segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Desigualdades entre classes, mais do que entre regiões

Há dias saiu um estudo do INE segundo o qual o poder de compra em Lisboa é mais do dobro da média do país. No imaginário de muitos, Lisboa é uma cidade de gente endinheirada.

A riqueza média de Lisboa que aparece nas estatísticas esconde um facto básico: nenhuma região do país é tão desigual como a Área Metropolitana de Lisboa; nenhuma cidade portuguesa é tão desigual como a capital (ver gráfico).

A verdade é que a riqueza em Portugal se concentra nas mãos de uns poucos. Muitos deles vivem em Lisboa (outros no Porto ou em Coimbra) e é isso que aparece nas médias. Para o resto da população o problema é duplo: vivem com rendimentos que não se afastam da média nacional, mas pagam preços típicos de cidades onde há muito dinheiro a circular (a começar pelos preços da habitação).

Não se deixem confundir, a desigualdade em Portugal é entre classes, antes de ser entre regiões.

23 comentários:

Anónimo disse...

Antes do debate, gostaria de salientar que fascistas, como «Jose», «Jaime Santos» e «Esteves Ayres» usam este espaço para as suas provocações, sem respeito nenhum pelas ideias daqueles que escrevem os artigos nesta página.

O nosso dever, como democratas e anti-fascistas, é calar o fascismo.

Por isso, peço para que não os deixem intervir. Se querem ser fascistas que o sejam nas suas páginas, cheias de ódio e rancor pela liberdade e democracia.

Grato
Pedro Alves

Jose disse...

A desigualdade é antes demais entre pessoas.
Meter as pessoas em classes de rendimentos é talvez a menos classista das classificações.
Associar classes de pessoas a níveis de rendimento é tão só ignorar o fim do Velho Regime.

Anónimo disse...

A posição geográfica, o género, a idade, a etnia, a formação , a...tudo serve de justificação para não se dizer a verdade, tudo é razão para a negação da vida saudável e digna para todos. A esquerda está bloqueada e desistiu da mais elementar condição justiça. Quando se deixa de dizer a verdade as coisas deixam de ter propósito.

Rão Arques disse...

Para desigualdades à nascença é que não há remédio.

Anónimo disse...

É fantástico o modo como no «blog» Ladrões de Bicicletas, os comentários contra o fascismo de um tal de «Jose» são cortados (censurados), enquanto que os comentários do próprio «Jose» andam livres.

Anónimo disse...

Certa esquerda "cosmopolita" deixou-se, também. embalar pelas histórias da carochinha das desigualdades de género e cor de pele. A burguesia sabe bem que a guerra de classes é a única que vale a pena travar

Para a Posteridade e mais Além disse...

apesar de tudo é onde se concentram os funcionários públicos e as empresas daí ter um rendimento médio superior ao do país

João Pimentel Ferreira disse...

Se não há desigualdade entre regiões, porque motivo vimos nas últimas décadas uma vaga de migração do interior para o litoral, mesmo considerando que no litoral o preço das habitações, dos bens e serviços é muito superior? É óbvio que o comum dos trabalhadores ganha muito mais na Grande Lisboa do que ganha em Beja, e só uma cegueira ideológica soviética é que não o enxerga!

João Pimentel Ferreira disse...

Ao Anónimo que disse que "A burguesia sabe bem que a guerra de classes é a única que vale a pena travar". E se Lisboa é a região mais desigual do país e o Alentejo Central é a região mais igual, mais comunitária e onde há menor desigualdade entre as diferentes classes, porque estranho motivo não vemos vagas de lisboetas a migrarem para o Alentejo Central, para assim, viverem nesse mini-sonho comunista que até tem autarquias dominadas pelo PCP? Quando se dá liberdade às pessoas, estranhamente, estas nunca querem migrar para locais onde são todas iguais, e paradoxalmente migram sempre para "infernos capitalistas" onde há muita desigualdade.

Anónimo disse...

Fora de Lisboa há menos desigualdades porque são todos pobres.
Em Lisboa também há pobres mas há muito mais oportunidades para deixarem de o ser do que no resto do país. Especialmente no interior.

Já vivi em Lisboa e fora de Lisboa e discordo profundamente desta afirmação de que a desigualdade é de classes e não entre regiões.
Um exemplo prático. Levantou-se uma grande polémica (e com razão na minha opinião) pelo encerramento da urgência do hospital Garcia de Orta em Almada. Ora a verdade é que existem outras 2/3 urgências pediátricas num raio de uns 15 min de carro. Uma criança de vila real de Santo António para ir à urgência pediátrica tem de fazer uns 60 km. Não deveria haver um centro de saúde com pediatras em VR de Santo António? Isto é só um pequeno exemplo da desigualdade entre morar em Lisboa ou num ponto do país mais periférico. Na minha opinião efetivamente existe uma grande desigualdade entre morar em Lisboa ou numa região mais periférica

Anónimo disse...

Outro exemplo muito direto da desigualdade entre morar em Lisboa ou na periferia é o orçamento do município por habitante

Anónimo disse...

Não é porque se ganha mais nas grandes cidades que as pessoas se deslocam para o litoral mas sim por falta de oferta de trabalho.

João Pimentel Ferreira disse...

Os comunistas jamais compreenderão que no dia em que formos todos financeiramente iguais, seremos todos miseravelmente iguais.

Pedro disse...

Porque é que a região de Braga/Minho onde começou o país não existe neste gráfico tão detalhado? Já foi absorvida por outra sem que soubessemos?

Anónimo disse...

João Pimentel Ferreira está a ser ingénuo.
Esquece que o sistema que está a viver, é um sistema capitalista.
Esquece que a capital é o centro do sistema capitalista.
Dizer que acha estranho não ver vagas de lisboetas migrarem para o Alentejo, para assim viver um mini-sonho comunista (disparate do próprio), é cair em ridículo.
No Alentejo, não existe mini-sonho comunista. Existe sistema capitalista.
Ridículo e ingénuo.

Anónimo disse...

Muito ao estilo da liberdade do imigrante nepalês na colheita do mirtilo.

Anónimo disse...

Outra vez a treta do "salário médio"? O "comum dos trabalhadores", seja em Lisboa ou Beja, ganha o salário mínimo nacional.

Anónimo disse...

Deves ser aquele que já viveu na "Boubadela"...

Anónimo disse...

João Pimentel Ferreira diz que se todos formos financeiramente iguais, seremos miseravelmente iguais.
Esqueceu-se que se todos formos financeiramente saudáveis, poderemos igualmente ser prósperos e iguais.
O comunismo também pode ser se todos tivermos uma boa vida e uma sociedade economicamente saudável.
Não necessita de ser miserável.
Miserável é, talvez, o conceito de comunismo, vindo de alguém tão mesquinho, como é João Pimentel Ferreira.

Paulo Alves

khaostik disse...

A forte emigração para países com o coeficiente de gini menor invalida o argumento.

JE disse...

Invalida o argumento diz um novel nick de multinick ferreira.

Pobre aonio pimentel ferreira mais a sua Geni, perdão gini, atrelado ao seu ainda, mais um nick, um tal de paulo alves

Pimentel ferreira está particularmente em transe. 15 comentários de rajada, sob os mais variados nicks. Aqui neste excelente texto de RPM

O "paulo alves" era inicialmente "pedro alves." Depois voltou ao formato antigo.

Um aldrabão é um aldrabão. Um desonesto é um desonesto. Um neoliberal é um neoliberal. João pimentel ferreira é tudo isso e muito mais


JE disse...

João pimentel ferreira , vulgo mister multinick, anda numa enorme afobação

A limpidez e a clareza do post obriga-o a patinar. A desvairar. A tornar-se ainda mais mister multinick, com todo aquele cotejo de qualificações que acompanha uma coisa assim.

Há claro outros factores que o levam a tão transtornado patamar. A coisa eleitoral não lhe correu como esperava. A treta neoliberal vai-se revelando, em toda a sua extensão, como uma fraude perigosa e criminosa. E os IPs vão-se repetindo de forma tão vexatória que o instituto Mises já o advertiu que arranjava outro para o lugar

Comecemos por um feroz inimigo do "aborto", um tal rebolucionário, "pedro alves" apto a defender todas as censuras da forma canhestra como o faz.

Começando logo na sua tentativa de boicotar o post mesmo antes de alguém comentar.

"Antes do debate" dirá naquele tom de falsete de aldrabão da feira

O gajo lixou-se.
Dois dias depois "esquece-se" do nickname e assina como paulo alves.

Já lhe ocorreram tais lapsos várias vezes.É o que dá fazer parte da quadrilha

JE disse...

Mas pimentel ferreira não está contente. A sua tentativa pífia de, não passa disso mesmo.

E de idiotices encravadas umas em cima das outras, numa tentativa vã de apagar o tiro na mouche conseguido por Ricardo Paes Mamede

Que fazer, dirá o porfiado pimentel ferreira, multinick em funções?

Aparecer como outro fantoche a falar no bloqueio da esquerda e a não dizer mais nada do que pimentelices vagas e idiotas? A investir contra a "censura" dos "ladrões de Bicicletas", seu velho alvo de ódios e rancores por lhe desmascararem a doutrina, as aldrabices e as ranhosices? A ir até ao Garcia da Orta ver se ninguém topa que a concentração dos pornoricos está onde está e que não são as farsas de um farsante que conseguem apagar a realidade denunciada?

Tudo isso e ir até à União Soviética para esconder o facto terrível que a desigualdade é mesmo entre classes.

E aqui começamos aperceber melhor o que fez disparar o tom de desespero militante e propagandista de joão pimentel ferreira

Tão desaustinado que resolve violar uma sua promessa antiga e aparecer,escondido por detrás daquela figura um pouco néscia.
E fazer a triste figura que faz, investindo qual verdadeiro Hayek caceteiro contra os comunistas e mais além

Um verdadeiro primor.