terça-feira, 14 de outubro de 2008

Um debate muito oportuno


A Crise e o Regresso do Estado: como bombeiro ou como actor?

15 de Outubro de 2008, 14.30h

Auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra

José Silva Lopes, Paulo Trigo Pereira, José Reis, Vítor Neves e José Castro Caldas

Uma crise financeira que da noite para o dia faz desaparecer da superfície global da terra alguns dos maiores bancos e companhias de seguros tem como resposta o que até há pouco era impossível: uma intervenção massiva do Estado que inclui a nacionalização.

O que significa esta viragem? Uma resposta de emergência a reverter na fase de rescaldo ou o reconhecimento do fracasso da finança de mercado? Uma massiva apropriação privada de recursos públicos ou o regresso a modelos de finança abrigados de dinâmicas especulativas? O Estado vem para ficar e reassumir responsabilidades de coordenação económica - como actor - ou está apenas a acorrer ao pânico para recuar de novo - como bombeiro?

O que estamos a aprender com tudo isto? O que vamos ensinar nas Faculdades de Economia?

Debate organizado pelo Núcleo Estudos sobre Governação e Instituições da Economia do CES

6 comentários:

Diogo disse...

Caro João Rodrigues,

A banca é um monopólio que inclui bancos centrais, bancos comerciais, bancos de investimento e seguradoras.

Este fabuloso embuste a que assistimos hoje é uma forma brutal de transferência de riqueza das pessoas e das empresas para esse monopólio.

Se precisarem de «falir» meia dúzia de bancos para convencer os ingénuos, fá-lo-ão. Mas esses bancos são apenas balcões de um banco muito maior e centralizado.

Anónimo disse...

A intervenção só serve para impedir as massas de abrir os olhos.
Porque se um dia o povo perceber que tem andado a ser enganado e roubado nestes últimos 20 anos teremos um levantamento a sério.
Os governos, a mando dos Bilderbergers, só querem manter o actual estado de coisas e sem que se façam muitas perguntas.
Espero estar enganado mas daqui por 2 anos tudo estará como há dois anos atrás.

Anónimo disse...

Uma das coisas que tenho de admitir não conseguir entender, é o facto de Bush querer injectar milhões em bancos ditos saudaveis, nomeadamente o Bank of America e o Citigrup, este ultimo por exemplo tem benefeciado com a crise e anda a crescer na bolsa a niveis de quase 2 digitos. ( o B of America tambem não fica muito atras). Então para quê darem-se milhoes a estes gorilas de 300 kg??

Antonio

Anónimo disse...

LISTA DE BANCOS QUE SE OFERECERAM PARA ADERIR AO SOCIALISMO:

JP Morgan Chase, Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, Bank of New York Mellon, o Morgan Stanley, Merrill Lynch, Goldman Sachs e State Street.


António

L. Rodrigues disse...

A propósito do tema, gostaria de partilhar este post

http://www.chris-floyd.com/component/content/article/3/1627-the-god-that-failed-the-30-year-lie-of-the-market-cult.html

Fica um excerto:

"For although the market cult has suffered a cataclysmic defeat in the last few weeks, it is by no means dead. It has 30 years of entrenchment in power to fall back on. And the leader of every major political party in the West has spent their entire political career within the cult's confines. It has been the atmosphere they breathed, it has been the sole ladder by which they have climbed to prominence. They will be loath to abandon it, once the immediate crisis is past; most will not be able to. "

Anónimo disse...

"At risk of sounding like an ultra-leftist, the problem with the part-nationalization of the banks is that it doesn’t go far enough."