terça-feira, 5 de novembro de 2019

Explicações há muitas


Num artigo de hoje sobre os protestos na América Latina, Paulo Rangel considera a situação no Chile "alarmante e surpreendente", já que o país possui "indicadores positivos em muitas áreas." O eurodeputado sugere que os protestos no continente são culpa do "populismo de esquerda", impulsionado pelo "Kremlin, quiçá via Cuba" e pelo "regime de Maduro".

Quase como se três décadas de neoliberalismo no Chile, a austeridade e as intervenções do FMI no Equador e na Argentina, ou as crescentes desigualdades não justificassem a revolta nestes países.

42 comentários:

Anónimo disse...

Também é por causa desta desonestidade intrínseca entre tal gente - leia-se Rangel e companhia - que não merece a mínima consideração nem credibilidade

OakWood disse...

Este fetiche que os direitolas têm com o protesto espontâneo... sabendo eles muito bem, se calhar, melhor que ninguém, que isso é coisa que não existe. A afluência das massas pode ser surpreendente, mas espontânea só aquele tipo de geração que nasce da caca. Daí talvez este problema da direita com o espontaneísmo. É evidente que é organizado e bem organizado. Tal como não são espontâneas as infiltrações de polícias entre os desordeiros (como na Catalunha) ou as documentadas pilhagens e vandalismos perpretados por agentes da autoridade (no Chile). À falta de não querer ver a causa óbvia e assumida dos protestos, resta procurar uma explicação estapafúrdia qualquer. A única coisa da qual ainda ninguém espontaneamente se lembrou no Chile, no Equador, no Haiti, no Panamá, no Uruguai, na Colômbia ou na Catalunha foi de se autoproclamar presidente, sabendo que há uns rangeis desta vida espontaneamente dispostos a reconhecê-lo.

Anónimo disse...

Os protestos estão relacionados com "os indicadores positivos em muitas áreas", as pessoas devem ter e têm direito à miséria, não podem ver amputadas as suas expectativas desta forma, está muito mal a sociedade e o mundo quando já não é permitido sofrer.

Anónimo disse...

Há aqui alguma coisa de errado com este oak wood,

Está ele a dizer que o que diz tem uma organização por trás?

Que não é espontâneo? Que é manipulado ou manipulador?

Abraham Chevrolet disse...

Muito bem,anónimo das 17.06 !!!

Jose disse...

As expectativas governam o mundo.
Os expectantes têm sempre razão para expectar, assim veja melhores expectativas.
Só a miséria geral justifica que aerenem as expectativas dos expectantes.

Cabe à esquerda conduzi-los à serenidade expectante, salvando o planeta!

JE disse...

Um post exemplar que chama a atenção para aquilo que é irrecusável

O bastião do neoliberalismo, ideológico e exemplificativo está em chamas.

JE disse...

Durante décadas o Chile era o "modelo", o "exemplo", o "milagre". Ainda há bem pouco tempo, Piñera se referia ao país como o "Oásis".

Pouco depois esbracejava diante dos écrans e ladeado por dois sinistros sicários proclamava : "Estamos em guerra contra um inimigo poderoso"

https://www.youtube.com/watch?time_continue=4&v=CM-SAZTroWU

JE disse...

“Que levantem mais cedo”. Assim respondeu o (ex-)ministro da Economia do Chile, Juan Andrés Fontaine, quando perguntado sobre o aumento de 30 pesos nas tarifas do metro no período de pico. “Ninguém protesta quando sobe o preço pão ou do tomate”, afirmou Juan Enrique Coeyma, membro do comitê de “expertos” que decidiu pelo aumento das tarifas e “casualmente” director de um fundo de pensão, a AFP Modelo – acusando que haveria “política” por trás dessas manifestações. Andrónico Luksic, um dos homens mais ricos do Chile e do mundo, tuitou contra o “vandalismo” – naquilo que era o discurso oficial de todas as esferas do governo, junto com a grande mídia, nos primeiros dias dos protestos, e que culminou na desastrosa declaração do presidente Sebastián Piñera de que o Chile estava em “guerra”.

Os grandes empresários e a direita chilena, ao assim responder os protestos, praticavam seu cinismo e sadismo de sempre. O que não esperavam é que, dessa vez, não sairiam incólumes – ainda mais em se tratando de sujeitos que personificam tão explicitamente as continuidades históricas agora em xeque.

Apenas para ficar em dois exemplos, o (ex-)ministro do Interior Andrés Chadwick, o homem por trás da violência estatal no Chile, “casualmente” primo do presidente, é um homem com as mãos sujas de sangue há muito tempo. Chadwick (UDI) foi da juventude pinochetista (Frente Juvenil de Unidad Nacional) e membro da comissão legislativa da Junta Militar de Governo do general Pinochet. Em julho de 2005, descobriu-se que ele foi um dos políticos de direita que tinham acesso livre à tristemente famosa Colônia Dignidad (campo de concentração erigido pelo nazi Paul Schafer durante a ditadura de 1973). O braço direito de Piñera é um antigo fã de ditadores, amigo de nazis, cúmplice dos maiores crimes contra a humanidade.

Por sua vez, Javier Iturriaga, o general que declarou o Estado de Emergência, também carrega um histórico sombrio: filho de torturador, sobrinho de torturador, já era oficial do Exército de Pinochet na ditadura, nos anos 1980; esteve a cargo da repressão aos mapuches em Temuco e Cautin (sul do Chile) nos anos 2000, e chegou a ser adido militar no Brasil em 2014.

A transição democrática chilena, bem como a brasileira, manteve bem felizes os grandes beneficiários do regime sanguinário de Pinochet, seguiu reproduzindo os velhos manuais da Doutrina de Segurança Nacional, continuidade coroada com a manutenção da própria Constituição da ditadura e todos seus mandamentos neoliberais. O ponto é que o signo anti-neoliberal do movimento de Outubro é inegável, porque todas as reivindicações presentes das manifestações (saúde, transporte, educação, direitos trabalhistas, previdência, serviços públicos) se chocam, objetivamente, com o modelo implementado pela ditadura de 1973 e continuado pelos governos da Concertação"

JE disse...

"Foi no Chile de Pinochet que se instalou o primeiro laboratório neoliberal do mundo por uma equipe de economistas da Universidade de Chicago, implantando o modelo então nascido sob a alegação de que o “WELFARE STATE” tinha falido. Em breve a profetisa do neoliberalismo seria a Primeira Ministra Margaret Thatcher

O Chile se tornou o laboratório do neoliberalismo e, como tal, foi apresentado ao exterior como um exemplo de sucesso económico pelos arautos de Chicago, que se espalhou pelo mundo a partir da globalização financeira iniciada no fim da década de 70.

Essa categoria nasceu nos cursos de economia em universidades americanas, não só em Chicago, também em cursos de MBA nos EUA e em outros países, uma confraria de madrassas com IDEOLOGIA (o MERCADO RESOLVE TUDO)..

As faculdades de economia, com algumas nobres excepções, se voltaram entusiasticamente a preparar alunos PARA O MERCADO FINANCEIRO e não para políticas públicas. O sonho do formando em economia é trabalhar em fundo de investimento e ganhar bónus no fim do ano, poucos querem servir ao País e a sociedade, o “charme” está no “mercado de luxo” das finanças, um mundo onde as crianças estudam em escolas bilíngues, os fins de semana se conectam entre vinhos e clubes de golfe. Não importa o País onde se vive e sim o meio social que se frequenta, tudo pago pelo “mercado” financeiro.

(os porno-ricos)

Desse ambiente perfumado saiu o MODELO CHILENO. Todos os serviços públicos privatizados e MUITO CAROS, os salários cada vez mais baixos, sem leis que protejam minimamente o trabalhador, seguro saúde só para quem pode pagar e são cada vez menos, APOSENTADORIA POR CAPITALIZAÇÃO, que atende só da classe média alta para cima".


Num cartaz, numa das gigantescas manifestações no Chile, podia ler-se : “O neoliberalismo nasce e morre no Chile”. Demasiado optimista mas suficientemente revelador

JE disse...

A responsabilidade pelos tumultos que abalam a América Latina é dos que sustentam o modelo neoliberal.

Bem pode Rangel insinuar o que quiser.

Bem pode um sujeito de nickname Oakwood fazer a fita habitual . A sua, particular, e a da escola onde aprendeu a manipular

Vejamos:

Rangel insinua que os protestos no continente são culpa do "populismo de esquerda", impulsionado pelo "Kremlin, quiçá via Cuba" e pelo "regime de Maduro".

O que faz "oakwood"?

Exactamente o mesmo.

Tiremos-lhe as roupagens idiotas de rebolucionário de opereta.

O que vemos?

Que "oakwood" não se atreve a indicar os nomes de quem estará por detrás de quem organiza as coisas.Mas vai até mais longe do que rangel quando afirma que "É evidente que é organizado e bem organizado"

"Oakwood", começando com a expressão "direitolas" , tenta passar por aquilo que não é. Joga todavia no mesmíssimo campeonato de rangel. Tenta mostrar que não é o povo chileno que ataca de frente a sua Madrassa, mas que tudo isto é organizado e bem organizado"

Não é espontânea a sua infiltração como desordeiro ao serviço da sua ideologia.

Apostamos que o recém-chegado "oakwood" desaparecerá do mapa muito rapidamente. Pimentel ferreira multinick costuma desembaraçar-se dos nicks que são por demais evidentes

Ou...

JE disse...

Deixemos um jornalista chileno , Andrés Figueroa Cornejo, comentar o tema:

"No momento em que decorre a décima terceira jornada do levantamento popular no Chile, não existe agrupamento nem partido político capaz de liderar a mobilização. Só existem convocatórias viralizadas anonimamente ou assinadas com publicidade. Mas trata-se só de convocatórias, de anúncios de pontos de encontro. Ou seja, torna-se impossível em termos reais que alguma força em particular ou grupo de interesses, por bem intencionado que seja, possa arrogar-se o acaudilhamento de um movimento popular cuja força sustenta-se principalmente na juventude, em estudantes, trabalhadores com menos de 30 anos, em escolares feministas que arvoram a bandeira mapuche, em animalistas de 15 anos e eco-lutadores de 20. Naturalmente participam diversas gerações de povo empobrecido e de profissionais precários. Nesta nota só se salienta o sujeito social predominante. Aposentados na miséria também se congregam nas ruas do país"

O neoliberalismo não traz nada de bom. Nunca o trouxe

Jose disse...

A paz social reina na Coreia do Norte.
Assim se vê onde impera a justiça social.

Anónimo disse...

"três décadas de neoliberalismo no Chile"?

2018 - Actualidade : Presidente Liberal (1 ano)
2014 - 2018 : Presidente Socialista ( 4 anos)
2010 - 2014 : Presidente Liberal (4 anos)
2006 - 2010 : Presidente Socialista (4 anos)
2000 - 2006 : Presidente Socialista (6 anos)
1994 - 2000 : Presidente Democrata Cristão (6 anos)
1990 - 1994 : Presidente Democrata Cristão (4 anos)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_presidentes_do_Chile

OakWood disse...

Bom, aparentemente, segundo aqui os ultra-moralistas da caixa de comentários, uma vaga de lutas com a dimensão que esta tem no Chile ou é espontânea, ou se é organizada, então isso significa que é manipulada, e aí estar-se-ia a dar razão ao Rangel, só podia ser a conspiração maduriana-cubana a ter a sua mão por trás. Ok. O fascínio do espontaneísmo, afinal, pode não estar só à direita.

Uma vez que foi suscitada esta questão, e com tão simpáticos encómios por parte dos zeladores moralisto-políticos da caixa de comentários, aqui vai o esclarecimento da minha opinião.

Acho que há organizações, sim! a trabalhar para organizar os protestos, para mobilizar, lançando as palavras de ordem mais do que justas de "não são os 30 pesos, são trinta anos", "queremos destituição", "queremos convocação de assembleia constitunte", etc.. Que nenhuma delas seja prevalecente? E então? Quando os estudantes resolveram entrar aos magotes sem pagar nas estações de metro, não houve preparação dessa acção? Quando as pessoas resolvem montar guarda aos sítios públicos para impedir vandalismo provocatório por parte de agentes policiais mascarados de radicais, isto não é organização?

Neste maniqueísmo que oscila apenas entre manipulação ou espontaneísmo, não há nada de revolucionário, aliás, é nele que se baseia a argumentação de Rangel. Para ele não ter razão, tem que ser espontâneo. Foi isso que quis contrariar no meu comentário anterior. Pelos vistos, o ego acutilante do anónimo guardião da caixa de comentários tem alergia a organização e prefere lançar anátemas de multinick e revolucionário de opereta e etc. e tal.

Caro guardião, OakWood aqui vai comentar pouco, aliás, quando lhe apetecer e achar pertinente.

Mas ao menos lê, porra. Não insultes as pessoas que não conheces de lado nenhum. Se queres lançar dúvidas, sê pelo menos educado.

JE disse...

Oakwood não é o rangel por um motivo muito simples

É o pimentel ferreira multinick and so on

Um desconhecido que aqui aparece e começa a choramingar contra um guardião qualquer a mostrar que não é nem desconhecido

nem um pseudo-inimigo do rangel





JE disse...

Oakwood é um provocador

Com a certeza do que se diz e como se diz.

O coitado até na sua tentativa de se mostrar como rebolucionário a dizer as aldrabices do costume.

Como esta:
"Tal como não são espontâneas as infiltrações de polícias entre os desordeiros (como na Catalunha)"

Desordeiros? Desordeiro é o multinick pimentel ferreira

JE disse...

Um "anónimo", já lá vamos,tenta demonstrar que essa história de neoliberalismo no Chile por 3 décadas não pode ser

E apresenta uma lista de presidentes chilenos desde 1990.


Lol. Coitado . Devia estar mais atento. Já aí foi dito que pinochet manteve as rédeas do poder, mesmo depois de se ter ido embora. E que a Constituição é a do criminoso fascista neoliberal.

E que da turba de sicários que acompanham o presidente chileno está a fina flor do entulho de pinochet

É ir ler. Tanta .... faz lembrar o multinick oakwood

Anónimo disse...

Já percebemos. Este oakwood é o multinick a identificar-se com o Rangel

JE disse...

Do que jose diz neste post, nem interessa falar. Está para aí arrumado a um canto , abraçado à coreia do norte,num gesto que inspira constrangimento tal a incapacidade impotente demonstrada.
(Antes fizera uma espécie de poeminhas, desta vez não aos terratenentes banqueiros, mas aos expectantes e às expectativas e a outras idiotices patéticas)

Interessa sim chamar ao debate uma outra questão. Este mesmo jose terá "gozado" e menosprezado o carácter violento dos esbirros fascistoides do chile, que se mantém "neoliberal" à moda de pinochet

Violaciones y agresiones sexuales: la violencia de los policías y militares en Chile

Chile. Un estudiante de medicina intenta ayudar una persona que solicita auxilio en un supermercado. Entre diez carabineros le golpean y le obligan a gritar 'sí, soy maricón’, para después bajarle los pantalones y penetrarle analmente con una porra. Un militar amenaza a una mujer, que está bocabajo y sobre la basura, con dispararla si se mueve. Acto seguido recorre su cuerpo con el fusil y amenaza con penetrarla con él, no es una bravuconada. No son los tiempos del general Augusto Pinochet, pero siguen siendo los tiempos de los 'Chicago Boys', los liberales económicos de los discípulos de Milton Friedman. Fue hace escasos días, en octubre de 2019.

El subsuelo de la macroeconomía chilena tembló con virulencia cuando el 18 de octubre se reprimió violentamente a los estudiantes que protestaban por la subida del transporte, lo que desembocó en una protesta generalizada siguiendo la estela reciente de la agitación latinoamericana. Al día siguiente, el pasado 19 de octubre, cuando el Gobierno de Sebastián Piñera declaró el Estado de excepción en Chile, no solo sorprendió al mundo y se resquebrajó definitivamente el idílico relato del mayor éxito del neoliberalismo en América Latina, sino que también abrió una puerta al tétrico pasado castrense chileno.

(cont)

JE disse...

Durante el Estado de excepción —del 19 al 27 de octubre—, los militares chilenos —y carabineros — volvieron a las calles en ocho días que se hicieron demasiados. El balance no puede ser más inquietante, pues el Instituto Nacional de Derechos Humanos (INDH) denunció el pasado 30 de octubre un total 167 acciones, entre las que se incluyen 5 por homicidio, 92 por torturas y 19 por acosos o agresiones sexuales. En las 19 querellas de naturaleza sexual se vieron afectadas un total de 39 víctimas —5 hombres, 21 mujeres y 13 menores—, pues varias de las querellas son múltiples.

Hasta el 27 de octubre pasado, la Fiscalía chilena contabilizó 840 investigaciones por diferentes actos de violencia de distintos agentes, policiales o militares, entre los que se encuentran los delitos de naturaleza sexual. Potencialmente, pudieron ser violadas o agredidas sexualmente ocho personas; cuatro fueron amenazadas con la comisión de un delito sexual y 29 fueron desnudadas.

(Luis Gonzalo Segura)

Por parte dos esbirros de umas forças armadas que continuam o legado de Pinochet, para desnorte de um tipo que se entretém a fazer flores com os presidentes do Chile, ocultando a verdadeira natureza do regime

Quando gabavam o milagre, o oásis chileno e neoliberal, não se lembraram de fazer tais figuras idiotas

JE disse...

Mas há uma outra questão concreta e semi-oculta que interessa aqui focar

( não, não é sobre a "organização" e a bem "organizada organização" do rangel e do oakwood pimentel ferreira)


Las imágenes de millones de personas marchando en las calles de Chile, protestando contra las medidas neoliberales del gobierno de Sebastián Piñera, dieron la vuelta del mundo. Pero no fue por las portadas de periódicos como el New York Times. Las manifestaciones multitudinarias y la consecuente represión brutal de las autoridades chilenas, que resultaron en la muerte de al menos 19 personas, se dieron a conocer principalmente por las redes sociales, como Twitter, Facebook y YouTube.

Confieso que soy suscriptora y lectora de la edición impresa del New York Times los siete días de la semana. Y no recuerdo haber visto las manifestaciones en Chile en una sola portada del periódico durante el último mes. Sin embargo, sí recuerdo reportaje tras reportaje en primera plana sobre las protestas anti-gubernamentales en Venezuela durante el último año.

El New York Times ha publicado más de 900 artículos mencionando a Venezuela desde principios de enero del 2019. La mayoría han sido muy críticos contra el gobierno de Maduro, incluyendo editoriales del periódico apoyando la política del cambio de régimen promovido por el gobierno de Trump. El presidente Nicolás Maduro ha sido calificado como un 'autoritario', 'dictador', 'tirano', 'hombre fuerte', 'represivo' y otras ofensas que intentan desacreditar y debilitar su mandato. Cuando los manifestantes opositores en Venezuela usaron violencia en sus protestas, incluyendo bombas molotov, piedras, armas de fuego y otras formas violentas para agredir a la Guardia Nacional y a la policía, los medios internacionales los tildaron de 'activistas en pro a la democracia', 'pacifistas' y víctimas de la represión del Estado venezolano.

Veamos unos ejemplos. Un artículo del 23 de octubre del 2019 en el New York Times, sobre las protestas en Chile y el Líbano, mencionó a 15 personas que habían muerto en las protestas (cifra para esa fecha), como si el Estado no fuera responsable. Incluso, el periódico 'del récord', como suele llamarse, escribió que "los manifestantes atacaron a fábricas, incendiaron a las estaciones del metro y saquearon los supermercados (…) forzando a Piñera a desplegar tropas en las calles (…) al menos 15 personas resultaron muertas, y un Sr. Piñera claramente perturbado, habló de 'una guerra contra un enemigo poderoso e implacable'".




JE disse...

En contraste con la manera tan deferente y favorable como tratan a Piñera (el pobrecito presidente forzado a desplegar tropas contra el pueblo, al cual llama 'enemigo'), el New York Times casi crucificó al jefe de estado venezolano. El "autoritario" Maduro es responsable por 'masacres', 'violaciones de derechos humanos', y frente a la crisis en su país ha 'golpeado duro' al pueblo, "enviando sus fuerzas de seguridad para aplastar la disidencia con operaciones mortales".

Piñera llama al pueblo "enemigo" y dice que está en "guerra" contra los manifestantes, y los medios lo tocan con 'guantes blancos'. Si Maduro habla con el mismo lenguaje, lo llaman un 'dictador brutal', un 'tirano' que manda con 'puño de hierro'. Incluso, cuando Piñera abruptamente suspendió la cumbre APEC (Cooperación Económica Asia-Pacífico), que iba a contar con la presencia de Donald Trump y el presidente de China, Xi Jinping, medios como el Washington Post echaron la culpa a las protestas. Ni siquiera mencionaron los muertos o la brutal represión a manos de las fuerzas de seguridad chilenas, bajo órdenes de Piñera. De hecho, a pesar de más de una docena de muertos, al menos un millón de manifestantes en las calles y la fuerte represión y violencia del Estado, yo no había visto ni un solo reportaje sobre Chile en los noticieros estadounidenses hasta que Piñera suspendió a la APEC, y eso porque se trataba de una visita de Trump a ese país. Los medios estadounidenses no han pasado ni un reportaje en pantalla sobre marchas de un millón de personas en contra de las medidas neoliberales de Piñera, marchas que fueron brutalmente reprimidas por el Estado, y miles de personas fueron heridas y detenidas.

A cambio, Venezuela ocupó las pantallas de los canales de cable y los noticieros nacionales estadounidenses casi diariamente desde enero hasta junio, con auto-declarados expertos y pseudo analistas declarando la 'pronta caída' del régimen de Maduro. Pasaron entrevistas con el líder opositor Juan Guaidó, llamándolo 'presidente', aunque no goza de ese título legalmente, y repitieron una y otra vez los lineamientos del Departamento de Estado sobre Venezuela: Maduro es ilegítimo; la gente no lo quiere; la mayoría apoya a Guaidó; Maduro sale pronto; Maduro cae pronto; va a ser mañana; posiblemente hoy; aún no, pero pronto; ahora no se sabe cuándo, pero algún día será. El Departamento de Estado de Trump publicó 167 comunicados sobre Venezuela entre enero y octubre del 2019. Sobre Chile ha publicado 17 en el mismo periodo, y todos mencionan a Venezuela y la postura conjunta en contra de Maduro. Ninguno menciona las protestas en Chile, los manifestantes muertos o la represión del Estado. La hipocresía es tan gruesa que no se la puede tragar.

(Eva Golinger)

E a contabilidade dos mortos está atrasada. Aqui há dias já se contavam 23 mortos e 1 300 feridos

Anónimo disse...

Já percebemos que estamos mesmo na presença do oak pimentel Ferreira. A maneira como se embrulha, como mete os pés pelas mãos, como volta a Rangel,para ele não ter razão e depois para ele ter razão, mais a organização que não é bem organização e ele que está na Holanda e que sabe... tanto disparate pedante só pode ter mesmo um nome.
Esse mesmo, o multinick pimentel ferreira.

Anónimo disse...

Aqui oakwood diz que os direitolas não gostam da espontaneidade

Ele oak também não

Ahahahah

Anónimo disse...

Aqui o Oak diz que Rangel oscila entre a espontaneidade e a organização. Um maniqueista o Rangel

Ele, Oak, diz que não. Maniqueísta é mesmo só ele. Todos sabem que o espontâneo nasce da caca. É tudo organizado e bem organizado

Ahahahah

Nick de madeira ao fundo.

Anónimo disse...

Oak oak Oak. Ao menos lê porra. Não insultes a inteligência das pessoas

Anónimo disse...

O manipulador manipulado, vê manipuladores por todo o lado. A fábrica de Venezuelas e Chiles Na América Latina chama0-se EUA/noeliberalismo/FMI. A fonte é a mesma mesmo se a água seja outra. Quem não viu isso não entendeu nada. O Brasil é o próximo na fila.

João Pimentel Ferreira disse...

No Chile protestam porque o bilhete do metro aumentou uns cêntimos. Na Venezuela já não há razão para protesto, simplesmente não há metro devido a falhas de energia elétrica.

João Pimentel Ferreira disse...

O Chile tem o salário médio mais alto da América do Sul, mesmo já considerando Paridade Poder de Compra, isto é, considerando o custo de vida do cidadão comum. No índice de Gini, que mede as desigualdades, o Chile aparece na média, e bem atrás do Brasil ou do Paraguai que são mais desiguais. O capitalismo gera muita riqueza, e é normal que aqueles que não são bem fadados pela mesma, queiram também a sua quota parte do bolo. Mas não se entusiasmem em demasia, pois a Venezuela é um bom exemplo, no qual as situações podem facilmente descambar caso adotem medidas demasiadamente socializantes.

JE disse...

Desaparece o oakwood, aparece himself o multinick

Mas há qualquer coisa de frustrado e de impotente na forma como o faz.

É que já botou estas mesmas espécies de "comentários" aqui há dias, num daqueles copy paste em que é useiro e vezeiro , distribuindo a sua tralha ideológica como um bispo de bolsonaro distribui asneiras. É vê-lo com os mais variados nicks naquela porfia desonesta típica de.

"Lembrem-se do Chile (quando ouvirem as cantilenas da Iniciativa Liberal)" é o post em causa de Nuno Serra

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2019/10/lembrem-se-do-chile-quando-ouvirem-as.html


Lembrem-se do Chile.

Isso deixa possesso joão pimentel ferreira oakwood multinick.


JE disse...

Este excelente vídeo demonstra bem a vacuidade de quem anda feito espantalho a pregar o paraíso chileno

https://www.youtube.com/watch?time_continue=16&v=CM-SAZTroWU

Um video excelente que desmonta o edifício da tralha neoliberal, até ao seu total esboroamento. E que demonstra a mediocridade intelectual ( e cívica ) de coisas assim, quase-quase, assumidos vendedores de banha da cobra sem pejo nem vergonha.

João Pimentel Ferreira disse...

O "paraíso chileno" é só o país da América do Sul que está no topo do índice de Gini, o tal indicador que mede a qualidade de vida das pessoas e as desigualdades. E já nem falo do PIB per capita, pois os esquerdalhos não gostam de ouvir falar em riqueza, excetuando obviamente aquela que lhes acaba no bolso.

JE disse...

O paraíso chileno está a ferro e fogo

Afinal é uma trampa. E o seu povo foi armadilhado pela tralha neoliberal. Primeiro sob as botas cardadas de Pinochet, condição sine qua non para a instalação dos booys de chicago. Depois pelos seus sequazes que fizeram do Chile uma bomba prestes a explodir

Tudo isto é do conhecimento de um tal joão pimentel ferreira oakwood ( e mais umas centenas de outros nicks). Claro que se ele não tem respeito por si próprio, ao vir aqui depois de ter garantido não mais o fazer, façamos então o serviço público de desmascarar quem assim procede e age

Comecemos pela pergunta óbvia. A repetição macaqueada de comentários anteriores, já desmontados e já colocados no caixote do lixo, significa o quê?

A confissão da impotência e da preguiça de quem se andou a arrastar penosamente pelas salas de aulas?

Ou a confissão da sua já confirmada iliteracia, revelada agora na sua incapacidade de compreender o que se escreve ou o que se ouve?




JE disse...

Numa conversa amena, uma amiga já tinha referido pimentel ferreira como um mentiroso sem vergonha.

Mentira ao serviço do seu projecto político, da sua ideologia violenta, da sua (in) compostura cívica


"O "paraíso chileno" é só o país da América do Sul que está no topo do índice de Gini"

Sério?

https://datos.bancomundial.org/indicador/SI.POV.GINI?view=map

Basta clicar no mapa da América do Sul para apreciarmos o referido indicador em cada um dos países

E verificarmos que a cara (de há um ror de anos) de pimentel ferreira esconde afinal uma cara de aldrabão:

Chile-46,6
Perú-43,3
Equador- 44,7
Bolívia- 44
Uruguai- 39,5
Argentina- 41,2

A cor ajuda a uma pesquisa rápida

Como topo o Chile deixa tanto a desejar como a rasteirice do joão pimentel ferreira multinick etc

JE disse...

"Para os opiniólogos bem pensantes, este país é a feliz culminação de uma dupla transição: da ditadura à democracia e da economia intervencionista a uma de mercado. A primeira coisa não é certa, a segunda sim, com uma agravante: em pouquíssimos países o capitalismo arrasou tanto os direitos fundamentais da pessoa como no Chile, convertendo-os em custosas mercadorias só ao alcance de uma minoria. A água, a saúde, a educação, a segurança social, o transporte, a habitação, a riqueza mineira, os bosques e o litoral marinho foram vorazmente apropriados pelos amigos do regime, durante a ditadura de Pinochet e, com ímpeto renovado, na suposta "democracia" que lhe sucedeu.

Este cruel e desumano fundamentalismo de mercado teve como consequência que o Chile se convertesse no país da América Latina com o maior endividamento das famílias, produto da infinita privatização já mencionada que obriga chilenas e chilenos a pagarem por tudo e a endividarem-se até ao infinito com o dinheiro que lhes expropriam dos seus salários as piranhas financeiras que manejam os fundos de pensão."

JE disse...

"Segundo um estudo da Fundación Sol "mais da metade dos trabalhadores assalariados não pode retirar uma família média da pobreza" e a distribuição do rendimento, diz um estudo recente do Banco Mundial, coloca o Chile junto a Rwanda como um dos países mais desiguais do mundo. Finalmente, recordemos que a CEPAL comprovou no seu último estudo sobre a questão social na América Latina que os 1 por cento mais rico do Chile apropriam-se de 26,5 por cento do rendimento nacional, ao passo que os 50 por cento das famílias mais pobres só tem acesso a 2,1 por cento do mesmo. Será este o modelo a imitar?

Em suma: no Chile sintetiza-se uma explosiva combinação de livre mercado sem anestesia e uma democracia completamente deslegitimada, que dela só conserva o nome. Degenerou numa plutocracia que, até há poucos dias – mas agora não mais – medrava diante da resignação, desmoralização e apatia da cidadania, enganada habilmente pela oligarquia mediática sócia da classe dominante.

Sebastián Piñera foi eleito com apenas 26,4 por dos eleitores inscritos. Em poucas palavras, só um de cada quatro cidadãos se sentiu representado por ele. Hoje essa percentagem deve ser bastante menor e num clima onde por toda a parte o neoliberalismo se encontra acossado pelos protestos sociais.

Mudou o clima da época e não só na América Latina. Suas falsas promessas já não são mais críveis e os povos rebelam-se: alguns, como na Argentina, desalojando seus porta-vozes do governo através do mecanismo eleitoral e outros tentando com suas enormes mobilizações – Chile, Equador, Haiti, Honduras – por fim a um projecto insanavelmente injusto, desumano e predatório. Não há dúvida: há um "fim de ciclo" na região. Mas não, como postulavam alguns, o do progressismo e sim o do neoliberalismo, que só poderá ser sustentado, e não por muito tempo, a força de repressões brutais."

( Atilio A. Boron)

Estes posts já tinham sido publicados. Como parece que pimentel ferreira se esqueceu de lê-los ( tal como se esquecera de quem era Voltaire e Platão) aqui se repescam com a esperança que seja desta

A ferro e fogo o "paraíso " neoliberal: 23 mortos, mais de 1 300 feridos, alguns dos quais em estado grave

É uma chatice que a realidade contradiga com tanta firmeza a aldrabice de coisas assim

O instituto mises tem que arranjar alguém mais apto. E mais honesto

João Pimentel Ferreira disse...

Olha o Cuco, agora nomeado de JE, na sua lista de países da América do Sul, esqueceu-se do Brasil, da Colômbia, do Paraguai, etc.

Brasil: 53,3
Paraguai: 48,8
Colômbia: 49,7
Chile: 46,6

Ou seja, o Chile está dentro dos padrões na América do Sul, no que concerne às desigualdades.

Jose disse...

Estas discussões têm interesse nenhum!
Os defensores do alardeado princípio da igualdade comuna - sabemos que nem é igualdade e que a comuna morreu com a invenção da agricultura - nada os satisfaz até que um qualquer cretino que alardeie esses sofismas ocupe o poder.
Partindo de um pressuposto capitalista - o capital acumula-se nas mãos de alguns - a questão social da repartição da riqueza requer gente que saiba fazer contas e que reconheça a desigualdade como fundamento de uma organização social economicamente progressiva.

Dar troco ao Cuco é como cuspir contra o vento.

JE disse...

Ora bem.

Um tal cuco é aqui citado, curiosamente pela parelha neoliberal/salazarenta, parelha essa com vínculos aos boys de chicago e a pinochet

Que eu saiba este não é o local adequado para nos debruçarmos sobre as frustrações peculiares e amarguradas da vida pessoal de cada um

Se a Nádia gosta de um cuco ou se jose tem terrores nocturnos por causa de cenas da sua infância é algo que francamente me ultrapassa.É secundário e faz parte da vida privada de cada um. Ponto final parágrafo

Posto este ponto nos is, podemos passar a coisas sérias?

Anónimo disse...

Viram a aldrabice do multinick e como desvirtua o que ele próprio diz?

Uma delicia de pantomineiro

Veem como um José fala na sociedade desigual para justificar a economia progressiva que enche até ao tutano os tais 1%?

Uma delicia de neoliberal caceteiro

JE disse...

Dirá multinick pimentel ferreira a 12 de Novembro de 2019 às 16:43 :

"O "paraíso chileno" é só o país da América do Sul que está no topo do índice de Gini"


O mesmo a 13 de Novembro de 2019 às 14:56

"o Chile está dentro dos padrões na América do Sul, no que concerne às desigualdades".

Que dizer da diferença das duas afirmações?

Umas lições de português ajudariam um pouco para tão ignorante troca-tintas. Ou isto é também uma manifestação de desonestidade pura e dura?

O "país do topo" passou a um país "dentro dos padrões"

Bravo multinick, bravo.