terça-feira, 3 de julho de 2018

Urgente clarificação

Todos os temas são justos de ser debatidos.

Mas há uns mais importantes e mais urgentes do que outros. E nesses nem sempre a clivagem se faz entre a esquerda e a direita, mas colocando certa direita do lado de certa esquerda e certa esquerda do lado de certa direita, o que revela que essa clivagem passa por outras razões.

Refiro-me à discussão da sustentabilidade da dívida pública.

Por proposta do PCP, foi criado um grupo de trabalho no seio do Parlamento sobre a sustentabilidade da dívida pública e externa. Foram ouvidas diversas entidades e até era importante tentar realizar uma compilação de tudo o que foi dito. Mas para já, refira-se apenas duas audições realizadas no mesmo dia, a 26/6/2018.

Uma, com Manuela Ferreira Leite, militante do PSD, ex-secretária de Estado do Orçamento de Cavaco Silva, uma polémica ministra das Finanças de Durão Barroso (foi ela quem assinou o contratro com o Citigroup para a titularização das receitas fiscais e aceitou as acções do SL Benfica como garante da dívida do clube).
Outra, com Carlos Costa, que como se pode ver no CV oficial, esteve na base da desregulação do sector financeiro nos anos 80, foi coordenador económico do governo Cavaco Silva em Bruxelas quando Ferreira Leite era secretária de Estado, foi chefe de gabinete do comissário João de Deus Pinheiro, foi um polémico director-geral do BCP durante 4 anos, foi contratado por outros bancos, e finalmente nomeado governador do Banco de Portugal, onde teve um desempenho polémico.

Pois, estas duas pessoas que vêm do mesmo quadro partidário, têm - vá-se lá saber porquê – opiniões diferentes sobe o tema.

Ferreira Leite - subscritora do Manifesto dos 70 - afirma claramente que “não é possível pagar a dívida” pública. “Porque todos os cálculos se baseiam em taxas de juro, défices primários e taxas de crescimento que dificilmente se verificarão. Mas se tudo se mantiver, vamos precisar de 30 e tal anos. Não é projecto que se apresente a uma sociedade”. “Não é possivel estar assim nos próximos 30 anos”. “Apesar dos beneficios de haver uma situação orçamental mais equilibrada, não poderemos deixar de excluir que tem custos bastantes para a sociedade e para as pessoas”. É o caso da “degradação dos serviços públicos”, disse ela. “Como vamos resolver o assunto? Com o aumento de impostos? Isso é contrário ao crescimento. O crescimento é absolutamente essencial para a redução da dívida (...), mas é uma quadratura do circulo que não vejo, não sei como se resolve”.

Carlos Costa recusa-se a responder a essa pergunta directa dos deputados. Diz apenas que, em última instância, a disciplina orçamental "é essencial". À pergunta, como se paga com este Tratado Orçamental, responde: “Cumprir o Tratado é uma recomendação que reforça a credibilidade no mercado, mas não podemos pensar que os mercados não possam ter volatilidades superiores daquelas que resultam do cumprimento do Tratado”...


Disse Ferreira Leite: Para poder lidar com o problema, “faltam instrumentos, acho que faltam, como é óbvio” e essa responsabilidade é da União Europeia. "Se me perguntam sobre o tempo em que estava no Ministério das Finanças, havia já uma consciêcia muito forte e que era resultante da nossa entrada no euro”. Um dos seus efeitos “foi a redução drástica da taxas de juro” que “só poderia levar ao endividamento. Foi das empresas e das familias. Era a consequencia natural do embaratecimento do dinheiro. Teve efeitos nefastos porque não foi controlado. Nem houve alertas”. Nomeadamente do Banco de Portugal. “Havia solicitações das instituições financeiras para o crédito. Essa foi a causa.”

Carlos Costa lembra – naquele seu tom arredondado e pouco frontal - que fez umas intervenções... E quanto a responsabilidades, é tudo muito sem alternativas, como se tudo fosse assim, pronto. “Pensar que há uma alternativa aos mercados para o financiamento da dívida pública é pensar naquilo que não existe. E as instituições não se podem substituir aos mercados.”

“Quer queiramos quer não, os mercados estarão sempre presentes, de forma directa ou através de instituições internacionais ou europeias". Mas essas instituições só aceitarão "esse papel de avalista, de garante porque exigem programas de ajustamento e de redução do défice e de sustentabilidade da dívida. Vai haver programas no futuro – se houver um Fundo Monetário Europeu – tal como tivemos nos 3 anos em que estivemos submetidos. Não tenhamos dúvidas disso.”

“Era desejável que houvesse uma instituição que fizesse de avalista e não exigisse programas de ajustamento e de disciplina orçamental e da dívida? Bom, se era desejável, não sei se seria: porque seria alimentar um comportamento que mais tarde ou mais cedo se torna explosivo. Não é desejável. Alguém está disponível para fazer esse papel? Ninguém está".

"Há uma solução que é a emissão de dívida nacional, mas isso implica ter um nível superior de poupança que não existe”. E depois desencadear uma hiper-inflação. Mas os aforradores sentir-se-ão lesados e isso apenas “se faz uma vez”.

Portanto, tem de haver uma saída, diz ela. Mas não há saída, diz ele. Algo que já se antevia em 2014, com o  Governo Passos Coelho. 

Estranhamente o posicionamento actual dos deputados do CDS e do PSD é - ainda - o mesmo do do governador do banco central e de Passos Coelho, embora agora clamam por menos austeridade...

33 comentários:

Paulo Marques disse...

“Pensar que há uma alternativa aos mercados para o financiamento da dívida pública é pensar naquilo que não existe. E as instituições não se podem substituir aos mercados.”
Shinzo Abe ri-se.

«"Há uma solução que é a emissão de dívida nacional, mas isso implica ter um nível superior de poupança que não existe”. E depois desencadear uma hiper-inflação. »
Beardsley Ruml dá voltas no túmulo.


Extraordinário como a Margaret Thatcher nacional é quem está mais à esquerda no PSD.

Anónimo disse...

Aqui está a diferença , dentro da direita, entre pessoas honestas e as que o não são. De pessoas que assumem o que dizem e pessoas que são uns troca-tintas. De pessoas que, mesmo da direita, assumem os interesses nacionais. E de pessoas que, como vende-pátrias, se vendem aos interesses dos mercados e dos grandes da UE.

João Pimentel Ferreira disse...

Mais esquerda => Mais despesa => Mais défice => Mais dívida => Mais juros => Mais rendimentos de capital.

Tudo explicadinho aqui:
https://www.matematicaviva.pt/2014/09/a-divida-e-o-defice-publicos-como.html

A esquerda, a Grande Promotora da Dívida com a sua incessante sede por nova Despesa, é aquela, a mesma, que a quer constantemente protelar (eufemismo para reestruturar).

Mais esquerda => Mais rendimentos de Capital.
A esquerda é a grande promotora da agiotagem e a Grande Amiga do Grande Capital.

João Pimentel Ferreira disse...

A saída e o libertamento dos vis e agiotas mercados está nas contas públicas equilibradas.

O óbvio!

Apenas com contas públicas sãs e equilibradas pode o estado livrar-se da praga da agiotagem e do grande capital. Contas públicas sãs representam superavit que fazem reduzir a dívida, que por sua vez fazer reduzir os encargos com juros, que por sua vez fazem reduzir os rendimentos de capital dos "investidores", eufemismo para agiotas.

Logo

A Esquerda é a melhor amiga dos agiotas!

Anónimo disse...

Atenção que o blog do pimentel, apontado pelo pimentel, é uma porta aberta para hackers. E quem lá vai deve saber que já outros tiveram dissabores com essa coisa


Há algum desespero na figura triste de pimentel ferreira etcetcetc

Ele parece que repetiiiiiuuu mutas vezes os anos do curso de informático. Agora repete muiiiitas vezes as suas patetices matemáticas.

Parece que queria ter também um lugar no quadro de idiotas do governo de passos coelho e tudo fez para o conseguir. Tentava imitar o poiares maduro?

Pelo jeitinho ainda será chamado da próxima vez, se a tanto deixarmos

Agora num post que fala sobre as contradições da direita apressa-se a dizer o que diz aí em cima.
Sinceramente mete dó. É "isto" que é a esquadra avançada dos pafistas ressabiados? Estes esgares sem pés nem cabeça que não cabem na própria cabeça do Passos? Lolol

Anónimo disse...

É que tudo isto já foi discutido, desmontado, trucidado e convenientemente explicado ao pimentel ferreira etcetcetc

Repare-se na "dedução lógica" apresentada aí pelo etcetcetc.

Ficamos esmagados pela sua sapiência a fazer lembrar o epísódio da gralha mesozóica.

Entretanto, para demonstrar que uma desgraça pseudo-científica nunca vem só, o mesmo pimentel ferreira há momentos revelara outra manifestação dos seus "conhecimentos" na matéria.

Ora "vede":

Dizia o fulano:
“A catadupa de comentários significa medo, logo xenofobia “.

Estas deduções lógicas só mesmo duma fraude na matemática, na filosofia e na lógica, lolol

Anónimo disse...

Porque tudo isto já foi mesmo n vezes debatido:

https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2016/10/hoje-le-monde-diplomatique-edicao.html
Out 2016

https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2016/12/tiveram-e-tem-razao.html
Dez 2016

https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2016/12/ciao-renzi.html
Dez 2016

https://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/02/sindrome-de-suabia-ou-talibanismo.html
Fev 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/03/nao-se-celebra-da-abdicacao-da.html
Março 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/10/a-economia-politica-do-banco-central.html
Out 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/11/as-alternativas-os-acordos-esquerda-e.html?m=1
Nov 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/11/sempre-mesma-cantiga.html?m=1
Nov 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/12/repescado.html
Dez 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/12/estamos-fritos.html
Dez 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2017/12/sem-soberania-monetaria-nao-ha.html
Dez 2017

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/02/crescimento-e-convergencia-segundo.html
Fev 2018

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/02/marxistas-de-ontem-marxistas-de-hoje.html
Março de 2018

http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/2018/04/endividamento-das-familias-ate-o-fmi.html
Abril de 2018

Há mais. Isto são apenas alguns exemplos. Aqui assistimos a algumas verdadeiras anedotas que revelam tanto de quem é o pimentel ferreira, como dos processos que usa.

(E o motivo pelo qual fica assim tão excitadinho quando lhe demonstram por a+b que mesmo à direita há quem questione estes vende-pátrias agiotas assim como Carlos Costa ou joão pimentel etcetcetc)

Anónimo disse...

Temos então:

Mais esquerda,logo mais despesa?

Mais despesa para as funções do estado com certeza. Menos despesa com a banca e a agiotagem da Alemanha , isto com toda a certeza. Menos despesa com os negócios privados da saúde com toda a certeza. Menos despesa com os negócios privados na educação idem, idem, aspas, aspas. Menos despesa com os boys do regime idem, idem

Começa muito mal a treta do exercício ilógico de pimentel ectetcetc. Fica arrumada logo na primeira falácia

S.T. disse...

Olha! Lá vem outra vez o pimentel com a paranóia das dívidas e dos agiotas.

Ó pimentel, para essas tangas ordoliberais já demos esmola! Não insistas!

Se estás frustrado parte aí uns pratos de porcelana de Delft! :)

Vais ver que fica caro mas alivia...

Agora vires para aqui tentar introminar os incautos é que não está certo.
S.T.

Anónimo disse...

Mas a despesa com os banqueiros falidos e com a banca gerada e gerida pela direita?
E com as PPP?e Swaps? E as fraudes fiscais? E a despesa provocada pelos negócios privados na saúde e paga pelo estado? E a despesa com os boys do bloco central de interesses?E com os juros agiotas defendidos, promovidos e acarinhados pelo pimentel?

Tudo despesa gerada pela direita. Mas despesa gerada pela direita já não será despesa para pimentel ferreira?

Então toda esta treta apresentada pelo pimentel ferreira é apenas uma falácia.

A direita caceteira e neoliberal aumentou muito a dívida, embora alguns mentecaptos tentassem de forma desonesta escamotear tal facto. Agora esta malta é de esquerda?

E então aquela grandiloquência sobre a grande promotora da dívida é apenas propaganda neoliberal fetichista? Quando o euro promoveu o descalabro da nossa soberania económica estava afinal a comportar-se como o grande promotor da dívida, até pelo dinheiro barato que promoveu para engodo de alguns

Quer dizer, o grande promotor da dívida foi e é o euro, pimentel ferreira é um promotor do euro, logo um promotor da dívida é pimentel ferreira

E seguindo os passos do dito cujo, com a sua sede de nova despesa para pagar os juros dos agiotas, dos empréstimos da troika, do euro predador, vemos que afinal pimentel ferreira quer mesmo mais rendimentos para o Capital

Pimentel ferreira é assim promotor da agiotagem e o Grande Amigo do Grande Capital.

Brilhante.

Anónimo disse...

Manuela Ferreira Leite desmente a existência de contas públicas equilibradas com este enorme peso da dívida, gerada pela governança neoliberal e pelo euro carcereiro

As contas públicas sãs e equilibradas só o serão se renegociarmos a nossa dívida e excluirmos a dívida odiosa e ilegítima gerada pelos negócios privados de meia dúzia dos senhores do Capital. E como pode o estado livrar-se da praga da agiotagem e do grande capital? Contas públicas sãs, a nacionalização da banca, o fim de perdões fiscais, a nacionalização dos sectores estratégicos da nossa economia, o julgamento, punição ( se for o caso) e apreensão da riqueza de quem comete delitos económicos graves, a retoma da nossa soberania e da nossa moeda, o apostar na produção nacional, a renegociação da dívida, tudo isto irá promover o crescimento económico, reduzir a dívida, reduzir os encargos com juros, que por sua vez irão reduzir os rendimentos de capital dos "investidores", eufemismo para agiotas. Ou por outras palavras, para os senhores do euro

Logo, o pimentel ferreira é amigo dos agiotas. Mas não só ele.O traste do Coelho, da Merkel, etcetcetc

Eu sei.É um pleonasmo, mas o que se há-de fazer?

Anónimo disse...

Este tipo, o JPF, é aquela cópia do Carlos Costa. Só que diz as coisas que o outro não pode dizer. Assim desta forma que uma pessoa rebenta â gargalhada

João Pimentel Ferreira disse...

Não está em causa quem fez as despesas, se esquerda ou direita, mas está em causa o programa político para as contas públicas.

O óbvio!

Cortemos as duas primeiras premissas, sendo que o encadeamento lógico continua a ser perfeitamente válido, considerando os mais elementares axiomas da Lógica.


Mais défice => Mais dívida => Mais juros => Mais rendimentos de capital.

A direita quer baixar o défice.
À esquerda o défice pouca importa sendo apenas uma imposição de Bruxelas.

Logo

A Esquerda é a melhor amiga dos agiotas!

O óbvio!

Aónio Eliphis disse...

Não vale a pena o Cuco debitar uma lista de links em forma de autofagia, que após análise a cada um deles, em nenhum se desconstrói o supra mencionado encadeamento lógico.

Anónimo disse...

Ahahah

Com o devido pedido de desculpas ao autor do post

Pimentel Ferreira não passa de um:
Aldrabão! Charlatão !

Às 15 e 31 e cita-se: “ Não está em causa quem fez as despesas, se esquerda, se direita bla-bla- bla

Ontem pelas 20 e 21 começava assim o seu comentário:
“ Mais esquerda => mais despesa

Um azar dos diabos, hein ó Pimentel?

Então não era mesmo a esquerda que era nomeada ab initio por Pimentel ?

Anónimo disse...

Atrapalhado , o Pimentel etcetcetc roga que apaguemos as duas primeiras premissas

Curioso. Este ê uma inovação “ científica” ,que revela o verdadeiro carácter “ científico” do Pimentel etcetcetc

Não quererá o referido sujeito publicar um paper a defender que as premissas iniciais dum encadeamento lógico podem ser rasuradas?

Ahahah

Anónimo disse...

“Obviamente demito-o”

Foi com esta frase célebre que Humberto Delgado se referiu a Salazar

Obviamente a honestidade intelectual foi demitida ( há muito?) do personagem Pimentel

E este ficou assim deste jeito, a pugnar pelos agiotas e a dizer que os agiotas são os outros

Anónimo disse...

Depois às 15 e 33 o Pimentel descuida-se e descai-se

E aparece com outro seu nick, o de Aonio eliphis

Tão transparentemente claro

Tão claro como a lista de links aí em cima postada. Basta ler. E vê -se que a fotografia do Pimentel está desactualizada.

A realidade é bem pior do que o retrato imberbe pelo qual se quer fazer passar

Anónimo disse...

(Esse tal cuco deve ser tramado. Percebem-se os pesadelos do Pimentel etcetcetc
Lolol)

Jose disse...

«É que tudo isto já foi discutido, desmontado, trucidado e convenientemente explicado…»
Algures, não sei quando e nem me lembro.

A esquerdalhada só quer diminuir à dívida para a repor no mais curto prazo nm ciclo vicioso que haveria de destruir os mercados e levar-nos à ventura da troca directa...

Anónimo disse...

Certo herr jose certo.

Agora por favor passemos a coisas sérias e deixemos esses seus registos choramingas sobre os mercados e as venturas-

Que diacho, alguma dignidade. Chega a meter dó

Anónimo disse...

Pois, estes problemas com a lógica deste tal pimentel ferreira ...
Nem como axiomas se safam, lol

Um tipo aprende na faculdade algumas coisas.Aprende que o investimento é vital para o relançamento da economia e que o "mais défice" pode ser necessário para se poder baixar a dívida. Apenas idiotas extremistas da escola mais extremista ousam defender o défice zero. Daqueles tipos que utilizam equações matemáticas para tentar esconder a nulidade que são .

O problema da nossa economia não reside tanto no défice ( basta atentarmos nos números no presente), sobretudo quando tal défice resulta de um défice artificial máximo imposto por Bruxelas, mas assenta principalmente no nível incomportável da nossa dívida.

Anónimo disse...

A invocação do "óbvio" é o caminho mais curto para apresentar uma falácia.

"A direita quer baixar o défice"

Quem o diz? É um direitista qualquer, daqueles a quem fazem falta alguns estudos mais.O que a direita pretende é colocar em causa o estado social e servir-se do "defice" como motor para tal ataque. Porque a direita em relação aos seus projectos concretos não se importa de aumentar tal défice. É ver a forma com defendem os contratos de associação (que aumentam o défice) ou os contratos leoninos entre as entidades privadas na saúde e o Estado português, que acabam por financiar os lucros daqueles e os seus proventos obscenos, com os consequentes prejuízos para as contas públicas ( e as consequências nefastas para um sistema nacional de saúde universal, eficaz e competente).

Temos muitos exemplos da hipocrisia desta direita quando fala desta forma no défice. Parece que não se importaram com este facto quando fizeram pagar os desmandos neoliberais da banca pelo erário público. Ou quando negociaram as PPP e os outros instrumentos fornecedores de rendas pagas por todos nós. Para a engorda do tal topo da pirâmide

Mas há um exemplo muito actual que atesta a enorme desfaçatez desta malta que parece que sofre de amnésia selectiva ( "não sei, não me lembro"). Marcelo foi aos States. E veio de lá com uma ideia. Não, com uma ordem. De Trump. Portugal tem que aumentar as suas despesas para a NATO.

E a um país como o nosso é assim pedido para aumentar o seu défice, para que nós façamos as guerras dos outros. Não se ouve a voz da matilha a protestar contra tal aumento planeado e "sugerido" do nosso défice

Anónimo disse...

Mas os pormenores picantes continuam, a propósito do slogan publicitário sobre a direita querer baixar o défice.

Álvaro Santos Pereira não pode ser considerado como alguém de esquerda. É de direita e cumpriu as ordens troikistas de Merkel e de Passos.

O que ele dizia sobre esta questão no ano passado?

"O ex-ministro da Economia defende que a principal preocupação da União Europeia e em particular de Portugal deveria ser a dívida pública e privada. Álvaro Santos Pereira considera que não existe margem orçamental para investir mais em Portugal por causa do nível da dívida, que ultrapassou os 130% em 2016. Contudo, o atual diretor do departamento de Economia da OCDE refere que é mais importante diminuir a dívida do que cumprir as regras orçamentais.

“O desendividamento tem de acontecer, quer das empresas, quer do Estado. Isso é muito mais importante do que estarmos obcecados com a questão do défice“, afirma o ex-ministro da Economia, em entrevista ao Público. Na opinião do ex-ministro da Economia “agora, mais do que cumprir as regras do défice excessivo, nós e a Europa devíamos estar mais preocupados com a questão da dívida”


De como se parte duma colecção de idiotices para uma conclusão tida como "óbvia", como o faz aí em cima um iletrado neoliberal, é o registo de marca de como os verdadeiros amigos dos agiotas fazem estes números de pantomina para esconder a sua amizade com tais agiotas

S.T. disse...

Sai de cena JPF e re-entra com a máscara de aónio. LOL

Parecem muitos mas é sempre o mesmo. As reduções de custos na troll-farm ordoliberal-euromaníaca são tramadas. LOL

Obrigarem o mesmo gajo a fazer tantas múltiplas figuras tristes deve ser cá um stresse!

Para bem do aónio-pimentel-cunha-cunhal-simões-ulisses espero que seja muito bem pago.

Se o não é, até ficamos com pena dele...

Pelo esforço de defender o indefensável merecia seguramente um aumento!
(Já que vende a consciência, mais vale que a venda caro!)

Felizmente alguém se encarrega de relembrar debates anteriores, o que não adianta nada porque a "memória fraca" de "José", o outro troll residente, é instrumental para aguentar as constantes refutações aos seus disparates.

Aliás, continuo convencido que "José" só pode ser um dedicado stalinista desempenhando diligentemente este fantástico papel de provocador. Se assim fôr, Respect! Força! E desculpe qualquer coisinha... :)
S.T.

Aónio Eliphis disse...

Pimentel tem razão:

Mais défice => Mais dívida => Mais juros => Mais rendimentos de capital.

A direita quer baixar o défice.
À esquerda o défice pouca importa, sendo apenas uma imposição de Bruxelas.

Mais défice => Mais dívida => Mais juros => Mais rendimentos de capital.

Logo

A Esquerda é a melhor amiga dos agiotas!

Crystal clear!

Anónimo disse...

Ahahah

Aonio eliphis veste a pele de joão Pimentel Ferreira e joão Pimentel Ferreira a do aonio.

Mas o desespero é tanto que só sobra isto no linguarejar de Pimentel

- “ eu tenho razão’

E o curioso menage-à-trois que se desenrolará na renovação de votos será digno da gargalhada franca.

O Pimentel é que pode não gostar.

Aónio Eliphis disse...

Há um animal aí em cima que escreve

"Um tipo aprende na faculdade algumas coisas.Aprende que o investimento é vital para o relançamento da economia e que o "mais défice" pode ser necessário para se poder baixar a dívida"

O défice pode ser positivo apenas se gerar crescimento, ou seja, se for canalizado para investimento produtivo.

Aumentar o défice para alimentar a parasitagem na função pública (p.ex. 35 horas de trabalho semanal) ou aumento salarial dos professores, não gera qualquer crescimento económico, e por isso aumenta a dívida, os juros e os rendimentos de capital dos agiotas.

A esquerda ao serviço dos agiotas!

Anónimo disse...

Lolol

O pobre do pimentel ferreira está perturbado a tal ponto que não hesita em mostrar o seu ódio animalesco à função pública

No século pa indessado era aos judeus e aos comunas.

Agora é isto.

Um pobre coitado,a assumir o seu carácter ideológico por inteiro

Anónimo disse...

Ahahah

O Pimentel Ferreira sem o querer confirma o dito aí em cima. O défice pode mesmo ser positivo.

Ah, essa falta de escolaridade a impedir o entendimento do português básico

Talvez entenda melhor o alemão. Está de resto mais de acordo com o seu ódio a quem trabalha

Anónimo disse...

Mais défice => Mais dívida => Mais juros => Mais rendimentos de capital.

O óbvio!

Anónimo disse...

Uma dificuldade tramada de perceber o português básico, esta de pimentel ferreira

Parece que entende melhor o alemão. De resto gosta deles, na sua função de agiotas, como estes tipos gostam destes

O óbvio. Isso e mais algumas coisas. Tal como refugiar-se na fuga quando confrontado com a sua ignorância

S.T. disse...

Ora vamos lá a fazer uma perguntinha incómoda.

Quem controla os juros da dívida pública? Os "mercados" ou o Super-Mário?

E um exemplo de gestão da dívida. Por sinal nem se percebe bem o porquê do pagamento.

https://www.bbc.com/news/business-30306579

Bizarrias tories...
S.T.