas. Lá para a noite lerei o extenso laudo e verei se devo mudar de opinião


Jose disse...

«...guarde tal sentido noção só para si!»
Qualquer que seja o 'tal sentido', desde que contenha qualquer evidência que conteste a paz do espírito esquerdalho, à rejeição imediata segue-se a busca do esquecimento.
Uma esquerda que se sustenta de paz de espírito e corais afinados, sempre se anuncia como autoritária e anti-democrática; nada que um suposto idealismo que se crê revolucionário não abrigue como 'fase necessária e transitória para o paraíso que nunca chega'.

« venham os impropérios», que sempre ajuda a que não se tomem por argumentos.

Jose disse...

Ao deprimido pelo ambiente exuperiano de 1940 digo nada, porque não me ocorre que possa daí derivar nada de útil ou nem haja temas que me interesse.

Limito-me a reproduzir, uma vez mais, a fonte donde soube o caso, Marshall. Que o coiso queira saber algo que não o chorrilho de tretas esquerdalhas, é baixíssima expectativa!

https://corta-fitas.blogs.sapo.pt/tag/luis+soares+de+oliveira

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/luis-soares-de-oliveira-alguns-paises-nasceram-para-ser-democraticos-outros-nao-nao-e-uma-receita-universal

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223377809U6sZF1oa6Pr69UQ4.pdf

JE disse...

Jose faz-se de parvo

Não passa.

"Alguma instabilidade interna justificava que lhe fosse dirigida uma tal acção? Em tempo de guerra e num país pobre!"

Qual instabilidade interna qual carapuça.

O fascismo vivia e vive destes espectáculos.

(Tal como os arrais boçais da tropa fandanga dos legionários nos lugarejos em que cultivava o caciquismo e o clientelismo
Mas disso sabe bem o jose)

A parafernália e rituais do fascismo são conhecidos de todos. Os braços estendidos eram comuns aos nazi-fascistas, de Hitler a Mussolini, passando por Franco e Salazar. Processos de arrebanhar e processos de mitificar. A propaganda em estado puro. E foi como propaganda a um regime e a uma ideologia que se montou este espectáculo

Bokassa, presidente da república de um país ainda mais pobre, proclamou-se imperador.


JE disse...

Francamente é confrangedor ler alguns dos disparates afirmados assim tão taxativamente por Jose

Ditados ou por uma ignorância que não se pensava andar a par e passo com o sujeito em causa ou por um impulso quase patológico de propaganda a um regime nauseabundo e asqueroso. Provavelmente ambos

Dirá Jose:
" Em tempo de guerra e num país pobre! Era ela dirigida aos contendores em guerra? Para que se deslumbrassem com a capacidade expositiva do regime?"

Deixemos de lado a pontuação pernóstica de jose. Vamos a factos

A ideia da Exposição foi do então embaixador de Portugal em Bruxelas, Alberto de Oliveira, o qual, em 1929, publicou um artigo no Diário de Notícias a que foi dado grande destaque, no qual chamava a atenção para a coincidência de duas datas importantes da História de Portugal que se comemoravam em 1940 (Fundação da Nacionalidade e Restauração da Independência) e propunha que os onze anos seguintes a partir de então, fossem aproveitados para preparar condignamente essas festividades.

A partir da publicação do artigo, só nove anos passados é que Salazar
aparentemente deu atenção à proposta do evento, preocupado que andava com
a consolidação do regime «construído» à sua imagem. Foi assumida em Março de 1938 pelo próprio através de uma Nota Oficiosa da Presidência do Conselho onde se fixava, com alguma minúcia, o programa das comemorações.

A maior e mais dispendiosa operação de propaganda do Estado Novo: A
Exposição do Mundo Português. Acabou por constituir uma frustração para o regime, dado que,entretanto, na fase final do projecto, eclodiu a 2ª Grande Guerra Mundial, na sequência da invasão da Polónia pelas tropas hitlerianas.

Ou seja, a guerra estragou os planos publicitários do fascismo português

Foi planeada antes da guerra. Não era dirigida aos contentores da guerra.
Tentou-se a consagração pública de uma legitimidade representativa própria, desta feita, eminentemente ideológica e histórica- nacionalismo – autoritarismo, elitismo, paternalismo, conservadorismo – e procurou-se de todas as maneiras invocar um passado mítico legitimador do presente.

Em Maio de 1940 a França rendeu-se aos exércitos alemães e outros países europeus foram sendo invadidos. A Península Ibérica, teoricamente neutral, (embora os regimes de Salazar e de Franco fizessem olhinhos aos nazis), encontrava-se isolada do resto da Europa. Não circulavam pessoas nem bens pela fronteira dos Pirenéus. Portugal era uma porta aberta para a América, e a Lisboa acorriam refugiados e espiões do Eixo e dos Aliados.
A construção da gigantesca Exposição do Mundo Português exigia um número
de visitantes estrangeiros que a situação de guerra acabou por impossibilitar.

A História é lixada e manda para o caixote do lixo as mitomanias dos apaniguados. De facto a exposição foi também um fracasso e daí o respectivo encerramento ao fim de um período de tempo muito inferior ao previsto. Os visitantes foram quase só portugueses.

Salazar foi confortado por Hitler e isso talvez lhe tivesse servido de consolo

JE disse...

O Estado português à semelhança de outros regimes políticos fascistas da época, promoveu uma série de iniciativas culturais, onde se destacam as grandes cerimonias públicas comemorativas, enquadradas nos programas de propaganda, empenhados em mobilizar as massas

Jose não gosta que lhe desmintam a ideologia e o seu aprendizado nos livros bolorentos do regime.

Não gosta que digam que a tal exposição foi uma obra de propaganda.

O pior é que são os próprios suportes do salazarismo que se encarregam de o desmentir

A Exposição foi cuidadosamente preparada em termos ideológicos por
António Ferro, director do SNI - Secretariado de Propaganda Nacional - a quem tinha sido dado o cargo de Secretário da Comissão Nacional dos Centenários.

Este foi o ponto culminante na carreira política de António Ferro, defensor de Salazar e admirador de Mussolini.

António Ferro, Director do Secretariado da Propaganda Nacional.A mando de Salazar.

Deliciosa que é a palavra "propaganda" para um tipo que anda por aqui a tentar negar essa mesma propaganda

Uma valente gargalhada é o que nos ocorre

JE disse...

Deixemos a baforada ideológica anti-esquerda de 18 de maio de 2020 às 20:45, pontuada por um "esquerdalho" metido no meio do blablabla da ordem.

Um disco riscado é um disco riscado.

Ponto final parágrafo


O que não pode passar é também outra coisa

É esta incapacidade de Jose assumir as asneiras e os dislates que andou a propalar. É esta cobarde tentativa de apagar o que andou a dizer e da forma como o fez

É desta forma que não se ouve um pio de jose sobre as suas novas concepções filosófico-semânticas. É a "mentira fundacional", treta idiota que acompanha a sua definição de "mentira". Mentira porque "se introduz um tema que nada tem a ver com o assunto em questão". Isto só mesmo para rir ou para encolher os ombros a lastimar o coitado

O silêncio comprometido que se acentua com o ainda maior silêncio de Jose quando confrontado com a legislação fascista acerca do ensino.

É este assobiar para o lado,depois de assistirmos a estes espectáculos deprimentes de primo-dono bailarino, que tornam a coisa mais deprimente

Pelo que não colam os seus exercícios pungentes sobre a sua vinda à noite para "ver se muda de opinião"

Assim sobre a "mentira fundacional"? Sobre a "verdade que convém à Nação"?


JE disse...

Há mais.

Temos uma manifesta opinião literário-ideológica de Jose sobre o texto de Antoine de Saint Exupery.

O conhecimento da literatura nunca foi o seu forte. Já o demonstrou por diversas vezes.Tem preferência por outras leituras. Agora dirá :"não me ocorre que possa daí derivar nada de útil ou nem haja temas que me interesse"

O que dizer desta pedantice e deste seu estilo literário a raiar aquilo que todos nós estamos a pensar?

Jose tentou fazer passar uma sua mensagem carregada de significado político-ideológico:
Dirá. "há que fazer induzir que é dirigida a um país mais entristecido com o regime do que se estivesse em guerra!"

O país vivia festivo e contente, bem contente e festivo pelo facto de não estarmos em guerra

Outra vez uma narrativa falsa.

Saint Exupery desanca-a. Com uma classe literária que faz calar jose. Dirá apressado: "não me ocorre que possa daí derivar nada de útil ou nem haja temas que me interesse"

Pode,pode. Pode derivar muito de útil.

Claro que não do interesse de Jose

Jose disse...

«A parafernália e rituais» ...lembrei-me do 1º de Maio, do Dia da Vitória,...

JE disse...

Finalmente chegámos a uma história que tem tanto de desagradável como de cómico. De uma comicidade terrível

Infelizmente mais tretas e aldrabices de jose. Mas sobretudo mais falta de coragem para assumir as asneiras que disse e como disse

E o que disse um dia jose?

"Passados anos Salazar mandou pagar o que tinha recebido (do plano Marshall), o que causou problemas sérios à administração americana que não tinha sequer cobertura legislativa para uma receita de devolução do que nunca esperaram receber.
Insistiu soberanamente e o congresso autorizou a receita
Soberania exige balls e carácter!"

Como é possivel alguém acreditar em tais baboseiras?

Não. Salazar não mandou "pagar" nada.

Mas qual a fonte onde jose "bebeu, tragou, engoliu, se deliciou com esta estória?

JE disse...

Um tipo de nome Luís Soares de Oliveira resolve postar num daqueles antros de saudosos salazaristas um post em que revela a seguinte história:

A"Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall. O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada – dessa missão".

(O primeiro secretário vai assim com um chegue ao departamento de estado)
A narrativa prossegue em tons melodramáticos:

"O colega americano ficou algo perturbado. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo ...transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo num altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir a esta distância a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo".

A narrativa prossegue verdadeiramente épica:

"o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos"

É esta estória formatada para idiotas menores que um tal jose serve como prova das balls de Salazar

Quem consultar a correspondência entre portugal e os USA não encontra nada sobre este assunto.

Quem consultar a sua inteligência apercebe-se da idiotice maior de ser um primeiro-secretário a ir com um cheque na mão sem qualquer aviso prévio diplomático

Quem consultar a sua inteligência apercebe-se que não há qualquer referência a qualquer outra tranche para pagar a denominada dívida.

Quem consultar a sua inteligência apercebe-se que coisas do género "a resposta veio imediata e chispava lume... "Pague já e exija recibo" são da mais extraordinária boçalidade e comprovam o carácter da propaganda salazarista

Quem consultar a sua inteligência apercebe-se do enorme ridículo de quem ousa proclamar manchetes nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam"

Quem consultar a sua inteligência fica atónito como tais idiotices conseguiram ver a luz do dia...

E serem transmitidas assim desta forma cheia de balls pelo tal Jose

JE disse...

Uma nota final

Tentar justificar como "atenuante" das idiotices ditas, a citação das fontes de onde as tirou, é prova de demasiado desnorte e é um insulto à sua própria inteligência.

A capacidade discriminativa reside no nosso cérebro. Nada justifica dizer que foi "outro que disse", quando a narrativa é servida da forma como foi servida.

Não adianta adjectivar mais quem assim procede. É esta arte de vero "historiador" que fica aqui veramente demonstrada e que justifica atribuir-lhe a "credibilidade" adequada.

Com um pormenor ainda mais desagradável.

Das três "fontes" citadas por jose, a primeira é de um antro salazarista de extrema-direita. A segunda de um mitómano salazarista idiota e aldrabão

A terceira http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223377809U6sZF1oa6Pr69UQ4.pdf
é duma fonte desconhecida por jose na altura em que proferiu tais javardices. Fonte essa várias vezes chamada como testemunho para lhe desmontar as balls de Salazar. Fonte essa onde nunca se pode ler as idiotices de marca maior declaradas por Jose.E a que jose tenta recorrer na parte final,em desespero de causa

https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/02/paralelismos-noutra-dimensao.html

Também aqui espanta a falta de verticalidade de.

(Ele, que nem tem sequer coragem para enfrentar as suas próprias palavras, ainda virá dizer qual brigão birrento e apoltroado:
"para a noite verei se devo mudar de opinião"

Ainda o convidam para director-adjunto do Secretariado da Propaganda Nacional)

Jose disse...

Ruído e falta de vergonha!

Jose disse...

Esta esquerdalhada infame, capaz de ir às lágrimas com o avanço do Exército Vermelho, ainda que saqueando, violando e esmagando nacionalidades pelo caminho, vem, quanto às manifestações que, para além de outros objectivos, sabe que assinalam a Fundação e Restauração da Nacionalidade Portuguesa, propor que se comunique aos jovens tratar-se de mera acção de propaganda de um regime politico, o qual sempre pintam com bem mais negras cores do que que o regime, obsceno de cruel e assassino, cujas datas de afirmação sempre comemoram entusiasticamente.

JE disse...

Não vale a pena Jose fazer mais figuras de.

Parafernália e rituais fascistas.Ou nazi-fascistas.

Aqueles conhecidos de todos.As camisas negras ou castanhas a desfilar.A tropa fandanga da legião a marchar.A mocidade portuguesa a rebolar

Todos conhecemos esses tais rituais. De braço esticado e de mão estendida. A fazer a saudação típica dos canalhas
Há muitas imagens do género. De Hitler, Mussolini, Franco...também de Salazar

Tentar comparar tal com o dia Primeiro de Maio atesta o desnorte de quem não está bom da cabeça.Nem o ódio aos trabalhadores e ao 1º de Maio pode justificar tal idiotice.

Quanto ao dia da Vitória...esse é um dia que deve ser comemorado e muitíssimo bem. A derrota do nazi-fascismo foi um dia extraordinário.Para todos os seres de boa vontade do planeta.

Quem bandeava para o lado da Besta é que ainda tem cicatrizes de raiva pela derrota desta


JE disse...

Não adianta jose fazer estas fitas de virgem ofendida a carpir tremeduras hipócritas

Serenamente se desafia jose a desmentir alguma das notas históricas apresentadas

Serenamente se desafia jose a confirmar a "mentira fundacional" e outras adjacentes, marco ridículo da histeria e do perder o pé, de quem vê assim ruir por terra o choradinho em torno dum regime tenebroso e de mão levantada

Serenamente se desafia jose a assumir as suas aldrabices, as suas mentiras, as suas manipulações, as suas tretas, os seus devaneios em torno das partes íntimas dum compagnon de route do fascismo. Ou seja serenamente se pede para jose deixar de ser cobarde e para assumir o que ele próprio dissera

Não serenamente se denuncia a mais que suspeita lágrima na face de jose, pelo facto do exército vermelho ter derrotado a horda nazi-fascista

JE disse...

Serenamente também se constata que o Secretariado da Propaganda Nacional da época das trevas e do terror, era mais verdadeiro que esta fita patética e pindérica de jose, a tentar negar o que era o cerne da Exposição do mundo português.

Que ele nem tome atenção a António Ferro, Director do Secretariado da Propaganda Nacional, a mando de Salazar. O propagandista a quem tinha sido dado o cargo de Secretário da Comissão Nacional dos Centenários. Esse mesmo propagandista...director do secretariado da Propaganda Nacional

É demais.

E mais uma vez, sendo trágico para quem assume esta corda sensível pelo tenebroso, perverso e pervertido Salazar, é merecedor duma valente gargalhada

Jose disse...


De todo este miserável episódio resulta poder dar-se a compreender, à distância de todos estes anos, porque um regime não-democrático, autoritário e repressivo, podia alegar, sem despertar significativo repúdio, que tinha a oposição política essencialmente suportada por não-patriotas ao serviço do império soviético.

JE disse...

Pobre Jose

A que está reduzido o seu argumentário.

Silêncio e fuga.
Fuga e silêncio.

E a tentativa fanada, caquética e ridícula de dar voz a um regime fascista, encontrando uma justificação tão idiota como senil para este ser o que era.




JE disse...

Eu sei que custa mas é necessário esclarecer uma ou duas coisas:

Este episódio não teve nada de miserável. Foi extremamente elucidativo.Impediu-se o branqueamento de um regime tenebroso, recusaram-se atitudes censórias do ensino da História,fez-se mais luz sobre um acontecimento de propaganda do salazarismo, que procurou reescrever a história à sua maneira,ou seja,à boa maneira dum sacana sem lei que pregava a Verdade que convinha à Nação, ou seja,a ele próprio.

Não me pronuncio se terá sido miserável para o próprio Jose.Ele lá sabe as figuras que andou ou anda a fazer. Ficou aqui sobejamente patente alguma coisa. Cabe a todos e a cada um de nós tirarmos as devidas conclusões. E aprender mais, e saber mais e não nos deixarmos levar pelos slogans publicitários paridos nos idos tempos em que se tentavam justificar pulhides inacreditáveis.

Porque por aqui passa também a Cultura.

(E havia quem dissesse que quando ouvia falar em tal, puxava logo da pistola)