quinta-feira, 30 de maio de 2024

Quem quer a independência do BCE?

 

Nos debates para as eleições europeias, um dos temas que tem merecido maior atenção é o papel do Banco Central Europeu (BCE). A atuação do banco central tornou-se um assunto incontornável desde que começou a subir as taxas de juro, que fez com que as prestações de boa pare dos créditos à habitação (indexados a taxas variáveis) disparassem nos últimos dois anos. A maioria dos partidos tem defendido a independência do BCE, com base na premissa de que a política monetária não deve ser definida pelo poder político. Mas raramente se discute o quão frágil - e pouco democrática - é esta ideia.

O resto do texto pode ser lido aqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não é por nada, mas, pondo o BCE sob controlo político, quem daria as orientações ao banco? A Comissão Europeia? Um governo europeu que não há? O Conselho Europeu, formato eurozona? Assim, quase trinta?

Toca no ponto: fizeram a união monetária sem a união política. Como esta não se vê no horizonte resta o que há. A não ser que a ideia seja desmantelar o euro e já agora as quatro liberdades. Vai ser difícil de vender.

Anónimo disse...

Anónimo 10:39,

Não é necessário desmantelar o euro para ganharmos liberdade com uma moeda própria, sob controlo político (estratégico e democrático) quanto à própria economia nacional. Olhe, em vários exemplos, e diferentes, o caso dos BRICS, a intenção do Mercosul em ter uma moeda de comércio externo, as tentativas semelhantes de diferentes uniões africanas (todas barradas por golpes externos)...

Não percebo, de fato, esta corriqueira visão estreita portuguesa e europeia, que mais não é do que o reflexo de uma submissão instalada - e aparentemente reconfortante - a ditâmes insistentemente estúpidos e hipócritas.

marsipulami disse...

Haverá uma possibilidade virtuosa que consista numa moeda comum, mas não única?