sábado, 28 de abril de 2018

Agitar o fantasma da imigração num país em declínio

Pela terceira vez consecutiva, e reforçando o resultado em eleições muito participadas, Orbán venceu as legislativas da Hungria no início de abril. O registo xenófobo e anti-imigração, entre as críticas à União Europeia e os ataques às ONG, foi decisivo para a vitória. Aliás, no seu primeiro discurso, Orbán refere que «os húngaros escolheram a imigração como a sua grande preocupação», afirmando-se por isso determinado a apertar o cerco às organizações não-governamentais que trabalham com imigrantes.

Sucede porém que a Hungria é um dos melhores exemplos do paradoxo, que assinalámos aqui, de serem países com menor peso relativo de população estrangeira a registar uma maior rejeição de políticas de apoio a imigrantes e refugiados. De facto, com apenas 1,5% de estrangeiros em 2017 (cerca de 7,6% na UE), o país exibe o segundo valor mais baixo de concordância com políticas de apoio a refugiados (29%), tendo apenas atrás de si a República Checa (27%), num quadro em que a média na UE28 ronda os 67%. E quando se constata estarmos perante um país com perdas consecutivas de população (-4% face a 2000), em contraciclo com a União Europeia, a adesão à xenofobia pelo eleitorado húngaro torna-se ainda mais estranha.


De acordo com Endre Sik, do Instituto Tárki, que monitoriza a situação na Hungria desde 1992, a xenofobia começa a ganhar expressão a partir de 2010, evoluindo desde então de forma imparável. O agitar do fantasma da insegurança pela extrema-direita (associando-o às vagas de refugiados que chegam à Europa), é mais recente, juntando-se aos argumentos da ameaça de islamização, perda de identidade e do desemprego. Contudo, também aqui o argumento não colhe. A Hungria tem uma taxa de desemprego pouco expressiva e uma muito reduzida de participação de estrangeiros, vindos de fora da UE28, no seu mercado de trabalho (cerca de 0,2% em 2017, que comparam com uma média europeia a rondar os 4,0%).


Mas tudo tem o seu revés. A infundada campanha de perseguição e ódio, adotada pelos governos de Viktor Orbán, e alimentada por uma comunicação social cada vez menos independente, está a desencadear fluxos migratórios muito significativos, estimando-se que tenham saído recentemente do país cerca de 500 mil húngaros. A atmosfera de desumanidade, desconfiança e medo, que a mentira e a propaganda permitem criar, tem sempre um preço.

15 comentários:

Jose disse...

Talvez se a França e o RU não tivessem os resultados alarmantes que as sua políticas de imigração geraram, a situação fosse diversa.
Não é de desconsiderar que a Hungria viveu longos anos naquele enclausuramento 'socialista' que tanto promoveu a 'solidariedade entre os povos'.

Anónimo disse...

Quem José promove é o racismo mais abjecto

Há aí algumas frases lapidares. Ele e o Orban têm coisas parecidas.

Mas admire-se este frenesim de José. Fica assim antes e depois do 25 de Abril

Ê pela excelente prenda

Anónimo disse...

Resultados alarmantes serão os que resultaram da invasão do Iraque, do bombardeamento da Líbia, da destruição da Síria?

Em que jose berrava em prol dos desígnios da guerra e do saque:

"Para o Iraque e em força! Para a Líbia e em força! Para a Síria e em força!"

Tentando imitar canhestramente aquele que mandou matar e morrer numa guerra colonial?

Anónimo disse...

"É verdade que os hábitos deles ainda nos são muito estranhos, porventura se-lo-ão sempre. Mas os nossos também lhes são."
Eis uma boa razão para o comércio internacional - com cada um na sua terra!"

Viktor Orbán, perdão, Jose

Anónimo disse...

"Se a Europa se deixar invadir por povos e culturas que lhe são alheias, deixa de ser o que é e torna-se o terreno ideal de experimentalismos que sempre vêem no caos o caldo redentor do qual haverão de resultar os amanhãs cantantes!"

Viktor Orbán, perdão, Jose

Anónimo disse...

"O discurso dos coitadinhos deve trazer um qualquer bem-estar a estes personagens.
Para além das acções que seriam logo procamadas de colonialismo e imperialismo, as opções são claras:
- um serviço permanente de tramsporte que permita despejar a África na Europa.
- Um policiamento que evite o desembarque e reboque os barcos para África, uma espécie de contra-tráfego.

Mas os treteiros dos coitadinhos ficam à lamentar a solução do meio, tirar da água os sobreviventes e metê-los em campos de concentração."

Adolf Hitler, perdão, Viktor Orbán, perdão Jose

Anónimo disse...

"O que levará tanto cretino a pensar em influenciar positivamente as fontes da atual vaga migratória,, como se isso fosse a arma que controla ou faz cessar a violência?
Seguramente os que não se atrevem a abandonar a ‘Agenda dos Coitadinhos’ e recusam os riscos associados à única influência positiva que podem sofrer facínoras que controlam boa parte do mundo - a de levarem um tiro nos cornos"

"Outra versão da 'Agenda dos Coitadinhos' é pelo menos mais lógica:
Já que não temos vontade de ser, nem a força para defender, vinde miseráveis de outras raças e de outros credos, vinde construir um futuro que será o nosso."

"Sendo a Líbia um Estado falhado - importa poucco como lá chegou - a permitir o lançamento de vagas de naufragos destinados a 'povoar' a Europa era lá que haveria de haver tropas europeias para entre outros efeitos menos histriónicos, provocassem ataques histéricos aos serventuários da 'Agenda dos Coitadinhos'."

Adolf Hitler, perdão Viktor Orbán, perdão, Jose

Aónio Eliphis disse...

" O registo xenófobo e anti-imigração, entre as críticas à União Europeia e os ataques às ONG, foi decisivo para a vitória"

De salientar que as críticas primárias e xenófobas (do Grego "medo ao estrangeiro", não especificando o étimo qual estrangeiro, se sírio, alemão, cigano ou finlandês) são partilhadas por toda a extrema-esquerda.

Anónimo disse...

Aonio Eliphis Pimentel ferreira volta. Bom, para dizer a verdade nunca abandonou o LdB.

Ontem era o “lamentável, lamentável, lamentável” com o seu apoio pungente a Cavaco

Hoje é a boçalidade aí em cima expressa.

Um aldrabão de feira a tentar passar- se por gente séria

Jose disse...

"Para o Iraque e em força! Para a Líbia e em força! Para a Síria e em força!"

Ora põe aí o link para essa citação, Cuco.
E isso sempre deverias fazer, que sabes bem que és bem capaz de aldrabar.

Anónimo disse...

Naaaa

Esperemos que esse tal cuco não queira nada com esta espécie de pedido de namoro deste jose

Mas se me é permitido interromper as declarações um pouco suspeitas de jose, parece-me que é claro que este andava a queixar-se dos resultados alarmantes.

Ora no que concerne ao debate em causa, resultados mais alarmantes do que os que resultaram da invasão do Iraque, do bombardeamento da Líbia, da destruição da Síria, não parece haver muitos.

Acho que a clareza e frontalidade são princípios sadios. Quem lê estas letras também é merecedor destas atitudes.

O que se passa é que jose sistematicamente optou pelos berros em prol do crime - do crime face ao Iraque, face À Líbia, face à Síria. Tais actividades dos EUA, RU, França, and so on, foram fundamentais para a vaga de refugiados a que assistimos.

Pelo que parece acertado associar os berros de Salazar aos PUTATIVOS berros dum salazarista convicto, convicto amante das intervenções ocidentais feitas em prol do saque e da pilhagem

Anónimo disse...

Mas quando alguém se agarra desesperadamente a outra coisa que não o que se debate é porque pretende, ou fugir a este, ou esconder o que se discute.

É o caso, de resto já habitual, do jose. O uso de cucos, os "trinados" para com este, o pedido do link para uma citação que desmascara o salazarismo dum apologista do imperialismo mais abjecto, tudo isto são atitudes de fuga.

Veja-se como se não negam as frases atribuídas a Viktor Orbán, perdão a Jose

O que resta é o rabinho entre as pernas e um cuco de estimação.

Anónimo disse...

Mas vejamos mais um exemplo do apoio deste jose às causas que geraram as tais vagas de refugiados que chegaram à Europa.

Note-se a admiração canina e o sentido épico, a que não é alheia uma inveja patente.

O que o sujeito diz sobre os USA e porque estes podem "fazer":

"Só o podem fazer porque têm uma moeda que serve para forrar os colchões por todo o mundo
Se isso acontece é porque são identificados como uma força de segurança.
Segurança económica, porque trabalham sem se dedicarem à treteirice dos direitos e garantias.
Segurança militar, porque vão a matar e a morrer onde necessário.
É outra galáxia"

( Heil, united states of america?)

Anónimo disse...

O cuco é um embuste, um trol no sentido clássico do termo. Aldraba, deturpa, mente e forja sem qualquer pejo de vergonha. Não passa de um ocioso parasita do erário público.

Anónimo disse...

Lolol

Mais outro com o cuco atravessado

O joão vitor aonio eliphis pimentel ferreira também está neste ponto de mãos dadas com o jose. Os mesmos pesadelos?

(O problema da acumulação de gordura não é só no ventre e nas papadas. É também nos circuitos cognitivos.)

Agora podemos continuar o que se debate sem máscaras idiotas nem obesos declamadores a rosnarem contra si próprios e a assumirem-se como parasitas?