domingo, 1 de julho de 2018

Esqueçam a natalidade

O enfoque crescentemente negativo com que se encara a imigração para a Europa, e em particular os fluxos que partem do continente africano e do médio oriente, sugere que, em termos demográficos, a Europa não tem nenhum problema sério para resolver. Isto é, para lá do desprezo a que são sujeitos, na prática, os proclamados valores europeus do humanismo e da solidariedade, parece que a União Europeia não tem consciência da situação em se encontra, podendo assim dispensar os fluxos de entrada como contributo relevante para o seu rejuvenescimento.


O gráfico aqui em cima, contudo, deveria ser suficiente para perceber que o problema dificilmente se resolve, no médio-longo prazo, através da natalidade. Para que se tenha noção, o saldo natural (nascimentos menos óbitos) aproximou-se de zero em 2016 na UE28, na continuação da linha de queda que se regista, apesar das oscilações, desde meados dos anos sessenta. Mais: desde o início dos anos noventa, é o saldo migratório que mais contribui para o aumento da população, atingindo nos últimos anos valores próximos dos 100% na explicação do saldo demográfico (99% em 2016, quando em 1991 o contributo do saldo migratório não chegava a representar 40%).

O caso português não é menos ilustrativo desta tendência. Com a redução e estagnação do saldo natural desde o início da década de noventa, deve-se à imigração (particularmente relevante nesses anos) o aumento mais expressivo da população. E se ambas as dinâmicas (natural e migratória) entram no negativo a partir de 2011, a melhoria do saldo demográfico que se verifica a partir de 2013 resulta, no essencial, da recuperação do saldo migratório (o único que regressa a valores positivos em 2017). De facto, quando se observa a evolução do saldo natural nos últimos anos, constata-se que não só se mantém negativo como não deu, até agora, qualquer sinal de inversão (estabilizando em torno dos -23 mil).


Desengane-se pois quem considera, na Europa ou aqui, que tudo se resolve com o aumento da natalidade. Ou quem acha que esse aumento passa por despejar dinheiro sobre a questão (ainda por cima de forma iníqua, como propôs recentemente o PSD). Se levar à prática os valores humanistas que se apregoam não é razão suficiente para acolher a imigração que chega de forma dramática às portas da Europa, encarem-se então esses fluxos como um contributo indispensável para salvar a demografia europeia e resolver, mesmo que egoisticamente, um problema europeu.

62 comentários:

S.T. disse...

Portugal, devido ao escudo invisível da sua pobreza está de certa forma protegido dos fluxos migratórios através do Mediterrâneo. Daí que o problema nos passe de certa forma ao lado.

Do ponto de vista do interesse nacional faz muito mais sentido procurar activamente recrutar o talento dos estudantes dos PALOPs que afluem às nossa Universidades. Alguém já pensou nisso?

No entanto, no que toca à EU no seu conjunto, com um nível de desemprego ainda tão elevado, (com 15 milhões de desempregados), qual é a vantagem económica de se aumentar a dimensão da força de trabalho?

Que interesses serve este fluxo migratório?

Se o futuro da economia está no trabalho altamente qualificado qual é o interesse em receber migrantes sem qualquer qualificação nem competências linguísticas?

E sobretudo, para quê incentivar travessias do Mediterrâneo que são verdadeiras roletas russas?
S.T.

S.T. disse...

Já agora...

Parece que na Alemanha o "esqueçam a natalidade" não colhe.

https://www.dw.com/en/germanys-fertility-rate-hits-43-year-high/a-43163756

Nem na Polónia.

E em França, com 1,92 nascimentos por mulher o problema é muito menor. Porque será?
S.T.

S.T. disse...

Algumas ideias interessantes neste artigo do Guardian:

https://www.theguardian.com/world/2015/mar/21/france-population-europe-fertility-rate

S.T.

S.T. disse...

Deixa-me ver se percebo...

Depois de sujeitarem os países da Europa do Sul a uma crise mafiosa e injusta que contribuiu fortemente para o decréscimo da natalidade entre os "nativos", querem que aceitemos um fluxo migratório para "colmatar" os problemas demográficos agravados por essa mesma crise?

Devem estar cá a gozar com o preto, não?

https://www.demographic-research.org/volumes/vol29/4/29-4.pdf
S.T.

Geringonço disse...

Não estou disponível para apoiar ideias do género "vamos trazer milhões de africanos para a Europa para resolver o problema da natalidade".

A natalidade na Europa colapsou porque as expectativas dos jovens foram estilhaçadas pelo capitalismo neoliberal e pela precariedade que este gera!

Contudo, gostaria genuinamente de ver a Europa a ajudar os africanos a desenvolverem-se, a Europa tem amplas responsabilidades no estado desolador do continente...

Jose disse...

Há uma agenda a cumprir:
1 - Acabar com a promoção do 'nem estuda nem trabalha'.
2 - Garantir que as baixas fraudulentas são combatidas.
3 - Promover a natalidade.
4 - Definir políticas e acções de recrutamento de imigrantes.
5 - Rejeitar o mantra de 'quem se atira ao mar entra'.

Se há políticas de asilo europeias, que haja políticas e forças europeias, militares e de outro tipo, capazes de intervir em cenários de guerra ou catástrofe.

S.T. disse...

Deixa-me ver se percebo...(bis)

Portugal exporta jovens licenciados, cuja educação pagou maioritáriamente com fundos públicos e que representam a geração com a melhor formação que o país jamais teve, porque não tem oportunidades de trabalho para lhes oferecer.

Por outro lado iria importar imigrantes de África e do Médio Oriente, muitos deles sem qualquer qualificação e ainda com o risco de que alguns deles sejam simpatizantes do califado do Daesh. Um risco de segurança, portanto.

Serei só eu que considero isto um péssimo negócio?

Continuo a dizer: O único país europeu que tem condições para acolher imigrantes e eventualmente lucrar com isso é a Alemanha, que tem as mais baixas taxas de desemprego da EU.

Se a Alemanha se recusa por questões de coesão social, ameaças à sua segurança ou outras, a receber mais imigrantes, deverá Portugal ou outros países com muito mais desemprego aceitar ficar com a batata quente?

Alguns dos estudos demográficos e artigos que referi acima apontam para a solução de desenvolver a "produção interna de bébés":
-Favorecer o emprego feminino e a independência económica dos jovens.
-Acabar com a precariedade no emprego, sobretudo feminino.
-Apoiar os cuidados à maternidade e à infância com instituições como creches e jardins de infância.
-Contrariar o crescimento dos preços do imobiliário.
-Criar medidas activas para conciliar o trabalho e a maternidade.
-Pôr uma bandeira nacional em cada quarto e um poster a dizer: "Tens que o fazer pela Pátria!"

Ok, essa da bandeira nacional é capaz de ser excessiva... LOL

S.T.

Luis FA disse...

O planeta já tem gente a mais. A sustentabilidade da economia baseada no crescimento e na demografia é uma falácia. Colonizar a Europa com africanos é uma tolice absurda...

Anónimo disse...

Há uma agenda a cumprir:

1 -Acabar com a concentração na riqueza num punhado de pessoas. E dizer basta aos que andaram por aí a gritar por mais despedimentos e por mais miséria. Até os convidaram a abandonar o nosso país, enquanto gozavam com os "coitadinhos" que não queriam sair da sua zona de conforto

2- Garantir que seja colocado um ponto final nos que exploram o trabalho dos outros , vivendo à custa dos demais

3- Os fascistas em Espanha, mais as redes de corruptos associadas, estão implicados num roubo de 300 000 bebés, documentado desde 1938 até já depois da queda de Franco. Parece que um tal jose terá dito que já que os pais destes bebés ousaram constituir-se como uma Frente anti-franquista, devem pagar as consequências e não virem depois fazer queixinhas.

A tralha da extrema-direita não só fez tudo para dificultar o emprego, o direito a habitação, a natalidade, a garantia de uma vida digna, como também parece que tem problemas no que diz respeito ao assunto, indo roubar os filhos de outros. Já o tinham feito na Alemanha nazi e na América Latina

Geringonço disse...

Soluções de PROGRESSO para o país, Europa e mundo!

- Levar à justiça os responsáveis pelos crimes de guerra no Médio Oriente e Norte África e consequente desestabilização dessas regiões;

- Acabar com o casino global, Goldman Sachs e paraísos fiscais;

- Reaver o poder soberano e resgatar a democracia dos "tecnocratas";

- Promover cooperação, não guerras pela "democracia e liberdade";

- Diminuir drasticamente os gastos com o militar;

- Banca ao serviço do investimento produtivo e para fins civis;

- Investir drasticamente na substituição do petróleo por outras formas mais eficientes, modernas e limpas de produção de energia;

- Promover a ciência e conhecimento;

- Resgatar do Neoliberalismo aquilo que o Neoliberalismo roubou, o direito da Humanidade em progredir;

- Deitar Neoliberalismo para o lixo.

Anónimo disse...

4- Definir políticas no sentido de fazer parar a sangria de recursos de África para os povos que os colonizam e fazer pagar quem iniciou as guerras de pilhagem no Iraque, na Líbia, na Síria.
Pretende-se que não se tenha que migrar pela miséria ou pela guerra (há para aí um tipo que gritava por mais e por mais massacres made in USA; agora fala em mantras e em "cretinos")

No que concerne aos fluxos migratórios para a Europa, o caso da África é típico. Ela é rica em matérias-primas: ouro, platina, diamantes, urânio, coltan, cobre, petróleo, gás natural, madeira preciosa, cacau, café e muitas outras. Estes recursos, explorados pelo antigo colonialismo europeu com métodos de escravidão, são agora explorados pelo neocolonialismo europeu, fomentando elites africanas no poder, mão-de-obra local de baixo custo e controlo dos mercados internos e internacionais. Mais de cem empresas citadas na Bolsa de Valores de Londres, tanto no Reino Unido como noutros lugares, exploram em 37 países da África Subsaariana, recursos minerais num valor superior a um bilião de dólares.
A França controla o sistema monetário de 14 antigas colónias africanas através do Franco CFA (originalmente um acrónimo de “Colónias Francesas de África”, reciclado como “Comunidade Financeira Africana”): para manter a paridade com o euro, os 14 países africanos têm de pagar ao Tesouro Francês, metade das suas reservas cambiais. O Estado líbio, que queria criar uma moeda africana autónoma, foi demolido pela guerra, em 2011. Na Costa do Marfim (região CFA), as empresas francesas controlam a maior parte do marketing de cacau, do qual o país é o maior produtor mundial: os pequenos agricultores têm apenas 5% do valor do produto final, tanto que a maioria deles vive na pobreza. Estes são apenas alguns exemplos da exploração neocolonial do continente.

A África, apresentada como dependente de ajuda externa, fornece um pagamento líquido anual de cerca de 58 biliões de dólares ao exterior. As consequências sociais são devastadoras. Na África Subsaariana, cuja população ultrapassa 1 000 000 000 de habitantes e 60% da mesma é composta por crianças e jovens de 0 aos 24 anos, cerca de dois terços da população, vive na pobreza e, entre estes, cerca de 40% vivem em condições de extrema pobreza.
A “crise dos migrantes” é, na realidade, a crise de um sistema económico e social insustentável.
(Manlio Dinucci)

Vitor disse...

Parece-me que a disponibilização de uma rede de creches e jardins de infÂncia com horários alargados poderia fazer muito pela natalidade em Portugal.

Alargamento das licenças de maternidade/paternidade para as durações da Alemanha penso que também iria ajudar. Salvo erro por lá são 12 meses.
Medidas que compensem as empresas com empregados em licença de paternidade/maternidade como benefícios fiscais.
Fiscalização a sério dos casos de despedimento de grávidas/mães recentes. Alteração da legislação do trabalho de forma a tornar o trabalho temporário, os recibos verdes e a prestação de trabalho por meio de empresas unipessoais como formas de trabalho verdadeiramente excepcionais em vez de serem a regra como são atualmente. A altura de tomar esta última medida penso que é agora que a economia está a crescer e o desemprego a descer.


Anónimo disse...

5- Rejeitar todos os mantras de quem anda sistematicamente com os mantras na boca.

Foi fundamentalmente a estratégia EUA/Otan que provocou o “arco de instabilidade”

Como não se viu a desumanidade da destruição de famílias que tem constituído o sistemático resultado da destruição levada a cabo por Washington da totalidade ou de parte de sete ou oito países no século XXI?

Milhões de pessoas têm sido separadas das suas famílias por mortes infligidas por Washington, e em quase já duas décadas os protestos têm sido inexistentes. Nenhum protesto público impediu George W. Bush, Obama e Trump de realizarem acções clara e indiscutivelmente ilegais à luz do direito internacional - estabelecidos pelos próprios EUA como crimes de guerra – contra os habitantes do Afeganistão, Iraque, Líbia, Paquistão, Síria, Iémen e Somália.

As mortes em massa, destruição de povoações, cidades, infra-estruturas, a mutilação, física e mental, a deslocalização que tem enviado milhões de refugiados em fuga das guerras de Washington a caminho da Europa, cujos governos consistem numa colecção de lacaios idiotas que apoiaram os massivos crimes de guerra de Washington no Médio Oriente e no Norte de África têm tido o silêncio cúmplice das elites europeias e dos seus sicários

E bovina e criminosamente ainda há quem queira mais dotações para a guerra e para o armamento. Crápulas a soldo da OTAN e dos negócios de guerra

Anónimo disse...

A esquerda, ou pelo menos parte dela, parece convertida a dogmas de fé sem qualquer sustentação em factos. Crise demográfica? Só se for numa perspetiva fisiocrática profundamente retrógrada. É curiosos como a intelectualidade da esquerda consegue achar coerente o progresso tecnológico que diminui a necessidade de mão-de-obra com a ideia de que se tivermos menos trabalhadores desqualificados disponíveis isso é um problema para a economia e a sociedade. Defende a importação maciça de miseráveis, mesmo que para isso arrisquem a vida também em massa às mãos de traficantes que fazem o jogo dos plutocratas que vêem a mão-de-obra como uma mercadoria. O que é o mesmo que dizer que as pessoas são mercadoria, lógica à qual está esquerda em falência intelectual cede.

Anónimo disse...

A lógica do neoliberalismo é tramada

Anónimo disse...

Não me parece que a esquerda defenda a importação maciça de miseráveis

Isso parece ser alguém em falência intelectual a tentar vender o seu peixe desonesto

E a ver os ditos miseráveis como uma mercadoria.

S.T. disse...

O que eu acho graça é gente supostamente "de esquerda" e muito "humanista" apoiar movimentos forçados de populações (refugiados) para tapar supostas "carências demográficas".

Faz lembrar a justificação para o comércio de escravos que transferiu tantos africanos para as Américas onde a mão de obra escrava "era necessária" e trazer os africanos para a escravatura era "civilizá-los".

Também nessa altura, até meados do século XVIII, muitos africanos não sobreviviam à viagem transatlântica nos navios negreiros.

Talvez seja bom lembrar como era na época.
https://edition.cnn.com/2015/06/01/africa/portuguese-slave-ship/index.html

Século e meio depois os ocidentais voltam a repetir a façanha, mas desta vez usam as armas da época: O logro, a mentira, a astúcia e a desinformação.

Helloooo! Parece que esquecer a história e não reconhecer os padrões de justificação de actos abomináveis não é lá muito progressista. Digo eu... Mas devo ser só eu que sou esquisito...
S.T.

S.T. disse...

Para que conste, não estou a acusar o autor do post de cumplicidade na infâmia do trafico humano.

Apenas pretendo salientar como pessoas bem pensantes, "de esquerda" e humanistas podem ser iludidas e manipuladas para apoiarem causas que não são aquilo que parecem.

Faz parte da complexidade do nosso tempo sermos postos perante jogos de espelhos infinitos no campo labiríntico da informação em que não é fácil traçar um rumo correcto e fundamentado.
S.T.

Anónimo disse...

Esta sequência de comentários demonstra que hoje em dia há quem compreenda o buraco que as políticas da elite Norte Europeia, criou.

Uma cultura secular de conquista, tipica do Norte da Europa, inventou e impôs -a políticos débeis do Sul- um centralismo "europeu", contra natura, por propósito de dominância (via burocracia) económica e financeira.
Controle total do mercado europeu pelo País mais industrialazado, contra a concorrêcia asiática. O Brexit começou com Tatcher....
(Macron e Merkel são apenas os testas de ferro do momento.)

Tudo isto contra séculos de história cultura nacional, de indispensável pertença e identidade (nacional).

Depois uma caricata -por óbvia inculta cultura socialista- migração. O pesadêlo alemão. Aberrante, com povos imiscíveis. Agora covardemente anulada pela incongruente -a poderosa, a financeiramente credora- Alemanha.
...
PS.- Os migrantes são proporcionalmente poucos, sim.
Mas aglomeram-se, agrupam-se e vencem eleições locais e posteriormente implantam, facilamente, legalmente, democraticamente, a sua Lei.
Já se viu qua nunca irão votar numa simplória, delirante, anedótica, esquerda....JS

S.T. disse...

Importa sobretudo reconhecer que as migrações em massa estão longe de ser política, religiosa e étnicamente neutras e podem ser (e tantas vezes são!) manipuladas em proveito de interesses, grupos sociais ou até potências.

Exemplos de estudo deveriam ser entre outros:

A colonização da América por populações predominantemente europeias.
A migração de chineses de etnia han para o Tibete.
A colonização germânica dos Sudetas.
A colonização e contra-colonização de albaneses e sérvios no Kosovo.
O tráfico de escravos para o Novo Mundo.

E tantos outros casos. Interessa menos tomar partido ou adoptar uma atitude moralista do que perceber a dinâmica destes movimentos de populações, o propósito de cada um deles e as consequências de longo prazo.

E não me parece que a decisão de colocar crucifixos em todos os edifícios públicos resolva alguma coisa ou tenha qualquer fundamento. A meu ver é apenas mais um sinal da desorientação política e cultural alemã.

https://www.theguardian.com/world/2018/may/31/bavarians-wary-of-new-law-requiring-crosses-in-all-public-buildings
S.T.

Ulisses de Oliveira disse...

A catadupa de comentários de ST demonstra que está com medo, logo Xenofobia. Mas todavia ST tem objetivamente razão. Então os licenciados e formados portugueses emigraram pois não tinham emprego e agora vamos aceitar milhares de imigrantes analfabetos sem qualificações?

Em qualquer caso ST esquece algo. De acordo com Milton Friedman, a imigração nos EUA só começou a ser mal vista depois do New Deal dos anos 1930. Até lá não havia estado social e por isso eram todos bem-vindos visto que um imigrante jamais seria um fardo para o estado e por isso singraram os melhores e mais bem sucedidos. A imigração apenas começou a ser mal vista após a ascenção do estado providência.

Ulisses de Oliveira disse...

Um comentador aí em cima crítica o norte da Europa, mas Dinamarca, Suécia ou Finlândia têm proporcionalmente muitos mais imigrantes que Portugal ou Espanha.

Ulisses de Oliveira disse...

ST, os crucifixos têm como objetivo subjugar à mesma cultura, populações etnicamente distintas, tentando impor a ordem e a harmonia sociais. Aliás essa foi a marca dos colonizadores luso espanhóis em contraste com os holandeses e ingleses.

S.T. disse...

Medo? De quê? LOL

Não sabe que os pensamentos são como as cerejas em que uns sugerem outros?

Xenofobia? Aponte alguma frase minha que seja xenófoba.

Do que eu tenho mesmo, mesmo, medo é que os meus concidadãos vão em cantigas de Milton Friedman e quejandos, a tentar vender o peixe podre do "estado magro", sem protecções sociais nem uma regulação eficaz.

O discurso do Sr Ulisses já é conhecido. Parece mais um caso de gato (Pimentel) escondido com o rabo de fora.

Quanto aos crucifixos é o exemplo da pepineira alemã que nunca perceberam bem que o estado deve ser religiosamente neutro. Chegamos ao século XXI e ainda andamos ou melhor, os alemães andam, a confundir cultura nacional com religião. Que tristeza!

O Islão político radical combate-se com os valores dos direitos cívicos e da tolerância e com um secularismo forte e esclarecido na esfera pública.

Essa de "subjugar à mesma cultura, populações etnicamente distintas" é que denota um racismo despudorado e mais uma vez visa estabelecer a confusão entre etnia e religião.
S.T.

Anónimo disse...

Mais uma vez a desonestidade do aonio Pimentel Ferreira a tentar passar pelos pingos da chuva

Agora sob a forma de Ulisses de Oliveira.

Isto é uma imagem de marca indelével da forma de agir desta gente.

Como tal, devem ser tomadas as medidas higiénicas adequadas à saúde pública. O neoliberalismo vive quantas vezes do amancebamento com o fascismo, como é exemplo o próprio exemplo citado, o de milton freadman

Percebe-se os motivos pelos quais joão Pimentel Vitor Ferreira é ferozmente contra a despenalização do aborto

S.T. disse...

São os direitos e liberdades e das sociedades ocidentais que inibem o radicalismo.

Exemplo:

https://sputniknews.com/europe/201806041065067633-norway-migrants-middle-east/

Crucifixos, sobretudo se impostos, só podem criar rejeição e conflito. Não são factores de integração e harmonia social.
S.T.

Anónimo disse...

Ó Pimentel Ferreira Ulisses etcetcetc

Quem defende a colocação de crucifixos em todos os edifícios públicos são os líderes bávaros.

Não são os lusos, os espanhóis, os S.T..

É precisamente aquela fatia de alemães tão cantarolada pelo Pimentel Ferreira

Que diabo ( sem crucifixo) Isto devia ser perceptível até para um lambe- botas da Alemanha

Anónimo disse...

Ó Pimentel Ferreira

A catadupa de comentários significa medo, logo xenofobia????

Não há barreiras para o disparate do Pimentel aonio Ulisses etcetcetc

Quando pensamos que foi atingido o limite, ele é logo superado na investida seguinte do pobre Pimentel Vitor ferreira

( será alguma auto-referência ao seu medo? À sua xenofobia? Ao seu pavor pelo que o apavora?)

Anónimo disse...

Ó Pimentel Ferreira

Então o seu ódio pelo estado social ê tanto que agora até o acusa de gerador de xenofobia? Ó Pimentel Ferreira não diga disparates e vá aprender. O racismo foi algo endêmico nos USA desde muito cedo
Olha aí o ku-klux-klan fundado em 1865

Vossemecê é um racista escondido atrás do paleio do Milton, não?

Ulisses de Oliveira disse...

SR, a xenofobia tem muitos rostos. A sua catadupa de comentários anti-refugiados anti-imigração revela Medo, Medo ao Estrangeiro!

Ulisses de Oliveira disse...

Ao anónimo das 3 de julho de 2018 às 18:08

O ku-klux-klan fundado em 1865 foi concebido contra os negros e os negros já vinham da escravatura. Refiro-me à imigração da Europa.

Sim, foi o estado providência o responsável pela xenofobia geral contra os imigrantes, visto que numa sociedade sem estado providência um imigrante só tem interesse em vir se for para produzir.

Isto não quer dizer que seja contra o estado providência. Mas explicar estes coisas ao Cuco é redundante!

Ulisses de Oliveira disse...

Eu não defendo os crucifixos, tento é explicar o desespero do governo alemão. A religião, a bem ou a mal e na maioria dos casos a mal, sempre foi um excelente aglomerador cultural.

Anónimo disse...

Coitado do Pimentel. Essa do racismo só se aplica com baias específicas. Assim confinado à imigração na Europa ...

Enbora tenha citado os EUA , o Milton e o new deal

Este Pimentel Ferreira é uma fraude intelectual

E ainda por cima com um racismo geográfico peculiar. Os negros não contam

São os piores estes tipos.

Anónimo disse...

Pimentel Ferreira continua a dizer bojardas. Para além daquele racismo abjecto( os negros não contam, dirá) esquece-se da cultura geral

Que vá ler os clássicos do século XIX e lá vai ver o racismo retratado e a xenofobia contra os imigrantes

Um pouco de conhecimento apenas. Só um
pouquito.

Anónimo disse...

Há mais pistas que revelam mesmo que o Ulisses é Pimentel Ferreira

Uma é a fuga . Onde meteu os crucifixos alemães? Apanhado em contra-pé, foge e a pé. Com os crucifixos escondidos debaixo da sotaina. Ou da farda dos bávaros

Anónimo disse...

Outra ê o caro Cuco

Só se conhecem dois tipos que tèm pesadelos com este. E que reagem desta forma pavloviana

Um, é o José. O outro, o Pimentel Ferreira etcetcetc

Encontram-se os dois â esquina.... na gralha mesozóica dos coisos de feira

Anónimo disse...

O outro é o disparate puro e duro.

“A catadupa de comentários significa medo, logo xenofobia “.

Estas deduções lógicas só mesmo duma fraude na matemática, na filosofia e na lógica

Confere Lolol

S.T. disse...

Tem piada!

O efeito económico da entrada de milhares e milhares de imigrantes no mercado de trabalho de um país é igual, quer haja um forte estado social quer não.

O principal efeito é que os recém chegados baixam o valor do trabalho. E isso tanto se aplica ao canalizador polaco em Inglaterra como ao magrebino nas hortas da Andaluzia.

Portanto a economia do aónio-pimentel-cunha-cunhal-simões-ulisses é tão faralhada como o ordoliberalismo dos seus patrões. Benza-os deus não os lamba o gato! LOL

Por essa ordem de edeias na Noruega deveriam ser muito xenófobos e nos USA nada, visto que as regalias oferecidas nos USA são magérrimas e na Noruega excelentes.

E no entanto verifica-se precisamente o inverso.

E note-se que a xenofobia nos USA tem agora por objecto os latinos das Américas mesmo que sejam só do lado de lá da fronteira mexicana; já não se dirige aos negros. A estes últimos está reservado o racismo puro e duro.

Trabalho para casa: Ler o artigo do Zero Anthropology...

https://zeroanthropology.net/2016/08/03/immigration-and-capital/

Como o aónio-pimentel-cunha-cunhal-simões-ulisses é cábula é melhor ler três vezes! :)
S.T.

S.T. disse...

"o desespero do governo alemão" é fruto da falta de edeias claras sobre como organizar um país multireligioso em bases harmoniosas. Em claro: Os dirigentes alemães são estúΠdos que nem botas da tropa.

E aí estou a 500% com Jacques Sapir: Apenas a laicidade política pode permitir que na esfera pública convivam fiéis de múltiplas religiões cuidando-se que nesta esfera pública uns não possam agredir os outros sobre aqueles assuntos sobre os quais não pode haver acordo.
Uma excelente cabeça, este Jacques Sapir.

É refugiado no blog "Les Crises"

Este é o seu último post:

"UE, le début de la fin ?"

https://www.les-crises.fr/russeurope-en-exil-ue-le-debut-de-la-fin-par-jacques-sapir/
S.T.

Ulisses de Oliveira disse...

ST, os imigrantes "baixam o valor do trabalho" se não houver um salário mínimo instituído. E mesmo não havendo, como homem de esquerda (humanista?) que é, porque motivo dois seres humanos com as mesmas qualificações e competências devem auferir de forma diferente, apenas porque vivem em países diferentes?

Um imigrante é por norma mais dinâmico e empreendedor do que o nativo, e por isso, vários estudos, entre os quais da OCDE ou FMI, referem que os imigrantes trazem grandes contributos para o crescimento económico.

"Um estudo divulgado nesta quarta-feira pela University College London (UCL) questiona os dois principais argumentos contra a entrada de imigrantes no Reino Unido: o impacto econômico na economia e uma suposta precarização da mão-de-obra.

O estudo mostra que a chegada de trabalhadores estrangeiros não apenas injeta dinheiro na economia britânica, como aumenta o número de profissionais qualificados no país.

Em termos de impacto econômico, os autores do estudo, Christian Dustmann e Tommaso Frattini, estimam que a imigração tenha gerado um superávit de quase 23 bilhões de libras (cerca de R$ 92 bilhões) na economia britânica entre os anos de 2000 e 2011, sustentado pelo pagamento de impostos."

in: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141105_imigra_grana_fd



Os seus argumentos são típicos da extrema-direita.

Ulisses de Oliveira disse...

"Apenas a laicidade política pode permitir que na esfera pública convivam fiéis de múltiplas religiões cuidando-se que nesta esfera pública uns não possam agredir os outros sobre aqueles assuntos sobre os quais não pode haver acordo."

Frase com a qual concordo na plenitude

Ulisses de Oliveira disse...

Na Noruega, tal como na Suiça, não são tão xenófobos como nos EUA, porque não fazem fronteira com o México, nem aceitam imigrantes não-europeus ilegais. Mas ST, na sua típica falta de honestidade intelectual, não consegue ver o óbvio. Em Portugal também somos muito tolerantes, até termos vagas de rugiados a chegarem aos nossos portos. Mas ST, na sua típica falta de honestidade intelectual, não consegue ver o óbvio.

Anónimo disse...

Ó Pimentel etcetcetc (entre os quais cabe o Ulisses )

Não seja poltrão

Não insulte os demais, enquanto foge à desfilada. Então o racismo contra os negros nao é contabilizado? Apenas na Europa? E então as referências aos USA e ao Milton e ao new deal foram apenas enganos de alma leda e idiota?

A não ser assim, resta a hipótese de estarmos perante um racista de tal calibre que divide o racismo de acordo com as religiões. E com o tom da pele

Ahahah

Anónimo disse...

"Um comentador aí em cima crítica o norte da Europa, mas Dinamarca, Suécia ou Finlândia têm proporcionalmente muitos mais imigrantes que Portugal ou Espanha."

Pimentel ferreira costuma debitar mentiras com a desfaçatez característica da sua ausência de escrúpulos

Imigrantes como percentagem da sua população nacional:

Suécia: 12,3
Espanha: 10,79
Portugal: 7,204
Dinamarca: 7,163
Finlândia: 2,962

Anónimo disse...

Silogismos à moda de pimentel ferreira:

-De acordo com Milton Friedman, a imigração nos EUA só começou a ser mal vista depois do New Deal dos anos 1930.

-Até lá não havia estado social e por isso eram todos bem-vindos visto que um imigrante jamais seria um fardo para o estado e por isso singraram os melhores e mais bem sucedidos.

-A imigração apenas começou a ser mal vista após a ascenção (sic) do estado providência.

Logo o estado social é um fardo e o estado providência é o responsável pela xenofobia

("eu não sou contra o estado-providência")

Anónimo disse...

Pimentel ferreira às 14 e 21:

-De acordo com Milton Friedman

-a imigração nos EUA

-só começou a ser mal vista depois do New Deal dos anos 1930.


Pimentel ferreira às 20 e 09:

-Refiro-me à imigração da Europa.

S.T. disse...

Alguma vez haveríamos de ver um pafista como o pimentel-aónio-simões-ulisses-cunha-cunhal defender o salário mínimo. LOL

Aleluia my sisters and brothers! LOL

Pena é que a sua má economia não explique que mesmo com salário mínimo continua a haver pressão para baixo sobre os salários acima do salário mínimo e que numa economia com alta taxa de desemprego os imigrantes concorram com os "nativos" pelos poucos postos de trabalho disponíveis.

Os imigrantes só representam uma mais valia real quando o país de acolhimento está próximo do pleno emprego e consequentemente existe uma saudável inflação.

Com a mobilidade relativa da mão de obra é forçoso que se pense sempre em termos de procura e oferta.

E sublinho, isto não é uma questão de escolha ideológica de quem analisa, mas mera consequência da globalização do trabalho imposta pelas politicas neoliberais.


A sua má economia também ignora que o custo de vida nos países de origem é muito mais baixo do que nos países de acolhimento, tornando o seu "trabalho igual, salário igual" uma falácia, ou melhor, uma grande treta. Comparem-se todos os parâmetros e não só o salário.

A abolição das fronteiras beneficia sobretudo quem tem mais mobilidade e poder negocial. E aí o capital tem uma indiscutível vantagem.
S.T.

Ulisses de Oliveira disse...

ST, referia-me ao salário em paridade poder de compra. Porque motivo duas pessoas com as mesmas qualificações devem auferir de forma diferente, apenas por terem nacionalidades diferentes?

Anónimo disse...

Ulisses oliveira pimentel ferreira está errado

O salário em paridade foi aí metido a martelo.Para fugir. Para escamotear o que se debate e para escapar ao confronto dos seus próprios disparates

Assim:
O que dizer desta pérola: "demonstra que está com medo, logo Xenofobia"?

Ou desta: "De acordo com Milton Friedman, a imigração nos EUA só começou a ser mal vista depois do New Deal dos anos 1930"...Ah..." Refiro-me à imigração da Europa".

Ou desta: "Dinamarca, Suécia ou Finlândia têm proporcionalmente muitos mais imigrantes que Portugal ou Espanha."?

Ou desta idiota tentativa de negar o evidente: "não me parece que a decisão de colocar crucifixos em todos os edifícios públicos resolva alguma coisa ou tenha qualquer fundamento".

Ou desta sequência lógica do pensamento de pimentel ferreira_ - Logo o estado social é um fardo e o estado providência é o responsável pela xenofobia. E o pimentel ectetcetc acrescentará mas:"eu não sou contra o estado-providência"

Se mais não fosse, só estas pimentalices confirmavam que o ulisses não é outro senão o joão ferreira pimentel.

S.T. disse...

Isto está a ficar basto estranho...

Vejamos, eu, que tenho uma perspectiva política/económica/filosófica extremamente igualitária, sou perguntado por um cavalheiro com mil e um nicks mas que defende um neoliberalismo que é a antitese do meu igualitarismo "por que motivo duas pessoas com as mesmas qualificações devem auferir de forma diferente, apenas por terem nacionalidades diferentes".

Espero que os leitores apreciem devidamente a ironia da pergunta.


Primeira resposta, mútipla:


- Pela mesma razão que comunistas ricos não partilham a sua riqueza.

- Pela mesma razão que as várias igrejas cristãs pregam a caridade e acumulam enorme riqueza.

- Pela mesma razão que o governo alemão faz parte de uma "união" "solidária" e "voluntária" de países e na prática tenta por todos os meios fornicar os parceiros, roubá-los e colonizá-los.

- Pela mesma razão que a opinião pública alemã e holandesa acha normal que em Portugal se ganhe uma fracção dos salários holandeses e alemães.

- Pela mesma razão que o governo alemão se acha no direito de não cumprir o tratado orçamental quando o impõe aos demais...

Enfim, se ainda não percebeu porquê, não me parece que jamais compreenda.
S.T.

S.T. disse...

Segunda resposta, curta:

Bad Karma, Sahib!

S.T.

S.T. disse...

Terceira resposta, com fundamentação filosófica:

Porque cada homem, e implícitamente cada agregado humano a que chamamos "país", tem o seu conjunto de limitações de ordem material, intelectual e anímica que apesar de não serem imutáveis representam obstáculos à realização plena do ideal humano.

Podemos pensar nas limitações das sociedades humanas como karma colectivo, que não é um fatalismo "oriental" mas as condições, por vezes muito difíceis, em que países e indivíduos têm que dar respostas maiores do que eles próprios e convocar faculdades que ignoravam que tivessem.

Podemos por exemplo dar-nos por muito felizes por não termos que pegar em armas como durante a ocupação nazi da Europa para nos defendermos do imperialismo alemão.

Devido à natureza de controlo de opinião pública "apenas" temos a tarefa hercúlea de explicar como funciona o neo-imperialismo alemão e organizar uma resistência esclarecida.

É essa a tarefa que temos pela frente, em sintonia com os economistas e pensadores alemães que procuram libertar o seu país do obscurantismo ordo-liberal que também a eles tolhe o desenvolvimento e a qualidade de vida.

Mas cada país tem o seu conjunto de limitações materiais, culturais e anímicas. Como não é possível nem desejável abolir essas diferenças, o aónio-pimentel-cunha-simões-culhal-ulisses está fundamentalmente errado em pensar que tudo deve ser uniformizado.

Justiça nas relações económicas entre países exclui liminarmente o mercantilismo e o imperialismo, bem entendido!
S.T.

S.T. disse...

Quarta resposta, com (leve) fundamentação económica:

A proposta globalista-neoliberal prevalecente na EU mostrou claramente os seus limites.

Ficou claro que a aposta no "todos ao molho e fé em deus" que constitui a eurozona, com as suas livres transferências de capital deu muito maus resultados.

Ficou provado que numa zona monetária não-óptima, na ausência de mecanismos de controlo e compensação, se geram movimentos de capital que, perseguindo o lucro fácil e especulativo desestabilizam as economias mais débeis e concentram o capital nas mais fortes, tornando impossíveis as promessas de convergência que presidiram à sua criação.

Como explica François Asselineau:
"... toute l’histoire monétaire du monde enseigne qu’une monnaie ne peut durablement exister que si ceux qui l’utilisent éprouvent entre eux un sentiment naturel de solidarité financière, et que les zones riches acceptent de subventionner continuellement les zones pauvres. Et que cela suppose nécessairement l’existence d’un peuple, partageant une histoire commune depuis des siècles.

Traduzindo: "... toda a história monetária do mundo ensina que uma moeda só pode existir de forma sustentável se aqueles que a usam experimentarem um sentimento natural de solidariedade financeira entre si, e que as áreas ricas concordam em subsidiar continuamente as áreas pobres."

O movimento da mão de obra qualificada segue uma lógica semelhante. Há por exemplo quem se interrogue se os milhões de euros que o movimento migratório de África para a EU não seriam muito melhor empregues se investidos nos países de origem. Por cabeça estima-se que cada migrante pague cerca de 5000€ aos traficantes.

Isto corresponde a drenar destas comunidades africanas não só dinheiro mas os seus elementos humanos mais activos. Mesmo tendo em consideração as eventuais futuras remessas de dinheiro "emigrante" o benefício está longe de ser garantido.

Do movimento de talento dentro da zonaeuro dos países periféricos para os do centro já falámos noutras ocasiões longamente e basta lembrar que isso representa uma canibalização de recursos educacionais e uma pilhagem demográfica dos países periféricos ou "do Sul".
S.T.

S.T. disse...


Nos USA observamos outro exemplo em que a livre circulação de pessoas pode ter resultados, digamos... Menos óptimos:

O afluxo de talento, mas também simplesmente de gente à procura de boas oportunidades de emprego gerou um boom de crescimento económico na Califórnia.

Mas também:

- Um aumento desenfreado nos preços do imobiliário.
- Uma pressão enorme nos recursos hídricos já de si escassos da região.
- Um aumento geral do custo de vida que está a expulsar do estado pessoas e actividades que não aguentam o aumento de custos.

É o que se chama ser vítima do seu próprio sucesso.

Sobre a febre imobiliária na Califórnia:

http://www.businessinsider.com/california-home-price-hits-record-high-2018-6

Sobre o sucesso económico:

http://www.businessinsider.com/california-economy-ranks-5th-in-the-world-beating-the-uk-2018-5

Sobre o custo de vida:

http://www.businessinsider.com/people-leaving-san-francisco-census-data-2018-3

Há professores a viver em residências de estudantes e funcionários da Google a viver em carros.

O ponto de tudo isto é que o imenso sucesso da Califórnia é feito em certa medida à custa do despovoamento de outros estados.

A pergunta do milhão de dólares é se um desenvolvimento geograficamente mais equilibrado não seria mais benéfico para o conjunto dos USA em vez da concentração humana e de capital na CA.

Por outro lado, dados de outros estudos que parecem sugerir que a concentração urbana e de recursos estimula a produtividade. Mas compensará os problemas ecológicos criados na CA e a rarefacção de mão de obra qualificada e sobretudo de investimentos noutros centros urbanos dos USA?

O que é que isto tem que ver com as pretensas "preocupações igualitárias" (LOL) do aónio-pimentel-cunha-simões-culhal-ulisses?

É que mesmo numa zona monetária óptima o "equilíbrio" só é conseguido à custa de grandes movimentações de população e que estes movimentos não são linearmente favoráveis e geralmente benéficos. Há ganhadores e perdedores.
S.T.

Ulisses de Oliveira disse...

Karma é outra palavra para fatalismo e como "homem de esquerda", deveria o ST saber que desde pelo menos o Iluminismo, se estabeleceu que cabe ao Homem definir o seu destino, e não a Deus ou a karmas.

ST escreve que "a opinião pública alemã e holandesa acha normal que em Portugal se ganhe uma fracção dos salários holandeses e alemães", mas a mesma opinião pública já não acha normal que um português tendo as mesmas tarefas na Holanda, ganhe menos que um holandês. Porque motivo um português em Portugal deveria ganhar o mesmo que um congénere Holandês, se têm à disposição ferramentas diferentes e condicionantes diferentes? Não era a isso que eu me referia, como é óbvio.

O ST não percebeu a pergunta de fundo: porque motivo a um imigrante, com as mesmas qualificações e talento que um nativo, lhe deve ser barrado o direito de auferir no país do nativo o mesmo salário? Se quer fazer cisões na Humanidade por nacionalidade, é porque é nacionalista. Ora eu, sendo Português, e trabalhando na Holanda, aufiro o mesmo que um holandês com as mesmas qualificações. Da mesma forma que esse Holandês em Portugal auferiria o mesmo que eu, se em Portugal trabalhasse. E nesse ponto, o ST não pode negar, que o mercado de trabalho europeu foi um enorme princípio de justiça laboral para os cidadãos europeus, e um enorme escape para o desemprego que afectou os país do sul.

Em relação às objecções do Cuco, pode por favor apontar a fonte para os níveis de imigração que cita? É que os dados do Eurostat não corroboram a sua "análise". O óbvio, visto que o Cuco não passa de um trol impostor, trauliteiro e provocador.

http://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php/Migration_and_migrant_population_statistics

Número de imigrantes por 1000 habitantes (2016) segundo o Eurostat:
Dinamarca: 13
Suécia: 16.4
Noruega: 11.7
Portugal: 2.9

Se formos ao recebimento de refugiados o fosso é ainda maior
http://www.euronews.com/2017/09/26/fact-check-how-many-refugees-has-each-eu-country-taken-in

Número de refugiados de facto acolhidos até 1 de setembro de 2017
Finlândia: 1975
Suécia: 2294
Holanda: 2442
Portugal: 1451

E isto não tem em conta as posteriores migrações secundárias, ou seja, como é sabido, a maioria dos refugiados que Portugal recebeu saíram do país.

Nesta fonte da BBC é ainda mais claro
https://www.bbc.com/news/world-europe-34131911

S.T. disse...

Por acaso o aónio-pimentel-cunha-simões-culhal-ulisses está mais uma vez errado. :)

Ao circunscrever o seu pretenso igualitarismo aos imigrantes versus "nativos" tudo volta à normalidade. LOL

E eu a julgar que ele já estava a advogar um salário mínimo mundial...

Mas aí tenho que o desmentir porque a directiva sobre os trabalhadores destacados permite as maiores trafulhices e cria a figura do trabalhador temporáriamente emigrante cujo patrão pode legalmente pagar abaixo do preço de mercado no país onde é feito o destacamento.

O patrão também é suposto pagar a SS no país de origem, mas na prática as fugas e fraudes são mais que muitas, com a benção da eurocracia federasta que assim abre (mais) uma porta aos esquemas e permite o dumping laboral, prejudicando simultâneamente imigrantes e "nativos" para encher os bolsos dos empresários inescrupulosos.

Donc, "encore bien que tu parles de ça!"

Portanto, os hinos da treta ao "... mercado de trabalho europeu foi um enorme princípio de justiça laboral" não valem o papel em que foram impressos.

Quanto ao karma, é óbvio que é um conceito filosófico demasiado subtil e elaborado para um "ingenhêro". Mas reafirmo que o conceito que exprimi está mais próximo do original do que a mera tradução por "fatalismo". Mas quem quiser perceber que perceba que nem tudo cabe no quadro limitado do iluminismo.

"a maioria dos refugiados que Portugal recebeu saíram do país"
Ora puxe lá pela cabecinha para perceber por que raio é que isso aconteceu! LOL
S.T.

Anónimo disse...

Quem será esse tal cuco que perturba tanto o tipo das patentes, de nome joão Pimentel Ferreira?

É preciso ser mais educado, senão colocar-se-á no devido sítio este Pimentel etcetcetc

Aonio eliphis Pimentel Ferreira não passa de um aldrabão

Vejamos. Inicialmente debitava sobre a Suécia, Dinamarca e Finlândia

Agora apaga a Finlândia e pospega a Noruega

Sem ir sequer às fontes, vimos que por aqui passa mais uma pimentalice, ou seja uma aldrabice dita de forma propositada e com intuitos desonestos


Anónimo disse...

O examinador de patentes, joão Pimentel Ferreira, que se apresenta aqui como anónimo (mas que tem numerosíssimos nicks) , continua na senda das pimentalices

Debate-se e contesta-se a afirmação de Pimentel Ferreira Ulisses quando este fala na proporção de imigrantes em cinco países citados: Portugal, Espanha, Suécia, Finlândia e Dinamarca

Viu-se que a Finlândia caiu. Mas não foi a única vítima das aldrabices. De repente Pimentel etcetcetc passa para o “recebimento total”. “ Esquece-se” que fora ele próprio que falara em proporcionalidade

Mas há outros “esquecimentos” chatos para o pimentel.

Antes falava nos imigrados. Agora num passe de mágica para para os ” refugiados”

E não cansado de nos atirar poeira para os olhos ainda tenta avançar com as “ migrações secundárias”

Francamente mas este tipo nem sequer tem a verticalidade de se respeitar a si próprio ? E a coragem de manter o que diz?

A falta deles é uma tristeza, seja aqui ou na Holanda

Anónimo disse...

Mas o pior está ainda para vir. Muito pior.

A 3 de Julho de 2018 às 14:23, joão pimentel ferreira, sob a identificação de ulisses de oliveira, fazia a seguinte afirmação:

"Um comentador aí em cima crítica o norte da Europa, mas Dinamarca, Suécia ou Finlândia têm proporcionalmente muitos mais imigrantes que Portugal ou Espanha."

Têm?

Foram apresentados números concretos sobre o número de Imigrantes como percentagem da sua população nacional:

Suécia: 12,3
Espanha: 10,79
Portugal: 7,204
Dinamarca: 7,163
Finlândia: 2,962

Como responde pimentel ferreira ao desmontar da sua afirmação?

Com estes números:

Número de imigrantes por 1000 habitantes (2016) segundo o Eurostat:
Dinamarca: 13
Suécia: 16.4
Noruega: 11.7
Portugal: 2.9

E para apreciarmos que a coisa é respeitável até publica um site:
http://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php/Migration_and_migrant_population_statistics

O que se passa é que o dito joão pimentel ferreira, patent examiner, apresenta como por artes mágicas, não a proporção de imigrantes nos países citados, mas o fluxo de migrantes. Em 2016

A questão permanece. Isto é pura incompetência e daí continuamos a perceber as intervenções de pimentel ferreira, ou outra coisa ainda pior e daí continuamos também a perceber as intervenções de pimentel ferreira?

Como é possível que, se for a primeira condição que está em causa (provavelmente são as duas), não haja uma reflexão crítica sobre o número de imigrantes apresentado para Portugal? Menos que 29 000?

Isto tem vários nomes e nenhum é particularmente simpático.

Ulisses Oliveira disse...

ST, não vale a pena gritar referindo que estou errado porque não é o negrito que lhe dará razão. E não, não estou errado. O ST baseia-se em particularidades insignificantes para o mercado de trabalho europeu. A grande maioria dos emigrantes lusos foi para a UE. Quer melhor prova de que o mercado de trabalho comunitário funciona? A grande maioria dos emigrantes portugueses está em países da UE!
https://www.publico.pt/2017/02/24/sociedade/noticia/emigracao-mantem-os-niveis-altos-da-crise-e-isso-e-devastador-para-o-pais-1763125

Ao Cuco, não vale a pena dar palha que já vimos que percebe tanto de estatística como de mecânica quântica e teoria das cordas: zero!

Anónimo disse...

Ahahah

Pobre Pimentel etcetcetc


É “ isto” que assume como defesa das suas tretas?

É desta forma que tenta apagar a sua ignorância cabotina sobre a sua ( in) capacidade para interpretar gráficos?

Ê deste modo que se cala perante a sua desvairada contabilidade dos imigrantes em Portugal?

É com esses trejeitos que afoga as idiotices que disse sobre a proporção de imigrados?

É desta forma que esconde a trapalhice de quem confunde gralhas mesozóicas com o que quer que seja?

É neste registo que tenta esconder que o negrito ê também usado pelo próprio Pimentel etcetcetc, que agora vem fazer figura de menino sebento e hipocrita?

Ê para a mecânica quântica e para a teoria das cordas que se volta, em busca de uma “ legitimidade” qualquer, esquecendo-se que o ridículo costuma cobrar a quem se mostra tão covardemente fugitivo?

S.T. disse...

Haaa, pois, coisinha pouca...

Coisa e tal, insignificante...

https://www.capital.fr/economie-politique/travailleurs-detaches-comprendre-la-polemique-en-5-questions-reponses-1144828

S.T.