As autoridades de regulação e de supervisão decidiram sair da sua habitual complacência neoliberal e investigar as suspeitas de nepotismo no Banco Comercial Português. Fazem bem. Não só porque há suspeitas de violação da lei, mas também porque o BCP tem um peso enorme no sistema financeiro português. E isto faz com que decisões imorais e irresponsáveis dos seus dirigentes tenham repercussões que obviamente transcendem as fronteiras do banco.
De qualquer forma toda esta agitação parece perturbar muito os nossos liberais que agora, mais uma vez, deixam a sua capacidade de avaliação à porta das grandes empresas. Por opção ideológica e talvez, no caso do BCP, também por interesse. Afinal de contas é bom não esquecer que o BCP é desde há muito um dos principais patrocinadores das suas medíocres cruzadas ideológicas. A Nova Cidadania, a Atlântico ou o mestrado de Sir Carlos Espada são alguns dos projectos da direita intransigente que o BCP lá vai acarinhando. E já se sabe: os liberais dizem que confiam no teste do «mercado», mas pelo sim pelo não sabem que o melhor é mesmo ter assegurada uma boa rede social de suporte para os seus projectos (lição que também parece não ter escapado ao filho de Jardim Gonçalves). Só isto pode explicar este zelo.
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2 comentários:
Definitivamente: este blog é uma lufada de ar fresco.
Não tolero o Jardim (qq um dos dois), o Gonçalves e o Alberto! Não tolero o BCP. De qq das formas ou houve violação de alguma lei ou não! E actue-se em conformidade.
Pessoalmente acho q houve favorecimento na concessão dos empréstimos, se fosse um comum mortal não seria aprovado.
Em termos das empresas do filhote, as V, resta agora saber se a falência está correctamente traduzida nas D. Financeiras e se houve ou não enriquecimento ilícito às custas da empresa! Ficava surpreendido se não tivesse havido!
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