sábado, 7 de janeiro de 2012

Notícias da bancarrotocracia

"Vai faltar dinheiro no fundo de pensões da banca. Quem paga? (...) Seja porque os cálculos do dinheiro a transferir assentam em pressupostos optimistas, seja porque o dinheiro já está a ser gasto em vez de ficar a render, mais tarde ou mais cedo os contribuintes vão ter de pagar estas pensões com mais austeridade." O Negócios ouviu três especialistas em fundos de pensões sobre este favor a uma banca que mantém todo o poder político, mas que ainda se vai arrepender da austeridade que andou a exigir com todo o sucesso. De resto, estas conclusões são convergentes com as do estudo de Eugénio Rosa.

Adenda: transferência dos fundos "é um excelente negócio para o Estado", diz o governador do Banco de Portugal. A bancarrotocracia em todo o seu esplendor.

5 comentários:

você é um exagerado disse...

Com as impressoras a imprimir notas de 100 contos de réis, enquanto houver reservas para comprar o metal para as chapas e para as tintas, não vai haver problemas em pagar pensões e salários.
Pelo menos para comprar leite e ovos chegam, para gasolina e para medicamentos, já há para aí muitas notas do monopólio logo é capaz de não dar.

Ana Paula Fitas disse...

Carissimo,
Fiz link... e agradeço.
Abraço.

Tchitchikova disse...

Esta é uma questão que me tem deixado muito preocupada. Pouco ou nada tem sido discutida ou escrutinada, com honrosas excepções. Não seria esta matéria para uma séria ofensiva da oposição à esquerda? Qual vai ser o impacto desta transferência para as gerações futuras? Não podemos ignorar que estes encargos vão cair em cima de uma geração fortemente precarizada e sem direitos. E tudo isto em nome de quê? Só para cumprir o défice no ano de 2011? São estas as pensões intocáveis que vamos ter que pagar quando a todos os outros só vai estar reservada uma pensão de miséria? Mais uma vez Portugal pensa no curto prazo e destrói o futuro de quem vem a seguir. Na minha modesta e leiga opinião, mais valia assumir o défice de 8 ou 9% em 2011 e pronto.

Zuruspa disse...

Quando o Estado foi ao fundo de pensöes dos CTT/TLP e os seus trabalhadores reclamaram foram apodados de "elitistas".

Agora tocou aos bancários, por mero acaso os tais que os apodaram anteriormente. Ai que giro.

Quem será o próximo fundo de pensöes a ser absorvido para cobrir buracos de BPNs e afins? Näo importa de quem seja, näo é para pagar de volta... mas o tuga só se sente quando lhe toca pessoalmente, por isso os "neo-elitistas" agora é que choram!

Uns bons pontos:/ disse...

Qual vai ser o impacto desta transferência para as gerações futuras?
Qual foi o impacto da transferência de centos de milhares de milhões/ano nas últimas décadas para o exterior da europa ?



Não podemos ignorar que estes encargos vão cair em cima de uma geração fortemente precarizada e sem direitos....e com muitos velhadas para apaparicar
(situação que os japs enfrentam há 40 anos e os chineses vão começar a ter daqui a 20)


E tudo isto em nome de quê?
Da sobrevivÊncia duns resquícios do nível de vida europeu?


São estas as pensões intocáveis que vamos ter que pagar quando a todos os outros só vai estar reservada uma pensão de miséria?

Mais uma vez Portugal pensa no curto prazo e destrói o futuro de quem vem a seguir.

Na minha modesta e leiga opinião, mais valia irmos directos para a bancarrota a toda a velocidade

(mas primeiro temos que pôr 500 mil lá fora enquanto temos moeda que paga o querosene dos abiões...