sexta-feira, 3 de maio de 2024

Obrigado, Sérgio Ribeiro


Se, pela moeda única, as decisões orçamentais, monetárias e financeiras saírem do nível nacional e forem entregues a um BCE, sedeado algures (em Frankfurt), com escasso ou nulo controlo político, sofrem rude golpe as soberanias nacionais, o poder dos povos participarem nas decisões que a si dizem respeito, em estruturas políticas que lhes são próximas e controlam. 
Sérgio Ribeiro, Não à Moeda Única – Um contributo, Edições Avante, 1997. 

No quadro do argumento soberanista, ou seja, democrático, Sérgio Ribeiro (1935-2024) sublinhava como a perda de instrumentos cruciais de política económica tinha implicações regressivas, de classe, em matéria da política social e laboral, num contexto de “competitividade selvagem”, de “moeda forte para economia fraca”. No fundo, estava a antecipar a desvalorização interna, a dependência e a divergência e tinha boas razões para o fazer.

2 comentários:

Anónimo disse...

Em tempo: já que tanto se fala na ultrapassagem pelos países da Europa central e de leste, Polónia, Roménia, Hungria, R. Checa, têm um ponto em comum : não aderiram ao euro.

Anónimo disse...

E mesmo para a Estónia, Letónia, Lituânia, Eslováquia e Eslovénia.