Quando economistas do cortejo fúnebre da economia portuguesa – de António Nogueira Leite a Luís Aguiar-Conraria – apodam uma análise de Ana Sá Lopes de “estúpida” sabemos que ela está a acertar em termos da economia política e da política económica. Estes economistas liberais até dizer chega fingem que a política monetária não é política, ou seja, que não é parte do conflito distributivo entre trabalhadores e patrões ou credores e devedores.
Estimou-se que o BCE, ainda antes do décimo aumento da taxa de juro, irá remunerar anualmente o rentismo financeiro dos bancos da zona euro em mais de 150 mil milhões de euros. As famílias desta periferia podem continuar a ser expropriadas financeiramente e a arriscar perder os seus empregos.
Pelo contrário, eles estão seguros com esta teoria prática euro-liberal.
2 comentários:
Só resta deixar ainda mais clara a imagem da república dos pijamas, que acertou em cheio: onde as "técnicas" da política liberal sobre as forças económicas ainda alegam servir para "controlar a inflação", a realidade prática e concreta demonstra além dessa falsidade também a natureza predatória desta economia política e os objetivos que procura, que são nada menos do que provocar crise nas forças económicas, com mais desemprego, mais dívida, mais renda, mais concentração de capital e, enfim, ainda mais ortodoxia numa realidade social depredada.
Felizmente, vemos que o movimento social reage e começa a crescer!
O problema não é a moeda estar acima das nossas possibilidades, o principal problema é não haver democracia na Europa.
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