«O pior já passou», afirmou o Papa dos mercados financeiros, Alan Greenspan, em Lisboa. O pior até pode ter já passado no que aos mercados financeiros diz respeito, mas as consequências para a economia «real» só agora começam. Segundo o Financial Times, a concessão de crédito às famílias e empresas europeias abrandou nos últimos três meses.
É esta realidade que justifica a decisão do BCE de deixar as taxas de juro inalteradas. Mas tal atitude parece curta dadas as circunstâncias. Não é só a taxa de inflação esperada que é menor - a obsessão do BCE. Dadas as notícias, uma quebra no crescimento económico europeu é cada vez mais certa. Mas, para o BCE, esse não é um problema da sua responsabilidade.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
«Mas, para o BCE, esse não é um problema da sua responsabilidade.»
Pois não. A responsabilidade do BCE vai para as suas filiais a quem os juros altos mais aproveitam:
O lucro do Millennium BCP atingiu 191 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. Os resultados em base recorrente cresceram 16% nos primeiros três meses do ano.
O Banco Espírito Santo divulgou quinta-feira um lucro de 139,8 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 33% que no período homólogo...
O BPI obteve um resultado líquido de 96,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um valor que corresponde a uma subida de 30 por cento face a igual período do ano anterior.
O resultado do Banco Bilbao Viscaya y Argentaria (BBVA) subiu para pouco mais de 1,25 mil milhões de euros, mais 23% no resultado líquido no primeiro trimestre de 2007.
O Banco Santander Central Hispano obteve um resultado líquido de 1,8 mil milhões de euros, no primeiro trimestre do ano. Este valor representa mais 21% que no período homólogo...
Enviar um comentário