quarta-feira, 20 de maio de 2020

Esta economia mata mesmo

“Remuneração dos gestores do Novo Banco disparou 75% com Lone Star”, informa-nos Cristina Ferreira no Público.

Os gestores têm seguido à risca a linha da Lone Star para o Novo Banco, cuja lógica ruinosa para o país vamos conhecer cada vez melhor: da venda de activos a preço de saldo a empresas cujo proprietário há-de um dia ser conhecido à socialização dos prejuízos.

A Lone Star é um fundo abutre que encarna a financeirização do capitalismo em estado puro. Deste processo faz parte um brutal aumento das desigualdades dentro das empresas, distanciando cada vez mais o topo da base, para que os gestores estejam alinhados com os interesses extractivos de accionistas mais ou menos voláteis.

Sim, esta economia mata mesmo.

4 comentários:

Anónimo disse...

O "fechar dos olhos" ao que se passa no NB faz parte do contrato de "compra e venda" do BES-BOM.
E ao contrato de "compra e venda" não é alheio o fmi.
Acham que o fmi emprestava o dinheiro, só por causa dos juros e das "reformas estruturais"?
Não! há sempre mais, muito mais!...
Por que acham que só havia um interessado na "compra" do NB?
Porque já sabiam que tudo isto seria tolerado e só seria tolerado para aquele "comprador".
Devíamos ir para a rua bater em panelas, como a burguesia faz, quando lhe surgem as "questões morais", como pagar impostos, por exemplo.

Geringonço disse...

"Aviso da CE. Depois da crise, Portugal tem que voltar a ter prudência nas contas"

https://www.dn.pt/dinheiro/aviso-da-ce-depois-da-crise-portugal-tem-que-voltar-a-ter-prudencia-nas-contas-12216675.html


A Comissão Europeia matou, mata e vai matar ainda mais!

Jose disse...

Pois não é que um Estado que se endivida até ao osso para satisfazer as esquerdas fica sujeito a depender de capitais ao serviço de opostas militâncias?
Que surpresa!

Óscar Pereira disse...

Caro Anónimo das 12:50,

«A Comissão Europeia matou, mata e vai matar ainda mais!»

Eventualmente, vai acabar matando-se a ela própria. Mas há-de morrer com as contas certas, que pecados orçamentais é que não pode ser, vejam lá a pouca vergonha!