terça-feira, 26 de maio de 2020

Quem te avisa também pode ser teu inimigo


No Financial Times também passam avisos do Banco Central Europeu: dada a maior contracção económica desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial, os défices orçamentais atingirão em média 8% do PIB na Zona Euro e a dívida pública, em percentagem do PIB, irá dos 200% da Grécia aos 130% de Portugal (há-de ser superior...), o que aumentará as pressões no médio prazo, até em face das sempre orçamentalmente custosas vulnerabilidades do sistema financeiro.

A verdade é que, como temos insistido, só se o BCE quiser ou se politicamente não puder é que o peso crescente da dívida pública colocará pressões sobre Estados sem soberania monetária e por isso dependentes da bondade de estranhos.

Lembro-me sempre do exemplo do Japão, um Estado monetariamente soberano: em 1995, o último ano em que a dívida pública foi inferior a 100% do PIB, as taxas de juro das obrigações do tesouro japonês a dez anos eram um pouco superiores a 4%; vinte e cinco anos depois, o peso da dívida anda nos 240% do PIB e as taxas de juro das obrigações do tesouro a dez anos são marginalmente superiores a 0%. Um país endividado na sua moeda controla as taxas de juro, as condições de financiamento, não estando dependente da custosa ficção dos mercados. Uma parte importante da dívida é detida pelo Banco do Japão e o resto por aforradores japoneses: o Japão deve ao Japão.

A Zona Euro não é de facto o Japão, já que não é e não será um Estado.

Na Zona Euro, o Banco Central não pode financiar os Estados, estando limitado a intervir nos mercados secundários, o que tem bastado para manter as taxas de juro relativamente baixas, sendo as supostas habilidades passadas de Centeno absolutamente irrelevantes para este registo de relativa tranquilidade nos chamados mercados. Para lá disso, o grande poder do BCE é o grande poder de uma instituição supranacional pós-democrática, usada pela elite para, mais tarde ou mais cedo, impôr a austeridade e a neoliberalização conhecidas, sobretudo na periferia.

Entretanto, os Estados periféricos aguardam que no centro europeu acordem numa resposta orçamental macroeconomicamente mínima, ou seja, aguardam que algo mude na política económica da UE para que tudo fique na mesma na sua economia política. Aguardam, reparem. O que nos vai valendo é que o défice orçamental é uma variável endógena, cujo crescimento inevitável neste contexto ainda amortece a queda.

No médio prazo, como avisa o BCE, o nosso destino está traçado. Isto não é uma previsão, mas sim uma prescrição. Quem manda é quem define o que é excepcional. Na Zona Euro, sabemos com o que contamos.

21 comentários:

Jaime Santos disse...

Naturalmente que sabemos, o problema é que não sabemos com o que contamos fora dela, porque ninguém é capaz ou quer dizer-nos o que custa sair do Euro. Como se diz na Turquia, uma coisa é entrar no haman, outra é sair dele.

Eu lembro-me muito bem da inflação nos anos 80 e não quero voltar para ela. Haverá quem dela esteja razoavelmente protegido, seja por um emprego razoável no sector público, seja porque dispõe de imóveis. Mas, João Rodrigues, quem tem pouco mais do que as poupanças para lhe valer, não fica muito descansado.

A Esquerda Leninista, para a qual a soberania é uma espécie de graal milagroso que resolverá todos os problemas, procura que nos esqueçamos que coisas como a dívida pública ou as relações de força entre Estados continuarão a existir para além do Euro.

Pior, agora vem dar-nos o exemplo de uma das maiores economias mundiais e dizer-nos que se quisermos podemos parecer-nos com ela! Francamente, não há pachorra!

Ricardo Cabral, num interessante texto do Público traçava um paralelo da atualidade com a situação vivida em 1891-1892. O que se esqueceu de contar foi como a falência do final do século XIX condicionou toda a política portuguesa no sec. XX e o atraso secular que daí resultou...

Seria bom que quem considera que não é necessário pagar as dívidas porque elas até são injustas se lembrasse que no fim de contas interessa muito pouco de que lado está a razão num diferendo. Interessa quem dispõe de meios (leia-se planos, políticas) para levar por diante os seus pontos de vista...

É que essa boutade de que onde há uma vontade há um caminho, é uma tolice, da família da crença fascista de que a vontade prevalece sobre a razão.

Não, a razão prevalece sempre sobre a vontade, nem que seja sobre ruínas...

Como dois nacionalistas como Johnson e Trump se apressam a mostrar ao mundo. Só é pena que não tenham que sofrer as consequências das suas acções.

Geringonço disse...

Entretanto a telenovela sobre o bromance entre António Costa e Marcelo continua.
Parece que vai mesmo haver casamento!
É para que tudo fique na mesma, tudo para que o pantanoso euro-sistema continue caso ainda não tivessem percebido...
Mais euro-austeridade? O que é que isso interessa?! Há sempre a santa Jonet para alimentar os pobrezinhos...

Anónimo disse...

Quem espera por sapatos da UE morre descalço...
Mudar? Mas qual mudança qual carapuça!!! O dinheirinho será emprestado e será pago em numerário, em património (mais umas "reformas estruturais" que, só por mero acaso, vão fazer com que o restante do esquálido aparelho produtivo nacional seja engolido pelo grande capital da UE e dos EUA) e em géneros ( mais uns aviões de médicos, enfermeiros e engenheiros portugueses - danos colaterais de mais outras tantas "reformas estruturais" - cujo trabalho é muitíssimo bem-vindo e apreciado na pátria da Senhora Merkel - custaram zero ao erário alemão, fazem bem, saem barato e, qualidades assinaláveis sobre todas as outras, batem a bola baixinho e não se metem em confusões sindicalistas).

Anónimo disse...

A paródia de estado a que se resume a UE cumpre o rito religioso de uma paródia ideológica chamada ordoliberalismo.
A "ideologia" não permitirá qualquer alteração aos tratados, pois ela vive de contradições e de negações da realidade como, por exemplo, negar o efeito multiplicador do investimento público, evidente na recuperação da crise anterior.
Para agravar tudo, temos um aglomerado de dezenas de estados, alguns decadentes, outros em decadência, que é impossível juntar num propósito comum.
Acho que a única solução é mesmo esperar que rebente.

Anónimo disse...

JS pirou

Da família da crença fascista????

Querem ver que o dandy neoliberal a pedir rendição, agora usurpou o vocabulário de profissionais do insulto ? Assim a modos que evangélico e lambe-botas do dono?

Inácio Silva disse...

Cito o artigo de hoje de Bill Mitchell que, por sua vez, cita o grande físico alemão Max Planck:
"Uma inovação científica importante raramente se impõe pela persuasão e pela conversão dos seus oponentes: Raramente Saul se torna Paulo. O que, de facto, acontece é que os oponentes vão morrendo e a geração que os vai substituindo, vêm familiarizados com as novas ideias desde o início".
Temos que esperar, então, pelos futuros ronaldos, pois os atuais de nada servem?...

Jose disse...

Esta cena do 'independentismo' começa a adquirir foros de farsa bufa?

«o Japão tem um altíssimo nível de poupança e mais de 90% da dívida está nas mãos de investidores japoneses»

Anónimo disse...

É óbvio que a relação dívida / PIB aumentarà, uma vez que o PIB se contrairà. Hoje: PIB = 100; dívida = 100; proporção: 100%. Amanhã, mesmo que a dívida permaneça constante em 100, com um PIB reduzido para 90, a proporção muda mecanicamente para 100/90 = 111%.
E, como é claro, a dívida aumentará, a proporção serà ainda maior.

No que diz respeito à dívida, acho que o problema é muito grave...

Mà alocação de recursos públicos: para orçamentos ministeriais semelhantes ou até mais altos….Para onde o dinheiro vai?
Muitos contratos administrativos muitas vezes excessivos.
Corrupção endêmica e apropriação indébita de fundos públicos em todos os níveis, muito raramente sancionada. O mesmo vale para conflitos de interesse.
Peso paquidérmico da quantidade de fraude:

Fraude tributària estimada em muitos bilhões / ano

Fraude ao IVA .

Além disso, o que é "legal":
Manutenção de uma classe política pletórica e superfaturada, com privilégios indefensàveis.
“Optimização” ou fraude fiscal de grandes empresas.
Custo direto e indireto (realocação, trabalhadores destacados,com padrões absurdos ...) da UE e do euro, que nos penalizou em todas as àreas por quase 20 anos.
Dependência dos mercados financeiros desde 1987, daí o interesse acumulado exorbitante.
Privatização de sectores rentàveis:

Pessoalmente, penso que hà Europa em excesso ou insuficiente demais porque se gasta tempo martirizando os habitantes europeus e não o suficiente, porque as decisões estratégicas são sempre muito tímidas e ineficazes. Mas com a política alemã me parece difícil ver um desenvolvimento positivo para o bem do povo. Quando haverà grandes investimentos em infra-estrutura européia que possam salvar as economias de todos os nossos países?

A classe média desaparecerà, é óbvio, provavelmente programado por nossos politicos..

Um país que se recusa a correr riscos em todos os níveis só pode morrer economicamente: viver, investir é correr riscos.

A aura Covid é um bom exemplo do colapso moral de nossas sociedades ocidentais: Cuja única preocupação era se esconderem em casa, ajudados por uma imprensa e uma televisão que tiravam o “mel” dessa crise.

Portanto, o país ou europa que observo de longe (algumas horas de avião) continuarà afundando.
Triste, mas de onde estou, a europa està falida e arruinada.
Certamente,no futuro teremos uma guerra que renderà o mais possível aos mais ricos, como todas as guerras, e esmagarà os mais pobres, como todas as guerras.
Uma crise sem fim com desigualdades de facto estratosféricos!

JE disse...

Fala-se aí em cima de farsa bufa.E ainda por cima quem o faz é um seu cultor, embora este se fique geralmente mais pela farsa do que pela bufa

Interessa colocar os pontos nos is.

Primeiro a destrinça entre independência nacional e "independentismo". Este último termo assume geralmente um tom pejorativo, sobretudo se bramado como slogan. Como é o caso.

Fala-se da soberania nacional. Só isto, per se, é motivo para dar início, entre alguns, a estas excrescências intestinais. E a outras manifestações iradas

Anónimo disse...

18 e 47?

Isto é um manancial de frases feitas, coleccionadas de forma idiota para tentar parecer coisa séria

Uma manta de retalhos feita de palavreado oco e redondo, colado a generalidades género Readers digest feitas para holandês vender

(Onde se pode ver apesar de tudo o descontrolo que a Pandemia causou às hostes neoliberais pela resistência do SNS face à fuga dos privados. Agora estamos perante um "exemplo do colapso moral")

Idiotia travestida de verborreia ou vice-versa? O que fazem alguns só para esconder o que os move, arrastando o debate para manhosices do género?

JE disse...

A farsa bufa de jose continua.

Sobre o Japão

O que está dito:

"Lembro-me sempre do exemplo do Japão, um Estado monetariamente soberano: em 1995, o último ano em que a dívida pública foi inferior a 100% do PIB, as taxas de juro das obrigações do tesouro japonês a dez anos eram um pouco superiores a 4%; vinte e cinco anos depois, o peso da dívida anda nos 240% do PIB e as taxas de juro das obrigações do tesouro a dez anos são marginalmente superiores a 0%. Um país endividado na sua moeda controla as taxas de juro, as condições de financiamento, não estando dependente da custosa ficção dos mercados. Uma parte importante da dívida é detida pelo Banco do Japão e o resto por aforradores japoneses: o Japão deve ao Japão".

Como Jose "traduz" o exposto?
"«o Japão tem um altíssimo nível de poupança e mais de 90% da dívida está nas mãos de investidores japoneses»"

O busílis é a "poupança", pelo que se pode apagar como estado soberano

Pobre jose. Mais outro a ler nas Holas da economia política

JE disse...

Para elevar um pouco o debate sobre os clichés das farsas e dos farsantes,

No "caso japonês, a dívida pública é detida quase exclusivamente por agentes nacionais: além do maior credor de todos ser o próprio Banco do Japão, que pertence ao estado japonês e é por ele controlado, menos de 10% da dívida pública está nas mãos de credores estrangeiros. Isto tem implicações radicalmente diferentes, também ao nível da autonomia política.

É que os juros pagos todos os anos para remunerar a dívida pública japonesa são transferidos para as mãos do próprio sector privado japonês, alimentando a procura agregada. Não interessam apenas o stock da dívida ou o peso dos juros: interessa também a quem são pagos esses juros e o que é que isso implica para a economia.

Por outras palavras e em termos mais gerais, a dívida pública japonesa, apesar de ser das maiores do mundo em termos absolutos e relativos, não é insustentável porque, em primeiro lugar, o Japão dispõe de moeda própria e da possibilidade de monetizar parte dessa dívida na medida do que entenda ou necessite; e, em segundo lugar, porque a componente externa dessa dívida é insignificante e mais do que compensada pelos activos detidos pelos agentes japoneses no exterior. Na verdade, o Japão é um credor líquido face ao exterior, tal como expresso pela posição de investimento internacional, o que implica um afluxo constante e significativo de rendimentos de capital. É mesmo o maior credor líquido do planeta.

Aliás, o endividamento público japonês não é senão a contrapartida da poupança líquida sistematicamente positiva que o sector privado japonês (famílias e empresas) tem registado nas últimas décadas. O estado japonês tem assumido défices orçamentais sistemáticos para permitir que o sector privado concretize as suas intenções de poupança sem que a economia entre em recessão - e tem-no feito a partir do conforto da posição de maior credor global"
Alexandre Abreu

A soberania monetária é essencial para a soberania nacional
A libertação da submissão ao euro e a recuperação da soberania monetária são necessidades estruturais do país

JE disse...

Abraracourcix tem medo apenas de uma coisa. Que o céu caia sobre sua cabeça.

JS tem medo de tudo. Menos que o céu caia sobre ele.

Tem medo de sair do euro. Já não tem medo das consequências de nos mantermos amarrados a um penedo, enquanto vamos caindo nas águas revoltas do mar

Tem medo de entrar nos banhos turcos. Porque tem medo de sair deles

Tem medo dos anos 80 e do que lhe pode acontecer.

Tem medo de ter pouco mais do que as suas poupanças.

Tem medo de não poder ficar descansado

Tem também medo da esquerda leninista.

Tem medo que lhe alterem as relações de força entre os estados

Tem medo de não lhe seguirem os seus enxofrados "não há pachorra", com que tenta afugentar os maus exemplos de soberania monetária e nacional

Tem medo da falência do final do século XIX que como se sabe justificou toda a política portuguesa no século XX ( e como se sabe também na Alemanha, na Itália e na Espanha)

Tem medo que se não paguem as dívidas embora não saiba muito bem quem disse isso. Tem medo que elas passem por injustas,mas tem ainda mais medo que os meios ( leia-se planos, políticas) não levem por diante os seus pontos de vista.

Tem medo dessa coisa da vontade.

Tem medo do caminho.

Tem medo das boutades.

Tem medo que a razão não prevaleça, embora não saiba bem o que é isso da "razão"

Será a razão do mais forte?

Então Trump tem razão, Porque prevalece. Como razão ou por ser mais forte?

JE disse...

JS não tem medo de permanecermos no euro.

Não tem assim medo do regresso aos anos de chumbo da austeridade troikista/passista, sob os auspícios da UE

Mas tem medo de voltarmos aos anos 80

Tão espantosamente claro

Anónimo disse...

"Ninguém sabe o que custa sair do Euro"?

Já todos sabem o que custa ficar no Euro!!

#EUROexit (já maioritário em Itália)

Dinamarca, Suécia, Checa, etc, sabem o bom que é estar na UE e ter MOEDA PRÓPRIA. Os dois primeiros continuam ricos, o 3° ultrapassou Portugal.

E aliás, há até quem se dê muito bem fora da UE, como a Islândia, que nacionalizou bancos para assegurar depósitos, deixou cair a restante banca privada e corrupta, prendeu os banqueiros, viu-se livre dos políticos do establishment, aplicou controlo de capitais, desvalorizou a moeda e, ainda nós em Portugal estávamos a debater medidas de austeridade (e para lá vamos outra vez em breve) e já a Islândia respirava de alívio na recuperação.

Por isso, meu caro, se o seu problema é €uro-ignorância, isso resolve-se com mais leitura. Mas se o problema é €uro-fanatismo, infelizmente não há vacina que o cure, só mesmo umas valentes lambadas.

20 anos de atraso e endividamento, BASTA de €uro-estupidez, e da mesma forma como se fez a adesão: com promessas falsas e sem referendo, tal como vocês, criminosos anti-democratas do PS e PSD, fizeram.

Anónimo disse...

"27 de maio de 2020 às 18:47"

Está confirmado.
Trata-se mesmo de um provocador. Adivinhe-se quem

Paulo Marques disse...

Quanto custa sair do Euro? Sem alimentar pedintes, custa o armazenamento necessário para os números das contas a receber depósitos. Além do Japão, estou à espera, sentado, da hiper inflação do dinheiro já criado agora no éter, em quantidades longe do suficiente, pelo FED, BoE e banco central da Austrália.
ah, pois, esses países têm todos capitalistas que gostam de perder dinheiro, como os que compram dívida com juros negativos. Que sorte, pá. Os nossos só nos fazem ter décadas de recessão e vender tudo à esse grande aliado confiável que é a China.

Um dia, é já não é o Alessina, tadito, alguém há de mostrar uma relação directa entre a dívida e a inflação. Um dia de nevoeiro, quem sabe.

Anónimo disse...

"Ninguém sabe o que custa sair do Euro"? Já todos sabem o que custa ficar no Euro!!
Dinamarca, Suécia, Checa, etc, sabem o bom que é estar na UE e ter MOEDA PRÓPRIA. Os dois primeiros continuam ricos, o 3° ultrapassou Portugal...." comentador "anónimo 28 de maio de 2020 às 04:34".
...
Pergunto: Já todos sabemos?.
Certamente João Rodrigues tem bons conhecimentos e opinião fundamentada, sobre o tema que envolve a permanência de Portugal no Euro, bem assim como o organizar (atempadamente) uma saída de uma Eurozona em profunda readaptação à mutante realidade. O Brexit, a latente indisfarçavel animosidade França/Alemanha, o óbviamente crescente espectável antagonismo USA/China....

Seria interessante ler os variados comentários que um seu futuro blog, sobre este tema, provocaria.
Portugal deverá estar pré-preparado para o caso -a não desprezar- de surgir uma profunda reorganizão da presente Zona€uro(?). Ocorrerá uma cisão?. Este (débil) Euro conseguirá subsistir à pandemia?.

Economias escassas em produtos transacionáveis, bens, como Portugal, e que vivem de uma frágil industria turística, até que ponto deveriam reorganizar-se e viver com a sua própria moeda?.

JE disse...

Não percebo bem esta história sobre um futuro blog de João Rodrigues.

Por enquanto este pedala aqui e pedala muito bem,com uma actividade notável e com uma escrita depurada e certeira. E temos a oportunidade de ler os seus comentários sobre os diversos assuntos em causa

O LdB faz falta e a sua voz é plural. O que não impede que se não ouçam as suas vozes singulares.

O que quer dizer exactamente este "anónimo" com tal sugestão? Um convite a um dividir para reinar?

Anónimo disse...

"Dobrão foi uma moeda portuguesa/brasileira que circulou durante o reinado de Dom João V (1707-1750), considerada a maior moeda de valor intrínseco já tendo circulado no mundo".

A lista das múltiplas moedas, únicas ou não, que desapareceram como referência de valor, como moeda de troca e que perderam esse poder, é tão longa como a dos Impérios que as criaram, imposeram.
Uma pergunta simples, atempada e pertinente:
O Euro, como moeda única em Portugal, será ainda uma boa ou uma má aposta?.
Seria benéfico, ou não, um reajuste da economia, em Portugal, via um novo-escudo como moeda interna?.
Porque não expôr argumentos pró e contra, antecipadamente, sobre a evolução do Euro, como moeda única, em Portugal (e não só)?.
Uma evolução no valor e difusão de este Euro, em Portugal, e não só, afigura-se inevitável.

JE disse...

Suspiro

Porque motivo queremos lições de história à moda das seleções do reader´s digest?
Infantilidades já que as tentativas para o blog privado muito privado e muito individual deu no que deu?

Mais alguma conversa da treta,assumidamente para encher chouriços?

O que fazem lembrar estas perguntas para o idiota, se não isso mesmo que todos estamos a pensar?
Que nem o pretensiosismo bacoco da pseudo-lição sobre os dobrões consegue passar por coisa inteligente e digerível?

Saiam agora uns "argumentos pró e contra, antecipadamente"

E já agora do "Euro, como moeda única, em Portugal" . Ah e não só.

O que faz lembrar tudo isto?