
O critério é simples: é especialista quem é porta-voz das seguradoras, a grande força a puxar pelo modelo neoliberal. Assim se alimenta a propaganda que pretende substituir o princípio da provisão pública segundo as necessidades, porque somos todos cidadãos, pelo principio da provisão privada segundo a capacidade de cada um para pagar, porque alguns são mais cidadãos do que outros. No fundo, a privatização do SNS é apenas mais uma forma de impor «escolhas trágicas» evitáveis aos grupos sociais mais vulneráveis: «Um amputado que teve de escolher o dedo que poderia ver de volta olhando para o seu saldo bancário. Uma mulher que não foi aceite por uma seguradora por ser demasiado gorda. Um médico que assina de cruz todas as recusas e ganha um bónus por cada tostão que poupa à empresa». É este pesadelo que queremos?
1 comentário:
Realmente, se só houver apenas uma seguradora a fazer seguros de saúde, ficamos pior que com o Estado-monopolista. Com concorrência entre seguradoras, nem por isso. Talvez esta pressão sirva para que o Estado se esforce em melhorar o mau serviço que presta. Duvido muito mas eu sou um optimista nato.
Enviar um comentário