Após Maastricht, com a adopção pela UE da ideologia de Thatcher, os que perderam com as políticas do neoliberalismo passaram a associar o seu mal-estar a tudo o que “os de cima” defendem, e estes defendem a permanência na UE. O voto “dos de baixo” foi um voto de protesto contra a situação em que se encontram, um voto contra a UE para abalar um sistema que lhes roubou a dignidade.
E como resultado desse voto de protesto, é provável que acabem por eleger um Governo cuja ideologia consiste na prossecução justamente do programa neoliberal de Thatcher, e com muita xenofobia à mistura.
Convenhamos, Jorge Bateira, os 'de baixo' têm uma maneira bastante niilista de protestar...
Aliás, os 'de baixo' não são assim tão 'de baixo'. A maioria dos votantes Tory que votou pelo Brexit não são pessoas de assim tão poucos recursos.
Se se trata de 'punir' as elites liberais, bem pode dizer-se que o fazem, já que será muito mais difícil para os Britânicos trabalhar e viver na UE e seguramente para os 'de baixo' isso não lhes interessa muito.
Se se trata de punir os plutocratas, não me parece que o consigam de todo. Esses já estão a ver como ganharão dinheiro 'by shorting the pound'...
A Esquerda deveria estar a lamentar o Brexit porque a pertença à UE pelo menos assegurava aos Britânicos um módico de direitos laborais e ambientais. Em vez disso, depois de ajudar inadvertidamente a Direita mais radical a chegar ao Poder, procura convencer os povos europeus a alinhar no seu programa proteccionista e de re-estatização da Economia.
Independentemente dos méritos que ele possa ter, gostava que me nomeasse um único caso em que os ditos povos europeus tenham alinhado nisso e a Esquerda tenha assim ganho as eleições.
A Grécia não conta porque o Syriza prometeu que não tiraria o País do Euro e cumpriu essa promessa, mesmo implementando toda a austeridade que antes rejeitou.
Como as últimas eleições mostraram, mesmo em Portugal, a Esquerda da Esquerda vai a caminho de se tornar uma força absolutamente residual (ninguém faz a revolução com menos de 15% dos votos a não ser que tome o poder de maneira violenta, claro está) e, em vez de se perguntar porque isso acontece, vocifera com os centristas que se não fizerem o que vocês propõem, acontece-nos o que vos está a acontecer.
O Centrismo até pode estar com os pés para a cova, mas convenhamos que receber lições de cadáveres ideológicos em completa defunção não me parece lá grande ideia...
O João Rodrigues dizia ontem que 1989 já não é o que era. Pois não, não é, mas 1917 ainda é o que foi...
Pode Jorge Bateira esperar que um tal jaime santos venha chorar "lágrimas de crocodilo" em prol de toda a "democracia", qualificando-a de liberal quando se sabe que este "liberal" significa apenas o assalto das elites ( os de cima) por via dos também mecanismos pós-democráticos da UE.
As "peias" substituíram as grilhetas. Bruxelas foi substituída por "democracia liberal".
Depois admirar-se-á que partidos ditos socialistas vão minguando , à medida que estes vão sendo assaltados por esta tralha que pactua desta forma indecorosa com o poder dos senhores.Passará do PS francês para os que traíram esse mesmo PS, mas na sua deslocação para a direita dará as mãos a essa fraude banqueira, de nome Macron, um tipo que está a encher os cofres futuros da Frente Nacional.
E no RU?
O medo que esta gente tem que a saída deste da UE faça cair como um castelo de cartas a autêntica fraude que esta constitui
Cadáver ideológico faz lembrar aquele pantomineiro que dizia que Corbyn estava morto há um ror de anos
Um pantomineiro ê alguém que diz ontem uma coisa e outra hoje.
Não me parece lá grande ideia mostrar um comportamento tão errático ( e aldrabão) de acordo com uma agenda ideológica, nitidamente enfeudada já não à dita social- democracia mas sim ao neoliberalismo desbragado
Entretanto vejam-se as lágrimas de crocodilo pelos direitos laborais dos britânicos, enquanto Jaime Santos mostra o mais sinistro desprezo pelos direitos dos povos da Bolívia
Eis Jaime Santos a mostrar-se também como um hipócrita desprezível
4 comentários:
E como resultado desse voto de protesto, é provável que acabem por eleger um Governo cuja ideologia consiste na prossecução justamente do programa neoliberal de Thatcher, e com muita xenofobia à mistura.
Convenhamos, Jorge Bateira, os 'de baixo' têm uma maneira bastante niilista de protestar...
Aliás, os 'de baixo' não são assim tão 'de baixo'. A maioria dos votantes Tory que votou pelo Brexit não são pessoas de assim tão poucos recursos.
Se se trata de 'punir' as elites liberais, bem pode dizer-se que o fazem, já que será muito mais difícil para os Britânicos trabalhar e viver na UE e seguramente para os 'de baixo' isso não lhes interessa muito.
Se se trata de punir os plutocratas, não me parece que o consigam de todo. Esses já estão a ver como ganharão dinheiro 'by shorting the pound'...
A Esquerda deveria estar a lamentar o Brexit porque a pertença à UE pelo menos assegurava aos Britânicos um módico de direitos laborais e ambientais. Em vez disso, depois de ajudar inadvertidamente a Direita mais radical a chegar ao Poder, procura convencer os povos europeus a alinhar no seu programa proteccionista e de re-estatização da Economia.
Independentemente dos méritos que ele possa ter, gostava que me nomeasse um único caso em que os ditos povos europeus tenham alinhado nisso e a Esquerda tenha assim ganho as eleições.
A Grécia não conta porque o Syriza prometeu que não tiraria o País do Euro e cumpriu essa promessa, mesmo implementando toda a austeridade que antes rejeitou.
Como as últimas eleições mostraram, mesmo em Portugal, a Esquerda da Esquerda vai a caminho de se tornar uma força absolutamente residual (ninguém faz a revolução com menos de 15% dos votos a não ser que tome o poder de maneira violenta, claro está) e, em vez de se perguntar porque isso acontece, vocifera com os centristas que se não fizerem o que vocês propõem, acontece-nos o que vos está a acontecer.
O Centrismo até pode estar com os pés para a cova, mas convenhamos que receber lições de cadáveres ideológicos em completa defunção não me parece lá grande ideia...
O João Rodrigues dizia ontem que 1989 já não é o que era. Pois não, não é, mas 1917 ainda é o que foi...
Curto e duro
E duma grande objectividade
Pode Jorge Bateira esperar que um tal jaime santos venha chorar "lágrimas de crocodilo" em prol de toda a "democracia", qualificando-a de liberal quando se sabe que este "liberal" significa apenas o assalto das elites ( os de cima) por via dos também mecanismos pós-democráticos da UE.
As "peias" substituíram as grilhetas. Bruxelas foi substituída por "democracia liberal".
Depois admirar-se-á que partidos ditos socialistas vão minguando , à medida que estes vão sendo assaltados por esta tralha que pactua desta forma indecorosa com o poder dos senhores.Passará do PS francês para os que traíram esse mesmo PS, mas na sua deslocação para a direita dará as mãos a essa fraude banqueira, de nome Macron, um tipo que está a encher os cofres futuros da Frente Nacional.
E no RU?
O medo que esta gente tem que a saída deste da UE faça cair como um castelo de cartas a autêntica fraude que esta constitui
Ainda bem que 1917 ainda é o que foi
Cadáver ideológico faz lembrar aquele pantomineiro que dizia que Corbyn estava morto há um ror de anos
Um pantomineiro ê alguém que diz ontem uma coisa e outra hoje.
Não me parece lá grande ideia mostrar um comportamento tão errático ( e aldrabão) de acordo com uma agenda ideológica, nitidamente enfeudada já não à dita social- democracia mas sim ao neoliberalismo desbragado
Entretanto vejam-se as lágrimas de crocodilo pelos direitos laborais dos britânicos, enquanto Jaime Santos mostra o mais sinistro desprezo pelos direitos dos povos da Bolívia
Eis Jaime Santos a mostrar-se também como um hipócrita desprezível
Jaime Santos, um verbo de encher...
Jaime Santos é o cadáver ideológico do neo-liberalismo, convertido em Frankenstein do movimento «Pimba».
MB
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