Como bem apontam Grabel e Chang, estas políticas devem ser acompanhadas pela refundação do sistema financeiro internacional, por forma a garantir soluções concertadas para a instabilidade económica e para o desemprego. Existem já alguns esforços meritórios para o conseguir. Um deles é inspirado directamente na proposta de keynes para a criação de uma moeda “internacional”, sem existência real, o Bancor, que servisse de meio de pagamento internacional e que, aliado a um fundo internacional, fosse um instrumento para a correcção dos desequilíbrios externos dos diferentes países. Chama-se “SUCRE” e envolve os países da Alba (Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua). Este sistema foi desenhado como unidade conta gerida por uma entidade regional, onde todos os países têm os mesmos direitos de voto. Pretende-se promover o comércio regional nas moedas locais, ganhando assim autonomia face ao dólar, ao mesmo tempo que prevê o uso dos excedentes comerciais “excessivos” em investimento produtivo, direccionado para as exportações, nos países deficitários. Política industrial, lembram-se? O sistema é embrionário e depara-se como inúmeros problemas, já que os diferentes países têm políticas cambiais e de capitais muito diversas, dificultando a concertação. Contudo, é certamente um exemplo a seguir de perto.

8 comentários:
Vai ser uma maravilha ver Malta e a Alemanha com o mesmo poder de voto.
ora aqui está uma saída!!!
quando há respeito pelos outros!! na europa não há respeito nenhum!! é uma farsa!!
Pois oh anonimo, a mesma maravilha de ver o Estado do Dakota do Norte com o mesmo poder de voto do Estado de Nova Iorque ou da California, ou mesmo do Hawai nos EUA. Vivemos tantas maravilhas neste mundo, nao?
"Chama-se “SUCRE” e envolve os países da Alba (Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua) ... O sistema é embrionário e depara-se como inúmeros problemas, já que os diferentes países têm políticas cambiais e de capitais muito diversas, dificultando a concertação. Contudo, é certamente um exemplo a seguir de perto."
Sinceramente não conhecia mas pela descrição parece-me uma iniciativa condenada ao fracasso.
Uns verdadeiros corsários da democracia e liberdade Latino-Americana.
Que trupe!!
As mesmas políticas, as mesmas ideias, a mesma cegueira dos anos trinta. Se daqui voltar a resultar uma guerra na Europa; e se a Alemanha for vista, justa ou injustamente, como causadora principal dessa guerra, uma coisa é praticamente certa: quando ela terminar não haverá Alemanha.
José, eles sabem disso, näo tenhamos ilusöes.
E eles sabem também que säo o motor da Europa, aliados aos franceses: O PIB da Alemanha é 27% do da Eurozona, o da França 21%.
Por isso mesmo quando esses dois países foram os primeiros a violar os critérios de convergência, nada aconteceu. E poucos anos depois foi o que se viu com o descalabro das contas da Grécia e demais.
Malta e Alemanha väo ter o mesmo poder de voto quando se regerem pelos mesmos princípios de rigor orçamental, independentemente do partido ou da dimensäo económica.
De outra forma näo faz sentido que uns trabalham (DE), e outros näo aumentem a produtividade há quase 20 anos (PT).
Os cidadäos alemäes já se cansaram de apertar o cinto, que näo houve aumento real dos salários em 10 anos, para "manter a competitividade! Por isso o Lidl é täo barato!
Fotografia da família feliz ... é mesmo um grupinho jeitoso.
Enviar um comentário