domingo, 22 de setembro de 2013

Bancocracia

É o título de um trabalho de Paulo Pena na Visão. Relembra o quase colapso do sector financeiro dito moderno e desenvolvido, em 2008, e quem o travou, algo que a sabedoria ainda convencional pretende que se esqueça, porque afinal de contas foi o “despesismo” que nos trouxe aqui ou qualquer variação da mesma fraude que inventem entretanto. O Nuno Teles assinala aí e aqui duas ou três coisas muito importantes: “o sector financeiro, sobretudo a banca, é sem dúvida o mais poderoso da economia portuguesa, e tutela a política económica”; “os mecanismos que deram origem à crise quase não se alteraram”. Os mesmos mecanismos, interesses, ideias e instituições, as mesmas causas, os mesmos efeitos – da desigualdade à crise económica, passando pela geração e transferência de custos sociais de um sector financeiro com rédea solta para o conjunto da sociedade. Até quando?

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