quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um apoio clarificador

Vital Moreira bem pode tentar distanciar-se do cherne, propondo sensatamente que os socialistas apoiem um candidato à Presidência da Comissão que esteja mais alinhado com as suas posições políticas e com o seu programa. O problema está precisamente aqui. O programa do cherne é o programa do bloco central, agora com alguns ajustamentos na margem para salvar o romance de mercado em Portugal e na Europa. É por isto que o cherne não pode deixar de ser apoiado por Sócrates e pelo governo. A direcção política da esquerda moderna há muito que fez as suas escolhas liberais, perfeitamente alinhadas com os desgraçados arranjos da actual UE. São estas escolhas que têm de ser derrotadas.

Através do imprescindível tempo das cerejas descobri este acertado perfil do cherne feito por uma revista francesa: «maoista reconvertido em vendedor em leilão do pequeno livro branco da ortodoxia liberal numa longa marcha esmagadora».

4 comentários:

jb2 disse...

resta saber se a nova esquerda n seguirá tb ela os passos da esquerda moderna.

Miguel Fabiana disse...

Caro João,

"... intelectualmente este romance, que não passa no crivo da veracidade, está esgotado"

O "Romance" degenerou em história de cordel e hoje em dia serve apenas para justificar (gagamente e numa fuga histérica para a frente) o tempo de permanência até à reforma, desses recentes "gagos" - ao estilo de Freitas do Amaral (quando foi "completar" o tempo de serviço como deputado, para poder receber a reforma por inteiro). 'Eles' sabem, pelos comportamentos, acções e palavras de expõem, que o Tempo já não é deles - foram ultrapassados pela História que acreditavam estar a escrever (MAL e ALARVEMENTE) !

A História não perdoa nem esquece romances grotescos e ignóbeis, nem novelas de cordel com chernes armados em Sereias libertinas !

Parabéns pelo EXCELENTE artigo no jornaldenegocios.pt e por este post cheio de inspiração!

Coragem & Força!

Abraço,
Miguel

PS: o cherne tem o que merece e merece muito pouco ! As histórias que eu ouvi, num café da Praia das Maçãs, de uma dupla etilizada ... são de arrepiar! As férias partilhadas com presidentes de câmara (mais profissionais do que Amadores na arte de "intermediar"), "investidores" e construtores civis...de vómitos !

CS disse...

Barroso é o ponta de lança do neoliberalismo europeu. Nós por cá sempre nos podemos rir com o que o César das Neves diz sobre a Europa e a crise:
http://tinyurl.com/dj8kl8

Dias disse...

Defender a integridade e o bem-estar para o seu país não implica necessariamente a solidariedade patrioteira para qualquer um. Muito menos para alguém como Barroso, que mostrou um interesse pessoal desmedido face àquele do seu país, já nem falando em relação ao de outros povos do mundo.
Sócrates bem pode hoje botar discursos contra o “pensamento único” e o neoliberalismo, tentar criar a ilusão que o seu governo não fez uma política de entrega do país aos interesses de uma minoria…Mas do que ele não consegue livrar-se é a do desgraçado Tratado de Lisboa e a do “porreiro, pá”.
Afinal, ele não tem o desplante de Barroso, que para lavar as mãos dos salpicos da mortandade no Iraque, bastou uma afirmação numa simples conversa: que foi enganado pela existência das armas de destruição maciça.
Mais uma corrida, mais uma viagem!