quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Atitudes e ecos


O ECO funciona como eco do patronato mais medíocre. Só isso pode justificar tal perdócio. Têm uma revista e tudo. Deve ser comprada por empresas para distribuírem gratuitamente, não sei, nem me interessa. Nem dada. 

No primeiro número, que folheei com tempo na papelaria, somos presenteados com um artigo de duas páginas de Paula Amorim, dizendo que é tudo uma questão de “atitude”. A encarnação do capitalismo rentista, de herdeiras e fóssil, promotora do porno-riquismo, queixa-se do Estado que persegue empresários, um horror totalitário, e exige “menos carga fiscal”, em mais um texto previsivelmente medíocre e que comprova a escassa qualidade da empresa de relações públicas que a assessora. 

É que tanto faz, basta-lhe o poder de transferir custos sociais para terceiros, recebendo super-lucros, graças a uma privatização irresponsável e que beneficiou o seu pai, pagando os impostos que bem desejar. E ainda se julga no direito de nos dar lições sobre “criação de valor”, quando são os trabalhadores que criam tudo o que tem valor, como imagino que no fundo desconfie. 

E é para isto que existem os ecos.

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