
(...) Com estas tendências, a possibilidade do surgimento de crises territoriais relevantes era bastante plausível, mesmo que continuássemos sob tão pesada “normalidade”. (...) Seremos nós capazes de redescobrir o país inteiro e de nos organizarmos internamente noutra base, mais saudável? Vamos dar atenção às cidades médias, aos pequenos meios, às regiões, aos diferentes territórios, em vez de apenas lhes escoarmos as respetivas populações? Vamos reequilibrar o país e desfazer um quadro explosivo? Adianto já: creio que só ganharemos essa capacidade se em cada espaço cuidarmos das respetivas economias – indústria, agricultura, serviços públicos, habitação, formas diversas de assegurar localmente bem-estar. Se tivermos uma ideia para cada um deles, à escala apropriada – isto é, se pensarmos em termos de desenvolvimento e não em termos assistencialistas. (...) Será que nos reterritorializaremos, como sugeria aqui José Gil, mesmo que mais prosaicamente? Se não conseguirmos isto, é porque, depois de termos desperdiçado o território, desistimos do país.»
José Reis, E o território? Como vamos reorganizar internamente o país?
2 comentários:
Em algum lugar ouvi falar de salário mínimo municipal.
Entre Vimioso e AML alguma diferença deveria existir.
E se falarmos de subsídios pessoais algum indicador deveria permitir uma diferenciação.
Já não se atura esta espécie de linguagem pseudo-cifrada de Jose
É o que dá. A idade ou o assumir-se como pitonisa de Delfos?
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