quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Sem deixar a pista fria

Não foram apenas os civis que estranharam tamanha previsão das polícias nacionais de que dois milhões de portugueses se iriam manifestar nas ruas de 17 localidades do país, vestindo os Coletes Amarelos. Também a maior associação sindical da PSP, a ASPP, critica a forma como essa avaliação foi feita.

Num artigo no jornal Contacto, aponta-se o dedo à mobilização de 19 mil polícias e guardas republicanos, num contingente próximo da proporção da verificada em França após o descalabro no Arco do Triunfo. Na dúvida não houve dúvida: jogou-se pelo seguro, diz o presidente da ASPP. Mas este tipo de jogada tem riscos e custos:
Para a ASPP estão em causa duas coisas fundamentais: "Por um lado, a segurança do país, quem faz um erro deste tamanho, pode perfeitamente achar que não há perigo de terrorismo e haver; por outro lado, existe um erro da utilização abusiva de meios, os 19 mil polícias que foram mobilizados não recebem mais um euro que seja, e foram mobilizados e obrigados a trabalhar para nada. Quando nós, os polícias, cometemos um erro somos alvo de uma série de procedimentos disciplinares, às vezes chegamos a ser punidos quatro vezes. Quem cometeu este erro, tem de ser responsabilizado".
E a ASPP por isso vai escrever ao primeiro-ministro António Costa.

1 comentário:

Manuel Galvão disse...

Alguém desejou ardentemente que houvesse muitos Coletes Amarelos, e que tentassem "parar Portugal" à força...

Afinal foram só sorrisos amarelos...